Arquivos mensais: agosto 2019

Othelino Neto abre canal ousado e inovador com a sociedade e amplia protagonismo do presidente do Legislativo

 

Othelino Neto com os deputados Glaubert Cutrim (PDT), Rafael Leitoa (PDT), Duarte Jr. (PCdoB), Adelmo Soares (PCdoB), o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB) e o deputado Dr. Yglésio (PDT) na retomada dos trabalhos da Assembleia Legislativa

A nova realidade da comunicação produziu ontem uma mudança decisiva na relação do presidente da Assembleia Legislativa com a sociedade. O passo além foi a primeira edição do podcast (arquivo digital em áudio e vídeo) “Diálogo com Othelino”, por meio do qual o presidente Othelino Neto (PCdoB) inaugurou um canal de comunicação direto com o cidadão, a quem relatará semanalmente tudo o que acontecer no comando, no plenário e na máquina administrativa do Poder Legislativo, incluindo até os gastos. A primeira edição do canal tem 23 minutos e 36 segundos, tempo em que o presidente da Assembleia Legislativa, numa linguagem direta e franca, ora enfática e ora didática, resume o que é, o que faz, para que serve e como funciona o Poder Legislativo. O roteiro da sua fala inclui o perfil político atual do Poder, a grande renovação no pleito de 2018, a motivação dos deputados novos e dos com mais de um mandato, mostrando o que realizaram até aqui: 368 Projetos de Lei, mais de 900 indicações e 440 requerimentos. O presidente define o momento como politicamente “efervescente”.

Em tom quase didático e sem o peso formal da gravata, o presidente Othelino Neto explica como funciona o sistema legislativo, a importância das Comissões Técnicas na análise dos projetos e proposições, assim como a caminhada até o plenário, que é soberano e tem palavra final sobre qualquer tema que lhe seja submetido. Mostra também que a Casa é necessariamente plural, com opiniões diversas, com Situação e Oposição, o que faz a sua essência como instituição democrática. E anota que o seu papel como presidente é funcionar como mediador nos confrontos causados pelos choques das diferenças políticas e ideológicas. Essa mediação, explica, feita pelo diálogo, ocorre também na relação com os Poderes Executivo e Judiciário, que devem conviver em harmonia, mas sem abrir mão das suas prerrogativas constitucionais. Othelino Neto chama a atenção para a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) de alimentar tensões nas relações entre o Excetivo e o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, classificando-a como um mau exemplo. “No Maranhão é diferente. Os Poderes dialogam”, explica.

O presidente enfatiza a cultura da transparência que, segundo afirma, vem ganhando espaço no Poder Legislativo, bem como os esforços para modernizar os procedimentos aposentando alguns instrumentos – como a eliminação do uso do papel, por exemplo – associados à redução de gastos. A chave desse processo tem sido os investimentos em tecnologia, a começar por programas de computador, que armazenam informações e agilizam os processos, facilitando a vida dos deputados e garantindo mais qualidade às suas atividades.

Ao criar esse canal de comunicação e instituir esse procedimento, o deputado Othelino Neto pode ter mudado, em caráter definitivo, o papel do presidente da Assembleia Legislativa. Sim, porque não se trata de uma entrevista eventual a uma emissora de rádio ou de TV, nem de um contato rotineiro com jornalistas. Pelo conteúdo do podcast, ele deu a largada num processo que terá de manter com a mesma qualidade e   credibilidade durante os três anos e meio de mandato presidencial que tem pela frente. E que ganhará a força de um procedimento irreversível, um legado de uso obrigatório pelos deputados que o sucederão na presidência do Poder Legislativo. Jornalista que é por formação, o presidente da Assembleia Legislativa sabe que o passo que deu com a primeira edição do “Diálogo com Othelino” tem a dimensão de uma inovação audaciosa e de poder transformador. Na sua fala, ele registra que o cidadão-eleitor está antenado, procura se informar para medir o desempenho dos políticos. Daí não haver dúvida de que o podcast semanal será, com certeza, uma referência que poderá ser decisiva na formação do juízo que a sociedade formará do Poder Legislativo.

