Arquivos mensais: setembro 2021

Sem líderes e sem força política, bolsonaristas tentam marcar presença no 7 de Setembro em São Luís

 

Uma das manifestações bolsonaristas realizadas neste ano em São Luís: sem líderes

Todos os sinais saídos de fontes da direita maranhense indicaram que, a exemplo de Brasília e São Paulo, bolsonaristas maranhenses vão usar o feriado cívico de hoje para dizer que também existem no cenário político estadual. São grupos isolados, que se articulam por redes sociais, mas sem uma liderança expressiva, alguém que passe credibilidade e até mesmo funcione como porta-voz local da cúpula nacional. A lógica sugere que esse líder poderia ser o senador Roberto Rocha (sem partido), que se apresenta como aliado de proa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas não há indício de que ele esteja à frente algum movimento de bolsonaristas em São Luís, Imperatriz ou Balsas, por exemplo. Quem até ontem agiu como chefe bolsonarista em terras maranhenses foi a deputada estadual Mical Damasceno, presidente regional do PTB, escolhida diretamente pelo chefe maior do partido, ex-deputado Roberto Jefferson, que está na cadeia por atentar contra a democracia.

Hoje, a banda bolsonarista da política maranhense tem três faces. A primeira é a expressada pelo senador Roberto Rocha, pela deputada Mical Damasceno e pelo prefeito de São Pedro dos Crentes e candidato a governador Lahesio Bonfim (PSL), que não formam um grupo unido nem estão articulados pela os atos deste 7 de Setembro. A segunda face é demonstrada pelo deputado federal Aloísio Mendes (PSC), que como prestigiado vice-líder do Governo na Câmara Federal, mas não se expõe em situações como essa. E a terceira face é a representada pelo deputado federal Edilázio Jr., que preside o PSD no Maranhão, que não esconde sua condição de bolsonarista, mas também não faz questão de escancará-la. Não há registro de que esses três segmentos tenham se juntado e reunido forças para mostrar prestígio ao presidente. Ao que parece – e a Coluna pode estar equivocada -, a manifestação será feita por militantes anônimos, alguns pastores, mas sem a presença de “graúdos da causa” no Maranhão.

Dispersos e sem um líder, os bolsonaristas de São Luís não chegam a formar um contingente capaz de atuar como um grupo o organizado com viés partidário, embora seja fácil identificá-lo pelo confuso viés ideológico que pregam, e principalmente pela zoada que fazem quando estão falando mal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). E atuam de forma isolada, já que uma parte da direita, esclarecida e moderada, faz questão de deixar claro que não fecha com a linha de ação política do presidente da República. Um exemplo é a prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, que já foi bolsonarista roxa, perdeu o encanto e hoje é filiada ao PSDB, pelo qual se elegeu, e agora está se alinhando ao projeto de candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Estado. Outros nomes, como o médico Alan Garcez, que chegou a sonhar com o Ministério da Saúde, não dá mais sinais de alinhamento total ao presidente Jair Bolsonaro.

Os diversos atos realizados por bolsonaristas em São Luís demonstraram, de maneira clara e inequívoca, que eles formam uma minoria que, se não tem força política nem eleitoral, é ativa o suficiente para mostrar suas convicções fazendo muito barulho. E nada vai acontecer, além de momentos de tensão aqui e ali, mas sem nenhuma consequência.

A menos que esteja fazendo uma leitura equivocada da realidade, o que parece não ser o caso, a Coluna se identificou integralmente com as expectativas do economista Joel Pinheiro da Fonseca, em artigo publicado ontem no jornal Folha de S. Paulo, disse que, independentemente do sucesso ou do fracasso dos bolsonaristas nos atos do 7 de Setembro, nada muda:

O Congresso continuará se fartando de emendas. O Supremo continuará com o inquérito das fake news — ou, melhor dizendo, das milícias digitais. O voto impresso continuará fora da pauta. A inflação continuará a corroer o poder de compra da população. A situação ambiental continuará a se deteriorar. A educação continuará abandonada. A agenda econômica, antes tida como a graça redentora do desastre em todo o resto, continuará se resumindo a projetos eleitoreiros — novo Bolsa Famíliareforma tributária desfigurada— e gambiarras para gastar sem violar o teto. Por fim, as investigações sobre o passado da família Bolsonaro, que aparentemente enriqueceu com esquemas milionários de desvio de dinheiro público, não vão deixar de revelar podres”.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

