O Maranhão é o estado melhor avaliado no combate ao novo coronavírus em todo o País. Tem a maior transparência nos procedimentos do Governo em todos os aspectos que envolvem as medidas adotadas, informa com maior precisão os números de infectados e de óbitos causados pela Covid-19, como também a evolução dos casos de cura, enfim, mantendo um gerenciamento eficiente de todas as ações que dizem respeito à pandemia no Maranhão, entre elas, por exemplo, a testagem, que é proporcionalmente a maior do País, levando em conta os demais estados e as suas populações. As informações estão no ranking elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CPL), uma entidade independente que desde abril vem monitorando a evolução da pandemia e avaliando o seu enfrentamento nas 27 unidades da Federação e no Distrito Federal. O relatório do CLP conclui também que o Rio de Janeiro é o estado com pior desempenho no combate ao novo coronavírus.
Radicalmente opostas, a posição do Maranhão e a do Rio de Janeiro podem ser avaliadas por dois aspectos, a responsabilidade e a competência gerencial do Poder Público no enfretamento do novo coronavírus. O Governo do Maranhão cumpriu à risca as recomendações da Organização Mundial da Saúde, adotando também medidas específicas para a realidade do estado, enquanto o Governo do Rio de Janeiro, mergulhado numa crise governamental e atolado no charco da corrupção, e ainda por falta de comando gerencial, deu um ostensivo mau exemplo para todo o País.
No Maranhão, desde o primeiro momento o governador Flávio Dino (PCdoB) atuou na vanguarda do entendimento da pandemia como uma realidade cruel e desafiadora, e que, a exemplo do que acontecia na China, na Europa, e em seguida nos Estados Unidos, assolaria sociedades desprevenidas, e que o novo coronavírus só seria combatido com eficiência com a adoção de medidas duras – isolamento social, uso de máscaras, fechamento de escolas e suspensão das atividades econômicas, sociais e culturais realizadas com aglomeração – e com a montagem de uma estrutura hospitalar capaz de atender, com eficácia médica, aos milhares de casos. Sem perder o equilíbrio fiscal o Governo do Maranhão saiu na frente na guerra por respiradores – protagonizando a cinematográfica compra e transporte de respiradores chineses, EPIs, suporte hospitalar e testes. Num esforço hercúleo, realizado com planejamento racional, baseado nas condições técnicas e financeiras disponíveis, o Governo maranhense conseguiu montar uma estrutura hospitalar capaz de assegurar atendimento aos milhares de maranhenses que procuraram socorro nas unidades de saúde nas diversas regiões do estado.
Com uma postura responsável e aguerrida, firmemente alinhado à OMS e contra a inacreditável visão primária do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua turma, o governador Flávio Dino comandou, e continua comandando, pessoal e diretamente as ações contra a pandemia, contando para isso com o trabalho bem planejado e eficiente do secretário de Saúde, Carlos Lula, e de uma grande equipe, que reuniu, além de todo o staf técnico da área de Saúde, e o suporte da Infraestrutura, da Indústria e Comércio e da Educação, entre outras, numa espécie de mutirão de esforços. Flávio Dino editou Decretos, Projetos de Lei e Medidas Provisórias, e contou com o apoio da Assembleia Legislativa para referendá-los, numa perfeita e produtiva sintonia entre os Poderes. Contou também com entendimento do Poder Judiciário, de onde saiu a decisão que resultou na decretação do Lock Dow em São Luís, medida fundamental para brecar o avanço da epidemia na Ilha de Upaon Açu.
O que aconteceu no Rio de Janeiro foi exatamente o inverso. Ali, o governador fanfarrão Wilson Witzel (PSC), movido pelo delírio de ser presidente da República, fez tudo errado. Ele e seu secretário da área de Saúde foram pilhados desviando dinheiro público. A apuração do Ministério Público descobriu um esquema em que seriam gastos mais de R$ 800 milhões na implantação de oito hospitais de campanha, mas só dois foram instalados, tendo mais de R$ 250 milhões sido tragados pelo ralo da corrupção. O Rio de Janeiro claudicou e derrapou durante semanas para encontrar um caminho para combater a epidemia, o que só foi feito pelos esforços de autoridades intermediárias depois de muitas mortes em hospitais lotados mostrados ao País pela imprensa.
Em resumo: a posição de liderança do Maranhão no ranking da CPL é fruto de um trabalho duro, planejado com cuidado e bom senso, tendo à frente o governador do Estado nas tomadas de decisão, e do secretário de Saúde, Carlos Lula, no comando da equipe; já a posição do Rio de Janeiro em último lugar é o resultado da irresponsabilidade pública, que será punida com a cassação do governador pela via do impeachment.
PONTO & CONTRAPONTO
Luís Fernando agita a campanha de Eudes Sampaio disparando contra Júlio Matos
O ex-prefeito de São José de Ribamar Luís Fernando Silva entrou de cabeça na campanha do prefeito Eudes Sampaio (PTB) pela reeleição. Principal apoiador e avalista da candidatura do petebista, o ex-prefeito, que atualmente exerce o cargo de secretário estadual de Projetos Especiais, tem participado de eventos e comícios nos quais dispara chumbo grosso contra o ex-prefeito Júlio Matos (PL), que se diz candidato, mas especialistas em Direito Eleitoral afirmam que ele é ficha suja e não participará da eleição. Quando dispara contra Júlio Matos, Luís Fernando. O principal argumento de Luís Fernando Silva contra Júlio Matos é que ele se alinhou ao ex-prefeito e atual deputado federal Gil Cutrim para atacar o prefeito Eudes Sampaio. A entrada de Júlio Matos alterou expressivamente o cenário da disputa, mas tudo indica que ele está fora do páreo, à medida que a Justiça teria confirmado a sua condição de ficha suja. Seus advogados minimizam a decisão, garantindo que ele mantém a elegibilidade, em quanto outros operadores do Direito avaliam que está inelegível, fora, portanto, da corrida ao voto em São José de Ribamar. Um atento observador da cena ribamarense disse à Coluna que a entrada ostensiva de Luís Fernando Silva na campanha de Eudes Sampaio será decisiva, para cima ou para baixo.
Cenário de indefinição movimenta a corrida sucessória em Timon
Três fontes confiáveis ouvidas pela Coluna fizeram o mesmo diagnóstico sobre a disputa pela Prefeitura de Timon: neste momento, o cenário da disputa é rigorosamente imprevisível, com o coronel/PM Schnneyder (Republicanos), a professora Dinair Veloso (PDT) e Socorro Waquim (MDB) estariam no mesmo patamar, o equivalente a um empate técnico. Mas com um diferencial, a candidata Dinar Veloso, que tem o apoio do prefeito Luciano Leitoa (PSB), e a ex-prefeita Socorro Waquim, que conta com o apoio da cúpula estadual do MDB, estão em processo de crescimento, enquanto o coronel/PM Schnneyder estaria perdendo terreno, depois de experimentar números expressivos de apoiamento. A tradução mais correta dessas informações é a de que a disputa em Timon se encontra coberta por densa nuvem da imprevisibilidade, com os três apostando na vitória.
São Luís, 13 de Outubro de 2020.