Não bastasse o seu conteúdo inovador, o podcast inaugurado ontem pelo presidente da Assembleia Legislativa tem uma estrutura e uma embalagem estética de qualidade visual superior, com imagens em azul e negro que exprimem a força da política e o peso da História.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Vereadores voltam com o desafio de discutir e aprovar um Plano Diretor de fato para São Luís

O presidente Osmar Filho lançou, na manhã de ontem, o programa GeneroCidade durante a sessão de reabertura dos trabalhos da Câmara Municipal de São Luís

Sob o comando do presidente Osmar Filho (PDT), a Câmara Municipal de São Luís retomou suas atividades com uma responsabilidade que é também um desafio: debater e dar forma definitiva ao Plano Diretor do Município. A responsabilidade se dá no sentido de que, agora mais do que nunca, com a transformação de fato numa cidade com 1,1 milhão de habitantes e de estar-se transformado efetivamente numa metrópole, São Luís precisa de um planejamento macro, que lhe dê as condições estruturais para garantir acomodação, mobilidade assistência à sua população. E o desafio dos vereadores é realmente compreender a dimensão que a cidade ganhou nas duas primeiras décadas deste século, de modo a dotá-la de instrumentos legais e de planejamento capazes de torná-la habitável agora e nos tempos que estão a caminho. São Luís precisa, por exemplo, resolver, urgentemente, o grave problema de ocupação do solo, tanto na área urbana como no seu território rural, pois não é mais possível o surgimento de ocupações descontroladas como a Cidade Olímpica, uma cidade de pequeno porte sem água, energia, rede de esgoto, urbanização mínima, transporte nem uma estrutura básica de assistência social, como escola, postos de saúde, delegacia de polícia, enfim, o necessário para atender minimamente a uma população de 100 mil pessoas. Outros exemplos: Coroadinho e seus “bairros”, Sol e Mar, Vila Luizão, entre outras ocupações comandadas por líderes comunitários inescrupulosos, políticos aproveitadores, quadrilhas de traficantes e comerciantes desonestos, grupos que, cada um ao seu modo, exploram e manipulam a massa de pobres ali concentrada. Um Plano Diretor consistente e sintonizado com a realidade atual vai muito além de um documento meramente técnico, que diga o que e onde construir. Respeitada sua área central, uma joia arquitetônica elevada à condição de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, São Luís precisa ser repensada e planejada estruturalmente, pensando na sua população crescente e nos desafios de crescer como centro turístico, de vir a ser a sala de recepção da nova era da Base de Alcântara, de acomodar demanda provável com a ampliação do Complexo do Itaqui, da possível Base Naval da Quinta Frota, entre outros projetos que estão a caminho. Com a palavra os 31 vereadores, que vão discutir o Plano Diretor às vésperas das eleições municipais, que decidirão o futuro de cada um.

 

PDT só tem três caminhos para disputar a Prefeitura de São Luís no pleito do ano que vem

Weverton Rocha 

De uma fonte bem situada na aliança partidária comandada pelo governador Flávio Dino (PCdoB): sem um candidato com poder de fogo maior do que a conveniência partidária, o PDT tem hoje três caminhos para a corrida eleitoral para a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.. O primeiro é lançar um candidato próprio, que no momento só podem ser o presidente da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho, ou o deputado estadual Dr. Yglésio. O segundo é costurar uma parceria com o DEM em torno do deputado estadual Neto Evangelista. E o terceiro é abraçar um candidato forte do PCdoB – o deputado federal Rubens Jr. ou o deputado estadual Duarte Jr. -, emplacando o candidato a vice. Na avaliação da mesma fonte, que sabe o que o diz nesse campo, pelo cenário do momento, a alternativa mais viável seria investir forte no projeto de candidatura do deputado Dr. Yglésio, que pode construir uma base política e aumentar o seu potencial eleitoral. E a alternativa menos viável, quase impossível de ser levada a cabo, seria a indicação de um vice numa chapa liderada por um candidato do PCdoB. Faz sentido, principalmente se a análise levar em conta os projetos do senador Weverton Rocha, que conta com a força do Palácio de la Ravardière para seguir em frente.

