Nenhuma das eleições para o comando da Federação das Associações de Municípios do Estado do Maranhão (Famem) teve um viés político e partidário tão forte como a realizada segunda-feira e que elegeu a chapa comandada pelo prefeito de Tuntum, Cleomar Tema Cunha (PSB), com quase 100% dos votos apurados, resultado por muitos definido como aclamação. Tema Cunha fez e sustentou um discurso politicamente correto afirmando que a Famem é uma entidade corporativa voltada unicamente para o municipalismo e cujos prefeitos associados não são identificados por grupos partidários. No entanto, a movimentação política que se deu nos dias que antecederam ao pleito foi reveladora de que, além do objetivo básico do processo, houve, sim, uma ação política de larga escala confrontando as forças que hoje dão as cartas no estado, comandadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB), e seus adversários, por meio da candidatura da prefeita de Rosário, Irlahi Moraes, representando o Grupo Sarney e tendo o PMDB como linha de frente.
O resultado da disputa foi uma vitória acachapante do candidato alinhado ao Palácio dos Leões, numa demonstração de que o Grupo Sarney está muito longe de se recuperar do desastre eleitoral de 2014. Preto no branco, os movimentos que embalaram o processo eleitoral na Famem significaram mais uma prévia do grande embate agendado para 2018, quando estarão em disputa o Governo do Estado, duas vagas para o Senado, as 18 cadeiras de deputado federal e as 42 cadeiras de deputado estadual.
Nesse contexto, alguns fatos ilustraram com clareza o sentido paralelo da disputa. Em primeiro lugar, Tema Cunha é um dos quadros mais experientes do atual cenário político do Maranhão, carregando no seu currículo nada menos que cinco mandatos (1993/1997, 2001/2004, 2005/ 2008, 2013/2016 e 2017/2020) de prefeito de Tuntum – um bem cuidado município de pouco mais de 40 mil habitantes situado no coração do Sertão -, e que será presidente da Famem pela terceira vez. Tema Cunha conhece como poucos os dois lados da moeda política do Maranhão atual, tendo entrado na política pelo Grupo Sarney, mas do qual se afastou para formar, junto com José Reinaldo Tavares e Humberto Coutinho, a corrente que deu suporte decisivo ao até aqui bem sucedido projeto político do governador Flávio Dino. Articulador hábil e avesso a confrontos, soube construir sua candidatura na base da conversa direta com seus colegas prefeitos. Ganhou o apoio do braço político do Governo e dos líderes dos mais diversos partidos, mas não abriu mão, em nenhum momento, de ele próprio costurar as alianças que lhe deram a vitória.
Fiel à suas alianças, Tema Cunha deu peso político à sucessão na Famem com uma homenagem ao seu mais fiel aliado, o ex-prefeito de Caxias e atual deputado estadual Humberto Coutinho (PDT), presidente da Assembleia Legislativa com mandato renovado, ao batizar a sua chapa de “Prefeito Humberto Coutinho”, gesto que também demonstrou o prestígio pessoal e o peso politico do líder caxiense, candidato potencial ao Senado, e que foi apoiada por todos os prefeitos que lhe deram o voto. “O Doutor Humberto foi um grande prefeito e merece a homenagem”, justificou. No mesmo cenário, o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) saiu da sua habitual discrição para entrar de peito aberto na disputa em favor de Tema Cunha, seu colega de partido, aproveitando o momento para fortalecer seu projeto de tornar-se senador disputar uma das cadeiras no Senado. O terceiro ponto a ser observado foi a satisfação do governador Flávio Dino com a eleição de Tema Cunha, sob o argumento oficioso segundo o qual por meio do prefeito de Tuntum, o Governo poderá ter na Famem um canal eficiente e confiável de diálogo com os prefeitos, instrumento de extrema necessidade nestes tempos de crise.
