Braide vai à convenção com lastro para viabilizar o seu projeto de reeleição

Eduardo Braide e Esmênia Miranda serão
confirmados hoje na convenção do PSD

O prefeito Eduardo Braide será confirmado hoje candidato do PSD à reeleição. Ele vai para a convenção embalado pelos números da pesquisa DataIlha, que apontam a possibilidade de renovar o mandato em turno único. Além disso, levará aos convencionais duas situações bem resolvidas. A primeira é que não existe pendência em relação à vaga de candidato a vice, uma vez que fechou questão mantendo a professora Esmênia Miranda como companheira de chapa. E a segunda é que sua convenção será um ato político destinado a sacramentar a sua candidatura, à medida que não existe concorrência no PSD.

Ao contrário dos seus com correntes, o prefeito de São Luís formalizará a sua candidatura à reeleição na esteira de uma série de boas notícias, entre elas a de que a sua avaliação ultrapassa sessenta pontos percentuais e que a impressão geral do eleitorado é que ele será reeleito. Ou seja, Eduardo Braide vai para a sua convenção ciente da sua boa avaliação e, mais do que isso, a expectativa de que o seu favoritismo será confirmado nas urnas em outubro. Sua convenção, portanto, será uma festa homologatória.

Na convenção de hoje, o prefeito de São Luís receberá o aval do seu partido, o PSD, e o apoio formal do MDB e do Republicanos, além de outras agremiações menores, que serão suas aliadas na campanha. O apoio emedebista será restrito ao Diretório de São Luís, uma vez que a direção regional fez uma aliança informal com o candidato do PSB, Duarte Jr.. A vantagem é que os benefícios da aliança com o MDB é que ele incorporará o tempo de Rádio e TV da legenda emedebista à sua campanha, acontecendo o mesmo com o Republicanos.

Eduardo Braide planejou, abriu e pavimentou sozinho a estrada que o trouxe até aqui. Um percurso difícil, no qual enfrentou nada menos que a maioria dos vereadores como oposição e encarou adversários poderosos, como o Palácio dos Leões, por exemplo. Com os vereadores manteve uma convivência difícil, aqui e ali tensionada por decisões incômodas, como veto a projetos de lei, alguns deles derrubados. Mais recentemente, vem encarando uma CPI destinada a colocar em pratos limpos suspeitas de irregularidades em contratos emergenciais da Prefeitura, parecendo que vai dar em nada.

Sua candidatura à reeleição é turbinada por uma gestão ativa e eficiente, segundo avaliações isentas. As intervenções feitas no trânsito, por exemplo, assim como o desempenho nas áreas de saúde e educação, são visíveis. Além disso, a medição de força com o Governo do Estado em relação a obras, particularmente as que alteram a estrutura viária da cidade, tem funcionado como combustível para turbinar sua candidatura à reeleição. Além do mais, exatamente por conta da sua força política e eleitoral, conforme têm demonstrado as diversas pesquisas, o número de concorrentes está resumido ao deputado federal socialista Duarte Jr., que foi seu adversário em 2020, já que os demais não parecem em condições de decolar.

Como é natural em confrontos eleitorais, essa situação de favoritismo o transforma no alvo preferencial de todos os concorrentes, indicando que, na busca da reeleição possível, o prefeito de São Luís poderá enfrentar uma campanha dura. A CPI na Câmara Municipal, por exemplo, será fonte de duros ataques ao seu projeto de poder, como tem deixado claro o seu presidente, vereador Álvaro Pires (PSB), fortemente apoiado pelo presidente do parlamento, vereador Paulo Victor (PSB), seu inimigo político declarado. Se vai resultar em alguma coisa, só o tempo dirá, mas a julgar pela desenvoltura do prefeito em relação ao fato, o processo dificilmente terá impacto importante na campanha.

O cenário desenhado em torno do prefeito Eduardo Braide lhe é inteiramente favorável, à medida que ele reúne as condições políticas e partidárias para levar em frente o seu projeto de poder. A política, porém, tem seus caprichos e seus adversários não querem ser atropelados como indicam as pesquisas até aqui.

PONTO & CONTRAPONTO

Entorno de Duarte Jr. avalia que pesquisa não traduziu a realidade

Aliados de Duarte Jr. alegam que pesquisa não
mediu o peso da convenção e do apoio
do governador Carlos Brandão

Afirmar que não impactou, isso não possível, mas o entorno da candidatura do deputado federal Duarte Jr. (PSB) à Prefeitura de São Luís não pareceu muito impressionado com os números da pesquisa DataIlha, que confirmam o favoritismo do prefeito Eduardo Braide (PSD) e indicam que ele poderá vencer a eleição no primeiro turno. Alguns dos seus integrantes acham que os números não traduziram a realidade.

Partidários do socialista reconhecem o peso dos percentuais, admitem que a campanha será muito difícil, mas avaliam que nada está decidido ainda.

Alguns argumentos: pesquisa foi feita, por exemplo, antes da convenção e da definição da candidata a vice, Isabelle Passinho (PT). Para eles, a inexplicada inclusão da deputada federal Roseana Sarney (MDB) desequilibrou o sentido da consulta, à medida que ela sequer cogitou se candidatar, até porque o seu partido já havia fechado com o prefeito Eduardo Braide. Além disso, a pesquisa foi divulgada exatamente no dia seguinte à convenção do PSB.

Um parlamentar envolvido com a candidatura de Duarte Jr. disse à Coluna que nesse momento o jogo está apenas começando e que a campanha poderá surpreender. Mais ainda, é consenso no grupo que a eleição será decidida em dois turnos.

A conferir nos próximos levantamentos.

Pesquisa mostrou a baixa viabilidade do candidato do PDT

Weverton Rocha lançou Fábio Câmara
como uma aposta do PDT

A pesquisa DataIlha caiu como uma bomba no PDT, por conta da posição crítica do seu candidato a prefeito de São Luís, o ex-vereador Fábio Câmara. Ele apareceu em apenas um cenário com 1% das intenções de voto, atrás dos deputados Wellington do Curso (Novo) com 2,5% e Yglésio Moyses (PRTB) com 1,5%.

Com potencial para se eleger vereador, que era o seu projeto inicial, Fábio Câmara foi convencido a abrir mão de um objetivo alcançável por um projeto eleitoral sem eira nem beira.

Há quem diga que o propósito dos estrategistas do socialismo moreno era transformá-lo num vicem potencial para o prefeito Eduardo Braide, provavelmente esquecidos que o chefe do executivo de São Luís é um político ajuizado.

Lançado pelo presidente do partido, senador Weverton Rocha, como “o nome que vai virar esse jogo”, Fábio Câmara tem tempo para mostrar que pode chegar lá.

São Luís, 25 de Julho de 2024.

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