Arquivos mensais: março 2018

Roberto Rocha disputará Governo e PSDB diz que José Reinaldo pode ter vaga de candidato a senador

 

Roberto Rocha: candidatura ao Governo do Estado e irreversível
Roberto Rocha: candidatura ao Governo do Estado é decisão partidária irreversível

O martelo foi batido no PSDB: o senador Roberto Rocha será candidato ao Governo do Estado, não havendo a mais remota possibilidade de ele vir a desistir desse projeto para apoiar a ainda eventual candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) ao Palácio dos Leões. E a explicação para essa decisão irreversível é a seguinte: uma candidatura do PSDB na corrida ao comando do Estado é de importância estratégica para o projeto do partido de disputar a presidência da República, o que, tudo indica, ocorrerá tendo como candidato o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Mais ainda: se o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (ainda sem partido) quiser, será o candidato do PSDB ao Senado. E de acordo com o secretário geral do braço maranhense do PSDB, o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira, o PSDB está aberto a coligações, mas dispõe de suporte e tempo de rádio e TV suficiente para tocar sua própria campanha, independentemente de qualquer aliança que possa vir a comprometer a sua autonomia.

O posicionamento do PSDB funciona como uma ducha de água gelada nas articulações feitas pelo próprio José Reinaldo objetivando construir uma aliança entre Roberto Rocha e Eduardo Braide e na qual viesse a sair como candidato a senador. A posição do comando nacional do PSDB de lançar um tucano ao Governo do Estado é fato consumado e irreversível e exige que o senador Roberto Rocha jogue sua candidatura na rua tão logo a cúpula do PSDB confirme a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin. O projeto prevê a candidatura de Roberto Rocha como uma espécie de ponta de lança para propagar o nome de Alckmin nos mais diversos rincões do Maranhão. Não há como ser diferente. E vale lembrar que esse sempre foi o projeto do senador Roberto Rocha, que se elegeu pelo PSB.

O posicionamento do PSDB inviabiliza qualquer projeto de aliança que não tenha Roberto Rocha como candidato a governador. O mundo das especulações já “testou” várias equações, mas nenhuma delas reverte a linha central do plano nacional que movimentará o partido nesta corrida eleitoral. E o senador tucano se encaixa perfeitamente nesse projeto, decidido que está a ser candidato a governador e fazer a diferença no confronto direto com o governador Flávio Dino (PCdoB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e o próprio Eduardo Braide, se este vier a confirmar sua candidatura. Ninguém duvida que será um confronto duro e agressivo, mas que não inibirá alianças num eventual segundo turno. Um exemplo: se Geraldo Alckmin for para o segundo turno com o coronel Jair Bolsonaro (?) é quase certo que as forças de esquerda lideradas pelo governador Flávio Dino se aliarão ao candidato dos tucanos ao Palácio do Planalto, tendo como objetivo primeiro a derrota do candidato presidencial da extrema direita.

Na avaliação da cúpula do PSDB, o senador Roberto Rocha tem condições de enfrentar o governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney de igual para igual nos embates da campanha eleitoral. Rocha tem usado as redes sociais para mostrar que topa a briga, certo de que poderá ser o adversário do governador num eventual segundo turno. Sabe, por outro lado, que Flávio Dino é um dos políticos mais preparados e qualificados em do País, e que Roseana Sarney levará para sua campanha a experiência acumulada de quatro períodos de governos. Portanto, dois pesos pesados, com a diferença de que o governador é, de longe, o adversário mais difícil de ser enfrentado.

Na versão de tucanos de proa, a participação do senador Roberto Rocha na corrida ao Palácio dos Leões é fato decidido e que não está em discussão. E que poderá ser reforçada com a candidatura do ex-governador José Reinaldo Tavares ao Senado, se ele, depois de uma mal sucedida incursão pelo socialismo, resolver se converter à versão tucana de liberalismo.

