Arquivos mensais: setembro 2022

Corrida aos Leões entra na reta final com três candidatos na disputa e seis sem chance  

 

Carlos Brandão lidera, com Weverton Rocha e Lahesio empatados em segundo; Edivaldo Jr., Simplício Araújo, Enilton Rodrigues, Joás Moraes, Hertz Dias e Frankle Costa fazem campanha sem chance na disputa

A semana começa faltando uma dúzia de dias para as eleições gerais. No Brasil, as pesquisas de intenção de voto indicam forte tendência para que o ex-presidente Lula da Silva (PT) volte a trabalhar no Palácio do Planalto a partir de janeiro, em um só ou em dois turnos, embora não se descarte uma reviravolta na corrida presidencial no tempo que resta de campanha. No Maranhão, as pesquisas apontam vantagem consistente do governador Carlos Brandão (PSB) em busca da reeleição, mas a posição do senador Weverton Rocha (PDT) e a do ex-prefeito Lahesio Bonfim (PSC), que, somados, empatam tecnicamente com o favorito, ainda deixa no ar um clima de incertezas quanto ao desfecho da eleição, se ocorrerá já no primeiro ou num segundo turno. Partidários do governador Carlos Brandão prognosticam um só turno, enquanto apoiadores de Weverton Rocha dizem acreditar que ele disputará um segundo turno com Carlos Brandão, coincidindo com o que alardeiam seguidores de Lahesio Bonfim.

Até a noite de sábado, todas as informações indicavam que a campanha do governador Carlos Brandão está ganhando volume a cada dia e chega na entrada da reta final dando a impressão de que está se transformando numa “onda”, com grandes carreatas, passeatas e concentrações em municípios das mais diferentes regiões do estado, onde, juntamente com o ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado, ele tem sido ovacionado por milhares e milhares de apoiadores e simpatizantes. Ao mesmo tempo, o seu companheiro de chapa, Felipe Camarão, percorre os municípios e comunidades da Ilha de Upaon Açu, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), juntamente com sua mulher, a vice-prefeita de Pinheiro Ana Paula Lobato (PCdoB), candidata a suplente de senador na chapa de Flávio Dino, participa de grandes manifestações em diversos municípios.

Segundo na preferência do eleitorado, como rezam as pesquisas, o senador Weverton Rocha faz sua campanha com um olho na frente e outro no retrovisor. Ele não consegue avançar para brigar com o governador Carlos Brandão pela liderança, e corre o risco de ser alcançado e ultrapassado pelo ex-prefeito de São Pedro dos Crentes. Dá a impressão de que faz uma campanha tensa, com ele próprio atuando como animador de torcida, lembrando o agitador-mor que foi da célebre, mas hoje tímida, militância do PDT em São Luís. As próximas pesquisas serão decisivas para o futuro da candidatura do senador, pois elas dirão qual a real situação dele às vésperas das eleições.

Lahesio Bonfim continua sendo a grande surpresa dessa corrida aos Leões.  Mas em dias mais recentes pareceu dando a impressão de que chegou no seu limite e que não vai reunir cacife para ultrapassar o candidato do PDT para ser o adversário do governador Carlos Brandão num eventual segundo turno. Nas suas entrevistas mais recentes, tentou vender a notícia falsa de que já estaria no segundo turno. Seu gesto causou forte reação no QG de Weverton Rocha, que pediu, e conseguiu, na Justiça que ele fosse proíba de usar tal mentira na propaganda de campanha. Mas Lahesio Bonfim e os chefes da sua campanha acreditam que até o final desta semana ele conseguirá virar o jogo e se credenciar para ser o adversário do governador Carlos Brandão no segundo turno. É um projeto e tanto, com o diferencial de que o senador Weverton Rocha vai jogar pesado contra as investidas do candidato do PSC.

Edivaldo Holanda Jr. (PSD), Simplício Araújo (SD), Enilton Rodrigues (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Frankle Costa (PCdoB) participam saudavelmente da disputa, mas a essas alturas sem que nenhum deles reúna condições políticas para protagonizar uma reação que reverta a tendência do momento. Seria uma guinada sem precedentes na história eleitoral do Maranhão.

Em Tempo: Os institutos IPEC (TV Mirante), Econométrica (O Imparcial) e exata (TV Difusora) têm neste momento batalhões de entrevistadores espalhados em todo o Maranhão em busca das intenções do eleitorado em relação aos candidatos.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Dino avança disparado na corrida ao Senado

Flávio Dino lidera com larga vantagem sobre Roberto Rocha por vaga no Senado

Ao mesmo tempo em que a disputa para o Palácio dos Leões evolui liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB), mas marcada por uma guerra entre Weverton Rocha (PDT) e Lahesio Bonfim (PSC), a disputa da vaga no Senado chega à reta final com uma larga vantagem do ex-governador Flávio Dino (PSB) sobre senador Roberto Rocha (PTB). Essa diferença pode ser percebida com nitidez no volume e na qualidade das campanhas.

Flávio Dino faz uma campanha em que o combustível são as inquestionáveis conquistas do seu Governos. Tem um discurso político forte, mas sem qualquer interesse em dar espaço para adversário, ciente que está de que o principal deles, o senador Roberto Rocha (PTB), parece disposto a baixar o nível da campanha para tentar uma reação improvável. Flávio Dino administra sua vantagem aumentando o seu volume de campanha na Capital e no interior, distanciando-se da guerra verbal.

O senador Roberto Rocha, por sua vez, sem argumentos consistentes para criticar o Governo Flávio Dino, tenta seduzir o eleitor com uma pauta de candidato a cargo executivo. Promete construir uma ponte ligando São Luís à Baixada, e transformar a área da Jansen, em São Luís, num parque parisiense, inclusive com uma réplica da Torre Eiffel, e a implantação da Zona de Processamento e Exportação do Maranhão, cujo projeto encontra-se há anos engatado nas Comissões Técnicas do Senado. Ele garante que são projetos viáveis e que serão concretizados.

 

Weverton tem o apoio de três dos quatro prefeitos da Ilha

Eduardo Braide, Júlio Matos e Eudes Barros apoiam Weverton Rocha; Paula da Pindoba está fechada com Carlos Brandão

O senador Weverton Rocha leva a melhor em matéria de apoio de prefeitos na Ilha de Upaon Açu, que abriga quase 1 milhão de eleitores. Ele é apoiado por três dos quatro prefeitos.

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (sem partido), apoia o candidato do PDT, senador Weverton Rocha, que o apoiou em 2020. Júlio Matos (PL), de São José de Ribamar, apoia, sem muito entusiasmo, o senador pedetista, mas o faz atendendo a pedido do deputado Josimar de Maranhãozinho, chefe maior do PL, que foi decisivo na eleição. Em Paço do Lumiar, a prefeita Paula da Pindoba (PCdoB) faz campanha animada para o governador Carlos Brandão (PSB), que a apoiou em 2020. E o de Raposa, Eudes Barros (PL), também comprometido com Josimar de Maranhãozinho, apoia o senador Weverton Rocha.

São Luís, 18 de setembro de 2022.

Ciceroneada por Roberto Costa e indiferente ao apoio a Lula, Simone Tebet foi apoiada pelo MDB na escala em São Luís

 

Acompanhada por Roberto Costa, Simone Tebet faz campanha na Praia Grande

A candidata do MDB a presidente da República, senadora Simone Tebet (MS) passou cerca de 20 horas em São Luís em campanha – chegou na tarde de quinta-feira e partiu no final da manhã de sexta-feira. Nesse período, foi acolhida pelo braço maranhense do seu partido, fez caminhadas na Rua Grande e na Praia Grande e se reuniu com mulheres evangélicas. Ciceroneada pelo vice-presidente do MDB estadual, deputado Roberto Costa, a candidata emedebista cumpriu uma agenda inteligente e adequada, que incluiu também um jantar com a presidente do MDB no Maranhão, a ex-governadora Roseana Sarney, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT). Indiferente a essa incongruência partidária, a candidata emedebista aproveitou ao máximo a escala de campanha no Maranhão, fazendo o que de fato lhe interessava: foi às ruas ao encontro da massa eleitoral.

Por onde passou, incluindo o restaurante do hotel no café da manhã, a senadora Simone Tebet conseguiu o que outros candidatos, a começar pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), provavelmente não conseguiriam: manifestações unânimes de respeito e de carinho pela sua candidatura. Em caminhada na Rua Grande, na quinta-feira, com a participação da senadora Eliziane Gamas (Cidadania), a candidata emedebista foi aplaudida em todo o itinerário, posou para fotos, respondeu a perguntas feitas à queima-roupa, exibindo sempre um sorriso fácil. O mesmo aconteceu, ontem, na Praia Grande, onde caminhou seguida por militantes do partido e por simpatizantes da sua candidatura. Embarcou no final da manhã para Brasília exibindo satisfação com as horas que viveu no Maranhão. “Foi impressionante o carinho e a atenção das pessoas para com ela”, disse o deputado Roberto Costa, que em seu nome e no da presidente do partido, acompanhou a visitante, dando-lhe total apoio político e logístico.

