A carta em que o ex-presidente Lula da Silva (P) reafirma seu apoio à candidatura do governador Flávio Dino (PCdoB), da coligação “Todos pelo Maranhão”, à reeleição, a insistência com que a propaganda da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) vem tentando desqualificar o atual Governo, a pancadaria do deputado estadual e candidato ao Senado Alexandre Almeida (PSDB) contra o concorrente, senador Edison Lobão (MDB), a ameaça de sujeira que rondou a ficha do deputado federal e candidato a senador Sarney Filho (PV), a tentativa de atingir a candidatura da deputada federal Eliziane Gama (PPS) ao Senado atacando seu marido e, mais recentemente, a impressionante e suspeitíssima reportagem da revista Isto É sobre R$ 6 milhões em dinheiro vivo mandados pelo ex-presidente Lula para o candidato a senador do PDT, Weverton Rocha, para que ele abandone o presidenciável do seu partido, o PDT, Ciro Gomes, e apoie o candidato petista Fernando Haddad no Maranhão. São situações registradas recentemente e que indicam que a reta final da corrida ao Governo do Estado será ao mesmo tempo tensa e intensa, já que corre nos bastidores que novas “bombas” estão a caminho para estourar ao longo da semana que vem, quando será feita a contagem regressiva para as eleições.
Até aqui, todos os petardos da campanha foram disparados pelos canhões da coligação “O Maranhão quer mais”, liderada pela ex-governadora Roseana Sarney em seguidas tentativas de minar o poder de fogo da aliança comandada pelo governador Flávio Dino, que de acordo com as pesquisas mais recentes, caminha para fazer “barba, cabelo e bigode” nas urnas, no dia 7 de Outubro. Sinal estridente de que o governador e seus aliados construíram uma base polpitica e eleitoral consistente e que se torna a cada dia mais difícil de ser revertida se mantida a polarização já desenhada. Primeiro porque o candidato do PSDB, senador Roberto Rocha, não entrou na disputa e, se não reagir nas próximas horas, sairá das urnas como um fracasso retumbante, e a candidata do PSL, Maura Jorge, não consegue transferir para si um naco sequer do prestígio que o seu candidato presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), conseguiu no Maranhão.
Usando a estratégia de sempre, fundada principalmente na desconstrução de adversários pela via midiática, o Grupo Sarney não se conforma com uma derrota eleitoral anunciada, joga todo o seu peso e usa todos os seus recursos na tentativa virar o jogo. Só que enfrenta agora um adversário osso duro de roer em todos os sentidos, de modo que todas as investidas nessa direção feitas até aqui não causaram qualquer dano no projeto de Flávio Dino; pior, nada estão acrescentando ao projeto da ex-governadora Roseana Sarney de voltar ao poder, à medida que, segundo todas as mesmas pesquisas, ela não consegue ultrapassar o patamar dos 30% das intensões de voto, situação que repercute forte e negativamente na corrida dos seus candidatos ao Senado e até mesmo na disputa proporcional.
A inacreditável reportagem de Isto É destinada a desmanchar o lastro político construído pelo deputado federal Weverton Rocha é um exemplo “clássico” de jabuti em galho de árvore: “foi enchente ou mão de gente”. Nada justifica que, em meio a guerras senatoriais acontecendo em todo o País, a revista fosse produzir uma opereta tendo como roteiro o suposto transporte de R$ 6 milhões mandados por Lula para o líder do PDT trair o candidato do seu partido a presidente. O caso não faz o menor sentido e tudo indica que foi um produto “terceirizado”, lembrando muito “reportagem” da mesma revista que alvejou dura e impiedosamente o então senador Epitácio Cafeteira em 1994, quando ele liderava com folga a corrida pelo Governo do Estado contra Roseana Sarney, que brigava pelo seu primeiro mandato, conquistado com uma vantagem surpreendente de 18 mil votos.
Como dizia diante de uma situação política complicada um pracinha que participou de combates sangrentos na Itália durante a Segunda Guerra: a cobra vai fumar nas próximas 200 horas.
