Arquivos mensais: janeiro 2024

Camarão desmonta factoide e diz que não tem interesse em em vaga no Tribunal de Contas

O ministro Juscelino Filho (Comunicações) em visita ao governador em exercício
Felipe Camarão, a quem anunciou benefício para o Centro Histórico, que vai
ganhar iluminação especial. Ver em PONTO & CONTRAPONTO

“Nunca fui sondado”. “Não tenho interesse”. “O meu interesse maior é continuar a ajudar o governador Carlos Brandão como vice-governador e como secretário”.

Com tais frases, ditas em tom cortante no bojo de uma resposta mais ampla dada à Rádio Mirante, na quarta-feira, o vice-governador Felipe Camarão (PT) disparou uma densa metralha verbal na especulação segundo a qual ele teria sido sondado para renunciar ao cargo de vice-governador para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A especulação, que ninguém sabe de onde partiu, embora alguns observadores da cena política apontem algumas possibilidades, obviamente teve o objetivo de alimentar uma ideia sem pé nem cabeça sobre o futuro do vice-governador e do governador Carlos Brandão (PSB). Alguns especuladores teimam em alimentar o factoide de que o governador Carlos Brandão poderá abrir mão de ser senador e permanecer no cargo até o final do mandato, motivado pelo quimérico plano de eleger o seu sucessor.

Ao formularem a hipótese de o vice-governador Felipe Camarão aceitar uma negociata e desembarcar no TCE, eles apostam na hipótese de que o governador Carlos Brandão lance um candidato a governador da sua mais estrita confiança e se lance candidato ao Senado com a certeza de que ganhará a cadeira senatorial. Se conseguir as duas vitórias, continuará mandando no Governo. Só que, ao que tudo indica, o governador Carlos Brandão não concebeu um plano tão fora de lógica. A começar pelo fato de que não há hipótese de o vice-governador Felipe Camarão abrir mão de permanecer firme no cargo, assumir o Governo em abril de 2026 e se candidatar à reeleição, tendo o ex-governador Carlos Brandão como parceiro de chapa brigando por uma cadeira no Senado. Essa é a fórmula concebida pela lógica mais pura.

Qualquer coisa fora desse roteiro é mera ilusão. Para começar, não há hipótese de o governador Carlos Brandão, com a experiência adquirida com a situação que ele próprio viveu, vir a abrir mão de disputar uma cadeira de senador, com amplas chances de eleição, para se manter no Governo até o final com a tarefa colossal de eleger seu sucessor fora de um grande acordo. E passar o bastão para um aliado ou para um adversário e ir para casa sem sequer uma pensão vitalícia pelos quatro anos e oito meses de mandato. O exemplo do governador José Reinaldo Tavares, que sacrificou seu futuro político para apoiar a candidatura de Jackson Lago (PDT), está vivo, sugerindo no mínimo muita reflexão.

No que diz respeito ao vice-governador, que no momento encontra-se no exercício do cargo de governador por dez dias, Felipe Camarão tem razões suficientes para não querer conversa com uma proposta dessa natureza. Para começar, representa o PT na aliança com PSB, que embalou as candidaturas vitoriosas do presidente Lula da Silva no plano nacional, a do governador Carlos Brandão à reeleição em turno único, e a do ex-governador Flávio Dino ao Senado com a maior votação já dada a um candidato a senador no Maranhão. O projeto de reeleição de Felipe Camarão em 2024, formando chapa com Carlos Brandão para o Senado, é tão certo como dois e dois são quatro, já tendo sido incluído na lista de prioridades do Palácio do Planalto. E ele próprio tem essa consciência e atua como aliado de primeira hora, descartando qualquer possibilidade de reviravolta ou de revisão desse projeto.

Se a intenção dos especuladores foi animar o meio político com uma quimera, eles erraram no tema e na forma de tirar o vice-governador do páreo para a disputa para o Palácio dos Leões, e o governador Carlos Brandão para o Senado da República em 2026. E quem estiver por trás desse factoide enviesado, sem eira nem beira e destinado a ir para o espaço, que comece a repensar urgentemente essa estratégia, porque de tão óbvia, ela parece infantil.

PONTO & CONTRAPONTO

Centro Histórico de São Luís vai ganhar iluminação inteligente com tecnologia 5G

Centro Histórico vai ganhar iluminação especial

O Centro Histórico de São Luís vai ganhar iluminação inteligente com tecnologia 5G. A novidade foi comunicada ontem ao governador em exercício Felipe Camarão pelo ministro Juscelino Filho, das Comunicações, durante uma visita de cortesia deste ao Palácio dos Leões. Além disso, o Maranhão será beneficiado com a conclusão do Cinturão Digital do Maranhão, dentro da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, de modo que todas as regiões do Estado sejam beneficiadas com internet com fibra ótica.

“Estou tendo a honra de receber a visita do ministro Juscelino, nosso conterrâneo, que veio trazer, como sempre, boas notícias para o Maranhão”, declarou o governador em exercício Felipe Camarão. Ele lembrou que a internet com tecnologia 5G demanda infraestrutura mais complexa – com torres extras de transmissão – em relação à que é utilizada para a conectividade móvel 4G. Com as luminárias inteligentes, integradas à antena 5G, o acesso da população à internet de alta velocidade será facilitado.
“Vamos avançar nesse semestre com o projeto das luminárias inteligentes 5G no nosso Centro Histórico. Estaremos juntos com o nosso governador Carlos Brandão fazendo em breve esse lançamento”, garantiu o ministro Juscelino Filho. “Para o Maranhão nós estamos trabalhando projetos importantes, que vão além da conectividade em todas as escolas públicas do nosso estado, da rede estadual e das redes municipais, que irão receber internet com velocidade e rede wi-fi para os alunos da rede pública do nosso estado”, acrescentou.

O governador em exercício Felipe Camarão, que comanda a área educacional no estado, não escondeu seu entusiasmo durante a conversa.

Visita de secretário à Câmara reforça boa relação entre o Governo e vereadores

Paulo Victor recebe Orleans Brandão
na Câmara Municipal: diálogo

Uma visita, ontem, do secretário estadual de Assuntos Municipais, Orleans Brandão, ao presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), reforçou nos vereadores o comando do parlamento da Capital está em sintonia fina com o Palácio dos Leões.

Responsável pela tarefa de alimentar a boa relação do Governo do Estado com os 217 municípios, de modo a que não haja dificuldades para entendimentos específicos quando necessários. No caso de São Luís, o Governo vem tentando manter o equilíbrio com o prefeito Eduardo Braide, a quem tem na conta de adversários. Para o Governo, a Câmara Municipal é, muitas vezes, o caminho pelo qual o Palácio dos Leões se relaciona com a Capital.

A visita do secretário de Assuntos Municipais foi recebida com entusiasmo pelo presidente Paulo Victor: “Estamos comprometidos em trabalhar de mãos dadas com o governo estadual a fim de promover o avanço das políticas públicas em nossa cidade. A harmonia entre os poderes é essencial para superarmos desafios e garantirmos que as necessidades dos cidadãos sejam atendidas”, frisou.