PONTO & CONTRAPONTO

 

PSDB sofre mais um golpe: Luis Fernando Silva e Neto Evangelista migram para o DEM

Neto Evangelista e Luis Fernando Silva no ato de filiação no DEM
Neto Evangelista e Luis Fernando Silva se filiam ao DEM

Depois de perder o vice-governador do Estado e mais de uma dezena de prefeitos, que migraram de uma só vez para o PRB, comandado no Maranhão pelo deputado federal Cléber Verde, o PSDB sofreu ontem mais um duro processo de emagrecimento com a migração de Luiz Fernando Silva, o prefeito de São José de Ribamar, e do deputado estadual licenciado Neto Evangelista, atual secretário de Estado de Desenvolvimento Social, para o Democratas. A filiação dos dois (DEM) está sendo vista por observadores atentos como mais um lance bem sucedido do presidente estadual do partido, deputado federal Juscelino Filho, que trava uma queda de braço com o deputado federal José Reinaldo, pelo comando do partido (o ex-governador está com um pé na legenda, mas quer a garantia de ter o controle, que foi dado ao jovem deputado federal há alguns meses). A filiação de Luis Fernando Silva e Neto Evangelista no DEM consuma o processo traumático de esvaziamento do PSDB no Maranhão, faltando apenas a definição do deputado estadual Sérgio Frota, que está de malas prontas para desembarcar no PR, formando uma parceria política e eleitoral com o deputado Josimar de Maranhãozinho, pré-candidato a deputado federal. Trata-se de um golpe duro no prestígio do senador Roberto Rocha e do ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que têm agora o desafio de devolver robustez ao PSDB no Maranhão

 

Luciano Leitoa e Bira do Pindaré confirmados no comando do PSB maranhense

Luciano Leitoa e Bira do Pindaré confirmados no comando do PSB no Maranhão
Luciano Leitoa e Bira do Pindaré confirmados no comando do PSB 

A reeleição da cúpula nacional do PSB, no final da semana que passou, manteve no comando a corrente mais à esquerda do partido, confirmou o prefeito de Timon, Luciano Leitoa (eleito membro da Executiva Nacional), na presidência do partido no Maranhão, e o deputado estadual Bira do Pindaré (eleito membro do Diretório Nacional) como chefe maior da agremiação em São Luís. A eleição zerou a possibilidade de a legenda voltar à área de influência do senador Roberto Rocha, e inviabilizaria também qualquer movimento do ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares de permanecer nos seus quadros. Se a corrente liderada pelo vice-governador de São Paulo, ???? França, tivesse vencido a queda de braço interna, o PSB maranhense seria provavelmente entregue a um aliado do senador Roberto Rocha. A reeleição do presidente Carlos Siqueira, no entanto, reafirmou o domínio da corrente de esquerda, que tinha no ex-governador pernambucano Eduardo Campos o seu maior líder – seu avô, o lendário líder de esquerda Miguel Arraes, refundou o partido depois da queda da ditadura. Roberto Rocha e José Reinaldo, que vinham assumindo cada vez mais posições à direita, contrariando frontalmente a orientação partidária, não teriam condições políticas de permanecer na agremiação, mesmo que a saída dos dois represente a perda de um senador da República e um deputado federal influente. O desfecho do Congresso Nacional do PSB foi comemorado pelo governador Flávio Dino, que só agora tem certeza de que o partido vai continuar firme e forte na aliança que lhe dá sustentação.

São Luís, 05 de Março de 2018.

Dino, Roseana, Braide e Rocha fazem movimentos iniciais para consolidar suas candidaturas

 

Flávio Dino, Roseana Sarney, Eduardo Braide e Roberto Rocha: movimentos em direção às urnas
Flávio Dino, Roseana Sarney, Eduardo Braide e Roberto Rocha: movimentos em direção às urnas de outubro

O Governador Flávio Dino (PCdoB) intensifica as ações do seu Governo e as articulações políticas; a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) inicia em Porção de Pedras uma maratona de visitas políticas a três dezenas de municípios; o deputado Eduardo Braide (PMN) acelera os entendimentos para fechar uma aliança com o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (em processo de migração do PSB para o DEM); e o senador Roberto Rocha (PSDB) tenta se situar no cenário sucessório. Os três movimentos compõem o quadro real em que se desenvolve a corrida para o Palácio dos Leões, que parece caminhar mesmo para uma disputa envolvendo o governador comunista, a ex-governadora emedebista e o deputado pemenista. Tudo indica que a candidatura do ex-deputado Ricardo Murad (PTN) não se sustentará, e mesmo que venha a vingar não irá a lugar algum. No mais, outros aspirantes ao Governo, como Maura Jorge (Podemos) e Odivio Neto (PSOL), viverão no máximo uma boa experiência em marcar posição num pleito que certamente entrará para a História como um mais animados, tensos e politicamente importantes nos últimos tempos, porque poderá, ou não, colocar ponto final num longo ciclo da vida política maranhense.