MP faz sua parte e recomenda medidas a prefeitos e ao secretário de Segurança

Eduardo Nicolau: recomendações pela ordem em manifestações

Em meio ao zumzum tenso que tomou de conta do País por causa do movimento feito pelo presidente Jair Bolsonaro para transformar o 7 de Setembro numa demonstração de poder – o que o governador Flávio Dino avalia como um “ensaio de golpe” -, o procurador geral de Justiça, Eduardo Nicolau, entrou no circuito e, com a responsabilidade que tem o Ministério Público nesse contexto de crise institucional, emitiu duas recomendações destinadas a garantir o direito de manifestação e, ao mesmo tempo, evitar que esse direito seja atropelado por abusos e atentado contra a ordem pública.

A primeira recomendação foi dirigida aos prefeitos, a começar pelo titular de São Luís, Eduardo Brande (Podemos): onde houver guardas municipais, sejam adotadas todas as medidas necessárias para assegurar a proteção dos bens, serviços e instalações municipais, durante as manifestações.

A segunda recomendação foi endereçada ao secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portella, no sentido de que sejam adotadas todas as medidas necessárias para assegurar a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

As recomendações mostram que o Ministério Público do Maranhão se encontra antenado com a realidade e ciente do seu papel como instituição cuja razão de ser é exatamente garantir o respeito às leis.

 

Disputa difícil pela presidência da Câmara Municipal de São Luís

Osmar Filho não pode disputar reeleição

Todas as evidências indicam que a sucessão na presidência da Câmara Municipal de São Luís, marcada para Abril do ano que vem, será bem mais difícil do que estão prevendo alguns observadores. Independentemente de quem vai se candidatar, a eleição será uma medição de forças poderosas. A primeira delas é o prefeito Eduardo Braide (Podemos), que certamente tem a sua preferência no bolso do colete e vai colocar as cartas na mesa na hora adequada. Ao mesmo tempo, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que na época estará assumindo o Governo, poderá, a pedido de aliados, mexer pedras apoiando um nome. O senador Weverton Rocha (PDT), pressionado pelo PDT, que tem no posto hoje ocupado pelo pedetista Osmar Filho sua última base de sustentação na Capital, vai tentar manter seu partido no comando da Casa, provavelmente negociando com o prefeito Eduardo Braide. E não será surpresa se até o governador Flávio Dino (PSB), que na época estará de desincompatibilizando para concorrer ao Senado, vier a colocar a mão no ombro de um candidato viável.

São Luís, 7 de Setembro de 2021.

Causa estranheza o silêncio de congressistas sobre a crise institucional forjada por Bolsonaro

 

À exceção do governador Flávio Dino (PSB), que mantém ativa sua metralhadora verbal contra as ameaças de ruptura da ordem institucional brasileira feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), nenhuma outra personalidade política do Maranhão, com mandato ou sem mandato, levantou a voz criticando a intensa movimentação do presidente da República para tornar o 7 de Setembro um marco na sua pregação antidemocrática. E o que chama a atenção é o silêncio de senadores e deputados federais, fazendo de conta que nada de grave está acontecendo ou tentam passar à opinião pública a impressão de que não parte ativa da vida política do País. É o caso, por exemplo, dos senadores e dos pré-candidatos ao Governo do Estado.

O senador Weverton Rocha (PTD) encontra-se mergulhado na sua pré-campanha ao Governo do Estado, liderando grandes atos pré-eleitorais em Imperatriz, em Vargem Grande, e o de ontem em Presidente Dutra, tem sido parcimonioso em relação aos ataques do presidente da República às instituições que garantem a democracia no País. A senadora Eliziane Gama (Cidadania) tem mostrado sua condição de oposicionista com intensa e respeitável atuação CPI da Covid, evitando, porém, entrar de cabeça, no combate às inclinações golpistas do presidente. E na outra ponta, o senador Roberto Rocha (sem partido), também vem mantendo silêncio, embora seja um dos senadores mais alinhados ao chefe da Nação.

