Se a eleição para o Governo do Estado acontecesse agora, haveria segundo turno entre o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo). É o que informam os números levantados pelo instituto Paraná Pesquisas, que ouviu 1.548 eleitores há duas semanas em todo o Maranhão. Os números são os seguintes: Eduardo Braide seria o mais votado 32,7% das intenções de voto, seguido de Lahesio Bonfim com 24,9%, Orleans Brandão (MDB) com 16,9%, Felipe Camarão (PT) com 12,9%, Nenhum/Nulo/Branco 8,5% e Não Sabe/Não opinou 4,1%.
Esses resultados confirmam as expectativas geradas por outros levantamentos, com o diferencial de que foi o primeiro que investigou quatro nomes que integram qualquer lista de aspirantes ao Palácio dos Leões, embora só um deles (Lahesio Bonfim) tenha declarado até aqui ser candidato ou pré-candidato. E com uma falha: a não inclusão do ex-senador Roberto Rocha (sem partido), um político conhecido que declarou ser candidato ao Governo do Estado em 2026.
A liderança do prefeito Eduardo Braide não é nenhuma novidade, uma vez que essa é a posição que ele ocupou em todas as pesquisas, sérias e duvidosas, desde que foi anunciada a sua reeleição para o comando de São Luís em turno único em outubro passado. Eduardo Braide tem sabido capitalizar eleitoralmente a sua maneira diferenciada de fazer política sem o suporte de um grupo e a partir de uma boa obra de Governo. Também não surpreendeu Lahesio Bonfim na segunda posição, uma vez que ele repetiu o desempenho que alcançou em 2018, quando bateu o senador Weverton Rocha na disputa pelo Governo do Estado, vencida em turno único pelo governador Carlos Brandão (PSB).
Faz sentido que alguns tenham se surpreendido com o fato de Orleans Brandão, secretário estadual de Assuntos Municipais, tenha aparecido em terceiro e com quatro pontos percentuais à frente do vice-governador Felipe Camarão. Mas esse dado da pesquisa tem explicação política clara.
Orleans Brandão está mergulhado na política estadual desde que recebeu do governador Carlos Brandão a tarefa de fazer a articulação do Governo com prefeitos e vereadores. Nessa função, que o transformou na principal referência política do Governo, foi um dos mais ativos e eficientes articuladores das eleições municipais, ocupando um espaço político que nenhum outro integrante do secretariado ocupou. A isso se soma o fato de ser apontado como provável candidato ao Governo no caso extremo de o governador Carlos Brandão abrir mão da candidatura ao Senado e cumprir seu mandato até o final. A julgar por movimentos recentes, o governador parece decidido a disputar o Senado, o que transforma Orleans Brandão num forte candidato à Câmara Federal.
A situação do vice-governador Felipe Camarão é exatamente inversa. Um dos quadros mais ativos do Governo Flávio Dino, principalmente como secretário de Educação, ganhou a condição de “candidato natural” do grupo desde a sua eleição como vice na chapa liderada pelo governador Carlos Brandão. Ao longo de dois anos, uma série de fatos, a começar pelo racha que ameaça a aliança governista, colocou em dúvida a sua candidatura ao Governo. E mais: ele próprio demorou muito a se declarar pré-candidato, o que só começou a evidenciar, sem ser enfático ainda, do final do ano passado para cá. Sua colocação no levantamento do Paraná Pesquisa não tira dele a condição de candidato fortíssimo, principalmente se assumir o Governo em abril do ano que vem e sair para a reeleição em dobradinha com o governador Carlos Brandão.
O fato é que a pesquisa, com defeitos ou não, mostrou que o favoritismo do prefeito Eduardo Braide é consistente, mas não o suficiente para se cravar uma previsão, inclusive pelo fato de que Lahesio Bonfim pode ser considerado uma incógnita. A candidatura do secretário Orleans Brandão só faria sentido com a politicamente impensável permanência do governador Carlos Brandão no cargo. E a do vice-governador Felipe Camarão, que tem tudo para deslanchar.
