Pesquisa do instituto Prever, contratada pelo Sistema Mirante, por meio da Rádio Mirante e portal Imirante, confirma uma tendência já identificada por políticos ribamarenses: o prefeito Júlio Matos (Podemos) lidera, com folga ampla, a corrida pela Prefeitura de São José de Ribamar, o quinto maior município do Maranhão. De acordo com o levantamento, se a eleição na Cidade do Padroeiro, o prefeito Júlio Matos seria reeleito com 44% da votação da qual Dudu Diniz (PSB) teria 14,4%, Guilherme Mulato (Novo) obteria 9,7% e Dr. Pedro (Mobiliza) ficaria em último com 8,7%, mas tecnicamente empatado com o terceiro colocado. Brancos e nulos seriam 11,7% e Não quiseram ou Não souberam responder.
Os números encontrados pelo instituto Prever não surpreendem em se tratando do quadro político e eleitoral de São José de Ribamar. Ali, depois da saída de cena do ex-prefeito Luís Fernando Silva, que dominou a política ribamarense por mais de uma década, Júlio Matos, que fora prefeito duas vezes, voltou à cena sem encontrar adversário. Em 2020, ele passou a integrar o PL, comandado no estado por Josimar de Maranhãozinho, retomou o comando político e administrativo de São José de Ribamar atropelando nas urnas o então prefeito Eudes Sampaio (PTB), não enxergando qualquer adversário de peso para desbancá-lo da liderança. Isso porque Luís Fernando Silva decidiu mesmo se aposentar em relação à política da Cidade do Padroeiro, e seu sucessor, Gil Cutrim (PDT), não segurou o barco.
Com larga experiência política e eleitoral – inclusive por ter ficado anos inelegível -, Júlio Matos, que se projetou como médico obstetra no município, conhece hoje cada palmo e cada família do território ribamarense, o que lhe dá uma enorme vantagem sobre qualquer adversário, principalmente os mais jovens, mesmo sendo políticos militantes. Se elegeu em 2020 pelo PL e com o apoio direto do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, mas dele se afastou quando se negou a fazer concessões. Sua saída do PL foi vista por muitos como o início da sua derrocada. No entanto, montado na sua experiência e no poder da máquina administrativa ribamarense, que recebe FPM especial e boa ajuda do Governo do Estado, tentou sair da condição de adversário do Palácio dos Leões filiando-se ao Podemos, tendo hoje uma situação partidária resolvida, tornando-se uma das apostas do presidente do partido, deputado federal Fábio Macedo.
Seus adversários na corrida à Prefeitura são políticos conhecidos, mas que precisam decolar o quanto antes. O vereador Dudu Diniz é do PSB, preside a Câmara Municipal e tem o apoio declarado da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), contando também com o aval do governador Carlos Brandão, reunião condições políticas diferenciadas. O terceiro colocado é o vereador e jornalista Guilherme Mulato (Novo), que assumiu o espaço da direita zoadenta em São José de Ribamar tendo como patrono Lahesio Bonfim, ex-prefeito de São Pedro dos Crentes e segundo colocado na eleição para governador em 2022. O quarto colocado, colado no terceiro, é o médico Pedro Rocha, que será candidato pelo grupo liderado pelo atual prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, chefe do Mobiliza.
Políticos muito experientes costumam suspeitar de números de pesquisas, preferindo aguardar o pronunciamento das urnas. Mas em casos com o de São José de Ribamar, analisando o contexto, as características e as condições de cada candidato, mesmo os céticos dirão que o prefeito Júlio Matos está no caminho da reeleição. Isso não significa martelar o prego e virar a ponta, porque ainda faltam quatro meses, o momento é de pré-campanha e ainda está a caminho a campanha propriamente dita, que é o momento do tudo ou nada. Pelo menos por enquanto, o prefeito Júlio Matos encontra-se em franca vantagem, posição reforçada por uma informação da pesquisa, segundo a qual 56% dos entrevistados acreditam que ele será reeleito.
Em Tempo: A pesquisa Prever ouviu 403 eleitores entre os dias 18 e 21 de maio. Tem margem de erro de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de segurança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA 05648/2024.
PONTO & CONTRAPONTO
Aliados discutem escolha do vice de Duarte Jr.
Parece estar chegando ao fim uma discussão que vem sendo travada sob sete capas dentro da aliança partidária governista: a escolha do candidato a vice-prefeito na chapa liderada pelo deputado federal Duarte Jr. (PSB).
Sopro ouvido pela Coluna sugeriram que a vaga deve mesmo ficar com o PT e que a dificuldade está na escolha do nome. Essa definição teria saído depois de discussões travadas entre PSB, PT, PCdoB, PP, PSDB e MDB.
Depois de muita conversa, todas as informações indicam que o PT, por meio dos movimentos do vice-governador Felipe Camarão, conseguiu firmar sua posição e obter o apoio das outras legendas para garantir a vaga e indicar o vice de Duarte Jr..
Há também vozes, bem mais brandas, soprando que se houver qualquer problema e a indicação do PT for inviabilizada, Duarte Jr. poderá liderar uma chapa pura, com o vice também do PSB, este indicado pelo governador Carlos Brandão.
Vale registrar que o MDB estava na disputa, mas foi descartado por conta da indefinição causada pela posição – mantida, diga-se – do presidente municipal do partido em São Luís, deputado federal Cleber Verde, que declarou apoio ao prefeito Eduardo Braide, tem o controle formal da legenda e nada pode impedi-lo de formalizar a posição.
Diante desses sopros, a lógica manda aguardar uma indicação do PT. Ou do PSB.
Léo Costa está no Podemos e não no PDT
A Coluna faz uma correção: o economista Léo Costa não mais pertence ao PDT. Ele está filiado ao Podemos, pelo qual é candidato à Prefeitura de Barreirinhas, que já comandou duas vezes e foi decisivo na eleição de Albérico Filho em 2008.
Léo Costa foi um dos líderes do PDT no auge do partido, quando comandado por Jackson Lago e com a poderosa influência de Neiva Moreira. Foi um dos homens de proa do projeto do PDT, elegendo-se, com o apoio de todo o partido, prefeito de Barreirinhas.
Circunstâncias e desencanto o afastaram do PDT, obrigando-o a peregrinar por alguns partidos até se estabelecer agora no Podemos, que ganha força sob o comando do deputado federal Fábio Macedo.
São Luís, 01 de Junho de 2024.
Só mais uma correção: Léo costa não é Economista. É Sociólogo
Caro Oscar, agradeço pela correção. Continue atento. Grato.