Entre os deputados federais, apenas Bira do Pindaré (PSB) e Rubens Jr. (PCdoB) já se posicionaram claramente contra os intensos autoritários do presidente Jair Bolsonaro, assim como o deputado federal licenciado e presidente regional do PCdoB, Márcio Jerry. Os demais membros da bancada maranhense vêm se mantendo distante da crise institucional, notadamente os que presidem no Maranhão braços de grandes partidos que lastreiam o Centrão, como o deputado Josimar de Maranhãozinho, presidente do PL e controlador do Avante e do Patriotas no Maranhão, o deputado André Fufuca, comandante da extensão maranhense do PP, o deputado Juscelino Rezende, presidente regional do DEM, o deputado Pedro Lucas Fernandes, que agora preside o PSL, depois de ter perdido o comando do PTB no estado, o deputado Cléber Verde, que controla o braço maranhense do  Republicanos, e do deputado Gastão Vieira, que lidera o PROS estadual.

O silêncio alcançou também deputados sem posto de comando partidário, como João Marcelo de Souza e Hildo Rocha, ambos integrantes da bancada do MDB, provavelmente de acordo com a ex-governadora Roseana Sarney, que preside a legenda emedebista no Maranhão, mas tem evitado choque com os atuais poderosos de Brasília. Nessa linha também se movimentam o deputado Gil Cutrim (PDT), o deputado Júnior Lourenço (PL) e seu colega do PL, Partir Gildenemyr, e do deputado Zé Carlos Araújo (PT). Na outra ponta, também se mantêm os aliados assumidos do Palácio do Planalto, como o deputado Edilázio Jr., presidente do PSD maranhense, e o deputado Aluísio Mendes, controlador do braço estadual do PSC, e ainda o deputado Josivaldo JP, que segue a orientação do Podemos, controlado no Maranhão pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

O silêncio da esmagadora maioria da bancada federal nas duas Casas, e a timidez dos que se manifestam, além de causar estranheza, produz incerteza na população. Afinal, como já observaram analistas de peso do cenário nacional, ainda que forjada pelo presidente Jair Bolsonaro, que não consegue a crise institucional em curso não se resolverá com o embate entre os três Poderes, mas pela via das articulações políticas. E nesse sentido, não há dúvida de que é o Congresso Nacional a instituição com todos os recursos e instrumentos políticos necessários para colocar o País nos trilhos. Daí o estranhamento que causa o silêncio de senadores e dos deputados federais em relação às ameaças golpistas do preside Jair Bolsonaro.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Maranhãozinho leva a melhor e número de prefeito em ato de pré-campanha

Josimar de Maranhãozinho e aliados: pré-candidatura lançada

Se número de prefeitos for critério para medir a importância e o peso político dos atos de pré-campanha realizados até aqui pelos pré-candidatos ao Palácio dos Leões, o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), realizado Sexta-Feira à noite na sua residência em São Luís pode ser considerado o maior até agora. Segundo sua assessorial, o evento reuniu 56 chefes de governos municipais, inclusive de partidos fora do seu controle, como PDT, DEM e Republicanos. Para começar, ali estavam prefeitos como Júlio Matos, de São José de Ribamar, o quinto maior colégio eleitoral do Maranhão. E de municípios eleitoralmente importantes e estratégicos, como Rigo Teles (PL), de Barra do Corda, e Ducilene Belezinha (PL), de Chapadinha. O ato foi reforçado pela presença de dos deputados federais do seu grupo – Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas) e Pastor Gildenemyr (PL) – e os deputados estaduais que seguem sua orientação: Detinha, Vinícius Louro, Leonardo Sá e Hélio Soares. Não há dúvida de que a maioria dos prefeitos presentes o seguirão, mas no meio político há quem garanta que pelo menos 20% dos presentes deram volume ao ato, mas já estariam compromissados com outras pré-candidatos.

 

Márcio Jerry nega factoide senatorial e diz que será candidato à reeleição

Márcio Jerry: candidato à renovação do mandato

É do conhecimento geral que o secretário das Cidades, Márcio Jerry, se prepara para renovar seu mandato de deputado federal pelo PCdoB. Há alguns dias, porém, estimulados pela certeza que começa a ganhar corpo de que o governador Flávio Dino vai mesmo disputar a vaga no Senado, especuladores de plantão forjaram e espalharam que o presidente do PCdoB do Maranhão estaria trabalhando para ser candidato a suplente de senador na chapa de Flávio Dino. O factoide foi motivado por outra especulação, essa mais distante ainda da realidade: Flávio Dino se elege senador e Lula da Silva (PT), e na montagem do Governo, Lula da Silva convoca Dino para o ministério, abrindo vaga para o suplente se tornar senador por bom tempo. O próprio Márcio Jerry cortou o barato dos especuladores dizendo que será mesmo candidato a renovar o mandato de deputado federal.