São Luís, 05 de Agosto de 2019.

Deputados voltam ao trabalho com agenda de temas graves, decisões políticas de peso e guerra por Prefeituras

 

Plenário da Assembleia Legislativo viverá no semestre uma agenda importante e realizará debates políticos fortes, sob o comando do presidente Othelino Neto

A Assembleia Legislativa retoma suas atividades nessa segunda-feira (05) com alguns traços diferenciados e uma agenda robusta. Começa que os novos deputados, que viveram o aprendizado no primeiro semestre legislativo, ingressarão no segundo mais experientes, com uma compreensão mais ampla e consistente da atividade parlamentar, contando, portanto, com a oportunidade de aprimorar suas atuações como legisladores e representantes políticos da sociedade. Eles estão situados num ambiente nacional de tensão política, com a responsabilidade de se posicionar pela normalidade institucional ameaçada pelos humores autoritários do poder conservador instalado em Brasília, contra o qual o governador Flávio Dino (PCdoB) tem se posicionado com autoridade e firmeza. Ao mesmo tempo, o semestre deve intensificar e ampliar o grande debate sobre o futuro dos municípios, com a antecipação dos embates pré-eleitorais pelo controle das prefeituras. Nesse contexto em que deve funcionar como pilar garantidor da estabilidade democrática, a Assembleia Legislativa estará sob o comando firme e equilibrado do deputado Othelino Neto (PCdoB), cuja presidência vai se consolidando a cada dia como uma garantia do equilíbrio entre os Poderes.

No que respeita ao cenário nacional, os deputados estaduais maranhenses podem perfeitamente funcionar como o elo entre comunidades e os deputados federais e senadores, chamando-lhes a atenção para as dificuldades e as necessidades das suas bases, como fazem atuando como porta-vozes junto ao Palácio dos Leões. Questões como o Pacto Federativo, principalmente no que diz respeito à divisão do bolo tributário, na qual a União fica com a parte gorda e os municípios são obrigados a administrar algumas migalhas, estão em aberto. (Frentes parlamentares poderiam, por exemplo, apoiar formalmente a Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) na guerra que a entidade municipalista trava para evitar o bloqueio do FPM, sem o qual muitos municípios mergulham no caos). Os deputados devem também estar preparados para o debate que virá se o Senado da República decidir incluir Estados e Municípios na Reforma da Previdência, bem como a posição Maranhão na Reforma Tributária anunciada.

Agora com seis meses de mandato, e certamente mais antenados para um jogo bem mais amplo e decisivo, os deputados estaduais maranhenses não podem perder de vista o momento político que o Maranhão está vivendo com o protagonismo do governador Flávio Dino no cenário nacional. Independentemente da sua condição partidária e ideológica, cada um deve ter opinião formada sobre esses movimentos e contribuir para o grande debate que está sendo travado sobre o futuro político do Maranhão no cenário nacional. Seja qual for a opinião, é importante que ela seja exposta e debatida, porque as conclusões dos debates podem ser importantes na evolução dos acontecimentos.