Com o indiscutível cacife de favorito na corrida sucessória, o governador Flávio Dino vem mostrando bom senso e equilíbrio suficientes para manter a serenidade em refrear a empolgação e a precipitação, reafirmando sempre aos seus liderados que eleição só está ganha depois de anunciado o resultado das urnas. Dino tem sólida plataforma partidária, formada por PCdoB, PDT, PT e PRB, podendo ou não contar ainda com DEM, PP, PTB, PR e outros menores. As pesquisas feitas até aqui informaram que mais de 60% aprovam seu Governo e que 55%, em média, se disseram dispostos a lhe um segundo mandato. No plano nacional, conta com o apoio e o aval dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula da Silva, ambos do PT, e, claro, da pré-candidata do seu partido a presidente, a deputada gaúcha Manuela D`Ávila. Todos os sinais emitidos até agora dizem que seu cacife é sólido e que ele será um candidato muito difícil de ser batido.

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) é, de acordo com as pesquisas, o segundo nome mais forte na corrida ao Palácio dos Leões, mas até agora com percentuais bem inferiores aos do governador Flávio Dino, e a maior rejeição entre todos os nomes citados nos levantamentos. Ciente de que tem um grande desafio a vencer para ter chance nessa disputa, Roseana Sarney dá a largada na sua pré-campanha, realizando uma maratona de visitas políticas a 30 municípios, a partir de Porção de Pedras, na região central do Maranhão, sendo que a programação maior prevê sua passagem pelos 217 municípios até às vésperas das convenções por meio das quais os partidos definirão os seus candidatos. Ao final da maratona, uma o pesquisa avaliará o seu desempenho e dirá se ela deve ou não formalizar a sua candidatura. Em princípio, há uma nítida tendência no sentido de que Roseana Sarney entre na disputa, mas a palavra final ela só dará quando a cúpula nacional do MDB bater martelo em relação à corrida presidencial, lançando um candidato próprio – o presidente Michel Temer, por exemplo -, ou participando de uma aliança com o PSDB.

O deputado Eduardo Braide é ainda visto como uma incógnita na corrida ao Palácio dos Leões. Apontado no meio político como um nome com potencial para inverter o roteiro desenhado até aqui para as eleições de outubro, o deputado do PMN trabalha em busca de parceiros para uma aliança que lhe dê uma estrutura básica, algum tempo de televisão e aliados que o ajudem a capilarizar o seu nome em todas as regiões do Maranhão. No momento, o seu foco é fechar um acordo com o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares, que perdeu de vez o PSB e tenta viabilizar sua candidatura a senador. Braide sabe que seu projeto é de altíssimo risco: se entrar para valer e sair por cima, tudo bem, entrará para a História como um fenômeno; mas se perder, amargará sua segunda derrota majoritária em apenas dois anos, e ficará sem mandato. Mantém no forno a candidatura para a Câmara Federal.

O senador Roberto Rocha está desembarcando de vez no cenário da corrida ao Governo estadual. E com a vantagem de quem tem um partido forte, o PSDB, e o aval da cúpula nacional dos tucanos. Pode, portanto, se candidatar sem maiores problemas, mas pode também abrir mão dessa candidatura e usar seu peso político e partidário numa aliança em torno de outro candidato, que pode ser Eduardo Braide ou Roseana Sarney. Roberto Rocha tem bem claro que se a opção for se candidatar, enfrentará uma parada dura, e dependerá muito da força do candidato do PSDB a presidente, provavelmente Geraldo Alckmin. Sabe também que, se optar por apoiar um dos candidatos, em especial Eduardo Braide, dará, sem dúvida, uma sacudida forte no roteiro da disputa.

É esse o cenário do momento de uma corrida com desfecho previsível devido à força política do favorito, mas que, como toda eleição, trem lá sua dose de imprevisibilidade.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lobão manda recado: “Temos certeza de uma vitória completa”.

