
e Roberto Rocha, que são seguidos por Felipe Camarão, Orleans
Brandão e Pedro Lucas, que não é candidato a governador
Pesquisa do instituto Data M sobre a corrida ao Palácio dos Leões, realizada entre 5 e 10 de maio, tendo ouvido 1.800 eleitores em 40 municípios, e divulgada ontem, mexeu com os brios da base governista. Dos seis candidatáveis listados, os três que estão na frente – o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD), o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), e o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) – fazem oposição ao grupo ligado ao ministro Flávio Dino (STF), que aposta no vice-governador Felipe Camarão (PT), e à corrente liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB), que trabalha a candidatura do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), da qual também faz parte o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União), que estão nas três últimas colocações.
Os números do Data M – que têm margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95% – informam que, se a eleição fosse agora, Eduardo Braide sairia das urnas com 34,3% e iria para um segundo turno tendo como adversário Lahesio Bonfim, que ocuparia o segundo lugar com 15,3% dos votos. Na terceira colocação, e fora do jogo, portanto, ficariam Roberto Rocha, com 9,4%, seguido de Felipe Camarão com 8,8%, de Orleans Brandão com 6,7%, e de Pedro Lucas Fernandes com 1,3%. Além disso, os insatisfeitos (votos brancos e nulos e em nenhum) e indecisos (não souberam ou não quiseram responder) somariam nada menos que 24,1%.
Chama a atenção o fato de oposicionistas estarem liderando a pesquisa – que ouviu 1.800 eleitores em 40 municípios – com vantagem muito larga. Somadas, as intenções de votos do líder Eduardo Braide, de Lahesio Bonfim e de Roberto Rocha alcançam nada menos que 59%, enquanto os governistas Felipe Camarão, Orleans Brandão e Pedro Lucas Fernandes totalizam apenas 16,8%. É verdade que não há candidatura definida, e que no cenário de agora apenas Lahesio Bonfim e Roberto Rocha já se declararam candidatos irreversíveis, ao tempo em que Felipe Camarão tem manifestado declarada intenção de ser candidato, Orleans Brandão se movimenta como pré-candidato, e Pedro Lucas Fernandes nunca manifestou qualquer traço de intenção de entrar nessa disputa sucessória. Mas os seus nomes estão postos, e com visibilidade bem maior do que a dos demais.
Outro dado que também chama a atenção é a solidez da posição do prefeito Eduardo Braide, que aparece na faixa de 30 a 35 pontos percentuais em nada menos que cinco pesquisas mais recentes, sem fazer qualquer movimento pré-eleitoreiro explícito – a ida ao AgroBalsas aconteceu depois desse levantamento. Lahesio Bonfim faz movimento oposto, atuando em pré-campanha todos os dias, o que talvez explique a variação das suas colocações em diferentes pesquisas. E Roberto Rocha ainda está restrito a nichos por ele criados em redes sociais, nos quais vem reafirmando com insistência que é candidato, e nada além disso.
No contraponto, os pré-candidatos governistas, que poderiam estar se unindo para formar uma aliança forte e definir uma candidatura com cacife político e eleitoral avantajado, estão mergulhados numa medição de força que tem produzido mais incertezas do que convicções em relação ao futuro de cada um. Isso porque o grupo que dá suporte ao governador Carlos Brandão começa a se manifestar explicitamente favorável ao projeto de candidatura de Orleans Brandão, enquanto a chamada ala dinista da aliança mantém inalterada sua posição favorável ao projeto de candidatura do vice-governador Felipe Camarão.
A pesquisa Data M, como as anteriores, trouxe à tona recados objetivos do eleitorado, sendo o mais contundente a liderança até aqui sólida de Eduardo Braide, os movimentos positivos de Lahesio Bonfim, a curiosa performance de Roberto Rocha e o espantosamente magro desempenho de Felipe Camarão e Orleans Brandão. Resta aguardar o que dirão os próximos levantamentos.