PONTO & CONTRAPONTO
Brandão e Werverton lideram para o Senado
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seguidos de Eliziane, Gama, Pedro Lucas
Fernandes, André Fufuca e Hilton Gonçalo
A pesquisa Paraná encontrou o cenário construído pela lógica, que não costuma falhar. Na liderança das preferências para o Senado da República está o governador Carlos Brandão (PSB), que aparece com 43,2% das intenções de voto. Logo em seguida está o senador Weverton Rocha (PDT), que busca a reeleição, com 41,1%. Na terceira posição, também em busca da reeleição, está a senadora Eliziane Gama (PSD) com 18,5%. Na sequência, um quase empate entre os deputados federais Pedro Lucas Fernandes (União) com 12,8% e André Fufuca (PP) com 12,1%. E para fechar, desponta o ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo (Mobiliza) com 5,4%. Nenhum, branco, nulo e indecisos somam 17,9%.
Se não ocorrer uma situação imponderável, um desastre político de larga escala, o governador Carlos Brandão será senador da República, e muito provavelmente com a maior votação do pleito. A equação é simples: o governador é um quadro em ascensão, com enorme potencial de crescimento, uma vez que ele não declarou ainda ser candidato à vaga de senador. A confirmação, que deve sair em breve, pode turbinar sua candidatura.
O senador Weverton Rocha está bem situado, mas o percentual de preferências a seu favor parece ser o teto, que pode ser minado por Eliziane Gama e André Fufuca. Isso porque a senadora e o ministro dificilmente escolherão o governador Carlos Brandão como adversário, ao contrário, tentarão reforçar seus cacifes eleitorais num embate com o senador pedetista. Brigarão também pela preferência dada a Pedro Lucas Fernandes, que dificilmente entrará nesse jogo, principalmente tendo sua reeleição ao alcance da mão.
O ex-prefeito Hilton Gonçalo é um lutador, mas a opinião geral é a de que o seu caminho natural é a Câmara Federal.
190 Anos: Corrida da Alema reúne três mil em festa de confraternização
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Foi uma festa esportiva como poucas a Corrida da Alema, realizada domingo. Primeiro porque reuniu três mil participantes, incluindo atletas profissionais, semiprofissionais e amadores, portadores de deficiência física, deficientes visuais, crianças e até idosos. Depois porque tratou-se de um evento que foi parte das comemorações dos 190 anos, ou seja, os 69.350 dias, da Assembleia Legislativa do Maranhão, a serem completados no dia 20 deste mês.
O evento esportivo foi aberto pela presidente do Poder Legislativo, deputada Iracema Vale (PSB), que deu voz de largada e depois premiou os vencedores. Na sua companha, os deputados Antônio Pereira (PSB), Daniella Gidão (PSB), Davi brandão (PSB), Catulé Jr. (PP), Júlio Mendonça (PCdoB) e Neto Evangelista (União)
Emocionada, a presidente da Alema definiu o evento esportivo como uma “confraternização da Assembleia Legislativa com o povo do Maranhão” A chefe do Legislativo Estadual participou do evento acompanhada dos deputados Neto Evangelista (União), Davi Brandão (PSB), Antônio Pereira (PSB), Catulé Júnior (PP), Júlio Mendonça (PCdoB) e Daniella (PSB). Ela comandou o momento festivo interagindo com os mais de três mil participantes em todos as etapas da corrida, desde a largada até as premiações.
Iracema Vale fez questão de agradecer a todos os participantes, ao governador Carlos Brandão (PSB), aos servidores da Casa e parceiros que contribuíram para a organização e o sucesso do evento.
“Meus sinceros agradecimentos ao governador Carlos Brandão, à Polícia Militar, ao Corpo de Bombeiro Militar e à Secretaria de Trânsito e Transporte (SMTT). Agradeço de coração a todos que ajudaram a realizar esse evento a ser o sucesso”, disse Iracema Vale, emocionada.
Em Tempo: A programação prossegue nesta segunda-feira (17), às 8h, no auditório Fernando Falcão, com o minicurso “Controle de Constitucionalidade do Maranhão: aspectos históricos, práticos e desafios contemporâneos”.
São Luís, 17 de Fevereiro de 2025.