O fato é que a eleição da Famem entrou na crônica política como mais um rascunho do que está sendo desenhado para 2018, exatamente por envolver prefeitos, que na tradição politica são peças-chave do processo que resulta na eleição de governador, senador deputado federal e deputado estadual.
PONTO & CONTRAPONTO
Famem é casa de todos
“Se Irlahi não vem à Famem, a Famem vai a Irlahi”. Com essa declaração, dirigida à Irlahi Moraes (PMDB), prefeita de Rosário e que seria sua adversária na disputa pelo comando da entidade, o prefeito Tema Cunha deu por encerrado o processo eleitoral e começou a colocar em prática o compromisso de fazer uma gestão agregadora, mobilizando todos os prefeitos em torno das bandeiras municipalistas. Ontem, Tema Cunha confirmou à Coluna que na sua gestão não haverá espaço para diferenças políticas, pois o foco da entidade será a longa pauta de interesse dos municípios junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal. O prefeito de Tuntum reconhece na sua colega prefeita de Rosário um quadro político importante e que dirige um município estratégico e que na sua opinião não pode ficar afastada da entidade. E manifesta disposição de levar essa política a termo em relação a todos os prefeitos, independente de cor partidária: “Não são os prefeitos que irão à Famem, a entidade é que buscará os prefeitos”, completou.
Visões diferentes no PT
Desenhado – e parece que em caráter definitivo – o cenário da disputa pelo comando do PT no Maranhão. De um lado está o deputado federal José Carlos Nunes, que se elegeu como Zé Carlos do PT, e do outro o deputado estadual José Inácio. Os dois querem assumir a tarefa nada simples de substituir o professor Raimundo Monteiro, que está há mais de uma década no comando do partido no Maranhão. Zé Carlos defende que o PT retome sua trajetória de luta por uma sociedade mais justa e solidária, agregando a experiência acumulada nos anos de poder, para voltar a ser um partido moderno e acreditado. José Inácio é um militante mais agressivo no sentido de que prega os ganhos dos Governos Lula e Dilma Rousseff, alimenta a teoria do golpe e defende a candidatura do ex-presidente em 2018. São duas visões diferente, sendo uma identificada com mudanças profundas dentro do partido e outra que acha que o PT deve continuar como é. Será um embate difícil e cujo desfecho ocorrerá no dia 26 de março, daqui a dois meses, portanto.
São Luís, 19 de Janeiro de 2017.
Blog de política mais completo e sem partidarismo do Maranhão. Por aqui há sensação de informação, diferente dos demais blogs, que são totalmente tendenciosos.
PT:
Não se preocupe. Nossa Amada Religião sempre ajuda & ajudará o PeTê. Calma e paz. Nos livraremos da ditadura que o povo “não vê”. Nos livraremos com a fé em nossa Amada Coração Valente©.
Pense e reflita. Eis:
MOrO é do mal mesmo.
Nossa Amada Religião, de Nosso Sábio Barbudinho Inocente Amado Chefe, que reza & ora todos os dias para Nossa Santa deusa Coração Valente©, TRARÁ a PAZ para o Brasil, sem dúvida!
Veja o que Moro — O inimigo — de Nossa Amada Religião Petista, cuja deusa é Coração Valente©, falou:
«Sem TEORI Zavascki não teria a Operação-Lava-Jato» [disse o Juiz SÉRGIO MORO, — vilão do lado escuro do mundo metafísico. Entidade do Mal, de acordo com Nossa Religião da deusa Coração Valente©].
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¡ATENÇÃO!:
Moro é o vilão da religião do Petismo: Sérgio Moro, é aquele que Nossa amada Religião Petista ENSINA que ele é uma espécie de ENTIDADE DO MAL. Se Nossa Amada Religião (de Nossa Brega Mãe Sábia — a Coração Valente© — Mãe essa da Língua Portuguesa ilibada, Nossa PresidentA InocentA) FALOU, então esse MORO é mesmo do MAL (pois quer prender Nosso inocente Amado Chefe).