PONTO & CONTRAPONTO
Lobão enfrenta maratona de campanha e comemora prêmio como defensor dos municípios
Poucos candidatos à reeleição, qualquer que seja o cargo eletivo, caminha pelas ruas dos municípios maranhenses com a autoridade e segurança do senador Edison Lobão (MDB), que concorre ao quarto mandato. Nas caminhadas e carreatas das quais participa, Edison Lobão leva na bagagem dois mandatos de deputado federal e um mandato de governador, incluindo também um período com o presidente do Senado, e ainda mais de oito anos como ministro de Minas e Energia nos governos dos presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff. Na semana que finda hoje, o ex-ministro de Minas e Energia exibiu disposição fora do normal ao cumprir uma maratona de compromissos de campanha em Santa Inês, Santa Luzia do Tide e Arame. Nesses atos, o senador Edison Lobão mostrou determinação e entusiasmo com sua popularidade entre os eleitores, em vários municípios, com grande empatia com a população e o reconhecimento por seus trabalhos prestados durante 40 anos dedicados ao Maranhão. Por onde passou, agradeceu o apoio de todos, desconhecendo sol, calor e cansaço.
Em meio à maratona de compromissos eleitorais, o senador Edison Lobão recebeu uma notícia animadora. Ele foi o “Destaque Parlamentar – 2017” do Prêmio da Confederação Nacional dos Municípios. Lobão ficou com a primeira posição no ranking do Observatório Político do Estado do Maranhão no ano de 2017 por sua atuação em favor dos municípios maranhenses e de todo o Brasil. “Esse é o Destaque Parlamentar, um prêmio de agradecimento por tudo que o senhor tem feito pelo municipalismo brasileiro. O senhor é destaque, em primeiro lugar no Maranhão e em uma das primeiras posições no país, que mais tem beneficiado os municípios brasileiros. Esse é um reconhecimento por toda a sua atuação no Congresso Nacional”, declarou André Felipe, da Confederação. Edison Lobão agradeceu o prêmio e lembrou que sempre lutou pelos interesses dos municípios maranhenses e melhoria da qualidade de vida em todo o Brasil.
– Agradeço a Confederação Nacional dos Municípios por esse importante prêmio, que é um reconhecimento do meu empenho em favor dos municípios do Brasil, mas fundamentalmente, do Estado do Maranhão – declarou Edison Lobão.
Procurador eleitoral auxiliar que investigar Econométrica, uma empresa séria
Inconformada com os percentuais que a Econométrica encontrou na corrida ao Governo do Estado e ao Senado e divulgados há menos de duas semanas, a coligação “O Maranhão quer mais”, liderada pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB) pediu ao Ministério Eleitoral para abrir uma investigação sobre o trabalho do instituto. Para quem não se lembra, a pesquisa da Econométrica encontrou o governador Flávio Dino caminhando para vencer no primeiro turno. Ontem, o procurador eleitoral auxiliar Alexandre Silva Soares, acatando os argumentos da coligação “O Maranhão quer mais”, emitiu parecer em que se manifesta por uma investigação da Polícia Federal no Instituto Econométrica. O curioso é que logo em seguida os institutos Exata e DataM publicaram pesquisas com números bem próximos aos da Econométrica.
Independentemente do que vier a resultar dessa investigação, a Coluna faz um registro. Hoje a mais antiga e experiente empresa de investigações estatísticas do Maranhão, a Econométrica é uma empresa séria, com excelentes serviços prestados nessa área ao longo de mais de três décadas. Fundada pelos emigrantes chilenos Sérgio Zubicueta e Mireia Goic, profissionais renomados no conhecimento de estatística – ele foi por décadas professor de Estatística da Universidade Federal do Maranhão –, os dois sempre de esforçaram ao extremo para manter a reputação da empresa, que sempre foi referência. Com a morte de Sérgio Zubicueta e a volta de Mireia Goic ao Chile na década passada, a empresa ficou sob a responsabilidade de Sérgio Zubicueta, filho, ele também um profissional de altíssimo nível e com o mesmo grau de seriedade dos pais.
São Luís, 28 de Setembro de 2018.