Já o secretário Orleans Brandão destacou que a união entre os Poderes é fundamental para impulsionar o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas. “A parceria entre o governo estadual e o legislativo municipal representa avanços para São Luís. Entendemos que, juntos, podemos fortalecer as políticas públicas e garantir que os benefícios cheguem a todos”, assinalou.

São Luís,12 de Janeiro de 2024.

Fraudes em programa de alfabetização “fisgaram” R$ 1,5 bilhão em municípios maranhenses

Dinheirama desviada por meio de matrículas falsas

R$ 1,5 bilhão foi o valor repassado a mais pelo Programa de Educação de Jovens e Adultos a pelo menos quatro dezenas de municípios maranhenses, no que pode ter sido o maior escândalo de corrupção já registrado nessa área em todo o País. Confirmado pelo presidente do Tribunal de Contas do Maranhão (TCE-MA), conselheiro Marcelo Tavares, o valor do desvio revela que os municípios envolvidos no esquema estão sendo fiscalizados e submetidos a sindicâncias, devendo seus gestores responderem na justiça pelo que vier a ser oficialmente confirmado. De acordo com os dados do IBGE, os números da fraude são escandalosos. Um exemplo: enquanto a média nacional foi 5% de jovens e adultos atendidos por esse programa, o que regula mais ou menos o percentual de analfabetos, no Maranhão esse percentual chegou a 25% em alguns municípios, em alguns casos muito maior do que a fatia da população carente desse benefício educacional. Ou seja, o que aconteceu foi mesmo o resultado de um grande esquema de corrupção.

As investigações feitas pelo TCE-MA até aqui levaram a situações inconcebíveis, sendo a principal delas o fato de que os prefeitos envolvidos não forneceram dados corretos sobre o número de alunos matriculados em tempo integral, ou seja, cometeram o grave crime da distorção, correndo o risco de serem diretamente responsabilizados, processados e julgados, podendo parar na cadeia caso a fraude seja tecnicamente confirmada. A Prefeitura de Turiaçu, com 35 mil habitantes, declarou que o município tem 63 escolas funcionando em regime de tempo integral. No entanto, os fiscais não encontraram nenhuma escola com esse perfil durante a vistoria. Ou seja, a Prefeitura usou uma informação mentirosa e criminosa para obter mais recursos ilegalmente. Das 40 Prefeituras fiscalizadas, 39 foram beneficiadas pela fraude por haver “turbinado” criminosamente o número de alunos do EJA, e apenas uma apresentou informações consistentes.

Os casos são os mais escabrosos e inimagináveis. Além da informação enganosa acerca do número de escolas e de alunos “regularmente” matriculados, a fraude também foi feita criando-se um número de escolas fictícias, nada compatível com o número de alunos declaradamente matriculados. Entre os fraudadores há prefeitos que juraram ter informado corretamente o número de alunos e não se surpreenderam quando receberam dinheiro a mais. Houve até prefeito colocando a culpa “no contador”, que teria “alterado” o número de alunos matriculados e com isso reforçado os cofres do município sem o conhecimento do prefeito. Dá para acreditar? Outras explicações chegam a ser deboche e insulto à inteligência das pessoas e da eficácia dos órgãos de fiscalização.

O TCE-MA tem nas mãos o desafio de colocar toda essa situação a limpo, identificar os desvios, organizar relatórios consistentes, classificá-los, apontar os responsáveis e denunciá-los à Justiça. E sem deixar margem para manobras judiciais que deem aos prefeitos denunciados brechas para se valerem de “liminares” obtidas na calada da noite e joguem para a frente o desfecho judicial de casos em relação aos quais não existam dúvidas. No caso de comprovação, o presidente Marcelo Tavares prevê que as contas dessas prefeituras serão rejeitadas e que os prefeitos acusados, se condenados, sejam obrigados a restituir aos cofres públicos cada centavo desviado nessa fraude inclassificável.

Para se ter uma ideia do que representa os R$ 1,5 bilhão desviados nas fraudes com recursos do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos nessas Prefeituras, esses recursos seriam suficientes para bancar a folha de pessoal do Estado do Maranhão, incluindo os três Poderes, durante cinco meses. E se foi efetivamente desviado, como indicam claramente as investigações do TCE-MA, grande parte desses recursos está escondida na forma de fazendas, apartamentos em São Luís, casas de veraneio em Barreirinhas, carrões de luxo, joias e outras “cositas” mais.

A informação dada pelo presidente do TCE-MA chega em boa hora e pode ser determinante na corrida sucessória em vários desses municípios, em especial se os seus atuais prefeitos estiverem se preparando para pleitear a reeleição.

 PONTO & CONTRAPONTO

Flávio Dino permanece ministro da Justiça até 1º de fevereiro

Flávio Dino permanece
ministro da Justiça até
1º de fevereiro

O presidente Lula da Silva (PT) já bateu martelo ao decidir que o sucessor do senador licenciado Flávio Dino (PSB) no Ministério da Justiça e Segurança Pública será o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Alguns veículos especularam que o novo ministro será nomeado hoje, mas a verdade é que Flávio Dino permanecerá no comando da pasta até o dia 1º de fevereiro.

Esse roteiro foi definido ontem numa conversa do ministro da Justiça e Segurança Pública com o presidente da República. Nela, Lula da Silva comunicou a Flávio Dino a escolha de Ricardo Lewandowski como seu sucessor. Na mesma conversa, teria sido acertado um roteiro no qual Flávio Dino permanecerá à frente da pasta até o dia 1º de fevereiro, daqui a 20 dias, portanto. Nesse período, preparará a Casa para o seu sucessor.

Naquela data, que será uma quarta-feira, Flávio Dino será exonerado do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, passará o bastão ao seu sucessor e reassumirá sua cadeira no Senado. Já na segunda-feira, 04/02, participará da abertura do ano legislativo, devendo permanecer como senador até o dia 21 de fevereiro, quando renunciará ao mandato senatorial, encerrando sua trajetória no Poder Legislativo, para assumir, no dia 22/02, sua cadeira no Supremo Tribunal Federal.

Voltará à magistratura na qual começou a sua vida pública como juiz federal na década de 1990 do século passado.

Brandão sai de férias e Camarão assume por dez dias

Felipe Camarão e Carlos Brandão: afinação total

O governador Carlos Brandão (PSB) entra hoje de férias por 10 dias, período em que o Governo do Maranhão será comandado pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), que, para assumir, se licenciará do cargo de secretário de Estado da Educação, pelo qual responderá o seu adjunto Anderson Lindoso.

O governador Carlos Brandão sairá do Brasil com a família por pouco mais de uma semana. Nesse período, o governador em exercício Felipe Camarão comandará o Governo seguindo as orientações deixadas pelo titular, numa prova de afinidade e alinhamento.