Mas o grande mote da ação política dos deputados serão, sem dúvidas, os preparativos para as eleições municipais de 2020. Pelo simples fato de que o resultado das urnas selará o futuro de muitos dos atuais parlamentares, já que são os prefeitos e vereadores que atuam como o suportes dos seus mandatos. Há guerras políticas localizadas em vários municípios importantes, a começar por São Luís, onde quatro deputados lutam para viabilizar candidaturas à prefeito de São Luís, travando luta ainda surda nos bastidores: Neto Evangelista (DEM), Duarte Jr. (PCdoB), Wellington do Curso (PSDB) e Dr. Yglésio (PDT); em Bacabal, o confronto se dá entre o deputado Roberto Costa (MDB), que apoia o prefeito Edvan Brandão, e o deputado Carlinhos Florêncio (PCdoB), que faz oposição; em Barra do Corda, a guerra se dá entre o deputado Rigo Teles (PV), que faz oposição ao prefeito Eric Costa (PCdoB), e o deputado Fernando Pessoa (Solidariedade), que o apoia; em Presidente Dutra, uma disputa está se desenhando entre a deputada Daniella Tema (DEM) e o deputado Ciro Neto (PP), e em Caxias, onde mesmo havendo esforços de composição, está em curso a guerra declarada entre o deputado Zé Gentil (PRB), que apoia o prefeito Fábio Gentil (PRB), seu filho, e a deputada Cleide Coutinho (PDT), que tenta segurar o legado do ex-deputado Humberto Coutinho. Esses e outros vários exemplos dão bem a dimensão e o tom que pode ganhar a disputa municipal no plenário do Palácio Manoel Beckman a parte dessa semana.

Temas complexos, situações e cenários movimentados à parte, os deputados estaduais do Maranhão voltam ao trabalho conscientes das suas obrigações institucionais: legislar, fiscalizar e debater os problemas da sociedade.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Maranhão leva experiência usada em Pedrinhas para ajudar a conter a crise penitenciária no Pará

Flávio Dino manda apoio para Heldar Barbalho resolver crise penitenciária

Numa ação articulada com o governador Hélder Barbalho (MDB), o governador Flávio Dino (PCdoB) mandou agentes do Sistema Penitenciário ao Pará para ajudar na solução da crise que culminou na morte por estrangulamento, decapitação e asfixia de 57 detentos numa guerra entre facções criminosas numa prisão de Altamira. A iniciativa é o resultado de uma experiência em andamento no Sistema Penitenciário do Maranhão, que tem o Complexo de Pedrinhas como epicentro, e que já foi palco das maiores atrocidades em confronto entre bandidos – motins, assassinatos brutais e decapitações, como as ocorridas em 2013, que chocaram o País, quando essas organizações agiram de dentro para além dos muros penitenciários acionando sua turma para incendiar ônibus, gerar pânico na sociedade e deixar claro que elas tinham a força. O Governo Flávio Dino encarou o problema com determinação política, fez os investimentos possíveis em estrutura, organização e humanização, e tirou o Complexo de Pedrinhas e seus apêndices da lista dos bolsões mais violentos do Sistema Prisional nacional. Hoje, o Governo do Maranhão é um dos mais investem em Segurança Pública e é o que mais avançou nos últimos anos em organização penitenciária. O Complexo de Pedrinhas certamente ainda não um modelo, certamente guarda problemas, mas já uma realidade muito diferente do que era recentemente, a ponto de ter se tornado uma referência já procurada por vários Governos encrencados com essa chaga brasileira, como o do Pará, por exemplo, onde as facções dão as cartas nos porões de um sistema de segurança corrompido de cabo a rabo. Alguns ainda afirmam que não é bem assim – e é saudável que opositores do Governo e vozes críticas independentes se mantenham ativos -, mas não há como negar que a realidade nesse campo mudou no Maranhão. E muito.

