Maioria ludovicense apoia isolamento, fecha com Flávio Dino e reprova Jair Bolsonaro

 

Flávio Dino bate Jair Bolsonaro de longe e com folga no conceito da população de São Luís, diz pesquisa

Maioria ampla dos ludovicenses não fecha com o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contrário ao isolamento social como o remédio mais eficaz no combate à propagação do novo coronavírus em São Luís, e avaliza a posição abraçada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), a favor da medida, segundo os números de pesquisa do instituto Escutec publicada na edição de fim de semana de O Estado. Primeiro: 75% dos entrevistados disseram apoiar o isolamento social decretado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em São Luís, contra 23% contrários e 2% que não souberam responder; segundo: 75% estão de acordo que o comércio de produtos não essenciais deve permanecer fechado enquanto durar a quarentena, contra 23% a favor da reabertura já, e 2% que não responderam. Além desses números, o Escutec apurou que 63% dos ludovicenses reprovam o desempenho do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia, enquanto 28% o aprovam e 9% não responderam, e num entendimento radicalmente oposto, 62% disseram aprovar a atuação do governador Flávio Dino no combate ao novo coronavírus, contra 35% que desaprovam e 3% que não responderam.

O levantamento Escutec/O Estado chega num momento crucial dessa crise avassaladora, quando a São Luís acabou de desembarcar na relação das Capitais em situação de emergência sanitária, ou seja, quando o número de infectados e o de óbitos aumentam rapidamente, mesmo considerando importante a quantidade dos que venceram a Covid-19. Exatamente agora, mesmo de ante das evidências de que a estrutura hospitalar começa a ser ameaçada de ser colapsada, principalmente no que diz respeito aos leitos de UTI, há vozes defendendo o afrouxamento das regras do isolamento social, numa espécie de onda formada com a troca de comando no Ministério da Saúde e o reforça na pregação do presidente da República contra o isolamento horizontal, utilizado em todo o planeta por causa da sua eficácia.

Mais do que um simples levantamento de opinião, a pesquisa Escutec/O Estado traz a animadora confirmação de que, por mais afetada que esteja com o confinamento doméstico, a maioria dos ludovicenses manifesta consciência de que o sacrifício temporário da liberdade de ir e vir é necessário. Isso porque não se trata de uma medida de natureza política em um regime de exceção, mas de uma guerra sanitária contra um vírus letal e de fácil e rápida disseminação, que já infectou mais de 1 milhão e matou mais de 100 mil em todo o planeta. Nesse sentido, ao concordar com o isolamento social em regime de quarentena, a esmagadora maioria da população de São Luís se manifesta disposta a encarar os desdobramentos da crise socioeconômica como o próximo desafio a ser vencido após a derrota do inimigo invisível a olho nu. O mesmo pensa em relação à desativação momentânea do comércio de produtos não essenciais. Os números da pesquisa são enfáticos e incontestáveis.

Ao investigar a avaliação do que os ludovicenses fazem do desempenho do governador Flávio Dino na guerra ao coronavírus e o do presidente Jair Bolsonaro, a pesquisa Escutec/O Estado confirma uma realidade estabelecida desde as eleições de 2018. Nela, o governador Flávio Dino é identificado como um governante eficiente e confiável, predicados demonstrados, dia após dia, na sua obstinada luta contra a pandemia. Nesse mesmo contexto, o presidente Jair Bolsonaro é visto pela maioria dos ludovicenses como um chefe de Governo que anda na contramão da realidade e que tenta agradar eleitores se esforçando para desmoralizar a ciência e as recomendações da OMS. Medido o prestígio dos dois, a pesquisa revela que a maioria dos ludovicenses enxerga no governador o caminho certo e no presidente a orientação que não deve ser seguida.

