Econométrica mostra Braide na dianteira, Duarte Jr. e Evangelista empatados e Rubens Jr. entrando na briga

 

Eduardo Braide lidera seguido por Duarte Jr., Neto Evangelista e Rubens Jr., que de acordo com a pesquisa Econométrica, entra na briga pela Prefeitura de São Luís

O instituto Econométrica divulgou ontem pesquisa sobre a corrida à Prefeitura de São Luís, feita em parceria com a TV Guará. Os números: Eduardo Braide (Podemos) tem 47,3% das intenções de voto, seguido de Duarte Júnior (Republicanos) com 10,8%, Neto Evangelista (DEM) com 10,6%, Rubens Júnior (PCdoB) com 6%, Bira do Pindaré (PSB) e Adriano Sarney (PV) com 2,6%, Jeisael Marx (PV) com 1,5%, Yglésio Moises (PROS) com 1,2% e Carlos Madeira (Solidariedade) com 1% das intenções de voto – Silvio Antônio (PRTB), Hertz Dias (PSTU) e Franklin Douglas (PSOL) foram citados por menos de 1% dos entrevistados. Um contingente de 8,5% dos entrevistados não soube responder e 6,6% disseram que não votariam em nenhum deles ou anulariam o voto.  Realizada na intensa dinâmica da corrida eleitoral, a pesquisa é um retrato do momento, e traz nos percentuais encontrados informações estridentes, recados e forte sinal de alerta para os candidatos que buscam um segundo turno para um embate final com o candidato do Podemos.

A primeira informação: Eduardo Braide se mantém na dianteira e sua vantagem é larga e consistente, sem tendência de queda, condição que pode levá-lo a liquidar a fatura em turno único, confirmando os desenhos rabiscados por todas as pesquisas realizadas até aqui. A segunda informação: a movimentação entre Duarte Júnior com 10,8%, Neto Evangelista com 10,6% e Rubens Júnior com 6% se dá dentro dos espaços por eles ocupados, atingindo, por exemplo, a Bira do Pindaré, que apareceu empatado com Adriano Sarney, que já não é mais candidato, mas sem qualquer arranhão ou ameaça à posição de Eduardo Braide. A terceira informação: a disputa efetiva parece estar restrita aos quatro primeiros colocados, e mesmo com a vantagem avassaladora de Eduardo Braide, o que está em jogo nessa eleição sugere que muito poderá acontecer nos próximos 44 dias.

O empate entre Duarte Júnior e Neto Evangelista e a subida de Rubens Júnior – em relação à pesquisa Ibope, a mais recente -, indica que haverá uma forte medição de força entre os três, com o empenho dos líderes partidários – o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) pelo primeiro, o senador Weverton Rocha (PDT) e o deputado federal Juscelino Filho (DEM) pelo segundo, e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) pelo terceiro -, que vão jogar pesado para reverter a vantagem de Eduardo Braide, o que tornará a disputa bem mais acirrada. Afinal, trata-se da disputa pela Prefeitura de São Luís, cujo controle tem peso político e eleitoral muitas vezes decisivos nas disputas estaduais.

Um recado eloquente da pesquisa Econométrica: o eleitorado não quer papo nem com a ultradireita, representada por Silvio Antônio, candidato do PRTB, nem com a ultraesquerda, que têm duas candidaturas, a de Franklin Douglas (PSOL) e a de Hertz Dias (PSTU). Outras informações importantes, mas sem qualquer importância no andamento da disputa propriamente dita: a posição surpreendentemente tímida do candidato do PSB, Bira do Pindaré, e o duro e tardio aprendizado político do ex-juiz Carlos Madeira, candidato do Solidariedade. A margem de imprevisibilidade guardada em qualquer cenário eleitoral em evolução recomenda que ninguém bata martelo antes da hora, mas tudo indica que dificilmente Bira do Pindaré e Carlos Madeira conseguirão avançar.

Os demais caminham para completar a experiência.

Em Tempo: A pesquisa Econométrica ouviu mil eleitores em 44 bairros de São Luís entre os dias 20 e 22 de Setembro, foi registrada no TSE com número de identificação MA-06272/2020, tem margem de erro é de 3,1 ponto percentual, para mais ou para menos, e um intervalo de confiança de 95%.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Rejeição da maioria dos candidatos pode ser explicada

A pesquisa Econométrica mediu também a rejeição dos candidatos a prefeito de São Luís. O mais rejeitado foi Adriano Sarney (PV) – que, vale repetir, não é mais candidato. Ele foi rejeitado por 33,2% dos entrevistados, certamente não se tratando de uma situação pessoal, mas reflexo da relação sempre complicada dos Sarney com os ludovicenses. Se permanecesse na disputa e crescesse, continuaria tendo rejeição elevada. Surpreendentes os 27,5% de rejeição de Bira do Pindaré (PSB), se levado em conta o fato de que ele foi fenômeno de votos em São Luís na disputa senatorial seu 2006 e vir se mantendo com boas votações na Capital.