 

Investida de Astro de Ogum no MDB não foi recebida com simpatia por boa parte do partido

Astro de Ogum: tudo indica que não terá espaço no MDB

Tudo indica que o MDB não será a base partidária a partir da qual o vereador Astro de Ogum (PL) lançará sua pretensa candidatura a prefeito de São Luís. Ali, vozes da banda mais jovem do partido não simpatizaram nem um pouco com a “visita surpresa” do dublê de político e babalorixá à sede do partido, na semana passada, onde conversou com o ex-presidente José Sarney e o presidente emedebista, ex-senador João Alberto. Acham que Astro de Ogum não se encaixa na visão do partido e que não tem o perfil adequado para representá-lo numa corrida eleitoral dessa dimensão. Nos bastidores emedebistas corre que o ex-presidente José Sarney, mesmo tendo sido cortês com o vereador, não teria simpatizado com a ideia de o vereador ingressar no partido para ser candidato a prefeito da Capital. Astro de Ogum, como é sabido, está afastado da aliança liderada pelo PDT em São Luís. Ele não esconde a insatisfação de ter sido atropelado pelo vereador Osmar Filho (PDT) quando pretendeu emplacar mais um mandato de presidente da Câmara Municipal. Para muitos, faz um jogo esperto para se manter em evidência e se cacifar para renovar seu mandato em 2020. Falta definir por qual partido, porque estaria fritado no PL, que é comandado com mão de ferro pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho.

São Luís, 04 de Agosto de 2019.

Planalto quer tomar Capitais em 2020, e São Luís pode ter candidato bolsonarista com aval do Planalto

 

Alan Garcez, Ribamar Pinheiro, Roberto Veloso, Wellington do Curso, Roberto Rocha e Edilázio Jr.: um deles pode disputar a Prefeitura de São Luís em 2020 com a bandeira do bolsonarismo como parte de uma estratégia concebida pelo Palácio do Planalto  

Há duas semanas, a consagrada colunista Dora Kramer, de Veja, fez uma revelação: “O aviso aos navegantes do barco de Jair Bolsonaro foi dado: reúnam suas tropas, recarreguem as baterias e disputem as eleições municipais de 2020 com a gana de um exército disposto a ocupar o máximo de território no cenário nacional”. A colunista acrescentou: “A ideia é repetir, ao menos nas capitais e nas grandes cidades, o embate de 2018 entre os chamados conservadores e os ditos progressistas”. E fechou a equação: “(O presidente) já compartilhou com mais de um interlocutor a intenção de formar uma legião de candidatos país afora, independentemente de filiação partidária. O critério é o mesmo aplicado a tudo o mais que diz respeito ao presidente: afinidade de ideias, propósitos e procedimentos. Além de, obviamente, compromisso com a reeleição para a Presidência”. Os estrategistas do Palácio do Planalto apostam alto que até meados do ano que vem as medidas econômicas comecem a dar resultados, transformando o atual cenário de instabilidade na política e incertezas na economia num ambiente que permita a candidatos bolsonaristas entrar, com alguma chance, na disputa por prefeituras.

Por mais que sejam remotas as possibilidades de candidatos bolsonaristas, oficiais ou oficiosos, virem a ocupar espaços expressivos em São Luís e em cidades como Imperatriz e Caxias, por exemplo, a revelação do plano do Palácio do Planalto para as eleições municipais do ano que vem é um bom motivo para que as forças que comandam o estado se coloquem em estado de alerta, façam a leitura correta dos sinais e se preparem para o que vier por aí na guerra eleitoral que se aproxima.

Em São Luís, até o momento, os nomes de extrema-direita que já manifestaram interesse em entrar na disputa, como o médico Allan Garcez e o coronel aposentado Ribamar Pinheiro, ambos do PSL, não são levados a sério por líderes partidários, por serem, de fato, política e eleitoralmente inexpressivos. Mas há também bolsonaristas por afinidade, mas menos conservadores, como o senador Roberto Rocha (PSDB), por exemplo, que pode convencer o deputado Wellington do Curso (PSDB), que aparece bem posicionado nas pesquisas, a assumir a bandeira do conservadora na corrida ao Palácio de la Ravardière. Ou ele próprio, que foi eleito vice-prefeito em 2012, na chapa do prefeito Edivaldo Holanda Jr., pode se lançar candidato a prefeito com as bênçãos do presidente, de quem já se declarou amigo e com quem tem fortes afinidades políticas, sendo hoje um dos seus aliados mais ativos no Senado.