Edison Lobão avisa que seu grupo está vindo para vencer as eleiççoes
Edison Lobão avisa que seu grupo está vindo para vencer as eleições

“Vamos às eleições para vencer”. Com essa declaração – dada em entrevista publicada na edição de ontem de O Imparcial e que pareceu uma resposta à provocação feita recentemente pelo secretário de Articulação Política e Comunicação, Márcio Jerry, que preside o PCdoB -, o senador Edison Lobão (MDB) confirmou sua candidatura à reeleição e jogou lenha na fogueira sucessória com o aviso tonitruante de que o Grupo Sarney vai jogar todo o seu peso no pleito de outubro. Político de primeiro time, com uma longa e vitoriosa carreira – foi deputado federal, governador, ministro de Estado e senador no quarto mandato -, Edison Lobão caminha para o fechamento da sua carreira. Na entrevista, Lobão fez um breve apanhado da sua carreira e fez questão de dizer que o seu grupo vai para a eleição “para vencer”, avaliando que “o atual quadro político favorece o nosso grupo e temos certeza de uma vitória completa”. Perguntado pelo repórter Paulo de Tarso Jr. o porquê de disputar mais uma eleição, Lobão jogou a modéstia para o alto e mostrou o seu lado raposa: “Quem decide o destino do político é o povo. Ninguém é candidato de si mesmo. E o que eu percebo no contato com as lideranças políticas e na análise das pesquisas de opinião é que o povo deseja a minha permanência no Senado”. Mais adiante, o senador disse que tem certeza da “vitória completa”, afirmando que, no seu entendimento, “o quadro político favorece nosso grupo”. Com a tarimba que lhe é peculiar, Edison Lobão usou a sua habilidade para evitar confrontos desnecessários quando lhe foi perguntado sobre o Governo Flávio Dino: “Quem vai julgar o atual Governo é o povo, que se manifestará livremente nas eleições”. Fez uma observação superficial sobre violência e saúde, e concluiu: “O povo já se deu cinta de que a atual administração não é aquela com a qual sonhou”. A entrevista passou ao largo de questões espinhosas como as acusações que o senador e ex-ministro enfrenta no pacote do Petrolão e da Lava Jato – contestou todas e nada contra ele foi comprovado até agora. A entrevista do senador Edison Lobão foi um aviso claro, principalmente para quem está na corrida ao Senado, de que, ao contrário do que muitos apostaram, ele está de pé e pronto para a guerra eleitoral.

Secretários preparam as gavetas para deixar cargos e correr por votos

Dentro de 20 dias – antes de terminar o mês de Março, portanto -, os integrantes da cúpula do Governo do Estado, a começar pelos secretários de Estado, interessados em disputar mandato eletivo nas eleições de Outubro devem deixar seus cargos. O aviso foi dado sexta-feira pelo próprio governador Flávio Dino, em ato político em Imperatriz que já avisou: não fará concessão a nenhum dos integrantes do primeiro escalão que já se movimente como pré-candidato.

Devem se desligar para brigar por votos os seguintes secretários: Márcio Jerry (Articulação Política e Comunicação), Marcelo Tavares (Casa Civil), Adelmo Soares (Agricultura Familiar), Simplício Araújo (Indústria e Comércio), Julião Amin (Trabalho e Emprego), Márcio Honaiser (Pesca e Agricultura), Marcelo Coelho (Meio Ambiente), Neto Evangelista (Desenvolvimento Social), Duarte Júnior (presidente Viva/Procon), Odair José (Presidente da Comissão de Licitação), Pedro Lucas Fernandes (Agência Metropolitana), entre outros ocupantes de cargos comissionados.

São Luís, 05 de Março de 2018.