Terceiro mais rejeitado (19,1%), Eduardo Braide forma, dentro da margem de erro, um bloco com Neto Evangelista (18,8%), Rubens Júnior (18%), Jeisael Marx (15,7%) e Duarte Júnior (15,6%). As rejeições nesse grupo podem ser explicadas mais por opção de candidatura do que rejeição propriamente dita. É o caso dos percentuais de rejeição de Yglésio Moises (12,8%) e de Carlos Madeira (11,5%), muito difíceis de explicar, já que um é médico conceituado e o outro é um ex-juiz correto. Silvio Antônio com 7,3%, Hertz Dias com 6,8%, Franklin Douglas com 5,9% são casos de pouca expressão.

Exceto a rejeição de Bira do Pindaré, para a qual não há uma explicação lógica, todos os casos revelados pela pesquisa estão dentro de situação perfeitamente explicáveis.

 

Deputados aprovam projetos importantes, apesar da pressão da campanha

Mesmo com os deputados sob a forte pressão da corrida às urnas nos municípios, a Assembleia Legislativa vem mantendo regularidade no seu calendário de sessões e aprovando matérias importantes. Ontem, o plenário chancelou dois projetos de peso. O primeiro institui o programa “Aluguel Maria da Penha”, que amplia a proteção da mulher em situação de violência. O segundo cria o Instituto Maranhense de Infectologia (IMI).

Daniella Tema indicou Aluguel Maria da Penha, que agora virou lei

Fruto de uma indicação da deputada Daniella Tema (DEM), o projeto do “Aluguel Maria da Penha” foi proposto pelo Poder Executivo e aprovado sem reservas pela Assembleia Legislativa. O programa garante R$ 600,00 durante 12 meses a mulheres vítimas de violência doméstica que estejam impedidas de retomar para seus lares, por risco de sofrer agressões que possam causar morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. O benefício será concedido pelo período de até 12 meses, podendo ser suspenso a qualquer tempo, caso a beneficiária deixe de atender quaisquer dos requisitos necessários para figurar como participante do programa, a exemplo do retorno ao convívio do agressor e da cessação dos efeitos da medida protetiva de urgência. Terão prioridade na concessão do “Aluguel Maria da Penha” as mulheres em situação de vulnerabilidade que possuam filhos menores de idade. A execução do programa será feita por meio da Secretaria de Estado da Mulher (SEMU), que utilizará as Casas da Mulher, bem como os Centros de Referência da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e das Secretarias Municipais da Mulher e de Assistência Social. Daniella Tema defendeu assinalando um dos motivos que mantêm muitas mulheres em situação de violência doméstica é a dependência financeira, explicando que foi com base nessa realidade que ela fez a indicação ao governador Flávio Dino, que deve sancionar o projeto, transformando em lei. O deputado Roberto Costa (MDB) destacou a iniciativa da deputada Daniella Tema e assinalou: “O ‘Aluguel Maria da Penha’ resgata a dignidade da mulher no instante em que ela mais precisa, por estar enfrentando instabilidade emocional e física, necessitando do aparato do Estado, que passa a ajudá-la nesse momento de grande dificuldade”.

Sob pressão da campanha Assembleia vem atuando e votando matérias de peso

Já a criação do Instituto Maranhense de Infectologia (IMI) se deu pela necessidade de controlar “doenças infectoparasitárias e objetivo prestar assistência, promover a educação e realizar pesquisas relativas a essas doenças no âmbito do Maranhão”. De acordo com o governador Flávio Dino, na mensagem ao Poder Legislativo, “a localização em zona de transição entre a Amazônia, o Sertão Nordestino e o Cerrado, congrega endemias típicas destas regiões, ao lado de doenças infecciosas de caráter cosmopolita, englobando variado grupo de doenças tropicais”. O governador acrescentou: “Objetiva-se com o presente Projeto de Lei criar, no Estado do Maranhão, o Instituto Maranhense de Infectologia – IMI, alterando também a nomenclatura do Centro de Saúde ‘Dr. Genésio Rêgo’, que passará a se denominar Hospital de Doenças Infectoparasitárias ‘Dr. Genésio Rêgo’, ambos vinculados à Secretara de Estado da Saúde”. O IMI deverá desenvolver, dentre outras atividades, pesquisas nas áreas de epidemiologia e da saúde pública, tendo como foco as doenças tropicais e infectoparasitárias em geral, com ênfase nas endemias no Maranhão; e realizar convênios e programas de cooperação com outras instituições de pesquisa, entre nacionais e internacionais”.

São Luís, 01 de Outubro de 2020.

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