São Luís, 05 de Setembro de 2021.

Alerta: Dino afirma que o patriotismo de Bolsonaro é falso e tem o propósito de destruir a Democracia

 

Flávio Dino denunciando o “patriotismo falso” de Jair Bolsonaro

O governador Flávio Dino (PSB) fez ontem um alerta aos maranhenses e à Nação sobre o conceito distorcido de patriotismo pregado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o objetivo de tornar o 7 de Setembro um marco nas tentativas que o chefe da Nação e seus aliados vêm fazendo para inviabilizar a Constituição democrática de 1988. Para o governador, o patriotismo do presidente é “falso, oco, feito de palavras ao vento, palavras ofensivas, agressivas, ódio, medo”, e movido pela ideia central que é “rasgar a Constituição e destruir a Democracia”. E afirmou, enfático: “Isso não é uma atitude patriótica, não é ter espírito cívico”.

O alerta do chefe do Executivo maranhense foi feito em vídeo e divulgado na sua conta no Instagran. Ele chamou a atenção para o fato de que o conceito de patriotismo é uma das “muitas disputas que se entrecruzam neste 7 de Setembro”, sendo que “uma delas é relativa à compreensão do que é efetivamente ser patriota”. O governador aponta para o fato de que o presidente e seus aliados estão tentando usar a mais importante data cívica do Brasil “para uma virada de mesa e destruir tudo aquilo que conquistamos”.

–  E o preço que nós estamos pagando está revelado numa crise de energia mal administrada, na inflação de alimentos, no câmbio desalinhado, na fome das pessoas, na falta de esperança da juventude, na ausência absoluta de obras e de políticas públicas. É por isso que esse patriotismo deve ser rejeitado, deve ser derrotado – assinalou.

Na sua fala, Flávio Dino deixou claro que o ponto forte de uma sociedade democrática é o pluralismo político, cuja legitimidade é óbvia. Mas alerta que “a democracia admite quase tudo, menos aqueles que querem destruí-la”. E destacou um dado fundamental e garantidor da pluralidade numa sociedade democrática, alvo claro dos ataques do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados: “A liberdade de expressão não protege aqueles que querem na verdade revogá-la”.

O governador Flávio Dino mostrou que o patriotismo que dá vida a uma sociedade democrática é exata e rigorosamente o oposto do que é pregado pelo presidente Bolsonaro: “O outro patriotismo, o verdadeiro, é aquilo que nós representamos e defendemos na prática. O patriotismo que é feito de gente, o patriotismo que é feito de direitos, o patriotismo que é feito da compreensão de que precisamos unir a sociedade em torno de bons propósitos e de bons projetos. Ser patriota hoje é lutar contra a subida do preço dos alimentos, é desejar estabilidade jurídica, é fazer com que haja diálogo e entendimento, é colocar na frente aquilo que efetivamente diz respeito à vida das famílias, das pessoas, a exemplo do combate ao coronavírus, a luta por vacinas, agora em 2021 e também em 2022. Isto é honrar a nossa pátria, isto é ter autenticamente espírito cívico”.

Reconhecido como uma das vozes mais lúcidas e coerentes entre as muitas que vêm se levantando contra a postura antidemocrática do presidente da República, o governador do Maranhão disse estar convencido das intenções golpistas do chefe da Nação. E se disse igualmente convicto de que o presidente não alcançará o seu intento: “Eu tenho convicção de que o presidente Bolsonaro está tentando e vai continuar a tentar fazer com que haja um retrocesso, que a Constituição democrática de 1988 não prevaleça. Ele está tentando, mas não vai conseguir”.

E concluiu com a seguinte avaliação política: “A ampla união de todos os brasileiros que autenticamente defendem a democracia será vitoriosa. Por isso, lamentamos que o 7 de Setembro seja desvirtuado, mas ao mesmo tempo com muita esperança e muita fé, muito otimismo, porque as trevas vão passar, e nós vamos reabrir avenidas de esperança para o povo brasileiro”.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino, Othelino, Weverton e Brandão participam de maratona de inaugurações na Baixada

Em cima: em Santa Helena, Flávio Dino tendo ao lado Carlos Brandão e Weverton Rocha, acompanhados de Márcio Jerry, André Fufuca e Othelino Neto. Embaixo: Pinheiro: Flávio Dino ladeado por Weverton Rocha, Othelino Neto e Luciano Genésio

O 165º aniversário de Pinheiro, comemorado ontem, foi marcado por uma curiosa situação relacionada com a corrida ao Palácio dos Leões. Ali, no ato das inaugurações, encontravam-se o governador Flávio Dino (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), e entre eles os pré-candidatos a governador senador Weverton Rocha (PDT) e vice-governador Carlos Brandão (PSDB), além do secretário de Cidades e presidente do PCdoB Márcio Jerry e André Fufuca (PP), todos prestigiando os donos da casa, prefeito Luciano Genésio (PP) e vice-prefeita Ana Paula Lobato (PDT). A mesma comitiva seguiu em maratona de inaugurações em Turilândia e Santa Helena.