Flávio Dino concede aumento salarial para professores e bombardeia discurso da Oposição

 

Flávio Dino deixa Oposição sem discurso ao conceder aumento opara professores
Flávio Dino deixa Oposição sem discurso ao conceder aumento opara professores

Ao anunciar aumento salarial de 6,8% para os professores da rede estadual de ensino, elevando o piso salarial da categoria para R$ 5.750,00, que vem a ser um dos três mais altos entre todos os estados, o governador Flávio Dino (PCdoB) disparou, no primeiro dia de março, o tiro que faltava para derrubar as bandeiras da Oposição segundo as quais o atual Governo não cuida da Educação e que estaria financeiramente quebrado. Ao mesmo tempo, a medida injeta ânimo numa categoria que é linha de frente nos países que alcançaram elevado grau de desenvolvimento econômico e social, mas que no Brasil tem sido historicamente colocada em segundo plano. A concessão salarial reforça, indiscutivelmente, o discurso de que sob o atual Governo o Maranhão experimenta um processo diferenciado de gestão na qual os recursos públicos são corretamente aplicados, centavo a centavo. O anúncio, além de minimizar o discurso oposicionista de má gestão financeira, turbina o projeto do governador Flávio Dino no campo político, fortalecendo ainda mais a sua condição de favorito na corrida sucessória, na qual busca a reeleição.

Essas e outras ações do Governo colocam o governador Flávio Dino numa posição, se não privilegiada e inalcançável, pelo menos confortável o suficiente para permitir que ele toque sua gestão pagando a folha de pessoal rigorosamente em dia e, mais do que isso, fazendo investimentos expressivos com os parcos recursos que lhe sobram. Assim, o gestor comunista vai contrariando a maré de dificuldade e má gestão que assola a maioria dos estados, de modo a que ele seja apontado como uma das principais referências do País. Isso não significa dizer que o Governo do PCdoB é um mar de tranquilidade. Como os demais, enfrenta problemas graves e muitas carências. A diferença é que no Maranhão parece haver mesmo um esforço determinado no sentido de que o dinheiro público seja usado como deve ser, na implantação de programas como o Escola Digna, nas escolas de tempo integral, nos Iema`s, no intercâmbio com outros países, enfim, ações concretas, programadas para produzir resultados concretos. A isso se somam conquistas palpáveis os campos da Saúde, com uma rede hospitalar impensável há até pouco tempo;  da Segurança, investimentos maciços na Polícia e no controle efetivo do sistema penitenciário;  da Infraestrutura, com o programa mais asfalto urbano; e do desenvolvimento social, com o Mais IDH e a ampliação da rede de restaurantes populares, por exemplo.

Não como discutir que nas ações de Governo está embutido o viés político e, nele, o foco eleitoral. Essa é a regra em qualquer sociedade democrática na qual o poder só é alcançável pelo voto. Isso significa dizer que líderes de Governo bem sucedido têm todo o direito de pleitear a renovação do mandato. Com o direito líquido e certo de se articular para a formação de alianças partidárias que julgar conveniente para impulsionar as forças reunidas na corrida eleitoral. Uma realidade em que o mesmo direito tem as forças oposicionistas de fiscalizar, cobras, denunciar, enfim, dar voz aos divergem. Nesse formato político, nada mais normal e lícito, por exemplo, do que o projeto da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) de voltar ao poder, argumentando que os quatro Governos que comandou foram benéficos para o Maranhão, havendo quem concorde e quem discorde. Mas é fato que nos seus quase 14 anos de poder ela construiu uma plataforma que lhe dá discurso

É o jogo da política, no qual os envolvidos, especialmente os que tentam manter-se no poder ou a ele retornar, defendem suas plataformas e tentam convencer o eleitorado a lhes dar o seu voto de confiança  E no jogo atual do Maranhão, o governador Flávio Dino está com a bola. E a campanha e o desfecho dela dirão o que de fato os maranhenses pensam de tudo isso.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Confronto verbal com Jefferson Portela desgasta Raimundo Cutrim  no Governo e no PCdoB

Raimundo Cutrim fica e posição delicada no PCdoB depois de se confrontar com Jefferson Portela
Raimundo Cutrim fica e posição delicada no PCdoB depois de se confrontar com Jefferson Portela sobre segurança