Felipe Camarão assumirá o comando do Governo do Estado pela quarta vez, o que aos poucos possibilita a ampliação dos seus conhecimentos sobre a máquina estatal e sua visão em relação ao Maranhão social, político e econômico. Ele já tem parte dessa visão como secretário de Administração e como secretário de Estado da Educação, cargo no qual encontra-se há mais de seis anos.

Na interinidade, o governador Felipe Camarão conta com o apoio do “Núcleo de Ferro” do Palácio dos Leões.

São Luís, 11 de Janeiro de 2024.  

Defensor da democracia e a caminho do Supremo, Dino foi destaque em ato antigolpe

Flávio Dino, figura de destaque em
ato contra a ameaça à democracia

O ato “Democracia Inabalada”, que marcou ontem um ano da tentativa de golpe no dia 8 de Janeiro de 2023, foi um evento superlativo em todos os aspectos e sentidos, e teve ampla e destacada participação do Maranhão. Sua importância se deu por vários aspectos relevantes. Primeiro pela motivação básica (defesa da democracia); segundo porque uniu no mesmo posicionamento os três Poderes da República e 18 dos 27 governadores; terceiro porque veio à tona um consenso que foi uma tentativa de golpe e os que participaram direta ou indiretamente devem pagar caro; e quarta porque produziu outro consenso: nada de anistiar os que participaram em qualquer nível. O presidente Lula da Silva (PT), o presidente do Senado e do Congresso Nacional Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do STF Luís Roberto Barroso e o ministro-presidente do TSE Alexandre de Morais falaram a mesma linguagem, focaram os mesmos temas e demonstraram um saudável alinhamento nesse caso.

A grande estrela maranhense no evento foi Flávio Dino, que participou numa condição especialíssima. Foi um dos seus últimos atos como ministro da Justiça e Segurança Pública, cargo que ocupa há um ano e oito dias. Nesse período, ele fez a diferença como um dos mais importantes, ativos, eficientes e leais auxiliares do presidente Lula da Silva, a começar pelo fato de que sobre ele recaiu o pesado desafio de enfrentar e desmontar a ação de golpe em andamento, e ainda administrar seus tensos e delicados desdobramentos. Nenhum outro ministro, nem mesmo o da Defesa José Múcio, encarregado de colocar a tropa nos eixos, teve papel tão importante e decisivo quanto Flávio Dino naquele dia em que as instituições democráticas brasileiras estiveram por um fio.

Flávio Dino foi ao Congresso Nacional ainda como membro do Governo Lula da Silva, mas numa atitude de quem está se despedindo do Poder Executivo. Ele deve deixar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública nos próximos dias, a contar de hoje, para assumir o seu mandato de senador. E tão logo assuma na Câmara Alta, entrará em contagem regressiva para renunciar ao mandato – que ele ganhou com a maior votação já dada um candidato a senador no Maranhão -, o que deve acontecer por volta do dia 20 de fevereiro, quando passará a titularidade da cadeira senatorial à sua suplente Ana Paula Lobato (PSB).

Ontem, no ato “Democracia Inabalável”, Flávio Dino circulou com a desenvoltura de ministro do Supremo. Ele foi tratado assim pelos futuros colegas de Supremo e pelo próprio presidente Lula da Silva, que o identificou na plateia e disse que “ele já está com jeito de ministro do Supremo”. Isso ficou claro também na sessão especial que o STF realizou ontem, na qual ele foi convidado para a mesa, ficando entre o presidente da Corte e o procurador geral da República, Paulo Gonet. E no ato realizado no Senado, ganhou assento na primeira fila, por conta do seu status ainda de ministro de Estado. Antes do ato formal, ele participou de várias rodas de conversa, numa forte demonstração de prestígio.

A exoneração do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública só depende agora do presidente Lulas da Silva, que, ao que parece, só quer liberá-lo do posto quando já tiver um sucessor engatilhado, que todos os rumores e especulações dizem será o ex-ministro do Supremo Ricardo Lewandowski. Ontem, foi fácil perceber que Flávio Dino encontra-se em estado de graça: reconhecido pelo trabalho no Ministério da Justiça e pela obra realizada no Governo do Maranhão e pelo político de estatura diferenciada, a começar pela sua convicção ideológica, que é de esquerda, mas com base democrática e sólida. E se prepara para ser ministro do Supremo Tribunal Federal mandando um recado a todos que o indagam: “Vou ser ministro do Supremo”.

PONTO & CONTRAPONTO

“Democracia Inabalada”: Brandão defende a democracia e Sarney é reconhecido como fiador da redemocratização

Acima João Azevêdo (PB), Flávio Dino,
Márcio Jerry e Carlos Brandão no ato

Carlos Brandão (PSB) foi um dos 18 governadores que atenderam ao convite ao Palácio do Planalto e participaram do “Democracia Inabalada”, evento alusivo ao 8 de Janeiro, que reuniu ontem centenas de lideranças na sede do Congresso Nacional. O desembarcar em Brasília, o governador maranhense divulgou nas suas redes sociais que o ato tem importância histórica pelo fato de ser uma manifestação dos Poderes constituídos em defesa da democracia no Brasil.

Ao participar da manifestação das autoridades constituídas do País contra a ameaça golpista, o governador Carlos Brandão reafirmou sua posição no 8 de Janeiro de 2023, quando, após os primeiros impactos do ataque à Praça dos Três Poderes, foi um dos primeiros chefes de Estado a se posicionar alinhado aos chefes dos Poderes Constituídos e atacados.

Ontem em Brasília, ele confirmou sua posição contra ideias golpistas.

Por sua vez, José Sarney foi o único ex-presidente da República a participar do ato “Democracia Inabalável”, no Senado da República, que ele presidiu por vários mandatos. Com exceção da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que discursou em nome dos governadores, todos os chefes de Poder que falaram no evento destacaram a presença do ex-presidente e do papel crucial que ele exerceu na transição da ditadura militar para a democracia plena na segunda metade dos anos de 1980 do século passado. Já caminhando para um século de existência, período em que se tornou um dos políticos mais importantes, longevos e vitoriosos do País, José Sarney reafirmou sua crença na democracia, posição que é reconhecida por todos.

Junto com o ex-presidente José Sarney, a senadora Eliziene Gama (PSD) participou também de maneira destacada do ato “Democracia Inabalada”.  Na condição de ex-relatora da CPI dos Atos Golpista, ele foi muito cumprimentada pelos presentes. Eliziane Gama faz parte da nova geração de políticos e tem tido atuação firme, implacável, que ganhou o respeito dos seus pares.

