O PCdoB bateu martelo pelo deputado federal Rubens Júnior, o Podemos confirmou o deputado federal Eduardo Braide, o PSB já está em campanha pelo deputado federal Bira do Pindaré, o Republicanos deu a vaga ao deputado estadual Duarte Júnior, a Rede balançou para o jornalista Jeisael Marx, o PROS assumiu o projeto eleitoral do deputado estadual Yglésio Moisés, o PSOL deve confirmar o professor Franklin Douglas, o PSTU avisou que vai com Saulo Arcangeli, o PL lançou a deputada Detinha, e é quase 100% certo que o DEM confirmará o deputado estadual Neto Evangelista. Para que o plantel de pré-candidatos a prefeito de São Luís fique completo, aguarda-se a manifestação do PDT, do MDB e do PSDB. São três legendas com histórico de participação forte na vida política de São Luís, com fatias gordas do eleitorado ludovicense, e que por isso o rumo que cada uma vier a tomar terá influência considerável na corrida para a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
É forte a expectativa pelo posicionamento do PDT, o partido com maior capilaridade em São Luís, que conta com uma militância forte e ativa e que comandou a Prefeitura por mais de 20 dos últimos 30 anos, a partir da eleição de Jackson Lago em 1988. No momento, porém, o PDT encontra-se numa encruzilhada: controla a máquina com um prefeito bem avaliado, mas sem um nome de peso para a sua sucessão, obrigando-se a fazer uma coligação indicando o vice. A aliança mais provável é com o DEM em torno do deputado Neto Evangelista, com o aval dos comandos nacionais do Democratas e do PDT. Mas poderá também compor com o PCdoB indicando o vice do deputado Rubens Júnior, como advogam algumas das suas vozes. Poderá, ainda, lançar candidato próprio. O comandante maior do partido, senador Weverton Rocha, diz que o momento “é de costura”, e que a posição do PDT será definida em convenção no dia 28 de março. “A partir daí começará o jogo de verdade”, disse ao bem informado blog do jornalista Marco D`Eça.
O MDB, que representa a banda maior do que restou do Grupo Sarney, “só vai resolver São Luís depois do Carnaval”, avisou o seu presidente, senador João Alberto. Inicialmente, o MDB tentou atrair sem sucesso a arquiteta Kátia Bogea, ex-presidente do Iphan, vista por muitos como um nome adequado para a São Luís atual. Depois, apostou muitas fichas no ingresso do ex-juiz Carlos Madeira, que após de várias conversas abandonou o projeto emedebista e se filou ao Solidariedade, pelo qual será candidato. Finalmente, o MDB radicalizou lançando a ex-governadora Roseana Sarney, que inicialmente pareceu animada, mas logo desanimou e recusou a acabou recusando proposta. Agora, o partido tem dois caminhos: lançar um candidato que ainda não tem, ou apoiar a candidatura do deputado estadual Adriano Sarney (PV) – que o presidente João Alberto considera “muito difícil”. Isso reforça a especulação de que o MDB poderá aliar-se ao Podemos em torno de Eduardo Braide. “Na política do Maranhão boi voa, até de asa quebrada”, lembra, acertadamente, o ex-senador João Alberto.
O terceiro foco de indefinição é o PSDB, que já esteve no poder municipal com o prefeito João Castelo (2009/2012). O deputado estadual Wellington do Curso é pré-candidato assumido, mas até agora não recebeu o aval do presidente tucano, senador Roberto Rocha. Nos bastidores, corre que o projeto de Roberto Rocha é levar o PSDB para uma aliança o Podemos, indicando o vice de Eduardo Braide. É provável que Wellington do Curso busque outra legenda – o PSL, por exemplo – para se candidatar. A expectativa é a de que o nó será desatado em março.
O fato é que depois que essas forças políticas e partidárias se posicionarem, a corrida para a Prefeitura de São Luís terá largada definitiva.
PONTO & CONTRAPONTO
Quinto homenageará Bacabal lembrando Padre Mohana e Papete e com ala dedicada ao “Carcará”
A Turma do Quinto vai levar para a avenida o enredo O Centenário de Bacabal, uma homenagem ao século de existência de um dos maiores e mais importantes municípios maranhenses. A escola da Madre Deus, que costuma encantar o público e por isso coleciona campeonatos, vai destacar figuras importantes nascidas em Bacabal, como o padre, médico e escritor conhecido João Mohana; o nacionalmente respeitado percussionista, arranjador, compositor e cantor Papete, e o ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-prefeito, ex-governador e ex-senador João Alberto. Os dois primeiros serão lembrados em destaques, segundo uma fonte da escola. Para homenagear o ex-governador João Alberto, os carnavalescos criaram a ala “Carcará”, que promete ser uma das mais animadas. O samba assinado por Manoel Henrique, Carlos Boni e Cecel Mix homenageia os três gigantes bacabalenses. Num dos trechos destaca o genial Papete cantando que o seu disco, considerado o maior clássico da MPM, “Bandeira de Aço encanta os ouvidos”; em seguida lembra João Mohana destacando que “Conselhos do padre me fazem sentido”; e fecha a estrofe com “No voo do meu João”, numa alusão ao Carcará. O ex-senador anda visivelmente empolgado com a honraria carnavalesca.
PSC lança Mariana Carvalho à Prefeitura de Imperatriz
Depois da confirmação das candidaturas do prefeito Assis Ramos (DEM), do deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), do ex-prefeito Ildon Marques (PP) e do ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), os quatro candidatos que, pelo menos em princípio, de fato pesam no cenário político local, a disputa para a Prefeitura de Imperatriz ganhou ontem um dado novo: a pré-candidatura da bacharel em Direito Mariana Carvalho (PSC). Ela foi lançada pelo comandante do partido no Maranhão, deputado federal Aloísio Mendes, após assinar ficha de filiação na legenda. Mariana Carvalho entra com o diferencial de ser jovem e mulher. E vai para a corrida com a experiência de quem recebeu 14 mil votos para deputada estadual em 2018. O presidente do PSC aposta alto na candidatura dela, que mostrou firmeza quando declarou: “Acredito que pelo modo de fazer uma política orgânica, sem conchavos, com respeito e diálogo, meu nome possa ter se sobressaído na escolha do partido”.
São Luís, 21 de Fevereiro de 2020.