O pugilato verbal entre o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, e o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) indicam que algo está em descompasso dentro do PCdoB. Embalado pela condição de delegado federal aposentado e ex-titular da pasta, Raimundo Cutrim foi à tribuna da Assembleia Legislativa fazer “críticas técnicas” à atuação da Polícia no caso da quadrilha de contrabandistas, formada com a participação de policiais, entre eles o delegado-chefe da Seic, Tiago Bardal, e acabou alvejando a polpitica de segurança do Governo. Pavio curto e conhecido por dizer verdades azedas, o secretário Jefferson Portela reagiu de pronto, afirmando, entre outras coisas, que o deputado e ex-secretário é acusado de participar de uma organização criminosa e, por isso, não tem moral para fazer críticas à Polícia. Ontem, Raimundo Cutrim voltou à tribuna para reclamar da reação do secretário, e disparar uma bimba na direção do Palácio dos Leões: “A segurança pública no Maranhão está acabada. Não existe segurança pública no Maranhão”. A explosão do deputado, que também chamou o secretário de “secreta riozinho” repercutiu fortemente nos bastidores do Governo, causando uma reação em cadeia contra o parlamentar. O os desdobramentos devem acontecer dentro do partido, que tem Raimundo Cutrim como um membro estranho, sem qualquer identificação ideológica com o partido, enquanto Jefferson Portela é um quadro de ponta da agremiação, com militância na esquerda desde os primeiros passos no movimento estudantil. A bomba caiu no colo do presidente do partido, Márcio Jerry, que é secretário de Comunicação e Articulação Política e Articulação, que entrou no circuito para apagar o fogo, mas sabendo que a repercussão poderá ser muito forte e desgastante para o partido e para o Governo. Há quem diga que depois do que declarou na tribuna, o deputado Raimundo Cutrim não tem  mais condições de permanecer no partido. Ele tem até o dia 7 de março para resolver esse imbróglio.

 

É delicada e constrangedora a situação do deputado Cabo Campos

Cabo Campos corre até o risco de ser cassado
Cabo Campos corre até o risco de perder seu mandato na AL

Delicada e constrangedora a situação do deputado Cabo Campos (DEM) na Assembleia Legislativa, na Polícia Militar e na comunidade evangélica. Ele é acusado de espancar violentamente a sua mulher, podendo ser enquadrado na Lei Maria da Penha por crime inafiançável. Desde que a noticia veio à tona, o deputado Cabo Campos não participa das sessões plenárias, quebrando uma reconhecida assiduidade. Entre os deputados, principalmente as mulheres, sua imagem está fortemente desgastada, devendo o caso ser registrado Procuradoria da Mulher, comandada pela deputada Valéria Macedo (PDT), devendo também ser acionado pela Comissão de Ética.  Entre seus colegas policiais ele tem sido alvo de críticas duras. E na com unidade evangélica, muitas vozes, entre elas a da deputada federal Eliziane Gama, querem vê-lo enquadrado nos rigores da Lei. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), está conduzindo o caso de modo a que tudo seja devidamente apurado, para que o deputado Cabo Campos responda rigorosamente dentro das regras regimentais.

São Luís, 02 de Março de 2018.

Articulação para unir Eduardo Braide, José Reinaldo e Roberto Rocha contra Flávio Dino é marcada diferenças e muita cautela

 

Eduardo braide, José Reinaldo e Roberto Rocha : articulação cautelosa contra Flávio Dino na corrida eleitoral
Eduardo braide, José Reinaldo e Roberto Rocha : articulação cautelosa contra Flávio Dino na corrida eleitoral

Nenhuma decisão foi ainda tomada e as conversas estão se dando no plano das sondagens e avaliações, com cada grupo medindo e pesando o que pode ganhar ou perder, num processo extremamente cauteloso para produzir informações que possam, enfim, levar à batida de martelo. Mas à primeira vista tudo parece caminhar para dar consistência a uma possibilidade: DEM e PSDB, e junto com eles outros partidos, poderão se juntar ao PMN numa aliança em torno da provável candidatura do deputado estadual Eduardo Braide ao Governo do Estado, tendo o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares como um dos candidatos ao Senado. É um projeto arrojado, que tem por objetivo nada menos que colocar de escanteio o plano da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) de voltar ao Palácio dos Leões e encarar a poderosa e favorita candidatura do governador Flávio Dino (PCdoB) à reeleição. O passo inicial está sendo o ingresso de José Reinaldo e da deputada federal Luana Alves no DEM, e o seguinte, a desistência do senador Roberto Rocha de brigar agora para ser governador.

