Arquivos mensais: abril 2021

Brandão lidera missão em São Paulo, conversa com Doria e trata sobre vacinas no Butantan

 

João Doria recebe Carlos Brandão como líder do ninho dos tucanos do Maranhão

“A expectativa é muito grande de salvar milhares de vidas”. A declaração foi dada pelo o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) após cumprir ontem uma agenda especial em São Paulo, tanto no plano institucional, como emissário do Governo do Maranhão, quanto no plano político, como recém reconvertido à condição de tucano. Na capital paulista, liderando uma comitiva integrada pelos secretários Carlos Lula (Saúde) e Rubens Jr. (Assuntos Políticos), o vice-governador do Maranhão reuniu-se com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e visitou o Instituto Butantan, onde recebeu informações importantes sobre imunização em reunião com diretor-presidente da autarquia, Dimas Covas. Com João Doria, que o recebeu como o novo líder do PSDB no Maranhão, Carlos Brandão conversou sobre pandemia, procedimentos e vacina, além de uma pitada de política. E com Dimas Covas, o vice-governador tratou de vacina e externou o interesse do governador Flávio Dino na Butanvac, o primeiro imunizante totalmente brasileiro, que será produzido em larga escala pelo instituto paulista.

Institucionalmente, a visita do vice-governador do Maranhão ao governador de São Paulo deve produzir bons resultados. Primeiro por ter sido um reforço e tanto no relacionamento dos Governos do Maranhão e de São Paulo, uma vez que o secretário Carlos Lula teve acesso a informações sobre procedimentos e projetos relacionados com a luta contra o novo coronavírus em São Paulo. Mais ainda com a visita ao Butantan, onde o secretário de Saúde do Maranhão, que preside o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) dialogou com o diretor-presidente Dimas Covas sobre a produção da Coronavac e da Butanvac, que o Governo do Maranhão tem interesse em comprar, para ampliar o leque de opções. Por sua vez, o secretário de Articulação Política reforçou a posição do governador Flávio Dino na construção ou reconstrução de pontes e na mobilização de todos os recursos humanos e materiais para o combate eficaz ao novo coronavírus.

Politicamente, Carlos Brandão saiu entusiasmado do Palácio dos Bandeirantes após a conversa com o governador João Doria, que o recebeu como líder maior do PSDB no Maranhão, manifestando a intenção de apoiar seus esforços para o crescimento e fortalecimento do partido no estado. Mas foi enfático ao esclarecer que a motivação da viagem a São Paulo não foi política, mas institucional. A missão foi estreitar as relações com o Governo de São Paulo e ampliar ao máximo o leque de informações do Governo sobre a luta contra o coronavírus naquele estado e sobre a produção de imunizantes.

“Não estou tratando disso agora. Minha preocupação é a mesma do governador Flávio Dino, que é a guerra contra a pandemia. Nós só vamos tratar de política depois que essa situação sanitária estiver totalmente controlada e pelo menos metade dos maranhenses estiver vacinada”, declarou o vice-governador. Mas, provocado sobre as duas pesquisas – Exata e Escutec – publicadas recentemente sobre corrida à sucessão do governador Flávio Dino, na qual é nome de destaque como pré-candidato ao Palácio dos Leões, aparecendo com 15%, à frente do senador Roberto Rocha (sem partido), com 12% num cenário sem a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), tendo o senador Weverton Rocha (PDT) em primeiro com 25%, resumiu todas as suas impressões com a seguinte resposta:

– Se for aquilo mesmo, eu estou muito bem.

Mesmo diante do fato de ter sido recebido como um tucano de proa pelo governador João Doria, o que deu um caráter fortemente político à sua visita a São Paulo, o vice-governador Carlos Brandão evitou fazer declarações políticas diretas, do tipo preto-no-branco, argumentando que o momento é inadequado para colocar o projeto político-eleitoral à frente do combate ao novo coronavírus. E sem esconder seu projeto político, usou toda sua experiência para dizer que não é hora de tratar do assunto.

– Ninguém, está interessado nisso agora. Nesse momento, todos nós estamos lutando para vencer o coronavírus.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Maranhãozinho tenta limpar imagem em live, mas suas declarações só aumentam dúvidas

Entre Detinha e Marreca Filho, Josimar de Maranhãozinho se diz perseguido pela PF

Em live que comandou ontem, apoiado pela deputada estadual Detinha (PL), sua mais fiel apoiadora, e pelo deputado federal Marreca Filho (Patriotas), um dos seus três escudeiros, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) tentou dar uma demonstração de que está politicamente de pé. Falou de vários assuntos, mas centrou fogo em dois: sua candidatura ao Governo do Estado e a encrenca em que está metido com a Polícia Federal, que está no seu calcanhar investigando suspeita de desvio de recursos federais da Saúde.