A avaliação geral é a de que, se não está conseguindo suporte eleitoral para viabilizar sua candidatura na corrida às urnas, a candidata do MDB está se tornando uma referência política importante no País. Sua condição de mulher, seu preparo técnico, sua fidelidade ao partido e sua atuação parlamentar, com destaque para a sua participação na CPI da Covid, tornaram Simone Tebet conhecida e respeitada em todo o País, conhecimento que foi ampliado com a participação dela no debate da TV Band, no final de agosto. O fato de não receber declarações de voto numa escala de corrida presidencial se deve principalmente à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, e o ex-presidente Lula da Silva, que vem sendo construída desde antes das duas candidaturas serem definidas. “Ela está muito consciente disso”, observou o deputado Roberto Costa.

Simone Tebet desembarcou no Maranhão perfeitamente ciente do apoio dos líderes do MDB à candidatura do líder petista, por se tratar de uma relação que vem de 2002, quando Roseana Sarney foi tirada da corrida ao Palácio do Planalto por uma suposta armação feita pelo comando do PSDB, para viabilizar a candidatura do tucano José Serra, que acabou derrotado por Lula com o apoio de Roseana Sarney. Quando buscava apoio no MDB para ser candidata, ela conversou com Roseana Sarney e com o ex-presidente José Sarney e deles ouviu que nada tinham contra seu projeto, mas que infelizmente, por razões muito fortes, apoiariam a candidatura do ex-presidente Lula da Silva. Ao ser informada da vinda da candidata emedebista a São Luís, Roseana Sarney escalou o vice-presidente do MDB, deputado estadual Roberto Costa, para recebe-la e ciceroneá-la em seu nome e no dele próprio, o que aconteceu. As duas só se encontraram e conversaram no jantar de quinta-feira. O deputado Roberto Costa a recebeu, acompanhou-a nos três eventos, cumprindo uma tarefa partidária e pessoal, alterando sua agenda de candidato à reeleição.

– Para mim foi uma honra receber e acompanhar a senadora Simone Tebet, que está orgulhando o nosso partido – disse o deputado, após embarca-la no Aeroporto do Tirirical, no final da manhã.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Brandão exibe segurança e desenvoltura na entrevista à TV Mirante

Carlos Brandão: firmeza e desenvoltura na entrevista a telejornal da TV Mirante

“Sei fazer, ajudei fazer e vou fazer muito mais”. A frase, que poderia naturalmente ser aproveitada um slogan secundário de campanha, foi pronunciada pelo governador Carlos Brandão (PSB), na fala de encerramento da entrevista que concedeu ontem ao telejornal de meio-dia da TV Mirante. E completou com um enfático “Pode contar!”. E concluiu as tais “considerações finais” pedindo “o seu voto”, lembrando que o momento “é decisivo para o futuro do Maranhão e do Brasil, recomendando ao eleitor que “Ouça todos os candidatos, faça uma avaliação e veja quem está mais preparado, é ficha limpa e tem todas as condições de fazer uma boa gestão”. Ele lamentou o tempo exíguo da entrevista, afirmando que tinha muito mais a dizer. Afinal, foi estocado com temas azedos, como ferryboat e desemprego, por exemplo, respondendo com segurança e de maneira afirmativa, não tendo sido apanhado no contrapé. E seguiu para o Palácio dos Leões como quem havia acabado de cumprir bem mais uma tarefa de campanha.

Na entrevista de ontem, o governador Carlos Brandão mostrou uma desenvoltura mais apurada, conseguindo quebrar a pressão do tom colocado em algumas perguntas pelo entrevistador. Manteve inalterado o seu estado de ânimo e respondeu serena e francamente, com respostas convincentes. Sua postura reforçou o argumento segundo o qual nenhum dos candidatos está, como ele, preparado para comandar o Estado nesses tempos economicamente complicados e politicamente sombrios.

No campo administrativo, tem usado o argumento de quem conhece em profundidade a máquina estatal, baseado na experiência de quem foi quatro vezes secretário de Estado, incluindo a chefia da Casa Civil, que é o centro nervoso da relação do governador com o secretariado, com os demais poderes e com a sociedade civil organizada. A isso se somam sete anos e três meses como um vice-governador atuante, leal e que nada teve de decorativo, muito ao contrário. No campo político, Carlos Brandão fala como o candidato que encabeça a mais ampla e poderosa coligação nessa corrida eleitoral, encarnando com equilíbrio a condição de sucessor do ex-governador Flávio Dino, líder de um dos mais importantes movimentos políticos do Maranhão contemporâneo.

Sem qualquer demérito aos demais concorrentes, sua liderança na corrida, mostrada pelas pesquisas, faz todo sentido.

 

Apoio de Braide ao irmão é eticamente lícito e politicamente correto

A cartas do prefeito Eduardo Braide em favor da candidatura do irmão, Fernando Braide

Algumas vozes criticaram a carta do prefeito Eduardo Braide (sem partido) declarando apoio à candidatura do irmão, o advogado Fernando Braide (PSC), à Assembleia Legislativa. Uma dessas vozes até cometeu erro primário ao identificar o gesto político do mandatário de São Luís como “nepotismo”. Bobagem. Nada impede, seja no campo político, seja no campo ético, o prefeito Eduardo Braide de apoiar, publica e abertamente, a candidatura do irmão. Eles saíram de uma família de políticos, tendo o pai deles, Antônio Carlos Braide, ingressado na vida pública como secretário de Trabalho no Governo Luiz Rocha, na primeira metade dos anos 80 do século passado, tendo em seguida sido deputado estadual constituinte, presidente da Assembleia Legislativa e até governador do Estado por alguns dias. Foi essa trajetória que levou Eduardo Braide a deixar de lado a advocacia para ingressar na vida pública como presidente da Caema no Governo José Reinaldo, e secretário do orçamento participativo na gestão de João Castelo na Prefeitura de São Luís, para em seguida exercer dois mandatos consecutivos de deputado estadual, disputar – sem sucesso, mas bem votado – a Prefeitura de São Luís em 2016 e eleger-se deputado federal com mais de 180 mil votos, 140 mil dos quais somente em São Luís, para finalmente se tornar prefeito da Capital em 2020 numa eleição em que seu favoritismo não chegou a ser de fato ameaçado. Agora, sem partido, o prefeito Eduardo Braide se movimenta pela eleição do irmão Fernando Braide para deputado estadual. E o faz abertamente, de maneira transparente, sem o registro de qualquer gesto que possa ser alvo de suspeita. Também advogado, Fernando Braide está longe de ser apontado como um candidato privilegiado. O parentesco com o prefeito de São Luís é, sem dúvida, um cacife e tanto, e seria tolice não o usar politicamente, e não há nada de errado nisso. E se eleito for, Fernando Braide se credenciará para atuar como interlocutor qualificado da Prefeitura de São Luís na Assembleia Legislativa e até mesmo junto ao Palácio dos Leões.

São Luís, 17 de Setembro de 2022.

 

Pesquisa Data Ilha/Band confirma Brandão com chance real de reeleição

 

Pesquisa: Carlos Brandão mantém vantagem larga sobre Weverton Rocha e Lahesio Bonfim na corrida aos Leões

Em cenário de disputa intensa e pesquisas conflitantes, via de regra um terceiro levantamento sempre vem para colocar a casa em ordem e confirmar tendências. É o caso da pesquisa DataIlha/Band, divulgada ontem, em meio ao impacto dos números conflitantes dos institutos Econométrica e Exata. De acordo com o levantamento, nesse momento, o governador Carlos Brandão (PSB) está consolidado na dianteira com 35,9% das intenções de voto contra 19,9% de Weverton Rocha (PDT) e 16,5% de Lahesio Bonfim (PSC), confirmando serem eles os três candidatos que estão de fato na corrida ao Palácio dos Leões. Atrás deles estão Edivaldo Jr. (PSD) com 7,2%, Joás Moraes (DC) com 0,8%, Simplício Araújo (SD) com 0,7%, Enilton Rodrigues (PSOL) com 0,2% e Hertz Dias (PSTU) e Frankle Costa (PCB) com 0,1% cada. 7,7% disseram que não votarão em nenhum deles e 11,3% não souberam ou não quiseram responder.

Subtraídos os votos brancos, nulos e indecisos, chegando-se aos votos válidos, Carlos Brandão tem 44,2% das preferências, Weverton Rocha tem 24,5%, tecnicamente empatado com Lahesio Bonfim, que tem 20,3%, e Edivaldo Holanda Jr. com 7,2% enquanto os demais somados têm 1,3% das intenções de voto.