As obras inauguradas, bancadas com recursos do Governo do Estado com emendas parlamentares do presidente da Assembleia Legislativa, assim como as em andamento e as anunciadas foram recebidas com festa pelas populações dos três municípios, que estão entre os mais importantes da Baixada Ocidental. Nas três cidades, o governador e o presidente da Assembleia Legislativa comandaram os atos, com o aval e a presença dos prefeitos daqueles municípios, a exemplo do prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio, que é do PP e apoia o projeto de candidatura do senador Weverton Rocha.

A movimentação da comitiva foi também marcada por conversas paralelas, tendo o senador Weverton Rocha e o vice-governador Carlos Brandão ficado lado a lado e trocaram gentilezas em clima amistoso, como se eles não estivessem em lados oposto na corrida às urnas.

 

Gestão de excelência: UFMA e HU ganham novos equipamentos e instalações

O ministro Milton Ribeiro e o reitor Natalino Salgado descerram placa de inauguração no Campus da UFMA

O reitor da UFMA, Natalino Salgado, fechou a semana contabilizando ganhos importantes para a instituição e reafirmando assim a sua condição de gestor competente. Na Quinta-Feira, tendo como convidado ninguém menos que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, o reitor inaugurou o complexo predial que abriga a Diretoria de Tecnologias na Educação (Dted), e o Centro de Referência em Endocrinologia e Hepatologia e as novas instalações do ambulatório de Cardiologia do Hospital Universitário.

A inauguração das instalações da Diretoria de Tecnologias na Educação se deu depois de cinco anos em que a obra permaneceu paralisada. Mesmo com a crise financeira causada pela pandemia, o reitor Natalino Salgado, que conhece como poucos os meandros do MEC, conseguiu a liberação de R$ 924 mil para a retomada e a conclusão da concretização do projeto. O novo espaço abrigará equipes multidisciplinares e conta com três pavimentos, auditórios, estúdios de gravação, laboratório de informática, salas para capacitação de projetos, espaço multiuso, reunião e treinamento, copa, refeitório e áreas de lazer. A Dted tem três braços: a Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS), a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e o EaD para Você, todos em funcionamento pleno.

Os investimentos no Centro de Referência em Endocrinologia e Hepatologia e nas novas instalações do ambulatório de Cardiologia somam R$ 10,5 milhões por meio Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). O investimento reforçará ainda mais a posição de referência nacional do HU-UFMA no atendimento à saúde e no ensino da Medicina.

Bombardeado diariamente com notícias ruins na área educacional no País e duramente criticado pela lentidão do MEC sob a sua gestão, o ministro Milton Ribeiro voltou para Brasília vivamente entusiasmado com o que viu no Campus do Bacanga e no Hospital Universitário. E igualmente impressionado com a dinâmica que vem movendo a gestão do reitor Natalino Salgado, que independente da orientação do Governo e da diferença em relação a outros tempos, mantém sua marca de gestor produtivo e eficiente.

São Luís, 04 de Setembro de 2021.

Edivaldo Jr. adia para Outubro início da sua pré-campanha no interior, onde seus concorrentes já vão longe

 

Edivaldo  Jr. ladeado por Edilázio Jr., líder do PSD, e César Pires, seu conselheiro-mor

O ex-prefeito de São Luís e pré-candidato a governador pelo PSD, Edivaldo Holanda Jr., resolveu que só iniciará sua maratona no interior em busca de votos em Outubro, ou seja, um ano antes da corrida às urnas. Seu argumento em conversa com o presidente do partido, deputado federal Edilázio Jr.: o fluxo de lideranças – prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e militantes políticos de diversas cores – no seu escritório político tem se mantido intenso, não permitindo, por enquanto, que ele interrompa essas audiências política e eleitoralmente produtivas. As viagens aos municípios e o contato direto com o eleitorado do interior são essenciais para o projeto de candidatura do ex-prefeito, cuja ação política efetiva está resumida aos quatro municípios da Ilha de Upaon Açu e alguns contatos em municípios distantes e dispersos, não formando, portanto, uma base de sustentação, sobretudo em se tratando de um projeto cujo objetivo central é nada menos que alcançar a chave do Palácio dos Leões. Edivaldo Holanda Jr. não tem link com a grande e dispersa massa votante do interior do Maranhão, mas, ao que parece, está determinado a fazer essa ligação, só que no seu tempo e no seu ritmo.