Sobre sua candidatura a governador, disse que ela está de pé e que não se situa no campo político e partidário liderado pelo governador Flávio Dino. Reafirmou que é pré-candidato, mas no meio político duas em três raposas – aí incluídos parlamentares e prefeitos – dizem que ele não vai a lugar algum com a tal candidatura. A aposta dominante entre os especuladores é que ele será mesmo é candidato a deputado estadual, tanto que já lançou a deputada Detinha à Câmara Federal. Isso se não tiver sua candidatura impugnada até lá.

Já no que diz respeito à Polícia Federal, o deputado voltou a afirmar que está sendo vítima de perseguição. Ele tenta vender a seguinte versão sobre os R$ 5 milhões em dinheiro vivo que a PF encontrou no seu escritório em São Luís e garante não tratar-se de dinheiro de corrupção. Não deu nome aos bois nem esclareceu o motivo de a dinheirama estar guardada em sacos de papel no seu escritório.

O fato é que, depois de surpreender com um poder de fogo impressionante, procura agora um caminho para seguir em frente, o que não está nada fácil.

 

Governo e movimentos sociais debatem por regras fundiárias mais justas no Maranhão

Flávio Dino, Chico Gonçalves e Rodrigo Lago: articulação por mais direitos ao homem do campo sobre a terra

O Governo do Maranhão promove no momento um amplo debate com movimentos sociais para definir uma plataforma de direitos para as pessoas que vivem no campo com o estabelecimento de regras e procedimentos para a regularização fundiária. O debate está sendo articulado pelo Interma e envolve diretamente o secretário dos Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves, e o secretário de Agricultura Familiar, Rodrigo Lago. Além da regularização fundiária propriamente dita, o debate inclui a definição de regras claras relacionadas com a função social da terra, a preservação de biomas e da natureza de modo geral. Para Rodrigo Lago, a perspectiva é “criar um novo marco legal das terras no Maranhão, que permita a melhora efetiva de direitos para a população do campo e da cidade”. E vai mais longe: “Nossa ideia é avançar em direitos e melhorar o marco regulatório”.

Defensor intransigente de uma política fundiária que assegure o acesso do homem do campo à terra devidamente regularizada, dentro de um conceito avançado de reforma agrária, o governador Flávio Dino tem um cuidado especial sobre o assunto. Que começa com a regra segundo a qual política agrária deve ser debatida com os movimentos sociais. Daí o fato de um debate em curso no Interma ter a participação direta do governador, dos secretários da área e de representante da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),  da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem), Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (Miqcb).

O debate em curso é, em si, um marco importante do processo de regularização fundiária no Maranhão, e deve resultar num projeto de lei a ser encaminhado à Assembleia Legislativa.

São Luís, 06 de Abril de 2021.

Enquanto sua sucessão está indefinida, Flávio Dino é apontado com largo favoritismo para o Senado

 

Flávio Dino: favoritismo absoluto na disputa para o Senado no pleito de 2022

A movimentação política, que ocorre em meio aos estragos feitos pelo novo coronavírus, vai aos poucos desenhando o perfil dos que poderão, de fato, disputar a sucessão presidencial, ao mesmo tempo que nos estados a corrida aos Governos vai ganhando forma, assim como as bases da disputa pela vaga que cada um deverá preencher no Senado. No Maranhão, com aprovação que alcança o patamar dos 63%, o governador Flávio Dino (PCdoB) vive uma situação ao mesmo tempo privilegiada e complexa. O privilégio vem do fato de ser ele, de longe, o maior líder político da atualidade no estado, e a complexidade porque pesa sobre os seus ombros a responsabilidade de comandar o processo da corrida à sua sucessão dentro da aliança que lidera, e ainda definir, de uma vez por todas, o seu próprio futuro, dividido que ainda está entre participar da corrida presidencial como candidato a presidente ou a vice, e concorrer à vaga do Maranhão no Senado.

Mesmo ainda sinalizando que poderá, agora muito remotamente, participar da corrida para o Palácio do Planalto ou para o Palácio do Jaburu, o governador do Maranhão admite com mais ênfase concorrer à cadeira de senador. Assim, participará da disputa nacional fortalecendo a candidatura presidencial que vier a apoiar dentro do estado, dedicando também suas forças à tarefa de articular a corrida ao Palácio dos Leões em favor de um aliado, e correr o Maranhão pedindo o aval dos maranhenses para representá-los no Senado da República. Em todas as rodas de conversa, esse é o projeto que mais entusiasma as bases que o apoiam e que temem desacertos, se ele tiver de se ausentar do estado para correr o País nas asas de um projeto federal.

