Pesquisas apontam tendências de mudança radicais Pinheiro e Rosário

Foto 1: André da Ralpnet, Kaio Hortegal, Batista
Segundo e Geraldo Jr.: disputa dura em Pinheiro;
embaixo: Jonas Mágno, Calvet Filho e Irlahi:
reviravolta em Rosário?

Duas pesquisas publicadas ontem pelo bem informado blog Marrapá sugerem tendências de mudanças surpreendentes em dois importantes municípios: Pinheiro (82 mil habitantes), consagrado como o mais importante centro social, político e econômico da Baixada Ocidental, e Rosário (42 mil habitantes), o maior centro econômico e político da Região do Munim e portal de entrada para a grande região dos Lençóis Maranhenses. Os dois levantamentos mostram a diferença na atuação política de dois prefeitos: Luciano Genésio (PP), que está terminando seu segundo mandato e comanda a campanha do seu candidato, ameaçando desbancar o líder da corrida, e Calvet Filho (Republicanos), um jovem prefeito que está amargando o risco de não conseguir a reeleição, que muitos acreditavam certa.

Em Pinheiro, a corrida à Prefeitura foi medida mais recentemente pelo instituto Intelligent Serviços, e os resultados apurados foram os seguintes: André da Ralpnet (Podemos) lidera com 23,47%, seguido de Kaio Hortegal (PP) com 18,89%, Batista Segundo (PL) com 16,51%, Geraldo Jr. (UB) com 15,44%, Coronel Senilson (Republicanos) com 4,75%, Josias do Açaí (DC) com 2,13%, Filho do Coqueiro (Avante) com 1.80% e Professor Dimas (Rede) com 1,47%. Um contingente de 15,38% não soube ou não quis responder e apernas 0,16% disseram que votarão nulo ou em branco.  

O que chama a atenção no caso de Pinheiro é a crescente modificação nos percentuais dos quatro primeiros colocados. André da Ralpnet, de oposição, que já liderou com mais de 20 pontos percentuais sobre o segundo colocado, está agora ameaçado por Kaio Hortegal, último nome a entrar na disputa e que tem o apoio do prefeito Luciano Genésio, que muitos julgavam liquidado e que agora ameaça virar o jogo e passar o cargo a um aliado seu. Outro dado importante: levando em conta a margem de erro da pesquisa, (4 pontos percentuais, para mais ou para menos), o segundo, o terceiro e o quarto colocados estão tecnicamente empatados, além do fato de o segundo estar muito próximo do líder.

Em resumo: a julgar por esses números e levando em conta o tempo de campanha que ainda resta, a conclusão mais honesta é a de que o desfecho da disputa em Pinheiro é agora rigorosamente imprevisível.

Em Rosário, a situação é diferente, uma vez que, segundo pesquisa do instituto INOP Previsão, divulgada ontem, os números produziram uma situação surpreendente: o prefeito Calvet Filho (Republicanos), que busca a reeleição, não lidera a corrida. Trata-se de situação absolutamente anormal no contexto dos prefeitos que tentam renovar seus mandatos.

Pelos números apresentados pelo INOP, quem lidera em Rosário é Jonas Magno (PDT) com 47,79% das intenções de voto, seguido do prefeito Calvet Filho com 40%, tendo em terceiro lugar a ex-prefeita Irlahi, que migrou do MDB, no qual fez toda sua carreira, para o PT, e em quarto Edvaldo Bazolão (Mobiliza), que não pontuou. Além disso, 0,98% declararam não votar em nenhum dos candidatos, e 3,92% não souberam ou não quiseram opinar.

Não há como ignorar o fato de um prefeito da novíssima geração de políticos maranhenses tentar a reeleição e esteja na segunda colocação, correndo todos os riscos de amargar uma derrota, que poderá interromper e até mesma colocar ponto final da sua carreira. O dado mais contundente é a diferença de sete pontos percentuais do líder para o vice-líder, que é de sete pontos percentuais, uma vantagem difícil de ser revertida.

Resumo da opereta: o prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio, que muitos julgavam liquidado por conta dos atropelos na sua gestão, vê seu candidato ameaçar o líder, podendo virar o jogo, enquanto o prefeito de Rosário, Calvet Filho, que deveria estar surfando na sua juventude, corre o risco de ser mandado para casa.   

Em Tempo I: A pesquisa Intelligent Serviço ouviu 600 em Pinheiro nos dias 15 e 16 de setembro, tem margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, o nível de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-08488/2024.

Em Tempo II: A pesquisa INOP ouviu 408 eleitores rosariense entre os dias 6 e 8 de setembro, tem margem de erro de 3,72%, para mais ou para menos, nível de confiança de 90% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03776/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão lança nova versão do Maranhão Juros Zero

Carlos Brandão entre Antônio Pereira, Sebastião madeira, senador Camacho,
Júnior Marreca e líderes empresariais, exibe a Medida Provisória que
trouxe de volta o Maranhão Juros Zero

O governador Carlos Brandão (PSB) marcou ontem gol de placa com o lançamento de nova versão Maranhão Juros Zero, durante a Fecoimpe, em Imperatriz. Pelo novo modelo do programa, o Governo do Estado vai cobrir os juros para empréstimos de até R$ 10 mil, oferecendo mais oportunidades para quem movimenta a economia e gera emprego e renda no Maranhão. O alvo preferencial do Maranhão Juros Zero são os pequenos empreendedores, especialmente as mulheres que militam na economia.  

Durante o ato de assinatura da Medida Provisória que trouxe de volta o Maranhão Juros Zero, o governador Carlos Brandão explicou que o programa contempla preferencialmente os pequenos e microempresários, o que representa um benefício para cerca de 90% das empresas que atuam no território maranhense.

Coordenado pela Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, comandada pelo ex-deputado federal Júnior Marreca, o Maranhão Juros Zero será uma espécie de subsídio que cobrirá os juros dos empréstimos concedidos aos beneficiários por meio de instituições financeiras, que para participarem do programa, terão de firmar termo de Cooperação com o Governo do Estado.

A nova versão do Programa Maranhão Juros Zero foi lançada durante a Fecoimp, uma das maiores e mais movimentadas feiras agropecuárias da região.

Resultado das urnas na eleição da Câmara de São Luís pode surpreender

Paulo Victor

Contas feitas em gabinetes de campanha têm levado à conclusão de que a renovação das Câmara Municipal de São Luís, um dos parlamentos mais antigos do Brasil, pode alcançar 50%. Vereadores experientes que buscam a reeleição estão trabalhando com um resultado que pode chegar de 14 a 16 novos colegas.

Por essas contas, o partido mais forte serás o PSB, liderado pelo presidente da Casa, vereador Paulo Victor, que pode sair das urnas com uma bancada de quatro a seis vereadores.

Fora o PSB, dificilmente outro partido elegerá mais de dois vereadores. E com outro detalhe: os coletivos podem eleger entre dois e três vereadores, incluindo o “Nós”, do PT, que pelas contas de quem conhece a corrida eleitoral de São Luís, será reeleito.

Mas os mesmos avaliadores alertam para o fato de que essa será uma eleição diferenciada e cujo resultado é imprevisível.

São Luís, 21 de Setembro de 2024.

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