Neto Evangelista monta aliança partidária poderosa, tendo agora o desafio de conquistar o eleitorado

 

Neto Evangelista (c) recebe o apoio de Pedro Lucas Fernandes (d) e da cúpula do PTB

De todos os pré-candidatos a prefeito de São Luís, o que está mais política e partidariamente estruturado até aqui é Neto Evangelista (DEM). Ele prepara sua arrancada para as urnas tendo como aliados o PDT, o PTB e o PSL, o que, quando formalizado nas convenções, lhe dará um suporte partidário invejável, uma militância aguerrida e um tempo de TV excepcional, tudo o que um candidato precisa para fazer uma campanha que possa leva-lo à vitória boas urnas. Encontra-se, porém, entre quatro candidatos de potenciais elevados. À sua frente encontram-se Eduardo Braide (Podemos), que lidera a corrida com muitas braçadas de vantagem, e Duarte Júnior (Republicanos), que se mantém como a segunda opção em todas as pesquisas feitas até aqui. E no seu encalço aparecem Bira do Pindaré (PSB), que passa a impressão de que está estacionado, e Rubens Júnior (PCdoB), visto por muitos como dono do maior potencial de crescimento entre os demais pré-candidatos.

Mesmo com o adiamento das eleições para 15 de novembro, mudança que deu mais tempos para os pré-candidatos montarem seus esquemas partidários, a definição de alianças ganhou intensidade excepcional na última semana. E o motor dessa aceleração foram exatamente os movimentos do candidato do DEM, que nesse período consolidou a aliança com o PDT, em ato comandado pelo líder do arraial brizolista, senador Weverton Rocha; com o PSL, posição confirmada pelo presidente estadual do partido, vereador Chico Carvalho, e agora com o PTB, anunciada pelo chefe petebista, deputado federal Pedro Lucas Fernandes.

O apoio do PDT dá ao candidato do DEM a melhor e mais forte estrutura partidária de São Luís, além de uma militância tradicionalmente aguerrida, criada ainda nos anos 80 do século passado pela liderança avassaladora de Jackson Lago e que deu as cartas de 1989 para cá, com exceção do período do tucano João Castelo (2009-2012). O PSL, mesmo não tendo base eleitoral forte, entra na aliança com o maior tempo de rádio e TV e com a experiência de dois vereadores que conhecem como poucos o caminho das pedras eleitorais da Capital, Chico Carvalho e Isaías Pereirinha, podendo também ter o apoio do ex-prefeito Tadeu Palácio. E o PTB que, além da força política e eleitoral do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, leva para o candidato do DEM o prestígio do ex-vereador e ex-deputado federal e atual suplente de senador Pedro Fernandes, que mesmo mudando seu domicílio eleitoral para Arame, tem seguidores fiéis em São Luís.

Contando ainda com o apoio integral do comando nacional do seu partido, conforme tem reiterado o presidente do DEM, ACM Neto, afirmando tratar-se de um projeto prioritário para o partido, Neto Evangelista encontra-se, portanto, estruturado como nenhum outro pré-candidato à prefeitura de São Luís. Não deverá contar – pelo menos no primeiro turno – com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), um cabo eleitoral poderoso, que parece inclinado a apoiar o candidato do PCdoB, Rubens Júnior. Mesmo assim, o candidato do DEM está reunindo forças para encarar as urnas sem esse apoio, mas certo de que, se for para o segundo turno, terá o prefeito.

Vencida a etapa da construção da ampla e poderosa base política e partidária, Neto Evangelista tem agora o maior dos desafios: transformar esse cacife em votos. E essa é a sua tarefa, pois cabe a ele convencer o eleitorado de que é o melhor na disputa que, além de Eduardo Braide, Duarte Júnior, Bira do Pindaré, Rubens Júnior, reúne também Adriano Sarney (PV), Wellington do Curso (PSDB), Jeisael Marx (PV), Yglésio Moises (PROS), Carlos Madeira (Solidariedade), Franklin Douglas (PSOL), Saulo Arcangeli (PSTU) e Detinha (PL). Não será uma caminhada fácil, e a chave para um bom desempenho está no seu talento político.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lei permitirá que débitos de ICMS sejam parcelados em até 60 meses

Othelino Neto promulgou a lei que garantiu parcelamento de débitos de ICMS

A Assembleia Legislativa autorizou o Poder Executivo a realizar mais uma operação destinada a parcelar o pagamento de ICMS cujos fatos geradores tenham ocorrido até 30 de Junho de 2019, o que permitirá reduzir a inadimplência e reforçar o caixa estadual. A medida foi garantida com a promulgação, ontem, pelo presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto (PCdoB), da Lei 11.311, de 04/08/2020, oriunda de Medida Provisória editada pelo Poder Executivo.

A Lei promulgada ontem permite que o pagamento seja feito em até 60 prestações, com redução de multas e juros. Já com relação aos créditos tributários de ICMS decorrentes, exclusivamente, de aplicação de multa, é prevista a redução, conforme a data de constituição, de 90% ou 98% do valor total, se pagos à vista. O objetivo é minimizar os impactos econômicos provocados pela crise sanitária da Covid-19, para que seus reflexos sejam superados o mais rápido possível.

Ao promulgar a Lei 11.311, o presidente do Legislativo defendeu a conversão da MP da MP destacando a importância da medida que, além de reforçar o caixa do Executivo, contribuirá também com o estímulo à economia local nesse momento de pandemia. “É, sem dúvida, uma iniciativa importante, que vai ajudar o setor econômico do Maranhão, minimizando os efeitos da crise provocada pelo novo coronavírus em diversas áreas. Muitos tiveram que paralisar suas atividades e, por consequência, o Estado deixou de arrecadar. Com as condições facilitadas, poderemos alavancar novas oportunidades de investimentos”, assinalou.

 

Movimento de pré-candidatos sinaliza guerra eleitoral pelo comando de Paço do Lumiar

Paula da Pindoba, hoje prefeita interina, pode disputar com Domingos Dutra, prefeito licenciado

Paço do Lumiar, um dos sete mais importantes colégios eleitorais do Maranhão, vive uma situação de total indefinição no que diz respeito às eleições municipais. A prefeita temporária Paula da Pindoba (Solidariedade) se movimenta como pré-candidata à reeleição, tudo indica que com a banda mafiosa comandada pela ex-prefeita Bia Aroso, líder da fatia oposicionista comandada pela família Aroso. Mas um terremoto sacudiu a seara política lumiense com a comunicação do prefeito afastado por problemas de saúde Domingos Dutra – que se recupera de um AVC, que o afastou da Prefeitura – ao seu partido, o PCdoB, dando conta de que pretende se candidatar à reeleição. Na outra banda da família Aroso, o ex-prefeito Gilberto Aroso (MDB), tenta se livrar da inelegibilidade para ser candidato. Na banda oposicionista do tabuleiro, o vereador Fred Campos (PL), vem consolidando sua candidatura com o apoio do senador Weverton Rocha (PDT) e o suporte do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), chefe maior do partido no estado. Ali também se movimenta Karla Maria (PSL), lançada com o apoio do presidente estadual do partido, Chico Carvalho, vereador por São Luís. Todos os observadores preveem uma dura guerra política na definição do futuro prefeito do Paço.

São Luís, 06 de Agosto de 2020.

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