A pesquisa DataIlha/Band indica com clareza que o senador Weverton Rocha se encontra numa encruzilhada. Ele é de fato o segundo colocado, vê o governador Carlos Brandão se distanciar cada vez mais na liderança, e encara a sombra do seu principal adversário, Lahesio Bonfim, que está “mordendo os seus calcanhares”, ameaçando sua posição. Tanto que ontem o candidato do PSC partiu para o ataque, tentando desestabilizar o senador pedetista e assim chegar ao segundo turno para disputa-lo com o governador Carlos Brandão. Os números são também implacáveis com os demais candidatos, informando que nenhum deles tem condições de aspirar o gabinete principal do Palácio dos Leões, mesmo ainda restando duas semanas de campanha.

A liderança do governador Carlos Brandão nessa disputa começa a ficar nítida, com a indicação de que se trata de um processo difícil de estancar e reverter. Mais do que isso, alguns observadores já começam a fazer projeções de que o desfecho pode acontecer em um só turno. Um dos aspectos que sugerem essa situação é o volume de campanha de cada candidato. Tanto nas incursões pelos municípios quanto no horário eleitoral gratuito no Rádio e na TV, o governador Carlos Brandão vem ampliando sua presença. E o faz com uma campanha densa, sem furos, sem equívocos e sem alterar uma vírgula do seu discurso, que se baseia nos robustos resultados do Governo Flávio Dino, que ele ajudou a realizar e que está hoje sob o seu comando. Comedido, mas firme, Carlos Brandão tem feito o dever de casa com dedicação e aplicação surpreendentes, obtendo com isso resposta positiva do eleitorado.

Ciente de que sua candidatura não criou a “onda”, como ele e seus apoiadores esperavam, o senador Weverton Rocha tem feito uma série de movimentos com o objetivo de reverter esse quadro, tendo, inclusive, mudado o seu discurso, adotando uma versão mais amena, como quem está querendo ficar numa boa com todos, provavelmente de olho na possibilidade de disputar o segundo turno. O seu problema é o candidato do PSC Lahesio Bonfim, que vem aparecendo como a novidade dessa corrida às urnas e que agora resolveu partir para o ataque ao candidato do PDT, com a nítida pretensão de ser o oponente do governador Carlos Brandão na rodada final – se houver.

Em Tempo: O Instituto Data Ilha entrevistou 2.031 eleitores entre os dias 10 e 13 agosto em todo o estado, tendo a pesquisa 2,17% de margem de erro, para mais ou para menos, nível de confiança de 95%, e registro na Justiça Eleitoral sob o número MA-05654/2022.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Data Ilha mostra Dino consolidado na corrida ao Senado

Pesquisa confirma Flávio Dino com larga vantagem sobre Roberto Rocha, Ivo Nogueira, Antônia Cariongo e Saulo Arcangeli

A pesquisa Data Ilha/Band confirmou o amplo favoritismo do ex-governador Flávio Dino (PSB) na disputa para o Senado, com nada menos que 64,9% das intenções de voto. Seu adversário mais próximo é o ex-senador Roberto Rocha (PTB), que aparece em segundo com 27,6%, seguido de Ivo Nogueira (DC) com 4,9%, Saulo Arcangeli (PSTU) com1,5%, e Antônia Cariongo (PSOL) com1,1%.

É a vigésima segunda pesquisa em que o ex-governador aparece como líder disparado na corrida à única vaga para o Senado, que nestas eleições renova um terço das suas 81 cadeiras. Flávio Dino despontou como líder na preferência do eleitorado ainda no ano passado, quando sua candidatura à Câmara Alta ainda era apenas uma possibilidade, uma vez que ele se  movimentava como candidato a candidato a presidente da República. Sempre deixou claro que seu projeto presidencial estava condicionado à candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT), o que veio a acontecer.

A exemplo do que acontece com seu aliado, o senador Weverton Rocha, candidato do PDT ao Governo , o senador Roberto Rocha permanece estacionado patamar dos 20%, aparentemente sem chance de mudar esse cenário em duas semanas, o mesmo acontecendo com os demais candidatos.

 

Edivaldo Jr. avisa que vai continuar na corrida aos Leões

Edivaldo Jr.

Todos os sintomas indicam que a corrida ao Palácio dos leões neste pleito chegou ao fim para o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD). Ele entrou na disputa com a perspectiva de se tornar o adversário do governador Carlos Brandão (PSB), mas logo se deu conta de que suas chances eram bem menores do que havia calculado quando decidiu encarar a disputa. Isso não significa dizer que ele venha a desistir, uma vez que ontem mesmo, do leito de um hospital, por causa de uma crise renal, ele avisou em claro e bom tom que não desistirá, o que significa dizer que manterá sua candidatura até o final. Seu próximo passo será se preparar para disputar a Prefeitura de São Luís em 2024. Vale anotar, porém, que, levando em conta a imprevisibilidade e a enorme capacidade de surpreender da política, sua permanência no jogo faz todo sentido.

São Luís, 15 de Setembro de 2022.

 

Weverton usa bandeira de Roseana e revela que sua chapa teve aval de Bolsonaro  

 

Weverton Rocha fala das suas propostas durante entrevista à TV Mirante, ontem

O senador Weverton Rocha, candidato ao PDT ao Governo do Estado, deu duas declarações de impacto durante a entrevista que concedeu à TV Mirante. A primeira foi: “Eu quero ser governador do Maranhão para voltar o Primeiro Emprego para nossa juventude”. A outra declaração, de caráter eminentemente político. Quando lhe foi perguntado sobre a aparente contradição de ser ele opositor do Governo Federal no Senado e se aliar no estado com a nata dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), tendo inclusive escolhido um bolsonarista de proa, o deputado estadual Hélio Soares (PL), o senador revelou que o presidente Jair Bolsonaro “autorizou” a indicação do parlamentar para ser seu vice. No mais, durante 15 minutos, excetuando o tempo que ele foi confrontado com questões de natureza ética que sombreiam sua trajetória de homem público, o candidato pedetista repetiu o discurso de campanha. Invocou sua condição de “filho de professora evangélica e de técnico agrícola”, repicou a construção do Hospital do Amor em Imperatriz e a versão do Aldenora Bello em Pinheiro, a distribuição de ambulâncias e a repetição da mesma série de promessas.

Com a ressalva de que nunca votou no Grupo Sarney, o candidato do PDT decidiu mesmo transformar numa bandeira o Primeiro Emprego, programa criado por Roseana Sarney (MDB) no seu primeiro Governo (1995/1998) ainda no século passado. O programa não constava do seu plano de Governo e foi sacado do colete quando o candidato do PDT se deu conta de que estacionara na faixa entre 20% das intenções de voto e precisava ajustar seu discurso de modo que alcançasse a grande massa eleitoral urbana. O uso da bandeira roseanista foi visto por muitos como uma jogada que poderia angariar simpatia da massa eleitoral, e também seduzir a ex-governadora e seu grupo, que estão alinhados à candidatura do governador Carlos Brandão (PSB). Mais do que isso, vem usando a promessa de reeditar o programa como prioridade zero do seu governo, caso venha a ser eleito.

(Ontem, no horário eleitoral na TV, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que disputa uma cadeira na Câmara Federal, anunciou que vai brigar em Brasília para reeditar o Primeiro Emprego, como que reagindo ao uso da bandeira pelo candidato pedetista).

No campo político, além da curiosa posição de não se alinhar a nenhum candidato a presidente da República, disse que, se eleito governador, calçará as sandálias da humildade e pedirá ao presidente, seja ele quem for, ajuda para o Maranhão. Na esteira dessa explicação, o senador Weverton Rocha reforçou a suspeita de que tem um acordo de gaveta com o presidente Jair Bolsonaro. E essa evidência foi reforçada quando, ao falar sobre a escolha do deputado bolsonarista Hélio Soares para seu companheiro de chapa, revelou que a escolha do parlamentar do PL, que integra o núcleo duro de o deputado Josimar de Maranhãozinho, foi autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso, Weverton Rocha pode estar confirmando o que ele sempre tangenciou: uma negociação política direta com o chefe da Nação na montagem da sua chapa.

Na entrevista, marcada por alguns momentos de tensão por causa de informações desencontradas sobre pesquisas de agora e de 2018, durante sua campanha para o Senado, o candidato do PDT conseguiu reforçar impressão de que está disposto a tudo para sair do atoleiro que o retém em segundo lugar na corrida às urnas, e realizar o seu objetivo de alcançar o Governo do Maranhão. Isso explica o rompimento com o ex-governador Flávio Dino (PSB) e seu grupo, a distância que mantém de Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente, e negociar o apoio do PL à sua candidatura, com a indicação do vice avalizada pelo presidente da República.