Na semana que passou, duas pesquisas (Exata e Escutec) vieram à tona como fortes trombetas de alerta, informando que sem o seu comando direto, a aliança que construiu pode rachar numa disputa autofágica pelo Governo entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e com a sombra da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) sobre eles, reforçada pela presença do senador Roberto Rocha (sem partido), em plano inferior, mas com capacidade indiscutível de causar estragos perigosos para o grupo. Ou seja, para assegurar que o seu grupo continue no poder, o governador Flávio Dino terá de comandar o processo de perto, ele próprio, sem fazer delegações. Poderá fazê-lo como candidato a senador, o que não será possível como candidato a presidente ou a vice.

Mesmo levando em conta as surpresas que a política prega aqui e ali, é nítida a possibilidade de o governador se eleger senador em 2022. As pesquisas trouxeram todas as indicações nesse sentido. Flávio Dino como governador é aprovado por 63% da população, segundo a pesquisa Exata, e tem 45% de intenções de voto para o Senado contra 18% de Roseana Sarney e 16% de Roberto Rocha num cenário; e 52% contra 22% de Roberto Rocha num cenário sem Roseana Sarney. A pesquisa Escutec encontrou praticamente o mesmo cenário: 51% de intenções de voto contra 21% do senador Roberto Rocha.

Os números encontrados pelos dois levantamentos não deixam dúvidas de que, pelo menos até aqui, e muito provavelmente até 2022, o governador Flávio Dino não encontrará maiores dificuldades para se eleger senador. A começar pelo fato de que os nomes com maior potencial de enfrentamento, a ex-governadora Roseana Sarney e o senador Roberto Rocha, dificilmente entrarão nessa disputa movidos pela quase certeza de que serão derrotados. Isso porque no Maranhão de agora não há quadros políticos com estatura e potencial eleitoral para se dar bem numa disputa desse quilate contra Flávio Dino.

Políticos experientes e pragmáticos costumam dizer que não há candidato imbatível, mas há candidato muito difícil, muito difícil mesmo, de ser batido. O governador Flávio Dino, que só comemora quando as urnas falam, encontra-se nesse patamar.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Troca de comando no PSDB deixa Wellington do Curso em situação crítica

Wellington: dilema entre sair do ninho ou aderir ao Governo Flávio Dino

O deputado Wellington do Curso passa o feriadão da Semana Santa mergulhado em reflexões para resolver um dilema: permanecerá filiado ao PSDB sob o comando do vice-governador Carlos Brandão? Depois de ter sido triturado dentro do partido pelo senador Roberto Rocha, que não permitiu que ele disputasse a Prefeitura de São Luís pela legenda, Wellington do Curso agora se encontra numa espécie de sinuca de bico. É que sob o comando de Carlos Brandão, o PSDB passa automaticamente para a base de apoio do governador Flávio Dino, o que deixa Wellington do Curso numa situação extremamente desconfortável, já que ele é, na Assembleia Legislativa, um dos mais agressivos opositores do Governo do PCdoB. Wellington do Curso só tem duas alternativas: permanecer no ninho dos tucanos e aderir ao Governo ou arrumar a mala e deixar o partido. Não há terceira via.

 

Dentista prático Zeca Medeiros ocupará a vaga do jornalista Batista Matos na Câmara de São Luís

Zeca Medeiros

Um piauiense nascido em Miguel Alves, José Campos Medeiros, politicamente apelidado de Zeca Medeiros, vai ocupar a vaga aberta com a morte prematura, do vereador Batista Matos (Patriotas), vítima do novo coronavírus. Dentista prático por profissão, ganhou a vaga na condição de primeiro suplente do Patriotas, posição que conseguiu recebendo 1.749 votos. Aos 56 anos e veterano de tentativas eleitorais malsucedidas, Zeca Medeiros vai se instalar no Palácio Pedro Neiva de Santana com o desafio de substituir um militante político fortemente caracterizado pela competência e pela visão correta da política, fruto da sua formação como jornalista e do seu envolvimento com a luta comunitária por uma vida mais digna.

São Luís, 04 de Abril de 2021.