Daqui a um mês, quando iniciar sua peregrinação pelas diferentes regiões do Maranhão, Edivaldo Holanda Jr. vai encontrar grande parte do território geopolítico maranhense já demarcado pelo senador Weverton Rocha, pré-candidato do PDT, e pelo vice-governador Carlos Brandão, pré-candidato do PSDB, já tendo sido “invadido” também pelo senador Roberto Rocha (sem partido), pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e pelo prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL). Os três primeiros já percorreram boa parte do Maranhão, tendo o senador pedetista assumido nessas incursões a condição de pré-candidato irreversível, e realizar atos com estrutura de campanha propriamente dita, como o grande e rumoroso comício realizado em Imperatriz. Também o vice-governador tucano vem também liderando grandes atos políticos nos quais prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais têm declarado apoio à sua pré-candidatura.

Edivaldo Holanda Jr. vai começar praticamente “do zero”. Ele tem o desafio de construir uma candidatura a partir de um projeto que até agora não foi tornado público, começando com o fato de que até agora nem ele próprio deu uma declaração enfática sobre sua pré-candidatura. Ao contrário dos demais aspirantes, que já contam estruturas de comunicação, Edivaldo Holanda Jr. não tem sequer um porta-voz na área de imprensa, o que torna seu desafio bem mais difícil. O que se sabe até agora a respeito dos seus movimentos vem de declarações feitas aqui e ali pelo deputado federal Edilázio Jr., presidente do PSD, e pelo deputado estadual César Pires, que parece ser o “conselheiro-mor” do ex-prefeito de São Luís para essa jornada. Nada além disso, a não ser o fato de o seu propósito é mesmo disputar o Palácio dos Leões de igual para igual com os com correntes que saíram na frente e precisam ser alcançados.

Uma observação mais cuidadosa, no entanto, aponta sinais de que pré-candidato do PSD não cumprirá um roteiro aleatório no interior do estado. Ele conta com uma grande teia de aliados na malha de templos da Igreja Assembleia de Deus, uma das mais tradicionais do mundo evangélico maranhense, da qual é membro de primeira linha, com ramificação em todas as regiões do Maranhão. As informações que vem recebendo balizarão seus movimentos iniciais na direção dos municípios. É verdade que ainda não conta do o apoio formal da denominação, mas no meio político ninguém duvida que o ex-prefeito terá esse aval, mesmo tendo a senadora Eliziane Gama fazendo carga a favor do senador Weverton Rocha nessa seara.

Há quem avalie que, diante da volumosa e estridente pré-campanha do pré-candidato do PDT e da movimentação feitas até aqui pelo pré-candidato do PSDB, Edivaldo Holanda Jr. realiza até aqui uma movimentação tímida, mas que pode ganhar uma nova dinâmica.  Isso exigirá dele esforços hercúleos para reverter alguns traços e algumas cores do cenário sucessório já desenhado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PTB mergulha na incerteza e pode destituir Jefferson e Mical

Mical Damasceno entre a atual presidente do PTB, Graciele Nienov, e o presidente agora preso Roberto Jefferson: complicação que pode tirá-la do comando

A prisão do ex-deputado federal e presidente do PTB Roberto Jefferson, mantidas nesta semana por conta da sua condição de militante agressivo contra a democracia, mergulhou a legenda criada por Getúlio Vargas num turbulento mar de incertezas. Essa situação começa a ser sentida no Maranhão, onde o partido, agora nas mãos da deputada estadual Mical Damasceno, parece estar perdendo parte expressiva da base que mantinha sob o comando do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, a partir de uma base solidam ente construída pelo seu pai, o ex-deputado federal e atual prefeito de Arame, Pedro Fernandes. No meio político de Brasília já se dá como certo a realização de um movimento de petebistas no sentido de isolar Roberto Jefferson, destituí-lo do comando partidário e levar o PTB a outro rumo, distante do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No Maranhão, parte dos aliados de Pedro Lucas Fernandes que estavam no PTB está migrando para o PSL. Inicialmente entusiasmada no comando estadual do PTB, a deputada Mical Damasceno começa a perceber um partido com as características do PTB não é fácil. Isso porque, de Roberto Jefferson for destituído, como quer uma banda do partido, Mical Damasceno cairá junto com ele.