Para adversários do Governo, a candidatura do deputado Eduardo Braide nessas condições é o caminho possível para disputar o comando do Estado com o governador Flávio Dino, sob o argumento de, mesmo dona de um cacife político invejável e de uma liderança visível, a ex-governadora Roseana Sarney tem uma pesada rejeição a vencer e um potencial de crescimento tímido. O senador Roberto Rocha ainda não estaria ainda, em que pesem o seu preparo político e a sua rica experiência parlamentar, devidamente preparado para entrar nessa briga. O cenário é inteiramente propício para o deputado Eduardo Braide construir sua candidatura de Oposição: é um político da nova geração, tecnicamente preparado e politicamente ousado, que saiu recentemente de uma disputa pela Prefeitura de São Luís em franca ascensão, cacifado para medir forças por mandato proporcional e majoritário, tornando-se, no momento, a grande aposta dos que fazem oposição ao governador Flávio Dino.

O projeto de Eduardo Braide enfrenta, por outro lado, um elenco respeitável de desafios gigantescos. O primeiro deles é conciliar a conflituosa teia de interesses políticos que movem seus potenciais aliados – é possível superar as diferenças abissais que separam, por exemplo, José Reinaldo de Roberto Rocha? Para ter alguma possibilidade de viabilizar sua candidatura, Eduardo Braide terá de estabelecer uma relação de “parceria” com o Grupo Sarney cuja malha de aliados tem condições de levar o seu nome a todos os rincões do Maranhão. Além disso, o deputado terá o maior dos desafios: abrir um canal de negociação com a cúpula do Grupo Sarney para tirar a Roseana Sarney do páreo e apoiá-lo, de modo a que ele possa polarizar a disputa com o governador Flávio Dino. O outro: que todos disputem o primeiro turno, e na hipótese de ele ir para um segundo com o governador, o Grupo Sarney, a começar pela própria ex-governadora, o apoie resolutamente.

Esses e outros são os traços visíveis de um tabuleiro cujas pedras têm imensa dificuldade de compor umas com as outras, tamanho é o pacote acumulado de diferenças, ranços e mágoas. É verdade que nesse contexto movediço e perigoso o deputado Eduardo Braide é uma “ilha”, em condições de funcionar como um grande conciliador. Mas vale indagar, por exemplo: o Grupo Sarney abrirá mão das suas candidaturas majoritárias – Roseana Sarney para o Governo e Sarney Filho (PV) e Edison Lobão para o Senado – em favor de Eduardo Braide e José Reinaldo? À primeira vista, é muito difícil, quase impossível. Mas a política tem as suas nuanças e, principalmente, as suas conveniências, que podem fazer “boi voar, e com asa quebrada”, como diziam as raposas maranhenses mais tarimbadas em passado recente.

Finalmente, se conseguir formar e liderar uma frente reunindo segmentos de oposição, Eduardo Braide poderá encarar o maior dos seus desafios:  medir forças com o governador Flávio Dino, um político preparado e hábil,  líder de uma geração e de um movimento que, segundo afirma, está transformando a realidade social e econômica e os costumes políticos do Maranhão, e que desfruta de excelentes índices de aprovação e lidera com folga as preferências do eleitorado.

Os próximos lances dirão se o projeto tem mesmo consistência ouse é apenas um exercício em meio a um cenário ainda confuso, no qual o governador Flávio Fino se move sem contraponto.

 

PONTO & CONTRAPONTO

DESTAQUE

Assembleia Legislativa extingue auxílio-moradia em consenso articulado por Othelino Neto

Othelino Neto: articulação bem sucedida para o fim do auxílio-moradia
Othelino Neto: articulação bem sucedida para o fim do auxílio-moradia

A partir deste mês, os deputados estaduais do Maranhão não contarão mais nos seus contracheques com o “auxílio-moradia”, o penduricalho que vem sendo objeto de questionamento e críticas em todo o País. Cada um dos 42 integrantes da Assembleia Legislativa recebia mensalmente R$ 3.189,75, gerando uma despesa de R$ 133.843,50, e um custo anual de R$ 1.606.122,50 para bancar ad despesas com moradia, mas na sessão de ontem, os parlamentares presentes decidiram, por consenso, abrir mão da regalia e a extinguiram aprovando o Projeto de Decreto Legislativo nº 001/2018, de iniciativa da Mesa Diretora.