Carnaval sem crise: Braide fará o Carnaval na Praia Grande e Brandão vai usar o circuito Beira-Mar

Carnaval: Carlos Brandão e Eduardo Braide
sem crise sobre a realização do Carnaval

Estava escrito nas estrelas e todas as pedras de cantaria de São Luís já sabiam que não haveria a guerra entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o governador Carlos Brandão por causa do Carnaval. O movimento inicial de Eduardo Braide anunciando que a Prefeitura faria seu Carnaval na Avenida Beira-Mar, quando o governador Carlos Brandão já tinha anunciado que ali seria realizado o Carnaval organizado pelo Governo do Estado, foi uma maneira atirada de forçar uma negociação. O prefeito tinha consciência de que a Prefeitura não teria condições de bancar o Carnaval na Beira-Mar, mas jogou o estratagema para obter do Governo do Estado o policiamento da Praia Grande, onde será realizada a folia municipal. Político experiente e pouco afeito a brigas, Carlos Brandão firmou a posição de realizar o Carnaval na Beira-Mar exatamente porque sabia que Eduardo Braide não pretendia comprar uma briga sem razão de ser. E não deu outra: o Circuito Beira-Mar abrigará o Carnaval bancado pelo Governo do Estado, e a Praia Grande será o palco do Carnaval da Prefeitura de São Luís.

Só os desatentos acreditaram num confronto no qual o prefeito de São Luís nada teria a ganhar.

São Luís, 09 de Janeiro de 2023.  

Dino aposenta o gestor público e mantém o político por alguns dias antes de voltar à magistratura

Flávio Dino está aposentando gestor
público e prepara aposentadoria do político

Quando foi aprovado pelo Senado, no dia 13 de dezembro passado, para o Supremo Tribunal Federal, por indicação do presidente Lula da Silva (PT), o senador licenciado Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública, iniciou um processo de rompimento de laços funcionais com o Poder Executivo, que culminará, nesta segunda-feira, quando ele participará da cerimônia alusiva ao ato golpista de 8 de Janeiro e encerrará o dia não mais como ministro de Estado, mas como senador da República. Já na terça-feira (09), Flávio Dino entrará para a crônica política brasileira como o senador que menos tempo ficará no exercício do mandato, à medida que renunciará no dia 21 de fevereiro, para no dia seguinte (22) tomar posse como membro da Suprema Corte, encerrando, também definitivamente, a sua relação com o Poder Legislativo e com a política.

Ao tornar-se ministro do Supremo, o professor de Direito, ex-juiz federal, ex-deputado federal, ex-presidente da Embratur, ex-governador do Maranhão e ex-senador Flávio Dino entrará definitivamente para a História como um dos raríssimos brasileiros a protagonizar essa trajetória ímpar, iniciada e concluída no Poder Judiciário, passando pelo Poder Executivo e pelo Poder Legislativo. O advogado e professor maranhense fechará esse tripé de aço como um dos mais brilhantes e atuantes representantes da sua geração, e com o desafio de consolidar essa condição honrando, pelas próximas duas décadas, a toga mais pesada da hierarquia do Poder Judiciário.

Durante a sabatina a que foi submetido no Senado da República, Flávio Dino viu seus adversários políticos amargar a sua ascensão, apesar de todos os esforços que fizeram em sentido contrário, votando contra a indicação, mas tombando no campo de batalha, abatidos pela própria incapacidade técnica, pela escancarada ignorância jurídica, pela espantosa incompetência parlamentar e, finalmente, pela proverbial mediocridade política. Esse conjunto de fatores que moveu seus adversários durante a sabatina mostrou, com clareza solar, que as vozes da extrema-direita, em especial a falange bolsonarista, vulgarizaram a escolha de um ministro do Supremo usando a motivação política e não a argumentação jurídica, para definir suas posições.

Foi patético assistir aos senadores Sérgio Moro (UD-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se dobrarem ao poder de fogo do sabatinado, completamente rendidos diante da tendência inapelável de aprovação, perguntando-lhe quem estará no Supremo, se o Flávio Dino político ou o Flávio Dino magistrado. “Lá estará o Flávio Dino, que sabe se comportar de acordo com a função que exerce”, respondeu sumariamente o futuro ministro.

Nesta segunda-feira, após o ato alusivo ao 8 de Janeiro, do qual participará ainda como ministro de Estado, que teve papel crucial na reação ao golpe, sairá de cena o Flávio Dino gestor público, e junto com ele a mais presente e contundente voz política do Governo do PT. Deixa a Esplanada dos Ministérios de cabeça erguida e com a convicção de que fez o melhor, no Governo do Maranhão, como titular eleito e reeleito em turno único, e como ministro da Justiça e Segurança Pública, com a reestruturação da pasta para a grande cruzada de combate ao crime organizado no Brasil, começando por despolitizar as Polícias Federal e Rodoviária Federal, dando a essas instituições a sua verdadeira estatura institucional, livrando-as assim da manipulação tentada durante os quatro anos do Governo passado. Os críticos da sua gestão no Ministério da Justiça são exatamente os mesmos que fizeram de tudo para impedi-lo de ser ministro do Supremo. Estão sendo igualmente desmoralizados pela inclemente realidade dos fatos.

A partir dessa terça-feira, Flávio Dino viverá pouco mais de um mês como senador da República, fazendo questão de exercer esse período do seu mandato atuando como parlamentar até horas antes de ser nomeado ministro da Suprema Corte. Confidenciou a interlocutores que usará a tribuna do Senado o máximo que puder a partir de 3 de fevereiro, quando o ano legislativo for aberto, de modo a deixar impressa a sua marca, sem a pretensão de polemizar ou estabelecer confronto verbal com quem quer que seja. Sua intenção é deixar registrada nos anais do Senado da República uma síntese da sua história e da sua visão sobre o Brasil.

A política, porém, tem dinâmica própria, às vezes imprevisível, com reviravoltas surpreendentes. Isso tem levado alguns observadores a acharem que o Flávio Dino político não irá, de fato, para o Supremo. Mas não será extinto, e sim mergulhado num estado profundo de hibernação, com senha restauradora e tudo o mais.

Será?!   

PONTO & CONTRAPONTO

Reforma ministerial volta à pauta dos especuladores e Juscelino Filho vira alvo

Juscelino Filho volta a ser alvo de especulações

Estava escrito nas estrelas que tão logo o ano começasse, uma reforma ministerial entraria na pauta do Palácio do Planalto. Não deu outra. Nesta semana, diversos veículos da chamada Grande Imprensa, a começar por Veja, publicaram matérias especulando sobre o tal projeto de reforma, todas, sem exceção, apontando o União Brasil, que controla três ministérios, como o alvo principal de eventuais mudanças, destacando a posição nada confortável do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele é alvo de denúncias e polêmicas envolvendo supostos desvios de emendas por ele liberadas para Vitorino Freire, sua principal base política e eleitoral, governado por sua irmã, Luanna Rezende (UB).

Todas as especulações a respeito da provável reforma ministerial indicam que, caso ela seja mesmo levada à frente, o primeiro acerto de conta será com o União Brasil, que tem três ministérios, e boa parte da sua bancada insiste em votar contra os interesses do Governo. Há quem diga que Juscelino Filho até se esforça para que a bancada do UB se alinhe a favor dos pleitos governistas. Mas sua situação é tão frágil, que seus colegas de bancada não levam muito a sério o que ele vem dizendo. E isso leva à suspeita de que ele será o primeiro a cair se o Governo Lula da Silva não contar com o apoio do União Brasil no Congresso Nacional.