 

Acusar Brandão pelo desempenho do PSDB em 2020 é factoide

Carlos Brandão nada tem a ver com perdas do PSDB

A decisão do vice-governador Carlos Brandão de passar o bastão presidencial do PSDB maranhense ao advogado Pedro Chagas parece estar sendo mal interpretada por seus adversários. E o ponto central é que estão tentando jogar na sua conta o fato de o PSDB só ter elegido quatro prefeitos no maranhão nas eleições municiais do ano passado.

Para começar, o vice-governador tem lastro para mostrar que é eficiente na articulação com prefeitos. Nas eleições municipais de 2016, que Brandão o presidia, o PSDB elegeu 28 prefeitos, dois a mais do que o PDT. Nas eleições de 2020, ele participou como membro – sem cargo de comando – do Republicanos, que saiu com mais de 30 prefeitos eleitos, metade deles ligados a Carlos Brandão e que devem apoiá-lo na corrida ao Palácio dos Leões.

Vale lembrar que o desempenho pífio do PSDB nas eleições municiais do ano passado se deveu diretamente ao comando desanimado do senador Roberto Rocha, então presidente do partido.

São Luís, 03 de Setembro de 2021.

Hipótese de Flávio Dino cumprir mandato integral causa agitação no meio político  

Flávio Dino: especulações sobre o seu futuro político deixam meio político agitado

Nas últimas 48 horas o meio político, os programas de rádio e a blogosfera foram animados por uma súbita e curiosa preocupação com o futuro político do governador Flávio Dino (PSB). E o ponto “X” da agitação foi a possibilidade de ele permanecer no Governo até o final do seu mandato, prevista por dois dos seus principais aliados em diferentes entrevistas, o secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, que preside o Solidariedade no Maranhão e é pré-candidato assumido ao Governo do Estado, e o deputado Duarte Jr. (PSB), linha de frente do grupo liderado pelo governador. Eles provavelmente se basearam na impactante entrevista concedida por Flávio Dino ao portal de notícias UOL, no final da semana passada. Nela, em meio a um bombardeio de indagações que sofreu a respeito de uma possível composição do PSB com o PT, admitiu que poderá ser candidato a vice na chapa liderada pelo ex-presidente Lula da Silva, mas também ser candidato a senador e, numa hipótese muito remota, permanecer no Governo até o final do mandato. A possível composição com Lula da Silva animou o meio político, assim como a candidatura ao Senado, que é o caminho mais lógico, mas a possibilidade de permanecer no comando do Governo até o final do mandato causou um frisson surpreendente.

É verdade que o governador Flávio Dino é um político diferenciado, para quem um mandato parlamentar, mesmo de senador – que segundo Lula da Silva dá ao detentor poder quase divino -, não é um objetivo de vida ou morte política. Para ele, não fará muita diferença assumir um mandato de senador no início de 2023 ou reassumir sua cadeira de Direito Constitucional na UFMA e ocupar uma mesa num escritório de advocacia. Ao mesmo tempo, o governador tem perfeita e ampla noção de que no exercício de um mandato ele pode atuar politicamente com mais efetividade e com poder de participar, chancelado pela instituição legislativa, do debate dos grandes temas de interesse do País e, em alguns casos, diretamente do Maranhão.

Em 2010, por exemplo, o então deputado federal Flávio Dino abriu mão de uma reeleição fácil e entrou na corrida para o Governo do Estado com noção muito clara de que suas chances eram mínimas, uma vez que disputava com a então governadora Roseana Sarney (MDB) e com o ex-governador Jackson Lago (PDT). Não deu outra: Roseana Sarney venceu no 1º turno. A falta do mandato de deputado federal não o impediu de fazer política plena nos anos seguintes, quando incursionou pelos municípios com o projeto “Diálogos pelo Maranhão”, quando conversou com a população em praça pública, sem precisar de palanques nem carros de som. Quando seus adversários se deram conta, ele já liderava um movimento avassalador, que o levaria ao Palácio dos Leões em 2014 no 1º turno.