A boa iniciativa da Assembleia Legislativa foi um resultado de uma ampla e cuidadosa articulação do presidente Othelino Neto (PCdoB), que além dos integrantes da Mesa Diretora, conversou com todos os deputados e obtendo deles o aval para adotar a medida. Houve nos bastidores quem avaliasse que o presidente não conseguiria viabilizar a medida, mas o deputado Othelino Neto mostrou um traço que já vinha se acentuando: uma visível habilidade para negociar temas delicados. A obtenção do aval do Plenário, incluindo deputados da Situação e da Oposição, com uma prova cabal de que o atual presidente do Poder Legislativo é um político hábil.

– Este Decreto Legislativo é fruto do entendimento de todos os parlamentares desta Casa. Cabe frisar que este projeto foi concebido em face do momento de dificuldades financeiras que o nosso país está atravessando. Agora, com a extinção deste benefício, a Assembleia fica liberada para aplicar estes recursos em áreas prioritárias -, declarou, dando à medida uma paternidade coletiva, sem enfatizar que foi dele a iniciativa.

O auxílio-moradia foi criado na Assembleia Legislativa, e 1984, por meio da Resolução Legislativa nº 129/84. Em 2001, sua existência foi regulamentada pelo do Decreto Legislativo nº 241/2001. Em 2014, ocorreu nova regulamentação, esta detalhando a forma de prestação de contas e de concessão do benefício. Ontem, o auxílio-moradia foi extinto através da Resolução Legislativa nº 468/2018, que revogou o Decreto Legislativo nº 448/2014.

Ao encaminhar o projeto no Plenário, os deputados Rafael Leitoa (PDT), Zé Inácio (PT) e Bira do Pindaré (PSB) elogiaram a iniciativa da Mesa Diretora de propor a extinção do benefício. “A Assembleia Legislativa do Maranhão dá um bom exemplo, no momento em que o país enfrenta grave crise econômica”, afirmou Rafael Leitoa. Os deputados Zé Inácio e Bira do Pindaré também louvaram a proposta Mesa Diretora frisando que a extinção do auxílio-moradia é um marco na história recente do Parlamento maranhense, que deve servir de exemplo para outros Poderes e instituições.

Respaldado por todos os presentes na sessão de ontem (28), projeto de Decreto Legislativo que extinguiu o auxílio-moradia leva a assinatura do presidente Othelino Neto (PCdoB), e dos demais membros da Mesa Diretora: Fábio Macedo (PDT), 1º vice-presidente; Josimar de Maranhãozinho (PR), 2º vice-presidente; Adriano Sarney (PV), 3º vice-presidente; Levi Pontes (PCdoB), 4º vice-presidente, Stênio Rezende (DEM), 1º secretário em exercício; Zé Inácio (PT), 3º secretário, e Nina Melo (PMDB), 4ª secretária.

 

Eliziane Gama acompanha crise de olho na segunda vaga de senador na chapa de Flávio Dino

Eliziane Gama pode ocupar a vaga de candidato a senador que seria de José Reinaldo
Eliziane Gama pode ocupar a vaga de candidato a senador que seria de José Reinaldo na chapa de Flávio Dino

A deputada Eliziane Gama (PPS) acompanha com interesse extremo a articulação para ligar o ex-governador José Reinaldo ao deputado Eduardo Braide e ao senador Roberto Rocha. E a razão é simples: a consumação do rompimento de José Reinaldo com o governador Flávio Dino a deixa praticamente sozinha como nome de peso para ocupar a segunda vaga de candidato ao Senado na chapa a ser liderada pelo chefe do Poder Executivo. A parlamentar tem todos os motivos para torcer para que o racha seja mesmo irreversível, a começar pelo fato de que todas as pesquisas feitas até aqui para medir as preferências do eleitorado em relação das candidaturas majoritárias a apontam como nome forte na corrida senatorial. Tanto que o outro candidato, deputado federal Weverton Rocha (PDT) vem trabalhando pela que ela seja viabilizada, o que resultará numa chapa com o forte apelo de que o Maranhão pode mandar uma nova geração para o Senado, encerrando o ciclo dos políticos tradicionais.

São Luís 01 de Março de 2018.