A visita do ex-presidente Lula da Silva (PT) por São Luís, que durou dois dias da semana que passou, sacudiu intensamente os bastidores da corrida ao Palácio dos Leões, diante da possibilidade de o líder petista manifestar simpatia pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ou pelo senador Weverton Rocha (PDT), mas ele foi embora deixando o cenário como encontrou: com os dois aspirantes se movimentando pela preferência do governador Flávio Dino (PSB). Agora com o tabuleiro sucessório ganhando mais movimento com a presença do secretário de Educação, Felipe Camarão, a mais nova estrela do PT no Maranhão, pré-candidato assumido à Câmara Federal, mas por muitos apontado como uma espécie de “plano c” do governador Flávio Dino na hipótese, muito improvável, de uma crise que venha a inviabilizar as duas candidaturas já postas na aliança governista. De volta à “normalidade” após a passagem de Lula da Silva, Carlos Brandão e Weverton Rocha retomaram suas agendas de pré-campanha, para chegaram em Dezembro devidamente cacifados para encarar a batida de martelo sobre quem vai liderar a chapa que terá Flávio Dino como candidato a senador.
O vice-governador Carlos Brandão, que se manteve discreto durante a visita de Lula da Silva, continua apostando no apoio do PT, principalmente a corrente comandada pela cúpula do partido no Maranhão, representada até aqui pelo presidente Augusto Lobato e que inclui o deputado federal Zé Carlos Araújo, entre outros líderes, como o ex-prefeito Domingos Dutra. As contas de Carlos Brandão incluem o PSB e o PCdoB, ambos com algumas defecções, mas que não altera o eixo central das suas estruturas. Fora do “círculo de ferro” partidário que cerca o governador Flávio Dino, o vice-governador trabalha com vários partidos, esperando agregar a maioria das legendas que integram a aliança liderada pelo governador Flávio Dino. É certo também que ele já conta com gordas fatias do DEM, a exemplo dos deputados Daniella Tema e Paulo, e do MDB, como a deputada Socorro Waquim. Sua agenda de conversas com prefeitos é lotada, só abrindo espaço para os compromissos nos quais ele representa o governador, como inaugurações e lançamento de obras. Carlos Brandão e seus partidários se mostram otimistas.
O senador Weverton Rocha participou intensamente da visita do ex-presidente a São Luís já conta com o apoio declarado do PT de São Luís, comandado pelo ex-vereador Honorato Fernandes, além de vozes de outras correntes que não seguem rigorosamente a liderança de Lula da Silva. Tem o apoio fechado do comando do DEM, do PP e parte do Republicanos, com defecções, e de uma corrente do PSB, representada pelo ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa. Ao mesmo tempo, amarga resistência à sua candidatura dentro do próprio PDT, como a do ex-deputado federal e fundador do partido Julião Amin, que há cerca de duas semanas declarou apoio a Carlos Brandão. O pré-candidato pedetista vem exibindo confiança e mostrando desenvoltura na corrida aos Leões. Cumpre no momento uma programação intensa de campanha, iniciada há duas semanas em Imperatriz, onde reuniu lideranças e simpatizantes num grande ato político. Uma das referências do seu projeto de poder é sua aliança com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), um político em franca ascensão, que tem reforçado o lastro da pré-candidatura do senador pedetista. Partidários e apoiadores acham que Weverton Rocha vai chegar lá.
No contexto da disputa, a movimentação do neopetista Felipe Camarão funciona um recado de que o Palácio dos Leões tem uma reserva de poder que, bem trabalhada, pode resultar numa mudança drástica de cenário. Jovem, boa aparência, bem articulado dentro e fora do Governo e com desempenho elogiado como gestor público, com ativos como o inovador programa Escola Digna. Suas chances de entrar na disputa são remotas, mas em política, alguns meses é tempo suficiente para mudanças radicais.
As engrenagens da política não param. E as que movem a corrida do Palácio dos Leões, já ativadas há tempos, entram agora numa nova escala, que deve levar a uma decisão, que pode ser a escolha de um dos nomes, a manutenção das duas candidaturas, ou a um movimento das forças governistas em torno de uma terceira via.
PONTO & CONTRAPONTO
Lupi diz que Ciro tem palanque confirmado no Maranhão e coloca Weverton em desconforto
Uma situação complicada começa a ser desenhada para o senador Weverton Rocha, que se encontra em plena pré-campanha. Em plena repercussão da visita do ex-presidente Lula ao Maranhão, durante a qual o senador fez questão de se mostrar partidário da candidatura dele a presidente da República, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, jogou um balde de água gelada no esforço que o pré-candidato pedetista vem fazendo para atrair o apoio do PT no estado. Numa entrevista sobre os preparativos do partido para a campanha do candidato presidencial do partido, Ciro Gomes, Lupi declarou simplesmente que o Maranhão é um dos estados onde o palanque para o candidato pedetista a presidente está definido. Ou seja, o palanque para Ciro Gomes n o Maranhão tem de ser necessariamente comandado por Weverton Rocha. Tal situação leva à seguinte indagação: como fica a relação com o PT? Será seus aliados petistas vão engolir o candidato pedetista pedir votos para o candidato do seu partido? Ao fazer tal revelação, Carlos Lupi certamente não lembrou que no Maranhão, mais do que a campanha presidencial, a prioridade é candidatura de Weverton Rocha ao Governo do Estado. Trata-se, portanto, de um abacaxi que deverá ser descascado a portas fechadas no comando nacional do PDT.
Senadores maranhenses não veem futuro no pedido de impeachment de ministro
Se depender dos três senadores maranhenses, o pedido de impeachment do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, protocolado no Senado pelo presidente Jair Bolsonaro terá como destino o arquivo morto da Câmara Alta. Primeira a se manifestar sobre o assunto, a senadora Eliziane Gama (Cidadania), uma das vozes oposicionistas mais firmes na Casa, fulminou a iniciativa presidencial: “O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes tem pouquíssima chance de ser aprovado. Os ataques ao ministro devem-se a sua atuação rigorosa no combate às fake news, que tanto afetam a democracia. O presidente tensiona ainda mais as relações e caminha a passos largos para a ingovernabilidade”. Por sua vez, o senador Weverton Rocha (PDT) também criticou o pedido de impeachment e sugeriu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que se declarou contrário, recuse gesto do presidente da república, o indefira e mande o pacote para o arquivo. A Coluna não ouviu o senador Roberto Rocha (sem partido), mas uma fonte próxima dele disse que ele não vê futuro na iniciativa, mas não vai criticar o presidente, de quem é aliado.
São Luís, 22 de Agosto de 2021.
O Governador do Maranhão, Dino, está falando asneiras nesse momento, dia 23 de agosto 2021, às 19:15, como sempre, na BandNews, sobre o 7 de setembro. Dando uma de Santinho do Pau Oco. Falando asneiras para o Brasil todo. Deus me livre desse papinho de comunistinha. Não sou obrigado a ouvir isso não, por favor! Please! pare com isso. Fale para os deles, não para o Brasil. Nos poupe.