Vozes bem situadas no Palácio do Planalto dizem que a reforma vai sair e que o União Brasil pode perder três ministérios.

Brandão quer deputados do PSB seguros e firmes na base de apoio ao Governo

Carlos Brandão quer
tranquilidade no PSB

Uma grande e cuidadosa ação política será posta em prática pelo Palácio dos Leões nas próximas semanas. O objetivo é tranquilizar os membros do PSB mais próximos do ministro Flávio Dino de que nada muda com a legenda sob o comando do governador Carlos Brandão.

Não será uma ação formal, com data e hora para as conversas. Serão conversas informais, sem discurso pronto, e o objetivo é exatamente mostrar que sob o governador Carlos Brandão o PSB continuará o mesmo, tendo o apoio do comando nacional. O melhor exemplo dado é o fato de o deputado federal Duarte Jr. já ser o candidato do Palácio dos Leões à Prefeitura de São Luís, com o apoio do governador Carlos Brandão.

A ordem é tranquilizar os deputados do PSB e mobilizá-los firmemente na base de apoio do governador Carlos Brandão.

São Luís, 07 de Janeiro de 2023.

Decisão de “peitar” os Leões por causa do Carnaval pode ter alto preço político para Braide

Circuito Beira-Mar: terá Eduardo Braide as condições
que tem Carlos Brandão para realizar o Carnaval
na área tradicionalmente organizada pelo Governo?

Ganha traços de confronto político a medição de força entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o governador Carlos Brandão (PSB) pelo uso do complexo da Beira-Mar para a realização do Carnaval de São Luís, já celebrizado como uma das mais importantes e animadas festas carnavalescas em toda a região. Na impossibilidade de uma soma de esforços para a realização de uma festa conjunta, devido à histórica distância alimentada entre os Palácio de la Ravardière e o Palácio dos Leões, em que pesa a proximidade física das duas sedes de poder, virou tradição o Governo do Estado realizar a sua festa e a Prefeitura de São Luís, a dela. Sempre houve ranhuras inexpressivas, mas nada que impedisse que cada um realizasse a sua festa sem maiores problemas. Agora, há uma crise em andamento, causada exatamente no momento em que começa a movimentação visando a disputa pela Prefeitura da Capital, sendo o prefeito Eduardo Braide candidato à reeleição, tendo como principal adversário o deputado federal Duarte Jr. (PSB), apoiado pelo governador Carlos Brandão.

Tudo começou quando há poucos dias o governador Carlos Brandão deu pistas sobre a programação que está sendo montada para o Carnaval do Governo do Maranhão. Incontinenti, o prefeito Eduardo Braide anunciou que o Carnaval da Prefeitura será realizado no Circuito Beira-Mar, onde o Governo do Estado planejou o seu. Houve tentativas de mudança por parte do Palácio dos Leões, mas ao que tudo indica o Palácio de la Ravardière resolveu manter o seu projeto de ocupar a Beira-Mar com a sua festa carnavalesca. O clima esquentou ontem quando agentes da Prefeitura tentaram retirar balões publicitários colocados pelo Governo do Estado no Circuito Beira-Mar. O Governo estadual reagiu acionando a PM para evitar o desmonte dos balões. O dia terminou sem sinal de solução.

Na década de 1990 e na já na primeira década deste século, os grandes Carnavais de São Luís, resultados de uma arrojada política de recuperar a tradição carnavalesca da Capital iniciada pela governadora Roseana Sarney, foram realizados no Circuito Madre Deus – Praça Deodoro, que ficou pequeno. Quando assumiu, em 2015, o governador Flávio Dino (PCdoB) adotou o Circuito Beira-Mar, que ganhou mais fluência à medida que o Governo do Estado fez uma série de investimentos visando a revitalização da área, a partir da restauração da antiga Estação Ferroviária. De lá para cá, o Governo do Estado realizou seus Carnavais no Circuito Beira-Mar.

A decisão do prefeito Eduardo Braide de realizar o Carnaval da Prefeitura no Circuito Beira-Mar surpreendeu. Não apenas pela pura e simples quebra de um acordo tácito entre Governo e Prefeitura, mas principalmente pelo fator custo. Não é preciso fazer contas para saber que, por seu poder de fogo financeiro e pelo fato de dispor mais infraestrutura e mais recursos para divulgação, o Governo do Estado dispõe condições bem melhores do que a Prefeitura para realizar o Carnaval no Circuito Beira-Mar, atrair turistas e transformar a festa momesca num bom negócio. Por mais recheado que esteja o caixa municipal, e por maior que seja a vontade do prefeito de bancar um Carnaval gigantesco, ficará sempre a certeza de que as melhores condições para a realização de uma festa do tamanho do Circuito Beira-Mar estão com o Governo do Estado. É uma avaliação simples, que pode ser feita sem necessidade de posicionamento político em tempos de pré-campanha eleitoral.

Não há dúvida de que, ao anunciar o Circuito Beira-Mar como espaço do Carnaval da Prefeitura, sabendo que o Carnaval do Governo do Estado estava sendo planejado para aquela área, o prefeito Eduardo Braide tomou uma decisão política, de olho no eleitorado e, logicamente, nas urnas. Só que escolheu um adversário que está munido de muitos recursos e argumentos, que sabe pelejar e que tem condições de sustentar uma peleja no campo ludovicense. E mais do que isso, assim como o senhor de la Ravardière, os Leões têm total interesse no que pensará o eleitorado da Capital a respeito de como será o reinado de Momo no Circuito Beira-Mar.

 PONTO & CONTRAPONTO

MDB pode vir a apoiar Duarte Jr. num eventual segundo turno

Eduardo Braide, Duarte Jr. e Neto
Evangelista: opções do
MDB em São Luís

Não será surpresa se o MDB vier declarar apoio à candidatura do deputado federal Duarte Jr. (PSB) à Prefeitura de São Luís ou apostar numa terceira via, com a provável candidatura do deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil).

A primeira possibilidade não era sequer considerada quando o partido ainda se encontrava sob a tutela da deputada federal Roseana Sarney, mas passou a ser vista como factível depois que, numa reviravolta surpreendente, o comando partidário foi entregue ao empresário Marcus Brandão.

Antes da mudança de comando, havia no MDB um clima de animosidade contra o parlamentar socialista, pela sua proximidade com o ministro Flávio Dino e por conta das suas posições antisarneysistas. Esse clima ganhou mais nitidez quando, ao ingressar no partido e assumir o comando da legenda em São Luís, o deputado federal Cléber Verde declarou que o caminho natural do MDB seria apoiar a candidatura do prefeito Eduardo Braide (PSD) à reeleição. Houve reações na cúpula emedebista e o assunto foi para o arquivo.

Agora, o ambiente no MDB é outro, mais aberto. Se ainda não há sinais de que a legenda venha a apoiar Duarte Jr., começam a aparecer evidências de que a cúpula MDB já não nutre simpatia integral pelo prefeito de São Luís, que era considerado “de casa”, nem antipatia visceral por Duarte Jr..