Um jogo duro e raro.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Simone Tebet vai encontrar MDB dividido entre ela e Lula

Simone Tebet vai encontrar um MDB dividido entre ela e Lula no Maranhão

A vinda da senadora Simone Tebet, candidata do MDB a presidente, a São Luís nesta quinta-feira, não deve causar constrangimentos no comando estadual do partido, que no Maranhão é presidido pela ex-governadora Roseana Sarney. O xis da questão é que o braço maranhense do MDB está dividido, com a grande maioria dos líderes, incluindo Roseana Sarney e o ex-presidente José Sarney, apoiando a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT) a presidente, enquanto uma fatia menor, comandada pelo deputado federal Hildo Rocha, está alinhada à candidatura da senadora sulmatogrossense. Mas há quem diga que a candidata presidencial do MDB será bem recebida e prestigiada pelo partido.

 

Brandão e Dino fazem campanha no interior e Camarão na Ilha

Carlos Brandão e Flávio Dino atuam no interior e Felipe Camarão na Ilha

A coligação encabeçada pelo governador Carlos Brandão (PSB) definiu uma estratégia de campanha para alcançar o maior número possível de comunidades durante o período que resta de busca ao voto antes da corrida às urnas. O governador e o ex-governador Flávio Dino (PSB) cumprem intensa programação no interior, enquanto o candidato a vice-governador, Felipe Camarão (PT), mantém agenda de compromissos de campanha em São Luís e nos demais municípios da Ilha. De acordo com uma fonte ligada ao comando da coligação, a estratégia tem funcionado com o aumento significativo do volume de campanha.

São Luís, 14 de Setembro de 2022.

Exata mostra Brandão na liderança e Weverton em segundo com larga vantagem sobre Lahesio

 

Carlos Brandão lidera, seguido de Weverton Rocha , Lahesio Bonfim, Edivaldo Jr., Joás Moraes Simplício Araújo, Enilton Rodrigues, Hertz Dias e Frankle Costa 

Um dia depois de a pesquisa do instituto Econométrica, em parceria com o jornal O Imparcial, mostrar um cenário em que a eleição para governador do Maranhão pode ser decidida em turno único, o instituto Exata divulgou, ontem, no mesmo diário, levantamento segundo o qual se a eleição fosse agora, o governador Carlos Brandão (PSB) e o senador Weverton Rocha (PDT) seriam mandados para uma decisão em 2º turno. Carlos Brandão aparece na liderança com 34% das intenções de voto, seguido por Weverton Rocha com 30%, Lahesio Bonfim (PSC) com 16%, Edivaldo Holanda Jr. (PSD) com 8%, Simplício Araújo (SD) com 1%, e Joás Moraes (DC) com 1% – Enilton Rodrigues (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Frankle Costa (PCB) não pontuaram. Um contingente de 3% de eleitores disse que votarão em branco ou nulo, enquanto outros 7% não souberam ou não quiseram responder. Transformados em votos válidos – quando se exclui branco, nulo, não sabe e não respondeu, que somaram 10% -, o governador Carlos Brandão tem 38% das intenções de voto, contra 33% de Weverton Rocha, 18% de Lahesio Bonfim, 9% de Edivaldo Holanda Jr., 1% de Joás Moraes e 1% de Simplício Araújo.

Bem diferentes dos encontrados pelo Econométrica – a observação não tem caráter comparativo -, os números do Exata também confirmam a liderança do governador Carlos Brandão, com folga de quatro pontos percentuais sobre Weverton Rocha, mas como o instituto não divulgou a margem de erro, não há como saber o tamanho real dessa diferença. Ao mesmo tempo, quando de avalia os números válidos, Carlos Brandão ganha uma vantagem de cinco pontos percentuais.

Tanto quanto a pesquisa Econométrica, a pesquisa Exata mostra Carlos Brandão numa linha de crescimento bem mais consistente do que a de Weverton Rocha. Ele saiu de 30% na pesquisa anterior para 34%, enquanto o pedetista oscilou apenas de 29% para 30%, o que representa muito pouco. Chama muito a atenção a diferença de Weverton Rocha para Lahesio Bonfim, o equivalente a 14 pontos percentuais, cenário difícil de assimilar se observados os resultados de outros levantamentos. Mas o fato é que, mesmo estacionado segundo a pesquisa Exata, o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes permanece como uma ameaça, caso o senador pedetista não saia da casa dos 20/30 pontos percentuais.

Os números da pesquisa Exata tiram o senador Weverton Rocha do raio de pressão de Lahesio Bonfim, mas o deixa para trás em relação ao governador Carlos Brandão. O problema é que, como informaram todos os levantamentos do Exata sobre essa disputa, Carlos Brandão começou com menos de cinco pontos percentuais e chegou agora a 34%, enquanto o senador Weverton Rocha começou no patamar dos 20 pontos percentuais e lá permanece, segundo todos os levantamentos feitos até aqui, como quem de fato bateu no seu próprio teto. Os números do Exata são claros quanto a isso. E é com base nessa avaliação que é possível especular que, se Weverton Rocha não der a guinada que falta, o governador Carlos Brandão pode, sim, turbinar sua campanha com a perspectiva de liquidar a fatura em turno único.

Fora da briga pelo troféu eleitoral, à medida que a campanha avança, o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. vê suas chances desaparecerem. A pesquisa Exata confirmou seu desabamento, apontando-o com 8% – a Econométrica o encontrou com 6% – das intenções de voto, o que o exclui completamente da disputa pelo Palácio dos Leões, criando um desfecho surpreendente para um político jovem e que concluiu recentemente uma bem-sucedida temporada de dois mandatos à frente da Prefeitura de São Luís. As duas pesquisas mais recentes o tiraram definitivamente do patamar de dois dígitos, aparentemente sem condições de reagir e retomar sua posição no pelotão da frente, com mais de 10% de intenções de voto.

Aguarda-se a pesquisa IPEC/TV Mirante, que deve sair em poucos dias.

Em Tempo: A pesquisa Exata ouviu 1.436 eleitores em 46 municípios entre os dias 06 e 10 de setembro de 2022 e está registrada no TSE sob o número 0511/2022. O instituto não informou a margem de erro nem o nível de confiança da pesquisa.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Exata confirma favoritismo de Dino na corrida ao Senado

Flávio Dino impõe diferença larga sobre Roberto Rocha, mostra Exata

É quase como um mantra: se a eleição para o Senado fosse agora, o ex-governador Flávio Dino (PSB) seria eleito com bem mais da metade dos votos. De acordo com o instituto Exata, o ex-governador tem 55% das intenções de votos contra 23% do senador Roberto Rocha (PTB), 5% de Ivo Nogueira (DC), de 2% de Antônia Cariongo (PSOL) e de 1% de Saulo Arcangeli (PSTU). A pesquisa apurou também que 6% dos entrevistados disseram que votarão em branco ou anularão o voto, e outros 6% não souberam ou não quiseram responder.

Em corrida eleitoral, faltando ainda três semanas para as eleições, é sempre precipitado prognosticar resultados, devido, principalmente, à margem de imprevisibilidade da política. E a Coluna respeita essa “regra”, porém levando em conta outra regra, a das exceções. É o caso dessa corrida ao Senado. Pedra cantada em todas as pesquisas divulgadas até aqui, o favoritismo do ex-governador Flávio Dino é consistente, não deixando espaço para o crescimento do senador Roberto Rocha. O mais curioso é que o senador do PTB se mantém no mesmo patamar do seu aliado, o senador Weverton Rocha.

 

Credenciado por sua atuação na Câmara Federal, João Marcelo pleiteia a reeleição

~João Marcelo Souza: bom desempenho no primeiro mandato o credenciou para pleitear a reeleição de deputado federal

O deputado federal João Marcelo Souza  (MDB) entrou de cabeça na campanha pela reeleição, instalando comitê em São Luís, inaugurado no final da semana que passou com a presença de Felipe Camarão (PT), candidato a vice-governador na chapa do governador Carlos Brandão (PSB), e com o forte e experimentado incentivo do pai, o ex-governador e ex-senador João Alberto.

O parlamentar emedebista pleiteia a reeleição com a autoridade de quem exerceu o primeiro mandato com eficiência legislativa e correção política. O bom desempenho é o resultado dedicação integral ao exercício do mandato, da sua visão social e política ampliada de psicólogo e do DNA político apurado herdado do pai, um político que saiu do batente com a mesma dignidade e o mesmo entusiasmo idealista com que entrou.

O deputado federal João Marcelo participou de praticamente todas as sessões da Câmara Federal e do Congresso Nacional dos últimos três anos e oito meses, foi autor de projetos de lei, foi relator de outras matérias, participou efetivamente de comissões técnicas para as quais foi designado pelo partido, atuou como vice-líder da bancada do MDB, e foi voz ativa em todos os grandes debates travados no parlamento nacional. E sempre que pôde, incursionou por suas bases, a começar por Bacabal, para as quais levou benefícios das suas emendas parlamentares, sempre atuando de maneira transparente.