E nos movimentos da ciranda da política, outros nomes podem entrar na corrida sucessória em São Luís abraçando o discurso conservador e exibindo afinidades com o presidente Jair Bolsonaro, caso seu Governo exiba algum resultado animador nos próximos meses. É o caso do juiz federal Roberto Veloso, que embalado pelos estímulos do ministro Sérgio Moro, de quem já se disse candidato, pode entrar em cena, empunhar a bandeira da extrema-direita e tentar suceder ao prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT). Não será surpresa também se o deputado federal Edilázio Jr. (PSD) viera a ser o nome do Palácio do Planalto.

O fato é que, de acordo com a revelação da colunista Dora Kramer, o presidente Jair Bolsonaro e sua turma estão dispostos a jogar pesado em 2020. E nesse contexto não será surpresa se dedicarem atenção especial a São Luís.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Rocha luta pela relatoria da indicação de Eduardo Bolsonaro embaixador nos EUA

Roberto Rocha: se for relator dará voto favorável à ida de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos

O senador Roberto Rocha é um dos quatro membros da Câmara Alta que disputam a relatoria do processo de indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o mais importante a cobiçado posto da diplomacia brasileira, na Comissão de Relações Exteriores. Roberto Rocha, que é líder da bancada do PSDB, mede forças com os senadores Randolfe Rodrigues (Rede) e Marcos Val (Cidadania), ambos críticos ferrenhos da indicação e votariam contra, e com o senador Chico Rodrigues (DEM), que é amigo da família do presidente e emprega no seu gabinete o famoso e controvertido primo Leo Índio, que funciona como uma espécie de X-9 de 01, 02 e 03. Na contramão da maioria dos senadores tucanos, Roberto Rocha já defendeu publicamente a escolha do presidente, rebatendo, com ar de indignação, as críticas à nepótica indicação. Seu alinhamento ao Palácio do Planalto já vai muito além das afinidades políticas, tendo evoluído para o plano da amizade com o presidente Jair Bolsonaro. Daí a certeza geral de que, caso seja escolhido relator, não hesitará em recomendar entusiasticamente a nomeação do fritador de hambúrguer no Meine para comandar a diplomacia brasileira em Washington.

 

Weverton Rocha afaga Osmar Filho para manter o PDT harmonizado

Weverton Rocha afaga Osmar Filho ao apontá-lo como possível nome do PDT

O vereador Osmar Filho, presidente da Câmara Municipal, ganhou forte injeção de ânimo no seu projeto de sair candidato do PDT à Prefeitura de São Luís. Ele foi incentivado por ninguém menos que o senador Weverton Rocha, que o definiu como um “dirigente jovem, um vereador que tem mostrado coragem de enfrentar os problemas e de dialogar com a comunidade. Sempre foi bem votado dentro de São Luís e é um nome forte sim, para a disputa”. O afago do presidente do PDT no presidente da Câmara é uma jogada eticamente correta e politicamente inteligente para evitar um mal-estar dentro do seu partido afinal, não ficaria bem o senador Weverton Rocha tratar um membro destacado do seu partido, chefe de um poder no âmbito municipal, ignorando o fato de ele ter se lançado pré-candidato à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr.. Mais do que qualquer outro líder pedetista, o senador Weverton Rocha sabe que o vereador Osmar Filho ainda não dispõe de um suporte político e eleitoral para disputar a Prefeitura de São Luís com alguma chance de vitória. Tanto que trabalha seriamente na construção de uma aliança com o DEM, tendo o deputado estadual Neto Evangelista como opção de candidatura. Mas, como líder partidário já tarimbado, para muitos já com o status de raposa, joga bem para manter o arraial pedetista em harmonia até que chegue a hora da verdade.