Eliziane Gama declara apoio a Weverton Rocha e injeta gás na corrida ao Palácio dos Leões

 

Eliziane Gama declara apoio a Weverton Rocha e diz que seu apoio e do Cidadania a Flávio Dino é incondicional

A declaração de apoio da senadora Eliziane Gama (Cidadania) ao projeto de candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Estado injetou expressivo volume de gás na corrida à sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB). Em entrevista, ontem, à TV Mirante, a senadora foi clara e direta no seu posicionamento: “Nós entendemos que dentro do grupo que é coordenado pelo nosso líder, que é o governador Flávio Dino, o nome do Weverton encontrou mais condições, envolvendo mais lideranças políticas, trazendo propostas importantes”. Com a declaração, a senadora descartou, ao que parece de maneira definitiva, a possibilidade de ela própria vir a ser candidata, como vinha sendo frequentemente especulado, ou de apoiar o projeto de candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB). Na mesma entrevista, Eliziane Gama declarou que ela e seu partido apoiarão o governador Flávio Dino “como candidato para o que ele desejar. Se for presidente da República, vice-presidente, Senado, ele como líder terá o nosso apoio incondicional”.

Surpreendente pela ênfase com que foi declarado, o posicionamento de Eliziane Gama chega nove meses antes do prazo estipulado pelo governador Flávio Dino para definir o candidato da aliança que lidera à sua sucessão. O governador e seus principais porta-vozes têm defendido a articulação de uma candidatura de consenso dentro da base partidária governista, o que significa promover um complicado e improvável entendimento entre Weverton Rocha e Carlos Brandão, que vêm emitindo todos os sinais de que não estão dispostos a abrir mão dos seus projetos. A declaração da senadora, feita com tamanha antecipação em relação ao prazo estimado pelo governador, parece expressar exatamente a impossibilidade de acordo entre os dois candidatos a candidato.

A manifestação de Eliziane Gama pró-Weverton Rocha é o resultado de uma longa maturação, tempo em que ela, com sua refinada argúcia política e um faro apurado para identificar caminhos pré-eleitorais, analisou todos os cenários possíveis na seara dinista e chegou à conclusão de que o seu colega de Senado atende melhor às suas expectativas. E começou a ser delineado com a participação dela, na semana passada, em encontro em que Weverton Rocha reuniu aliados em Brasília, entre eles o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB). Na reunião, oficialmente realizada para o grupo tomar posição contra o novo coronavírus, o que foi feito, os presentes também discutiram os movimentos no tabuleiro da sucessão no Maranhão, tendo todos se manifestado pela candidatura de Weverton Rocha. Eliziane Gama entrou na reunião com o nome na relação dos pré-candidatos, mas dela saiu como apoiadora linha de frente do projeto de poder do líder do PDT.

Além de ser um reforço e tanto a Weverton Rocha, a declaração da senadora Eliziane Gama à TV Mirante funcionou como um recado direto ao vice-governador Carlos Brandão, que a partir de agora fará suas contas sem contar com apoio senatorial, o que o obrigará a buscar mais força na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa, nas prefeituras e nas Câmaras Municipais. O senador Weverton Rocha, por sua vez, começou a Semana Santa aumentando a musculatura, já que sua colega de Senado, mesmo sem um partido forte, é um quadro de excelência política, tem uma base fiel e fala com a autoridade de detentora de mandato majoritário com bom desempenho político e legislativo. Além disso, representa, em tese, os mais de 1,5 milhão de votos recebidos no pleito de 2018.

Ao declarar apoio a Weverton Rocha, Eliziane Gama também comunica sua decisão ao Palácio dos Leões, já que é improvável que tenha conversado sobre o tema com o governador Flávio Dino que, por sua vez, prega a construção de uma candidatura consensual dentro da aliança. Ao mesmo tempo, a senadora dá ao vice-governador Carlos Brandão tempo suficiente para se movimentar no sentido de compensar a perda. Mas, independentemente do que vem por aí na esteira do seu posicionamento, Eliziane Gama jogou aberto e isso aumenta sua estatura e reforça a sua credibilidade política.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Novo comandante do Exército esteve no Maranhão já fez doação de fuzis ao Estado

Flávio Dino e Paulo Sérgio Nogueira entre Jefferson Portela, Othelino Neto e coronel Guedes no registro da audiência em que foram entregues fuzis no Palácio dos Leões

O novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, não é um estranhou ao governador Flávio Dino nem ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino neto. Em Julho de 2019, mais precisamente no dia 18, quando ainda comandante militar do Norte, ele desembarcou em São Luís para cumpro uma missão no Palácio dos Leões: entregar 100 fuzis para uso da Polícia Militar – 50 doados pelo Exército e 50 adquiridos com recurso do Governo do Maranhão. A entrega foi feita em audiência na sede do Governo, num ato descontraído, apesar de o tema central da visita ter sido a entrega de armas para reforçar a segurança pública.