Ganhou, portanto, legitimidade para pleitear a renovação do mandato.

São Luís, 13 de Setembro de 2022.

 

Econométrica mostra Weverton e Lahesio empatados e Brandão próximo de vencer no 1º turno

 

Carlos Brandão lidera, com Weverton Rocha e Lahesio empatados em segundo e Edivaldo Jr., Simplício Araújo, Enilton Rodrigues, Joàs Moraes, Hertz Dias e Frankle  Costa sem chance na disputa pelo Palácio dos Leões

Números da pesquisa Econométrica/O Imparcial divulgados ontem confirmam mais do que o favoritismo do governador Carlos Brandão (PSB) na corrida ao Palácio dos Leões, com 44,6% das intenções de voto, construindo, com segurança, a possibilidade de um desfecho em turno único. O levantamento também indica, com clareza, a impossibilidade de o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr. (PSD), com apenas 3, 5%, continuar alimentando seu projeto de  tornar-se governador neste pleito, assim como os que se encontram atrás dele: Simplício Araújo (SD), Enilton Rodrigues (PSOL), Hertz Dias (PSTU), Joás Moraes (DC) e Frankle Costa (PCB), que, somados os seus percentuais, não alcançam 1% das intenções de voto. Ou seja, a disputa está limitada ao governador Carlos Brandão, ao senador Weverton Rocha (PDT), que tem 22,4% das intenções de voto e ao ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (PSC), que aparece com 20,1%, os dois encontram-se numa rigorosa situação de empate técnico, já que a diferença que os separa está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,5%. Além disso, somam 8,4% de intenções de voto a fatia dos eleitores identificados como indecisos.

A possibilidade de um desfecho já no primeiro turno ganha nitidez quando considerados apenas os votos válidos – excluídos brancos, nulos e indecisos: Carlos Brandão teria 48,8%, Weverton Rocha 24,5%, Lahesio Bonfim 22%, Edivaldo Holanda Júnior 3,8%, já que Simplício Araújo, Enilton Rodrigues, Joás Moraes, Hertz Dias e Frankle Costa não chegam a 1% dos votos.

Independentemente da possibilidade de os números não serem exatos – isso não existe em pesquisa de intenção de voto -, o fato indiscutível é que o governador Carlos Brandão caminha firme para a reeleição, seja em turno único – o que já se pode avaliar como provável, seja num eventual segundo turno. Isso porque o senador Weverton Rocha e o ex-prefeito Lahesio Bonfim dão todas as indicações de que estacionaram, uma vez que a oscilação que os favoreceu está dentro da margem de erro. E se a oscilação de fato representa ganhos reais de intenções de voto, esses ganhos saíram da base de apoio do ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr., que foi quem mais perdeu em relação à pesquisa anterior.

Os números da Econométrica chegam com o poder de estremecer de vez a base de sustentação da candidatura do senador Weverton Rocha, à medida que mais uma pesquisa – já foram mais de uma dezena -, essa com a importância de desenhar o cenário de reta final, o manteve estacionado no patamar entre 20% e 25%, com forte indicação de que dificilmente avançará. Sua posição se torna crítica, à medida que o ex-prefeito Lahesio Bonfim chegou de vez ao vácuo da sua candidatura, alcançando um indiscutível e perigosíssimo empate técnico, o que torna rigorosamente imprevisível a sua capacidade de reagir e reverter o quadro. A mudança recente na sua campanha, usando um discurso mais ameno e conciliador, parece não ter funcionado, o que torna crítica a sua posição.

Ao mesmo tempo em mostra a força da chapa encabeçada pelo governador Carlos Brandão e turbinada pela força política e pelo prestigio do ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado, e também com o reforço do PT com a candidatura de Felipe Camarão a vice-governador, o cenário trazido à tona pela pesquisa Econométrica é nítido. Ele reflete a larga e profunda diferença que separa o governador Carlos Brandão do senador Weverton Rocha e do ex-prefeito Lahesio Bonfim. Enquanto o governador mostra os resultados do Governo Flávio Dino, do qual participou, e comprometendo-se a ampliar esses resultados, seus concorrentes mais próximos fazem suas campanhas com discursos pouco convincentes.

Não foi sem razão que 51% dos eleitores entrevistados, incluindo muitos que pretendem votar em outros candidatos, disseram acreditar que Carlos Brandão será eleito. Somente 18% apostam que vai dar Weverton Rocha e 11% esperam pela vitória de Lahesio Bonfim. Isso significa dizer que está dando a lógica.

Em Tempo:  A pesquisa ouviu 1.490 pessoas em 55 municípios, incluindo a capital São Luís, no período de 5 a 9 de setembro de 2022, com uma margem de erro de 2,5% para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número MA-06547/2022.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dino mantém dianteira dobrando cacife sobre Rocha

Flávio Dino lidera com larga vantagem com Roberto em segundo, seguido de Ivo Nogueira, Antônia Cariongo e Saulo Arcangeli

A pesquisa Econométrica sobre a corrida para o Senado confirma a tendência inicial de vitória do ex-governador Flávio Dino (PSB), que nesse momento tem nada menos que 55% das intenções de voto, contra 27% do senador Roberto Rocha (PTB), 2,8% do pastor evangélico Ivo Nogueira (DC), 0,9% de Antônia Cariongo (PSOL) e 0,3% de Saulo Arcangeli (PSTU). 5,4% disseram que não votarão em nenhum deles e 9% manifestaram indecisão, não sabendo ou não querendo responder.

O favoritismo do ex-governador Flávio Dino está dentro da lógica que move o campo das disputas políticas. O ex-governador é líder indiscutível de um movimento político vitorioso iniciado em 2014 e realizou dois períodos de um governo diferenciado, limpo e eficiente, voltado para o social em todos os campos, sendo apontado como um dos quadros mais destacados da sua geração no Maranhão e no País. Nenhum dos concorrentes, a começar pelo senador Roberto Rocha, que se elegeu em 2014 com o apoio do ex-governador, tem chance na disputa.

Chama a atenção que o senador Roberto Rocha vem aparecendo no mesmo patamar (entre 20% e 28%) do seu apoiador, senador Weverton Rocha (PDT), candidato ao Governo, o que parece não ser exatamente uma coincidência.

Entre os demais candidatos, Ivo Nogueira surpreende com 2,8%, Antônia Cariongo se mantém na mesma, e Saulo Arcangeli, que já foi candidato a senador, governador e prefeito de São Luís, vem perdendo o pouco de prestígio político que tinha quando tomou a inacreditável decisão de migrar do PSOL para o PSTU.

 

Edivaldo Jr. não pensa desistir e se mantém firme na disputa

Edivaldo e sua vice Andrea Heringer mantêm firma sua campanha ao Governo

A pesquisa Econométrica gerou onda de especulação dando conta de que o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. estaria inclinado a repensar sua candidatura. A Coluna checou o rumor e descobriu que tudo não passou de artimanha adversária. Indiferente aos números da nova pesquisa, o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. permanece firme na disputa e conta com o apoio do PSD.

São Luís, 12 de Setembro de 2022.

 

Roberto Rocha ignora que o PTB tem candidato a presidente e apoia Bolsonaro sem declarar

 

Roberto Rocha ignora Padre Kelmon e apoia Jair Bolsonaro

No Brasil, como em qualquer país movido pela democracia representativa, na qual o chefe do Poder Executivo e os integrantes das casas legislativas, como o Senado, por exemplo, são escolhidos pelo voto direto, secreto e universal, em pleitos nos quais os candidatos representam partidos políticos, a regra e a lógica mandam que membros de um mesmo partido se apoiem. Um exemplo: um candidato a senador pelo PL deve estar automaticamente associado ao candidato do PL a presidente. Quando isso não acontece, algo de muito errado está corroendo as entranhas desse partido.

No Maranhão, todos os sintomas sugerem que o PTB está sendo fortemente afetado por essa distorção política. Candidato do PTB à reeleição, o senador Roberto Rocha ignora solenemente o fato de que o partido que ele preside no Maranhão tem um candidato a presidente da República, Padre Kelmon. Ele substituiu o presidente nacional Roberto Jefferson, que teve o registro da sua candidatura negado por ser ele condenado por corrupção e estar com seus direitos políticos suspensos. Como o chefe maior do partido, o novo candidato do PTB a presidente é um sacerdote ultraconservador, de extrema direita, que faz seguidas declarações de guerra às esquerdas, como também defende mudanças no estado democrático de direito.

