Pesquisas confirmam favoritismo de Braide e apontam diferenças entre Brandão, Bonfim e Camarão

As pesquisas do Vox Brasil e do Instituto Opinião mostram dois
cenários diferentes, com uma disputa entre Lahesio e Orleans
Brandão entre Eduardo Braide e Felipe Camarão

Mais duas pesquisas divulgadas ontem, uma do Instituto Vox Brasil, com sede na cidade paulista de Barretos, e do Instituto Opinião, sediado em Curitiba, no Paraná, contribuíram para tornar ainda mais confuso o cenário da corrida prévia ao Palácio dos Leões. Os dois levantamentos mostram cenários diferentes na medição de força entre o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), o secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), e o vice-governador Felipe Camarão (PT).

O levantamento do Vox Brasil mostra o prefeito Eduardo Braide, que até agora não disse se será ou não candidato, com 31,79% das intenções de voto, liderança confirmada por 31 das 32 pesquisas feitas até agora. Ele é seguido por Lahesio Bonfim, com 25,41%, por Orleans Brandão, que aparece com 19,87%, e por Felipe Camarão, com apenas 6,53% das preferências. Esse levantamento encontrou 2,87% de eleitores que não votariam em nenhum deles e est]ao dispostos a anular o voto, e 13,53% de entrevistados que não souberam ou não quiseram responder.

Já o levantamento feito pelo Instituto Opinião encontrou o seguinte cenário: Eduardo Braide com 32,1%, seguido de Orleans Brandão com 26,7%, Lahesio Bonfim com 10,8%, e Felipe Camarão com 8,2%.

As duas pesquisas têm pontos em comum, mas trazem também diferenças abissais. Os pontos comuns são Eduardo Braide na liderança e Felipe Camarão na última posição. As diferenças envolvem exatamente Orleans Brandão, que na do Vox Brasil aparece em terceiro lugar, e na do Instituto Opinião salta para o segundo lugar. Já Lahesio Bonfim aparece na do Vox Brasil em segundo, enquanto na do Instituto Opinião desaba para a terceira posição, com nada menos que 15 pontos percentuais a menos. Difícil de entender, portanto.

Pelos números exibidos pelos dois institutos, a única conclusão possível é a de que Orleans Brandão e Lahesio Bonfim travam uma guerra de foice no escuro pela segunda posição, ambos com o objetivo de ameaçar a posição de liderança de Eduardo Braide. Elas confirmam que o prefeito de São Luís permanece estacionado entre 30 e 35 pontos percentuais mesmo sem dizer se será ou não candidato. As especulações dizem que ele está aguardando apenas o momento ideal – que seria em janeiro – para anunciar sua candidatura, ao mesmo tempo em que dizem que ele não será candidato, preferindo ter influência decisiva na disputa apoiando um dos candidatos.

Esse jogo de indefinição gerou duas perguntas cruciais, cujas respostas podem ser decisivas para o desfecho da disputa. A primeira: se Eduardo Braide se declarar candidato sua candidatura deslanchará de vez, com saltos à frente na preferência do eleitorado? Essa indagação é feita com base no fato de que, sem ser candidato assumido, ele permanece no mesmo patamar há mais de um ano. A segunda: se decidir por não entrar na disputa, para onde migrarão os seus eleitores? Nesse caso, a maioria das apostas aponta para o petista Felipe Camarão, já que já deixou claro que não soma com Lahesio Bonfim e não tem uma boa relação com o candidato governista Orleans Brandão.

Vale lembrar que na semana passada o meio político foi apanhado de surpresa por uma pesquisa do instituto Inop apontando Orleans Brandão com 35,68%, portanto na liderança, com dois pontos percentuais à frente de Eduardo Braide, que apareceu em segundo com 33,04% das intenções de voto, quebrando um favoritismo de mais de um ano e registrado por cerca de 30 pesquisas. Aquele levantamento encontrou Lahesio Bonfim com 13,9%, e Felipe Camarão com 8,79%.

Outras pesquisas estão a caminho.

Em Tempo: a pesquisa Vox Brasil ouviu 978 eleitores em 35 municípios, entre os dias 25 e 30 de setembro, sendo a margem de erro de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. Já o dado disponível da pesquisa do Instituto Opinião é que ela foi realizada entre os dias 22 e 25.

PONTO & CONTRAPONTO

Aprovação de Carlos Brandão é o resultado das ações do seu Governo

Em meio à maratona de lançamento e inauguração de obras
e despachos com equipe, Carlos Brandão esteve em Brasília
para a posse do ministro Edson Fachin – na foto com a esposa Rosana Fachin – na presidência do STF, na segunda-feira, 29/09

O governador Carlos Brandão (ainda no PSB) está bem no conceito da opinião pública. Quem aponta essa posição são os números de uma pesquisa do instituto Real Time Big Data, de Brasília, segundo os quais nada menos que 64% dos maranhenses aprovam mandatário maranhense.

De acordo com o levantamento, que ouviu 1.200 eleitores nos dias 29 e 30 de setembro nas diferentes regiões do estado, o governador é desaprovado por 31%, enquanto 5% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

Carlos Brandão realiza um Governo com pequenas, médias e grandes ações, principalmente no que diz respeito a obras. O viés municipalista levou o braço do Governo a todos os municípios, ao mesmo tempo em que realiza um programa arrojado de obras estruturantes, como rodovias, pontes e edificações, como os três prédios destinados ao Curso de Medicina da Uema, em São Luís, Imperatriz e Caxias.

Graças às parcerias com o Governo Federal, lançou novos programas como o “Tô conectado”, que destina tabletes escolares para 250 mil estudantes da rede estadual de ensino, e obras estruturantes como o prolongamento da Avenida Litorânea em São Luís e a requalificação da Praia da Ponta D`Areia, para citar alguns exemplos.

No campo social, o Governo investe milhões no programa “Maranhão livre da fome” e, num plano mais avançado, deve inaugurar em dias o 200º Restaurante Popular, consolidando a maior rede de segurança alimentar da América Latina.

A aprovação é justificada pelo conjunto das ações do Governo em todas as suas áreas de atuação.

André Fufuca deve deixar o Ministério do Esporte na semana que vem

André Fufuca voltará ao
mandato da Câmara Federal

A novela que tem André Fufuca e o comando nacional do PP como protagonistas deve chegar ao fim na próxima terça-feira (7), quando, tudo indica, ele deve deixar o comando do Ministério do Esporte e reassumir o seu mandato na Câmara Federal.

Pré-candidato ao Senado e brigando com a senadora Eliziane Gama (PSD) pela segunda vaga, André Fufuca não quer deixar o Ministério do Esporte, onde pretendia permanecer até abril do ano que vem. Mas a posição do comando do PP de romper com o Governo é inflexível, não deixando margem para a permanência do parlamentar à frente da pasta.

Não foi dito o que acontecerá se ele não cumprir a ordem e permanecer no cargo, mas é certo que André Fufuca – que já foi presidente nacional do PP e líder do partido na Câmara Federal – sofreria uma série de sanções dentro do partido, o que implicaria uma situação de desgaste.

Nos bastidores do Governo é sabido que o presidente Lula da Silva (PT) gosta de André Fufuca e do trabalho que ele vem realizando na pasta do Esporte, mas as razões de Estado vão muito além do plano pessoal, o que significa dizer que ele não será mantido no cargo com o seu partido rompido com o Governo, porque sua nomeação foi fruto de um acordo partidário.

O seu pedido de demissão é uma questão de dias.

São Luís, 3 de Outubro de 2025.

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