Há no partido uma corrente, liderada pelo vice-presidente da legenda, deputado Roberto Costa, que defendia uma terceira via na corrida em São Luís, esta em torno da candidatura do deputado estadual Neto Evangelista. Outras vozes já admitem que o partido pode vir a apoiar Duarte Jr. num eventual segundo turno.

Vale o conselho de São Tomé: ver para crer.

Vereadores querem reverter confirmação dos vetos de Braide à LDO

Câmara se movimenta contra decisão
que manteve vetos à LDO

O prefeito Eduardo Braide pode ter de enfrentar uma nova frente de batalha judicial para garantir a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ele vetou as emendas feitas por vereadores sobre vários temas e teve esses vetos derrubados pela Câmara Municipal. Conhecedor do caminho das pedras nesse campo, bateu às portas da Justiça com uma reclamação e foi ouvido: os seus vetos foram mantidos.

Agora, vereadores se articulam para recorrer, acreditando que a própria Justiça reverá sua decisão e confirmará a derrubada dos vetos. Há quem acredite que esse objetivo dificilmente será alcançado. Mas os vereadores inconformados com a decisão estão sendo estimulados a acreditar no contrário, ou seja, na revisão judicial.

O fato é que, enquanto os gabinetes do Palácio de la Ravardière comemoram a confirmação dos vetos, alguns do Palácio Pedro Neiva de Santana se articulam para reverter o prejuízo.

São Luís, 05 de Janeiro de 2024.

Câmara de São Luís teve ano desafiador: atuou como parlamento e mostrou força política

Paulo Victor disse que 2023 foi “desafiador” e pediu desculpas por “equívocos”

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), fez um balanço das atividades da instituição em 2023 e destacou 11 itens que, na avaliação dele, fizeram a diferença no conjunto das atividades da Casa. Na seara legislativa, assinalou que os vereadores aprovaram o Plano Diretor, ampliaram o diálogo com a sociedade por meio de audiências públicas, painéis temáticos, conferências e audiências com grupos; ajustaram o sistema de audiências públicas e deram destino final às contas dos ex-prefeitos Jackson Lago, Tadeu Palácio, Conceição Andrade e João Castelo. No campo da gestão, o presidente Paulo Victor destacou o Plano de Cargos e Carreira dos servidores efetivos da Casa, a introdução do gabinete móvel na rotina de trabalho dos vereadores, a adoção de vários benefícios para servidores, a realização de obras, a manutenção do selo de qualidade NBR ISO e a implantação do ponto eletrônico para controlar a frequência de vereadores.

A Câmara Municipal de São Luís viveu, de fato, em 2023 um ano arrojado, diferenciado pelo elevado grau de ação parlamentar e pela sua intensa relação política, especialmente tensa e complicada, com o prefeito Eduardo Braide (PSD). Isso resultou na constatação de que não houve, em tempos recentes, um distanciamento tão expressivo entre o Palácio pelo Neiva de Santana com o Palácio de la Ravardière. O grau de dificuldade chegou ao ponto máximo quando o presidente da Câmara Municipal se declarou adversário político do prefeito de São Luís, e expressou seu apoio a uma CPI para investigar contratos da Prefeitura por supostas suspeitas de desvios em contratos.

Essa relação politicamente difícil chegou ao ponto máximo no início do segundo semestre de 2023, quando foram apresentados dois pedidos de impeachment do prefeito Eduardo Braide, o que causou forte repercussão. Os pedidos, porém, foram inviabilizados por falta de substância, conforme concluíram as análises da Procuradoria Jurídica da Casa. Se por um lado não surtiram nenhum efeito jurídico, os pedidos de impeachment serviram para expor o grau de animosidade política entre os Poderes Legislativo e Executivo de São Luís, sem que isso tenha impedido o funcionamento institucional da Casa no sentido de votar, aprovar ou rejeitar proposições da Prefeitura, assim como o prefeito Eduardo Braide de acolher ou vetar matérias de iniciativa dos vereadores. Ou seja, em 2023, a Câmara Municipal de São Luís funcionou como um parlamento normal.

Além da política – que é a razão de ser de uma instituição parlamentar -, a Câmara Municipal de São Luís teve em 2023 um ano de expressiva importância legislativa, e cujo ponto alto foi a aprovação do Plano Diretor de São Luís, um projeto essencial que dormitava havia anos entre as pautas esquecidas do parlamento municipal. A aprovação do Plano Diretor deu à Prefeitura de São Luís os eixos centrais necessários para o planejamento do crescimento ordenado e inteligente da cidade para os anos vindouros. Não tivesse aprovado outras matérias, o Plano Diretor por si só teria justificado a produção legislativa da Câmara Municipal de São Luís no ano que passou.

Internamente, os atuais vereadores de São Luís deixaram a sua marca quando elaboraram e aprovaram o Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores da Casa, dando ao seu quadro funcional efetivo, com estrutura e grade progressiva de cargos e funções. Com a medida, a Câmara Municipal passou a ser um órgão público tecnicamente ordenado, à medida que o servidor que nela ingressar por concurso público terá uma perspectiva de carreira, o que não acontecia antes do PCCS. Ao mesmo tempo, uma decisão da Mesa Diretora quebrou um paradigma quando enquadrou os vereadores em regras de frequência instalando na Casa um sistema de ponto biométrico. Isso significa que desde então, a frequência dos vereadores será controlada nas sessões ordinárias, com votações. A ausência implicará em perda no contracheque.

Na sua avaliação, o presidente Paulo Victor diz que 2023 foi um ano desafiador, com muitos avanços e alguns percalços: “Foi um ano difícil para todos nós, mas acredito que oferecemos o nosso melhor. Além disso, debatemos temas e assuntos pertinentes à cidade. Peço desculpas por eventuais equívocos, mas fizemos tudo buscando acertar”.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão começa a viabilizar espaço para consolidar Duarte Jr. em São Luís

Carlos Brandão, Aparício Bandeira e Duarte Jr. no
helicóptero para vistoriar a Avenida Metropolitana

Os primeiros movimentos de 2024 indicam com clareza que o governador Carlos Brandão (PSB) está determinado a cumprir o compromisso que firmou com a cúpula nacional do PSB de apoiar o projeto de candidatura do deputado federal Duarte Jr. (PSB) à Prefeitura de São Luís.

Ontem, por exemplo, o governador convocou o secretário de Infraestrutura Aparício Bandeira para ver de perto as obras da Avenida Metropolitana, uma rodovia urbanizada que ligará a BR-135 a São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa.

Além do secretário de Infraestrutura, o único membro da comitiva para a visita de trabalho foi o deputado federal Duarte Jr., para quem é importante conhecer o sistema rodoviário que assegura a movimentação social e econômica da região metropolitana da Ilha de São Luís.

PP vai jogar pesado para eleger Rildo Amaral em Imperatriz

André Fufuca e Rildo Amaral: apoio total

O ministro do Esporte André Fufuca firmou posição e obteve o aval integral da direção nacional do PP: o braço maranhense do partido vai jogar todo o seu peso na campanha dos candidatos da agremiação a prefeito, mas dará uma atenção especial ao deputado Rildo Amaral, candidato do PP à Prefeitura de Imperatriz.