Diferentemente do ex-governador Flávio Dino (PSB), que apoia a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT), estando abertamente empenhado na sua campanha no estado e fora dele, e de Antônia Cariongo, candidata ao Senado pelo PSOL, que está alinhada ao candidato presidencial petista, o senador Roberto Rocha faz uma campanha aparentemente distanciado da disputa presidencial. Ele tem dado seguidas e inequívocas demonstrações de que se movimenta pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), tendo ignorado, primeiro, a candidatura do chefe petebista Roberto Jefferson, sobre quem não deu uma única declaração, e agora parece desconhecer a de Padre Kelmon, pelo menos até agora.

É verdade que na sua campanha até aqui ele não disse uma única palavra a favor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, mas não há como esconder o fato de que o senador apoia a candidatura do presidente à reeleição.

É verdade que Roberto Jefferson, que preside nacionalmente o PTB, virou um pária político, não só pelo fato de estar em prisão domiciliar (controlado por tornozeleira), na condição de condenado por corrupção. Por sua vez, Padre Kelmon, um baiano de Acajutiba, 45 anos, é um dos fundadores do Movimento Cristão Conservador e hoje líder do Movimento Cristão Conservador Latino Americano (Meccla), tratando-se, portanto, de uma figura controvertida e vista como muita reserva no meio político. Não por ser um expoente da direita conservadora, o que é absolutamente normal numa democracia, mas por representar a extrema-direita conservadora e intolerante, defensor de ideias anticonstitucionais, sendo partidário de quebra da ordem institucional e de fazer restrições ao estado democrático de direito.

O senador Roberto Rocha, portanto, vive o paradoxo de pertencer e ser candidato à reeleição por um partido que tem um candidato a presidente da República, mas cuja existência ele tem ignorado ostensivamente, à medida em que não o inclui como mote do seu projeto eleitoral e não o coloca como parte da sua campanha visual. Ao mesmo tempo, o senador tem ligações políticas explícitas com o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, tendo, porém, o cuidado de não o envolver muito na sua campanha, provavelmente por causa do baixo conceito que o chefe da Nação entre os maranhenses.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro esteve em Imperatriz, de onde iniciou uma incursão eleitoral no interior do Tocantins. O senador Roberto Rocha não foi visto entre os que receberam o presidente no aeroporto Renato Cortez Moreira. Um sintoma de que o senador vai continuar tocando sua campanha indiferente a Padre Kelmon, candidato do seu partido a presidente, e com o cuidado para não assumir publicamente a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, situação já resolvida nos bastidores. Por mais estranha que ela seja.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Nata do bolsonarismo não foi a Imperatriz encontrar o presidente

Jair Bolsonaro: nenhum aliado de proa no Maranhão foi recebê-lo em Imperatriz

Líderes bolsonaristas maranhenses ignoraram a passagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) por Imperatriz, onde permaneceu por cerca de 40 minutos, antes de seguir viagem, de motocicleta, para duas cidades do interior do Tocantins. O senador Roberto Rocha – que, vale registrar, não tem obrigação política de se fazer presente -, e o presidente do PL, partido do presidente, deputado federal Josimar de Maranhãozinho, não compareceram. Também não foram identificados nas imagens o candidato do PSC ao Governo Lahesio Bonfim, que tem prometido votar “no meu presidente”, o deputado federal Aluísio Mendes, que é vice-líder do Governo na Câmara Federal, e o deputado federal Pastor Gildenemyr (PL). Não apareceram nas imagens a prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, que tem sido ativa articuladora do bolsonarismo no Maranhão, e a deputada estadual Mical Damasceno (PSC), bolsonarista de proa. Ou seja, a nata do bolsonarismo no Maranhão preferiu não dizer um “Oi” para o presidente Jair Bolsonaro em Imperatriz.

 

Pesquisas devem agitar corrida aos Leões nas próximas horas

O fim de semana será agitado pela divulgação de pesquisas sobre a corrida ao Palácio dos Leões e ao Senado. Até quinta-feira, quatro institutos registraram levantamentos na Justiça Eleitoral: Econométrica, Exata, MOB e Paraná Pesquisas. A julgar pelos contatos feitos ontem pela Coluna, a cúpula da campanha do governador Carlos Brandão pareceu tranquila, esperando um resultado melhor do que os das últimas pesquisas. Já no âmbito da candidatura do senador Weverton Rocha o clima era de forte e tensa expectativa. Não houve como sentir o ambiente nas demais cúpulas de campanhas.

São Luís, 10 de Setembro de 2022.

Pinheiro é palco de uma das mais duras disputas eleitorais dessa corrida às urnas

 

Ana Paula apoia Lula da Silva, Carlos Brandão, integra a chapa de Flávio Dino, não dificulta a vida de André Fufuca e trabalha duro por Othelino Neto; Luciano Genésio flerta com Jair Bolsonaro, apoia Weverton Rocha e Roberto Rocha, e investe forte em Lucyana Genésio e em Thaíza Hortegal; Victor Mendes tem seu espaço e Leonardo Sá faz dobradinha com Fábio Macedo

Aos 166 anos, eternizada como Princesa da Baixada Ocidental e conhecida no Maranhão e além-fronteiras como a terra-berço do ex-presidente José Sarney, e abrigando 85 mil habitantes, entre eles 46 mil eleitores, Pinheiro teve sua posição política atuante, mas discreta, alterada para ganhar a condição de epicentro de ferrenhas disputas nessa corrida eleitoral. Ali, forças políticas locais e externas travam embates intensos em torno dos candidatos a governador, a senador, a deputado federal e a deputado estadual. No centro das disputas estão, de um lado, o prefeito Luciano Genésio (PP), que apoia a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Estado, e, de outro, a vice-prefeita Ana Paula Lobato (PSB), candidata a 1º suplente de senador na chapa do ex-governador Flávio Dino (PSB) e que apoia o governador Carlos Brandão.

O que chama a atenção no agitado cenário político de Pinheiro é que ali se defrontam forças políticas tradicionais da cidade, transformando os seus 46 mil votos em capital político de valor diferenciado, à medida que ali as decisões terão eco no Palácio dos Leões, na Assembleias Legislativa, no Senado e na Câmara Federal.

As forças políticas pinheirenses estão divididas em relação à disputa para o Governo do Estado. Por uma série de razões, o prefeito Luciano Genésio decidiu apoiar a candidatura do senador Weverton Rocha ao Governo do Estado, que foi inicialmente apoiada pela vice-prefeita Ana Paula Lobato, que pertencia ao PDT. O rompimento do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), com Weverton Rocha para apoiar Carlos Brandão resultou também no rompimento da sua esposa, a vice-prefeita Ana Paula Lobato, com o prefeito Luciano Genésio, criando uma forte polarização no município entre os candidatos pedetista e socialista ao Palácio dos Leões.

Essa disputa levou as forças políticas de Pinheiro a uma clara polarização na corrida ao Senado. Ali, por conta da sua aliança com o senador Weverton Rocha, o prefeito Luciano Genésio declarou apoio ao senador Roberto Rocha (PTB), candidato à reeleição. No contraponto, a vice-prefeita Ana Paula Lobato não só deixou o PDT e se filiou ao PSB, como também foi alçada ao posto de candidata a 1º suplente na chapa do ex-governador Flávio Dino, candidato ao Senado, uma das vagas mais disputadas na corrida senatorial, devido ao favoritismo do ex-governador, segundo têm mostrado as pesquisas de intenção de voto.

No que diz respeito à corrida à Câmara Federal, os 46 mil votos de Pinheiro estão sendo disputados intensamente por Lucyana Genésio (PDT), irmã do prefeito Luciano Genésio, contra o também pinheirense da gema Victor Mendes (MDB), que já foi deputado federal e tenta voltar para Brasília com o apoio forte do pai, o ex-prefeito Filuca Mendes (MDB). Nesse jogo, o deputado estadual Leonardo Sá (PP), filho da terra, apoia a candidatura do deputado estadual Fábio Macedo (Podemos) à Câmara Federal, colocando muita lenha na fogueira eleitoral de Pinheiro. Além disso, o deputado federal André Fufuca (PP) disputa uma fatia dos votos de Pinheiro, mesmo não contando efetivamente com o apoio do prefeito Luciano Genésio, que é do seu partido.

O tabuleiro político da Princesa da Baixada abriga ainda uma dura disputa para a Assembleia Legislativa. Ali, além do deputado estadual Leonardo Sá, que corre em faixa própria como uma espécie de “terceira via”, o prefeito Luciano Genésio apoia a candidatura da sua ex-mulher, a deputada estadual Thaíza Hortegal (PP), à reeleição. E no contraponto, a vice-prefeita e candidata a 1º suplente no Senado Ana Paula Lobato trabalha duro para dar o maior número de votos possível ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), que busca a reeleição. Coordenador político da candidatura do ex-governador Flávio Dino ao Senado, Othelino Neto tem trabalhado duro para que o grupo comandado pelo governador Carlos Brandão seja vitorioso nas urnas de Pinheiro.