PONTO & CONTRAPONTO
Senado: mesmo sem ser candidato declarado, Brandão lidera e Weverton e Fufuca disputam a segunda vaga

segunda vaga, seguidos por Eliziane Gama,
Yglésio Moises, Hilton Gonçalo e Aluísio Mendes
Ao mesmo tempo em que encontrou os pré-candidatos de oposição à frente dos governistas na corrida ao Governo do Estado, a pesquisa Data M trouxe à tona um cenário surpreendente e inverso no que diz respeito à corrida para as duas vagas no Senado. De acordo com os números levantados, o governador Carlos Brandão (PSB) lidera nos cenários em que é incluído na lista de pré-candidatos, seguido do senador Weverton Rocha (PDT) e do ministro André Fufuca (PP), que travam uma luta renhida pela segunda vaga. Nesse cenário, a senadora Eliziane Gama (PSD) fica em posição crítica, fora do jogo pela reeleição.
No quadro sem a presença do governador Carlos Brandão, a disputa pelas duas vagas fica concentrada em Weverton Rocha e André Fufuca, com Eliziane Gama aparentemente sem chance de inverter as posições, o que também acontece com o ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo (Mobiliza) e com o deputado estadual Yglésio |Moises (PRTB), que em todos os quadros aparecem sem qualquer chance de chegar a uma das vagas.
Na soma dos dois cenários em que foi listado, o governador Carlos Brandão aparece liderando com 22,7% para a primeira vaga, seguido de Weverton Rocha com 20,5% e de André Fufuca com 18,5%, numa espécie de empate técnico no limite da margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, Eliziane Gama aparece com 15,3%. Os demais aparecem sem chance de chegar nos líderes.
Nesse contexto, o governador Carlos Brandão dá uma nítida demonstração de força, à medida em que ainda não se declarou candidato ao Senado, tendo a pesquisa sido realizada no exato momento em que ele sinalizava, nítida e intensamente, com a possibilidade de abrir mão de uma eleição quase certa para a Câmara Alta, para permanecer no Governo até o final do seu mandato. Esse cenário indica que, caso deixe o Governo, o mandatário maranhense pode ter um desempenho bem melhor, com possibilidade de ampliar essa liderança.
Beto Castro já conta com 20 votos para se eleger presidente da Câmara de São Luís em abril que vem
Se não for atropelado por uma denúncia bombástica ou pelo aparecimento de um candidato que atraia pelo menos 16 votos, revertendo parte da sua base de apoio montada até aqui, o vereador Beto Castro (Avante), atual 2º vice-presidente, será eleito presidente da Câmara Municipal de São Luís, em pleito programado para abril do ano que vem. Ontem, ele recebeu a 20ª manifestação de apoio, com a declaração de voto feita ´pela vereadora Thay Evangelista (União).
Lançado candidato com o apoio do presidente Paulo Victor (PSB), que não pode concorrer à reeleição para o cargo e pretende encarar as urnas por uma cadeira na Assembleia Legislativa, o vereador Beto Castro entrou na corrida como um rolo compressor. De cara, ele atropelou a prenunciada candidatura do vereador Marquinhos (União) e inibiu a intenção de ser candidata manifestada pela vereadora Concita Pinto (PSB), 1ª vice-presidente.
Agora com Thay, os vereadores que apoiam Beto, são: Wendell Martins (Podemos), Octávio Soeiro (PSB), Thyago Freitas (PRD), Paulo Victor (PSB), Romeo Amim (PRD), Daniel Oliveira (PSD), Cleber Verde Filho (MDB), Fábio Macedo Filho (Podemos), Beto Castro (Avante), Marlon Botão (PSB), Marcelo Poeta (PSB), Raimundo Penha (PDT), Andrey Monteiro (PV), Édson Gaguinho (PP), Clara Gomes (PSD), Antônio Garcês (PP), Coletivo Nós (PT), Marcos Castro (PSD) e Raimundo Júnior (Podemos).
Há quem já o veja como presidente eleito. Pelo andar da carruagem, caminha para isso. Mas é bom lembrar que desde os tempos em que era o Senado, composto por representantes famintos de uma paupérrima vila colonial no século XVII, como conta Jerônimo Viveiros no seu livro “A Cidade de São Luís e suas Circunstâncias”, a Câmara Municipal ludovicense tem registrados episódios de reviravoltas impressionantes.
São Luís, 20 de Maio de 2025.