Não se trata de um privilégio, mas de uma decisão pragmática. O PP tem nas mãos as condições necessárias de chegar ao comando da segunda maior e mais importante cidade do Maranhão, em torno da qual estão cerca de 15 municípios, o que lhe dá uma expressão política e econômica especial. Daí não fazer nenhum sentido “entregar o ouro” sem jogar pesado nem pagar para ver.

A eleição do prefeito de Imperatriz é fundamental para os planos do PP. Nacionalmente, o partido terá o controle da “segunda capital do Maranhão”. Já no que diz respeito à política maranhense, o controle da Princesa do Tocantins terá importância superior para o possível projeto senatorial do ministro dos Esportes.

Ou seja, o PP vai jogar tudo para eleger Rildo Amaral prefeito de Imperatriz.

São Luís, 04 de Janeiro de 2024.       

São Luís 2024: posições de senadores poderão render bônus ou ônus para 2026

Eliziane Gama, Weverton Rocha e Ana Paula
Lobato: posições diferentes na eleição de SL

A declaração da senadora Eliziane Gama (PSD), nas suas redes sociais, anunciando que vai apoiar o deputado federal Duarte Jr. na disputa para a Prefeitura de São Luís, reforça a impressão de que a corrida às urnas na Capital será uma das mais renhidas dos últimos tempos e terá impacto decisivo nas eleições gerais de 2026. Nesse contexto, os senadores serão peças importantes no processo, a começar pelo fato de que os três representantes maranhenses na Câmara Alta têm pesos diferenciados, mas importantes, no tabuleiro eleitoral do maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão, onde o prefeito, Eduardo Braide (PSD), buscará a reeleição. Os senadores Weverton Rocha (PDT) e Ana Paula Lobato (PSB) ainda não se manifestaram de maneira clara e objetiva, mas não tardarão a fazê-lo, o que deverá acontecer depois do Carnaval, com a chegada das águas de março.

A manifestação da senadora Eliziane Gama já era esperada, mesmo pertencendo ela ao mesmo partido do prefeito Eduardo Braide, ao qual chegaram por vias e circunstâncias muito diferentes, o que justifica o fato de não estarem alinhados. A declaração de apoio a Duarte Jr. foi o caminho natural da senadora, que está perfeitamente integrada ao grupo criado por Flávio Dino (PSB) e que agora está sob o comando do governador Carlos Brandão (PSB que, além da agremiação socialista, agrega também o PT e o PCdoB. Além disso, Eliziane Gama encontra-se afinada com o Palácio do Planalto, onde a candidatura de Duarte Jr. caiu nas graças do presidente Lula da Silva (PT) e já é considerada uma prioridade. A senadora lidera um grande grupo na Ilha de São Luís, parte dele na comunidade evangélica, em especial da Assembleia de Deus, e de grupos comunitários com os quais trabalha há muito tempo. Estando ou não no PSD, Eliziane Gama é, portanto, uma força expressiva na base de apoio de Duarte Jr..

O senador Weverton Rocha é uma incógnita. Embora o seu partido, inexplicavelmente, esteja dando corda a um projeto sem pé nem cabeça do ex-vereador Fábio Câmara, o próprio senador, que comanda o partido, vem mantendo distância dessa pré-candidatura, provavelmente aguardando uma melhor definição do cenário para uma tomada de posição. Nos bastidores, quase ninguém acredita que o senador pedetista venha a declarar apoio e mobilize o PDT em torno de Duarte Jr., mas depois do rompimento e do reatamento com o ministro Flávio Dino, nada surpreenderá partindo do senador Weverton Rocha. O próprio PDT está em expectativa em relação ao chefe maior do partido, que pode também reeditar o projeto “Desapegue-se”, por meio do qual em 2020 deu as costas para Duarte Jr., apoiou o deputado Neto Evangelista (DEM) e se chegou para Eduardo Braide (Podemos) no segundo turno em 2020. Talvez a posição definitiva do senador Weverton Rocha e do PDT em São Luís seja anunciada em março.

A senadora Ana Paula Lobato (PSB), que assumirá o mandato como titular por volta do dia 20 de fevereiro, uma vez que a posse do senador Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal se dará no dia 22, ainda não definiu sua posição em relação à disputa em São Luís. Mesmo pertencendo ao mesmo partido do pré-candidato, Ana Paula Lobato segue o modus operante do experiente deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), podendo alinhar-se à posição do grupo liderado pelo governador Carlos Brandão ou adotar uma posição independente. Com o desafio de construir o seu próprio lastro político e eleitoral nos próximos sete anos – seu mandato vai até 2030 -, Ana Paula Lobato sabe que não pode errar na primeira grande decisão que tomará como senadora da República.

Os senadores Eliziane Gama e Weverton Rocha terão em São Luís um teste importante para as eleições de 2026, quando, em princípio, tentarão a reeleição. Se acertarem nos seus posicionamentos, ganharão certamente um bônus político e eleitoral importante. Se errarem, amargarão o ônus do erro. Não há outro caminho.

PONTO & CONTRAPONTO

Rildo Amaral reajusta estratégia para retomar liderança em Imperatriz

Rildo Amaral, Josivaldo JP
e Marco Aurélio no páreo

O deputado estadual Rildo Amaral (PP) está aproveito o recesso parlamentar reavaliar seus primeiros passos e ajustar sua caminhada rumo à Prefeitura de Imperatriz. A providência foi tomada depois que uma pesquisa mostrou que o deputado federal Josivaldo JP (PSD), que vinha navegando em segundo lugar, virou o jogo e passou à frente. Além da virada alcançada por Josivaldo JP, Rildo Amaral viu também seu ex-deputado estadual Marco Aurélio (PSB), avançar bastante, tornando imprevisível o resultado da eleição na antiga Vila do Frei.

Rildo Amaral vinha liderando com folga a corrida à Prefeitura de Imperatriz. Há quem diga que ele relaxou atacado pelo excesso de confiança, mas há também garanta que ele está sendo atingido por uma “maldição” política, segundo a qual aquele saiu liderando as pesquisas para eleição de prefeito não chega em primeiro. O fato é que, seja por relaxamento, seja por conta da tal “maldição”, o fato é que Rildo Amaral perdeu um pouco do gás que vinha exibindo e agora tenta recuperar o espaço que foi perdido.

 O problema agora é a empolgação de Josivaldo JP e Marco Aurélio, que passaram a acreditar nas suas candidaturas.

Braide quer reeleição e uma base mais ampla de apoio na Câmara

Eduardo Braide: mais apoio

Além da reeleição, o prefeito Eduardo Braide tem uma aspiração nas urnas: eleger um bom número de vereadores aliados. Pode até não ser a metade da Câmara Municipal, mas tem de ser um bom número, de modo a que o próximo mandato, se alcançado nas urnas, transcorra com uma relação mais republicana com a Câmara Municipal.