E a julgar pela movimentação, a disputa eleitoral na cidade-berço de José Sarney será intensa até nos últimos dias da campanha.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Brandão tem a campanha mais consistente no Rádio e na TV

Carlos Brandão: firmeza nas abordagens na propaganda no rádio e na TV

A propaganda para governador no horário eleitoral gratuito vem sendo inteiramente dominada pelo governador Carlos Brandão (PSB), candidato à reeleição, por maior que tenham sido os esforços dos demais candidatos até aqui. O governador vem cumprindo à risca o roteiro traçado e escrito por seus marqueteiros: discursa traduzindo a mensagem, sorri dentro da medida, fica sério quando é preciso, e descontrai quando a recomendação é para relaxar. Sua propaganda é, de longe, a mais convincente, uma vez que ele vem mostrando o que foi feito durante os dois mandatos do governador Flávio Dino (PSB), o que lhe tem dado a garantia de que seu discurso tem densidade, lastreando corretamente o mote da continuidade, mas agora com os seus toques nos programas. Mesmo tendo feito mudanças significativas na sua campanha, o governador Carlos Brandão tem mantido os pés no chão e não vai além do que é necessário para mostrar sua capacidade de trabalho e passar ao eleitorado a certeza de que é confiável.

 

Apoiadores de Bolsonaro esperam vitória de Lula no Maranhão

Bolsonaristas acham que Lula da Silva vence Jair Bolsonaro no MA

Bolsonaristas que participaram da manifestação do dia 7 de Setembro em São Luís não foram para casa felizes da vida. A Coluna ouviu dois militantes ranhetas da “causa” do presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto e as avaliações coincidiram: ambos se convenceram de que o “mito” não tem a menor chance de vencer o ex-presidente Lula da Silva (PT) no Maranhão. Manifestaram a crença de que ele pode vir a tornar a disputa mais difícil no plano nacional, provocando um segundo turno imprevisível. Mas no que diz respeito à disputa no Maranhão, não apostam um tostão furado no candidato deles, manifestando certeza de que o ex-presidente  vai levar, e com boa vantagem.

São Luís, 09 de Setembro de 2022.

Bolsonaro reúne multidões em Brasília, Rio e São Paulo, mas continua sem vez no Maranhão

 

Jair Bolsonaro não consegue maioria no Maranhão, apesar dos esforços dos seus apoiadores no estado, que ontem realizaram ato do 7 de Setembro sem muita força

Não há dúvida de que o presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo atropelando as regras e a ética, deu uma demonstração de força com as mobilizações que fomentou em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A exibição de músculos políticos, porém, não significou uma engorda repentina na sua base eleitoral, ainda que alguns possam ter tido essa impressão. Além do mais, as manifestações de ontem representaram a última carta que o presidente tinha no seu colete à prova de balas. Isso significa dizer que, esgotados itens do “pacote de bondades” que ele negociou com a sua base no Congresso Nacional, mais a redução do preço dos combustíveis – essa conta vai chegar, leitor, pode se preparar -, o chamado Auxílio Brasil até dezembro e outros penduricalhos destinados a seduzir a grande massa de eleitores vão ficar sob pressão da campanha eleitoral nas próximas três semanas.

Esse alerta vale para os bolsonaristas maranhenses, que se esforçaram ontem para dar uma demonstração de força em São Luís, mas nem de longe conseguiram impressionar. É que pelo menos até aqui, a esmagadora maioria do eleitorado está “fechada” com o ex-presidente Lula da Silva (PT). Isso ficou demonstrado na noite da última sexta-feira, quando uma multidão se concentrou na Praça Maria Aragão para declarar seu apoio ao líder petista, manifestando também apoio à candidatura do governador Carlos Brandão (PSB) à reeleição e a do ex-governador Flávio Dino (PSB) para o Senado.

A campanha no Rádio e na TV tem confirmado com clareza solar o que a Coluna previra ainda antes das convenções partidárias: além de ter um nível elevado de rejeição pela maioria dos maranhenses, o presidente Jair Bolsonaro não conta com uma base de apoio sólida, liderada por políticos que o transformem em carro-chefe dos seus projetos eleitorais, como fazem petistas, socialistas, comunistas e aliados em relação a Lula da Silva. Os chefes do bolsonarismo no Maranhão atuam de maneira furta-cor, envergonhada, como quem não aposta um tostão furado no presidente-candidato. Não querem “queimar seus filmes” com o eleitorado de base, cuja maioria é anti-bolsonarista desde a eleição presidencial de 2018, quando ele foi impiedosamente surrado nas urnas pelo desconhecido petista Fernando Haddad.

Bolsonaristas de proa como o senador Roberto Rocha (PTB), que está em busca da reeleição, faz uma corrida às urnas à base do “eu sozinho”, sem incluir o presidente-candidato no seu projeto de campanha. É o caso do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, chefe maior do PL, partido do presidente no Maranhão, que parece não ter qualquer relação com o candidato presidencial, que não está presente no seu material de campanha nem do da sua mulher, a deputada estadual Detinha (PL), que concorre também à Câmara Federal. Conhecedor profundo dos humores do eleitorado maranhense, principalmente da imensa fatia nos médios e pequenos municípios, Josimar de Maranhãozinho tem fortes razões para se esquivar da campanha bolsonarista.

Na mesma linha seguem os deputados federais Aloísio Mendes (PSC), Juscelino Filho (União Brasil), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas), Cléber Verde (Republicanos), Gil Cutrim (Republicanos), que não apoiam o ex-presidente Lula da Silva, mas não entram de cabeça na campanha do “capitão” no Maranhão. Há exceções, claro, entre os deputados federais, como é o caso de Pastor Gildenemyr (PL) e Josivaldo JP (PSC), mas esses também usam doses de cautela nessa tarefa.

Nos grandes centros, a começar por São Luís, a campanha do presidente Jair Bolsonaro é feita por grupos de direita formados principalmente por profissionais liberais, uns com postura mais republicana, com discurso liberal, mas respeitando as regras do estado democrático e suas instituições, e outros, formados pela turma do agronegócio e diferentes segmentos, com discurso da quebra das regras institucionais, como a pregação de golpe. Foram basicamente representantes desses segmentos que saíram para as ruas ontem em São Luís. E certamente se deram conta, mais uma vez, de que, o Maranhão não é praia bolsonarista. Pelo menos até aqui.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Reabertura do Edifício BEM injeta ânimo na revitalização do Centro Histórico

Edifício João Castelo, antigo BEM, é reaberto abrigando a Semfaz de São Luís. Eduardo Braide fez a entrega do novo espaço aos servidores 

Em meio às comemorações do seu 410º aniversário, São Luís deu, na terça-feira (6), mais um passo importante nos esforços para a completa da revitalização do seu Centro Histórico: a inauguração, pelo prefeito Eduardo Braide (sem partido), das novas instalações da Secretaria Municipal de Fazenda, localizadas no Edifício João Castelo, o antigo Edifício BEM, que ocupa meia quadra importante no coração pulsante da Capital do Maranhão. Mais do que uma obra vital para dinamizar a máquina administrativa da Prefeitura Municipal, a inauguração marca também a reabertura de um dos edifícios mais emblemáticos de São Luís, fechado havia mais de uma década. O fato gera também um item de grande importância para o processo de revitalização da região central da cidade, reanimando parte destacada da área que liga o Centro Comercial à Praça Pedro II, à Beira-Mar, e à Praça Grande.

Outrora ponto de intensa movimentação, inclusive pela ligação com a antiga sede da Assembleias Legislativa, o agora Edifício João Castelo ganha nova vida, devendo voltar a ser um centro administrativo prestador de serviços à coletividade. A própria Secretaria de Fazenda é exemplo importante, à medida que no térreo funcionarão atendimento ao público, para a prestação de todos os serviços que dizem respeito à relação do contribuinte com o fisco municipal, como o pagamento de impostos e a emissão de certidões e alvarás.

Criticado por muitos que o viam como um corpo estranho e indesejável encravado no coração de uma cidade de arquitetura colonial portuguesa, como é o caso dos edifícios Caiçara (Rua Grande), Monumental (Rua do Sol) e João Goulart (Praça Pedro II), o agora hoje Edifício João Castelo se transformou, ao longo do tempo, numa espécie de “mimo” de São Luís. A começar pelo fato de que abrigou, por mais de três décadas, a sede do Banco do Estado do Maranhão (BEM), extinto na década de 1990 do século passado. Nas décadas de 1970/80/90, a calçada do BEM em frente à agência central, foi ponto de encontro de empresários, políticos. No aspecto arquitetônico propriamente dito, suas linhas modernas para a época ganharam força personalidade definitiva com o gigantesco painel em azulejo criado pelo artista plástico Antônio Almeida.  O imóvel está hoje incorporado à vida da cidade.