São Luís, 02 de Agosto de 2019.

Weverton Rocha descarta disputar a Prefeitura de São Luís e foca seus movimentos na direção do Palácio dos Leões em 2022

 

Weverton Rocha concede entrevista no Senado, de onde só pretende sair se for para o Palácio dos Leões

O senador Weverton Rocha (PDT) mandou ontem para o espaço todas as possibilidades de vir a ser candidato à prefeito de São Luís nas eleições do ano que vem. Em áudio publicado no blog Marrapá, comandado pelo bem informado jornalista Leandro Miranda, o senador pedetista foi claro e taxativo: “Quero agradecer a lembrança do nosso nome, mas de já quero adiantar que nós não estamos nesse debate”. E justificou afirmando que está compromissado em brigar para melhorar a vida dos maranhenses, em respeito aos quase dois milhões – foram exatamente 1.997.443 – que o escolheram para representá-los no Senado Federal. Weverton Rocha respondeu a uma provocação jornalística causada por especulações segundo as quais, por falta de um nome forte no PDT, ele poderia vir a ser candidato à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT). Sua negativa foi absolutamente previsível, uma vez que, além de encontrar-se fortemente envolvido com o mandato senatorial, a única disputa eleitoral escrita com letras garrafais na sua agenda é a corrida pelo Palácio dos Leões em 2022.

Não há dúvidas de que, como comandante maior do PDT, o senador Weverton Rocha enfrenta uma grave falta de quadros com expressivo peso político e eleitoral dentro do partido que comanda. Um problema que ganha dimensão nada desprezível quando o cenário aponta que o partido corre risco de perder o comando da Prefeitura da Capital, a mais importante do estado. Por dois motivos muito claros. O primeiro é exatamente a falta de um pedetista com cacife político e eleitoral, e o segundo é o fato, indiscutível, de que a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. será disputada por vários candidatos fortes, a começar pelo deputado federal Eduardo Braide (Podemos) e líder absoluto nas pesquisas realizadas até aqui, e o deputado estadual Duarte Jr., um candidato a fenômeno eleitoral que saiu das urnas de São Luís como o mais votado para a Assembleia Legislativa em 2018.

No impreciso e volúvel universo das especulações, é perfeitamente natural que, diante desse drama do PDT, o próprio senador Weverton Rocha seja eventualmente colocado no cenário como solução possível e mais viável. Até mesmo alguns pedetistas bem situados avaliam que entre um mandato de senador e a Prefeitura de São Luís, preferem a segunda, por considerarem-na uma importantíssima fonte de poder político. A maioria da elite pedetista, no entanto, tem um entendimento radicalmente diferente, preferindo perder a mais preciosa joia municipal do estado a abrir mão de um mandato senatorial que pode levar o chefe maior do PDT ao Governo do Estado em 2022 ou em 2026, dependendo das circunstâncias.

Ao decidir não entrar na corrida pelo Palácio de la Ravardière, o senador Weverton Rocha sinaliza claramente que está determinado a viabilizar o projeto maior de chegar ao comando do Estado. Mas sabe que para isso precisará do suporte político do futuro prefeito de São Luís, sendo, portanto, fundamental elegê-lo. E diante da circunstância de não dispor de um nome forte para carregar o estandarte pedetista, trabalha com um “plano B”, que é consolidar uma aliança com o DEM e apoiar a candidatura do deputado estadual Neto Evangelista. Ou, num outro cenário, negociar uma aliança com o PCdoB em torno do candidato do Palácio dos Leões, que pode ser o deputado estadual Duarte Jr., ou deputado federal licenciado Rubens Jr., atual secretário das Cidades.