Além de informar sobre o que a população de São Luís está pensando a respeito do isolamento social por causa do novo coronavírus, a pesquisa Escutec/O Estado revela que o Maranhão tem um governante acreditado e o Brasil um presidente com credibilidade sofrível.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Flávio Dino tem os pés no chão quando o assunto é a corrida presidencial

A crise planetária causada pelo novo coronavírus está dando um choque de alta voltagem nas lutas políticas mundo afora, podendo mudar radicalmente cenários e tendências. O caso mais evidente é o dos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump caminhava leve e solto para a reeleição, mas a pandemia transformou seu asfalto numa estrada pantanosa, preocupando a base republicana e animando a banda democrata da política norte-americana. No Brasil, o novo coronavírus ameaça as eleições municipais deste ano, e também já dá sinais de que poderá ter influência decisiva na sucessão presidencial de 2022. O presidente Jair Bolsonaro está em campanha aberta, já sabendo que o novo coronavírus poderá derrubá-lo. Entre os que poderão encará-lo na disputa está o governador Flávio Dino, que ao contrário do presidente, leva a pandemia a sério, preferindo não misturas as coisas, ainda. Na sexta-feira, Flávio Dino concedeu entrevista à Agência Efe, uma das mais importantes da Europa e do mundo, e sua posição sobre sucessão presidencial no momento é a seguinte:

Efe: O senhor conta com a simpatia do ex-presidente Lula. Ele está tentando convencê-lo a voltar ao PT? E o senhor planeja ser candidato à presidência em 2022?

Dino: Hoje, no meio desse turbilhão, é claro que a eleição presidencial se tornou ainda mais distante, é um ponto muito pequeno no horizonte, tendo em vista que nós temos um caminho bastante tortuoso para chegar lá. Temos desafios dramáticos nos campos da saúde, econômico e social, e que têm implicações na questão democrática, pois sentimentos como medo, pânico, desespero, conduzem a saídas fascistas, de ruptura antidemocrática. Temos muitas tarefas fundamentais até para proteger a eleição de 2022.

Por essa razão, qualquer debate sobre 2022 foi adiado. Mesmo essas conversas que eu vinha mantendo com o ex-presidente Lula, que é o principal líder da esquerda brasileira, ficaram congeladas até do ponto de vista prático, uma vez que não pudemos fazer viagens, reuniões, seminários. Eu tinha conversado com ele antes da viagem dele à França (no começo de março) que, na volta, nós faríamos uma série de reuniões com governadores, visitas, ele iria ao meu estado.

Tudo isso foi adiado, de modo que hoje não há nenhuma tratativa no nosso campo sobre eleição presidencial. Vamos ver, a partir do segundo semestre, se essas articulações voltam em torno do principal, que é a união da esquerda. A esquerda tem que estar unida em 2022. Esse é o meu objetivo.

 

Sarney manifesta perplexidade com o novo coronavírus e pede que todos fiquem em casa

José Sarney: perplexo com a pandemia do coronavírus: nada igual em 90 anos

O ex-presidente José Sarney (MDB) ocupou as redes sociais para manifestar sua perplexidade e sua preocupação com relação à pandemia do novo coronavírus, causadora, segundo avaliou, do pior momento para a humanidade nos seus 90 de idade, que serão completados no próximo dia 24. Eis, íntegra, a mensagem do coronavírus:

“Deus deu-me a graça de uma longa vida. Mas nestes 90 anos eu nunca assisti a um momento de tanta dificuldade, de tanta apreensão e de tanta perplexidade quanto este que nós estamos vivendo. Estamos enfrentando uma doença desconhecida, daquelas que os cientistas sempre anunciaram que nós devíamos nos preparar para enfrentá-la. Esta não tem remédio, não tem vacina, não tem nada à disposição da ciência neste momento para enfrentá-la. Mas nós, pessoalmente, cada um de nós, podemos fazer a nossa parte. Qual é? Ficar em casa, manter o isolamento, para que não haja contágio. E termos fé em Deus”.

São Luís, 19 de Abril de 2020.

 

Um comentário sobre “Maioria ludovicense apoia isolamento, fecha com Flávio Dino e reprova Jair Bolsonaro

  1. Repórter eu quero te dizer uma coisa:
    Dá um tempo!
    Criticar Bolsonaro,
    pra enaltecer Fláflafla e
    a nulidade do palhaço Hildelis,…Repórter, dá um tempo!

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