A reforma concluída agora foi iniciada na gestão do prefeito João Castelo (2008/2012), ganhou algum alento, na gestão de Edivaldo Holanda Jr. (2013/2020), mas logo emperrou. Agora, o prefeito Eduardo Braide conclui o projeto dando dois presentes ao contribuinte: um local decente para o sistema fazendário municipal, e com ele um avanço na revitalização do coração da cidade.

Um presente e tanto para uma cidade com 149.650 dias de história e muitos desafios pela frente, sendo um deles justificar sua existência como Patrimônio Cultural da Humanidade.

 

Candidatos a governador aguardam pesquisas com forte expectativa

Candidatos sob expectativa 

É forte a expectativa nomeio político em relação às pesquisas sobre sucessão estadual que estão no forno. Dois comitês estão especialmente atentos, o do governador Carlos Brandão, que espera seu nome na cabeça, e o do senador Weverton Rocha, que espera pelo alto nível, de intenções de voto para manter sua posição de segundo colocado no ranking geral da disputa. Em segundo plano “duelam” os candidatos Edivaldo Jr. e Lahesio Bonfim, que brigam pela terceira colocação e pela condição de ser a “ameaça” ao senador. É provável que uma dessas pesquisas seja divulgada nesta quinta-feira.

São Luís, 08 de Setembro de 2022.

Pesquisas vão balizar a etapa decisiva da corrida ao Governo do Maranhão

 

Carlos Brandão, Weverton Rocha, Edivaldo Holanda Jr. e Lahesio Bonfim terão suas posições vistas em pesquisas

Duas pesquisas para medir as intenções do eleitorado na disputa pelo Governo do Maranhão estão registradas na Justiça Eleitoral. Uma do instituto Paraná Pesquisas, contratada pela TV Ribamar e que será divulgada nesta quinta-feira (8), e outra da Econométrica, contratada pelo jornal O Imparcial, que virá a público no sábado (10). Feitos a três semanas das eleições, esses dois levantamentos certamente desenharão o cenário da corrida às urnas neste momento e podem servir de referência para as tendências do eleitorado em relação aos candidatos que estão de fato na briga pelo voto. Não há como prever resultado de pesquisa, mas, com base nos levantamentos mais recentes, é lícito supor que a grande disputa desse instante está sendo travada entre Weverton Rocha (PDT), Edivaldo Holanda Jr. (PSD) e Lahesio Bonfim (PSC) pela segunda posição, que é o passaporte para um eventual segundo turno, pois é grande a probabilidade de o governador Carlos Brandão (PSB) aparecer na liderança.

Todos os indícios evidenciados até agora indicam que a eleição será decidida em dois turnos, sendo o mais provável que ele se dê entre Carlos Brandão e Weverton Rocha. A última pesquisa do Econométrica mostrou Carlos Brandão com uma vantagem de 11 pontos percentuais sobre Weverton Rocha, que por sua vez apareceu fortemente pressionado por Edivaldo Holanda Jr. e Lahesio Bonfim, passando a impressão de que há uma grande carga de imprevisibilidade em relação à segunda posição. Os candidatos do PDT, do PSD e do PSC incrementaram suas campanhas, sendo que a guinada mais radical foi dada por Weverton Rocha, cujo projeto de poder perderá sentido se ele não chegar à segunda volta. Edivaldo Holanda Jr. e Lahesio Bonfim, por sua vez, não concorrem com essa carga de pressão.

O governador Carlos Brandão vem fazendo uma campanha referencial, saindo de dois pontos percentuais para, num crescendo lento, mas firme, alcançar a liderança da corrida, sendo visto por muitos como um candidato com chance de liquidar a fatura já no primeiro turno, possibilidade fortemente repelida por seus adversários. As pesquisas mais recentes fortalecem essa expectativa, embora o indicativo mais forte seja o de que haverá um segundo turno na corrida aos Leões. E as duas pesquisas previstas para esta semana deverão desenhar o retrato do momento, que pode ser a tendência para o desfecho do dia 2 de outubro, prevendo também uma decisão de dois turnos.

O governador Carlos Brandão vem fazendo uma campanha eficiente, com base nas realizações do Governo Flávio Dino, de quem foi vice e que é seu candidato ao Senado, e na força da aliança política partidária que tem o ex-presidente Lula da Silva (PT), que lidera a corrida para a presidência da República contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Carlos Brandão conta com o prestígio e a força política do ex-governador Flávio Dino, de longe o maior nome da política maranhense na atualidade, com amplas chances de sair das urnas eleito senador. Por sua vez, Weverton Rocha deu uma guinada radical na sua campanha, descendo do salto alto e flertando com a humildade, deixando, portanto, a arrogância para trás. O seu programa no horário eleitoral gratuito de segunda-feira (5) deixou isso muito claro.

Edivaldo Holanda Jr. parece ter acordado de vez para a realidade, tomando uma injeção de ânimo e levando um novo clima para a sua campanha, como evidenciou o mais recente programa para o horário gratuito na TV. Essa mudança de postura é um recado aos concorrentes: o ex-prefeito de São Luís está vivo na disputa e com disposição para brigar até os últimos instantes da campanha para alcançar vaga num eventual segundo turno. É o mesmo propósito de Lahesio Bonfim, que aposta alto na sua ida para a rodada final da corrida ao voto.

Vale, portanto, aguardar o resultado das pesquisas que estão no forno.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

TV Assembleia homenageia São Luís com documentário sobre Ana Jansen

Saudável e benvinda a iniciativa da TV Assembleia de comemorar os 410 anos de São Luís exibindo um documentário sobre a mais legendária das suas figuras históricas, Ana Jansen, a matriarca que por décadas dominou a cena da cidade com forte influência política, grande poder econômico, ideias avançadas para a época e notabilizada pela crueldade com que tratava seus escravos. “Me chame Donona Jansen” irá ao ar amanhã (8), às 20h, simultaneamente na emissora e no seu canal no Youtube.

O documentário foi produzido na própria TV Assembleia a partir de um projeto elaborado pelo diretor de Comunicação do Poder Legislativo, Edwin Jinkings. Jornalista experiente, o diretor de Comunicação imaginou um documento no qual Ana Jansen é mostrada por diversos ângulos, ora como a matriarca cruel e implacável com escravos e inimigos, ora como uma mulher com posições consideradas vanguardistas para a época (século 18). O resultado da pesquisa cuidadosa permite enxergar no seu perfil traços que vão muito além da mulher poderosa e influente que dominou a vida social e política da Capital por longo tempo. Tanto que ela é hoje simbolizada por uma carruagem fantasma que circula à noite nas ruas de São Luís.

– A TV Assembleia comemora o aniversário da nossa secular São Luís levando ao ar atrações especiais, pensadas para celebrar a cidade, sua cultura e sua gente. O documentário ‘Me chame Donana Jansen’ é um desses presentes e faz um recorte da história a partir de momentos protagonizados por Ana Jansen, personagem que está eternizada pelos ludovicenses como lenda – assinala Edwin Jinkings, destacando também o programa ‘Cultura em Pauta’, com convidados especiais e apresentação de Emanuel Jesus, que vai ao ar neste dia 8, às 21h.

Fruto de cuidadosa pesquisa, “Me chame Donana Jansen” visita endereços e logradouros ligados à história da matriarca, relembra causos que marcaram sua trajetória, reunindo ainda entrevistas com descendentes e pesquisadores especialistas na personagem. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa).

 

Irmãos Cutrim fazem força para renovar mandatos

Glaubert Cutrim e Gil Cutrim buscam a reeleição

Gil Cutrim (Republicanos) tenta renovar o mandato de deputado federal; Glaubert Cutrim (PDT) se movimenta para reeleger-se deputado estadual. Mesmo em partidos diferentes, os irmãos Cutrim têm conseguido fazer uma campanha como aliados, conciliando, quando possível, interesses nas mesmas bases eleitorais. No meio político, é voz corrente que os dois têm chance de reeleição, à medida que prepararam suas bases durante os mandatos em curso. Gil Cutrim mostrou que sabe o que quer quando contrariou seu partido, o PDT, para votar diversas matérias importantes no Congresso alinhado às forças do Governo, situação quer o levou a mudar de marido, mas sem abrir mão da condição de aliado do presidente Jair Bolsonaro.  Na mesma linha, o deputado Glaubert Cutrim, hoje vice-presidente da Assembleia Legislativa, foi um dos primeiros a se associar à candidatura do senador Weverton Rocha para o Governo do Estado e hoje é um dos principais articuladores da campanha.

Muita gente aposta que os dois sairão eleitos das urnas.

São Luís, 07 de Setembro de 2022.