É claro que a realidade agora é outra. Depois de dois mandatos de governador, de comandar um governo diferenciado e limpo, e de protagonizar uma ação política forte no plano nacional, destacando-se como Oposição ao Governo inclassificável do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Flávio Dino se credenciou para continuar atuando nesse plano. Daí, se não vier a ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula da Silva, o governador do Maranhão dificilmente abrirá mão de se tornar senador e, como tal, ampliar sua atuação política como uma das vozes mais consistentes do Senado e do Congresso Nacional. Flávio Dino sabe que o espaço que conquistou limitou o seu direito de escolha.

E nesse contexto, investir na participação em uma chapa presidencial faz sentido, mas é uma aposta de risco demasiado. Invertendo os polos, se for levada em conta apenas a lógica, não faz muito sentido considerar a hipótese de que permaneça no Palácio dos Leões até o fim do mandato. Logo, a candidatura ao Senado se cristaliza como o caminho mais lógico, mais racional e politicamente mais identificado com as aspirações da maioria do eleitorado maranhense, segundo todas as pesquisas publicadas até aqui.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Marcelo Tavares é o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado

Marcelo Tavares cumprimentado por Othelino Neto – que é auditor concursado da Corte de Contas – após a sua indicação para o TCE, pela Assembleia Legislativa

O deputado Marcelo Tavares (PSB) é o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele ocupará a cadeira vaga com a aposentadoria do conselheiro Nonato Lago. Sua indicação foi aprovada por unanimidade, ontem, pela Assembleia Legislativa, confirmando a aprovação que recebera da Comissão Especial, que o sabatinou em reunião realizada Segunda-Feira. Após a manifestação do plenário, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), determinou a edição de Decreto Legislativo formalizando a indicação. Marcelo Tavares tem 49 anos, é Bacharel em Direito e exerce atualmente o quinto mandato de deputado estadual. Além da sólida formação técnica e vasta experiência política, o novo conselheiro do TCE foi chefe da Casa Civil nos dois mandatos do governador Flávio Dino. O governador, aliás, ao tomar conhecimento da decisão da Assembleia Legislativa, declarou: “Parabenizo o ex-Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, que passará a exercer o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Marcelo tem longa experiência profissional e preenche os requisitos constitucionais. Cumprimento a Assembleia Legislativa pela escolha”. O TCE ganha um quadro de excelência.

O outro lado do desfecho do preenchimento da vaga no TCE pela Assembleia Legislativa: o até então suplente de deputado no exercício do mandato Ariston Ribeiro (Avante) ganha a condição de titular. Integrante de um dos partidos controlados pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), o agora deputado estadual Ariston Ribeiro não faz parte da tripa de choque comandada no Legislativo pela deputada Detinha (PL). Seu grupo político é liderado pelo o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PMN).

 

Diego Galdino no comando da Casa Civil e Marcela Mendes na Secretaria de Governo

Flávio Dino entre Marcela Mendes (Governo) e Diego Galdino (Casa Civil)

O governador Flávio Dino confirmou o que já corria a boca pequena nos bastidores do Palácio dos Leões: anunciou que o atual secretário de Governo, Diego Galdino, será o novo chefe da Casa Civil, e que sua adjunta, Marcela Mendes, ascenderá ao comando da Secretaria de Governo. “(Eles) darão continuidade ao ótimo trabalho na coordenação das ações de governo e na execução de metas administrativas”, afirmou Flávio Dino.

Originário dos quadros da Vale, Diego Galdino iniciou no Governo substituindo a professora Esther Marques no comando da Secretaria de Cultura. Seu desempenho o levou à Secretaria de Governo, cujo mister é coordenar as ações do Governo em todas as áreas. Fez ali também um bom trabalho, credenciando-se para a chefia da Casa Civil, onde também participará da coordenação das ações do Governo, mas também, e principalmente, de ações no plano institucional. A menos que o governador Flávio Dino altere o papel da Casa Civil, o novo secretário-chefe fará a ponte do Palácio dos Leões com os demais poderes e com a sociedade civil. Nesse aspecto, o secretário-chefe precisa ter habilidade diplomática e bom faro político para ser efetivamente o interlocutor eficiente.

Embalada pela condição de secretária adjunta de Governo, Marcela Mendes tem perfil técnico e sabe o que fazer no comando da pasta.

São Luís, 01 de Setembro de 2021.