Atualmente, o prefeito de São Luís conta com oito vereadores, sendo obrigado a fazer negociações caso a caso para conseguir provar matérias com quórum qualificado. Além do mais, o plenário tem sido espaço para ataques duros contra o Palácio de la Ravardière, numa situação que só mudará quando houver uma bancada governista de peso.

Ele pretende fazer um esforço adicional para ampliar a sua base no parlamento municipal.

São Luís, 03 de Janeiro de 2024.

Contagem regressiva para as eleições inicia com pesquisa confirmando polarização em São Luís

Eduardo Braide e Duarte Jr. devem disputar o segundo turno em São Luís

A corrida deste ano à Prefeitura de São Luís, cujo desfecho acontecerá daqui a 10 meses e quatro dias, entra na grande pauta política de 2024 no embalo de uma pesquisa do instituto EPO, sucedâneo do Escutec, que confirma exatamente o quadro geral desenhado em todas as pesquisas feitas ao longo de 2023. De acordo com o levantamento, realizado nos dias 29 e 30 de dezembro e que ouviu 800 eleitores, o prefeito Eduardo Braide (PSD) lidera com 36,5% das intenções de voto contra 26% dados ao deputado federal Duarte Jr. (PSB). Num distante terceiro lugar aparece o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (sem partido) com 8,1%, seguido do deputado Wellington do Curso (PSC) com 8%, Neto Evangelista (União) com 5,1%, Yglésio Moises (PSB) com 4%, Fábio Câmara (PDT) com 1% e Diogo Gualhardo (Novo) com 0,3%. O EPO informou ainda que 6,6% ou não votariam em nenhum deles ou anulariam o voto, e 4,4% não souberam ou quiseram responder. A pesquisa tem margem de erro de 3,5% para mais ou para menos, e margem de segurança de 95%.

Não há novidade em relação ao cenário já rascunhado confirmando essa tendência, ao que parece irreversível, de que o pleito está polarizado entre o prefeito Eduardo Braide e o deputado federal Duarte Jr., e que a eleição será resolvi da em dois turnos. A mesma avaliação sugere que a polarização Braide/Duarte Jr. – hoje eles somam 62,5% das intenções de voto – não abre espaço para que nenhum outro candidato entre na rota da viabilidade. E começa com o fato de que, por já serem muito conhecidos, nenhum deles pode ser “vendido” como fato novo. Essa avaliação vale também para Eduardo Braide e Duarte Jr., com a diferença de que eles conquistaram estatura política e poder de fogo eleitoral.

Os números do EPO chamam a atenção para o fato de que, por uma lógica cartesiana, se a eleição fosse agora e todos os 750 mil eleitores votassem, Eduardo Braide sairia na frente com 270 mil votos, enquanto Duarte Jr. teria 195 mil votos, ou seja 75 mil votos a menos. É claro que os números não são esses, uma vez que a abstenção sempre ultrapassa a casa dos 20%. Mas, se os percentuais estivessem corretos, a conta será feita por esse viés. Ou seja, em caso de segundo turno, Duarte Jr. vai ter de se desdobrar para reverter 75 mil votos, torcendo para que Braide não consiga nenhum voto a mais do primeiro para o segundo turno, o que tecnicamente impossível. Nessa avaliação, vale indagar para que lado se bandearão Edivaldo Holanda Jr., Wellington do Curso, Neto Evangelista e Yglésio Moises, já que os demais não contam?

Do alto de três disputas para a Prefeitura de São Luís, duas fracassadas (2012 e 2916), e duas vitoriosas, uma para deputado federal em 2018 e uma para prefeito em 2020, o prefeito Eduardo Braide tem o mapa eleitoral da Capital na palma da mão, sabe de cor onde estão os votos e o que pode fazer para atraí-los. E o conhecimento de Eduardo Braide ganha mais peso ainda com ele no comando da Prefeitura em busca da reeleição, com incursões quase diárias nos bairros e povoados mais distantes. Ao mesmo tempo, vai enfrentar adversários importantes e influentes, o que o obrigará definir estratégias eficientes para evitar uma reviravolta no quadro de intenções de votos. Por enquanto, sua liderança é inquestionável.

A pesquisa EPO funcionou como um grande sinal de alerta ao deputado federal Duarte Jr. e aos seus apoiadores, entre eles o governador Carlos Brandão (PSB). Dez pontos percentuais atrás, que representam, em tese, 75 mil votos, uma diferença muito difícil de reverter, mesmo levando em conta o fato de que ele tem tempo e aliados poderosos. Político jovem e com habilidades diferenciadas, como, por exemplo, sua capacidade destacada de usar as redes sociais a seu favor, o deputado federal Duarte Jr. pode reunir condições para reverter esse estado de coisas.

Os demais pré-candidatos se manterão na corrida com outros objetivos, uma vez que vencer a eleição e se tornar prefeito de São Luís está muito, mas muito mesmo, distante do mundo real. Novas pesquisas mostrarão essa realidade.

PONTO & CONTRAPONTO

PT deve indicar o vice de Duarte Jr. e a ideia é escolher uma mulher

Decisão que já estaria tomada e sacramentada em Brasília: o PT vai indicar o vice do candidato do PSB, Duarte Jr., na corrida à Prefeitura de São Luís. Ainda não se fala de nome, mas já é registrada uma discreta movimentação nesse sentido.

Essa posição foi definida nas conversas mais recentes dos líderes petistas sobre a corrida eleitoral na Capital. Nessas tratativas, as lideranças petistas e socialistas trocaram figurinha e consideraram quer esse é o melhor caminho.

O vice-governador Felipe Camarão (PT) – foto – deve participar das conversas do partido sobre a escolha. E a ideia inicial é encontrar uma mulher nos quadros do PT em São Luís.

Difícil entender a lógica do PDT com a pré-candidatura de Fábio Câmara em SL

A pesquisa EPO reforçou uma pergunta que já está há algum tempo no ar: o PDT vai mesmo manter o projeto de candidatura do neopedetista Fábio Câmara (foto), que aparece com 1% de intenções de voto?

Se for esse, de fato, o propósito do partido, alguma coisa está muito errada dentro da agremiação fundada por Jackson Lago e que mandou em São Luís por mais de duas décadas.

Para começar, Fábio Câmara nem de longe tem um discurso de se assemelhe ao do PDT original, que tinha o deputado Neiva Moreira como referência política e ideológica. Ao que tudo indica, ele não representa sequer a bancada do partido na Câmara Municipal, o que faz com que sua pré-candidatura seja uma anomalia dentro do partido.

Com a franquia que estão lhe dando dentro do PDT, há quem diga que Fábio Câmara usa o espaço para viabilizar sua candidatura a vereador, o que atropela a posição de vereadores do partido que estão em busca da reeleição.

Pode ser que nada mude, mas é improvável que a cúpula do PDT esteja de fato apostando numa eventual candidatura de Fábio Câmara ao Palácio de la Ravardière.

São Luís, 02 de Janeiro de 2024.