Um terceiro motivo para o senador Weverton Rocha não se candidatar a prefeito de São Luís: ele precisa usar toda sua energia política, sua liderança partidária e sua capacidade de organização e articulação para comandar o PDT na briga por prefeituras em pelo menos 130 municípios, o que jamais conseguiria se entrasse na disputa em São Luís.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Disputa em Imperatriz será polarizada entre Assis Ramos e Professor Marco Aurélio

Assis Ramos e Marco Aurélio devem polarizar; Sebastião Madeira e Ildon Marques travarão uma guerra paralela

Todas as evidências indicam que a disputa pela Prefeitura de Imperatriz, a segunda maior do estado, caminha para uma polarização entre o prefeito Assis Ramos (DEM) e o deputado estadual Professor Marco Aurélio (PCdoB). Ainda que possa haver outros candidatos, como os ex-prefeitos Sebastião Madeira (PSDB) e Ildon Marques (PP), por exemplo, o desenho do embate eleitoral na Princesa do Tocantins dificilmente mudará, exatamente pelo fato de que Assis Ramos tem a seu favor a poderosa máquina administrativa municipal e Professor Marco Aurélio conta com o poder de fogo do Palácio dos Leões. O prefeito já começa a trabalhar focado no projeto de reeleição, inaugurando obras e agilizando as que estão em andamento, numa maratona muito mais intensa do que algum tempo atrás. Por sua vez, Professor Marco Aurélio vem aos poucos assumindo a condição de pré-candidato governista e assumindo o papel de principal representante político do Governo Flávio Dino, inclusive fazendo um acompanhamento exigente das obras do Governo em desenvolvimento na antiga Vila do Frei. Se entrar mesmo, o tucano Sebastião Madeira só levará os resultados dos seus oito anos no comando da cidade, que qualifica como revolucionários. É o caso de Ildon Marques, que governou a cidade primeiro como interventor, nomeado no primeiro mandato de Roseana Sarney no Governo do Estado, em 1995, e depois como prefeito em dois mandatos. Os dois ex-prefeitos devem travar uma disputa para ver quem irá mais longe.

 

Lei de Fábio Macedo abre novo horizonte na luta contra o alcoolismo no Maranhão

Fábio Macedo: boa lei reflete o drama que ele próprio enfrenta

O deputado estadual Fábio Macedo (PDT) volta hoje ao batente na Assembleia Legislativo com o que se pode definir como um troféu arduamente conquistado: a sanção, pelo governador Flávio Dino, de projeto de lei de sua autoria que institui no estado a Política de Atenção, Acompanhamento e Tratamento do Alcoolismo. A nova lei estadual abrirá caminho para uma nova política de prevenção, controle e assistência às pessoas com dependência alcoólica. O parlamentar justifica o seu importante produto legislativo: “O alcoolismo é um problema de saúde grave, que atinge homens e mulheres no Maranhão. Nossa lei implementa uma rede de atenção e cuidados aos dependentes do álcool, através de ações de educação, proteção, recuperação da saúde e prevenção de danos”. A lei prevê ações conjuntas das secretarias estaduais da Saúde, Educação, Trabalho e Economia Solidária, Mulher, Segurança Pública e Ciência, Tecnologia e Informação, de modo que a política pública compreenderá três níveis de atenção: básica, média e alta complexidade.

Com a sua conquista, o deputado Fábio Macedo dá a milhares de maranhenses que amargam a dependência alcoólica a oportunidade de contar com o apoio do Estado para lutar contra esse grave problema de saúde. A chave da sua motivação para legislar nessa área é ele próprio, que vem lutando há tempos para livrar-se do uso do álcool. Essa dependência várias vezes o levou a viver situações dramáticas, como o escândalo que, alcoolizado, produziu há alguns meses em Teresina, durante um show do cantor “Cachorrão”, quando perdeu o controle, brigou e só não foi preso no Piauí por interferência do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), que conseguiu a sua liberação.

A lei agora sancionada demonstra que, além de prestar um bom serviço à luta contra o flagelo do alcoolismo, o deputado Fábio Macedo realizou, com a lei, um excelente trabalho parlamentar.

São Luís, 01 de Agosto de 2019.