Sempre afável, o então comandante militar do Norte pareceu muito à vontade na conversa que travou com o governador e o presidente da Assembleia Legislativa, ambos militantes comunistas e membros destacados do PCdoB. Formalismos à parte, a audiência transcorreu em clima amistoso, sem qualquer sinal de incômodo de alguma das partes e dos presentes, entre eles o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, filiado ao PCdoB, e o deputado Duarte Jr., então também membro do PCdoB e vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.

O governador Flávio Dino agradeceu a doação, destacando que juntamente com a compra, a segurança pública do Maranhão estava sendo reforçada, deixando a sociedade maranhense mais segura.  Por sua vez, o general de Exército Paulo Sérgio Nogueira destacou a importância da doação, reforçando a disponibilidade do Exército Brasileiro em manter a parceria com o Governo do maranhão, não só com a doação de armamentos, mas em várias outras áreas, como inteligência, operacional e logística. “O Exército está sempre pronto a esse tipo de parceria. E essa doação, inicialmente de 50 fuzis, que poderão, inclusive, acontecer outras doações. A gente fica muito satisfeito em poder apoiar o Governo do Estado do Maranhão na defesa da nossa sociedade e o reforço à Secretaria de Segurança Pública no combate ao crime organizado”, assinalou.

O governador Flávio Dino tem os argumentos que precisa para levar à frente a parceria, agora com o apoio do ministro do Exército.

 

Maranhão pede à Anvisa que autorize a importação, pelos estados, da vacina russa Sputnik V

Carlos Lula e a vacina Sputnik V, que deve ser comprada se Anvisa  der autorização

O Maranhão é um dos nove estados que se uniram para comprar a vacina russa Sputnik V, o que, se for concretizado, terá importância decisiva no processo de imunização das populações das regiões Norte e Nordeste. Juntamente com os da Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco e Sergipe, o Governo do Maranhão protocolou na Anvisa um pedido de exportação, com base no fato de que a agência deu sinal verde para a importação do imunizante russo.

O pedido do assinado pelo governador Flávio Dino e formulado pelo secretário de Saúde, Carlos Lula, seus oito respectivos colegas, está sob análise da Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC) e será definido em reunião já marcada para a próxima semana entre os cinco diretores da Anvisa e os governadores dos nove estados. Desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, a vacina russa será produzida no Brasil pela União Química. Atualmente, a Anvisa já analisa o pedido de autorização de uso emergencial do imunizante.

São Luís, 03 de Abril de 2021.

Novo Hospital de Campanha mostra acerto de Dino ao apostar na parceria público-privada

 

Flávio Dino abre hospital acompanhado de Carlos Lula e de Wilson Mateus (atrás)

A inauguração, ontem, em São Luís, do quarto Hospital de Campanha destinado a pacientes infectados pelo novo coronavírus no Maranhão, foi a demonstração definitiva dos bons resultados da aposta elevada feita pelo governador Flávio Dino (PCdoB) nas chamadas parcerias público-privadas, e levadas por ele a um nível que nenhum governo na história recente do estado conseguiu levar. Instalado no Espaço Renascença, pertencente ao Ceuma, com a estrutura bancada pelo Grupo Mateus e a energia fornecida gratuitamente pela Equatorial, o hospital, que foi implantado em tempo recorde, conta com 60 leitos, sendo 10 de UTI, e funcionará com uma equipe de mais de 500 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de diversas áreas, auxiliares e várias outras atividades. Junto com os de Imperatriz, Bacabal e Pedreiras, também o Hospital de Campanha de São Luís cala, de uma vez por todas, o discurso que semeia dúvidas sobre esse tipo de relação do poder público com a iniciativa privada.

Contrariando frontalmente a catilinária dos seus adversários sugerindo que, por ser de esquerda, o Governo do PCdoB não teria convivência saudável com o setor produtivo e seus diversos campos de atuação, o governador Flávio Dino vem mostrando que não existe óbice quando a relação é republicana, ou seja, quando os parceiros não a veem como um negócio. O Hospital de Campanha de Pedreiras, por exemplo, é resultado de parceria do Governo com a Eneva, empresa que produz energia por meio de termelétricas. O de Bacabal, por sua vez, foi doado pela embaixada dos Estados Unidos no Brasil. E o de Imperatriz é fruto de parceria com a Suzano Papel e Celulose e com a Associação Comercial e Industrial do município. Não há qualquer traço de anormalidade nesses acordos.

Via de regra, quando se fala de parceria público-privada, a primeira impressão é a de que por ela se estabelece uma troca de favores sem base ética, com a empresa participando mediante algum favorecimento, principalmente no campo tributário, ou alguma outra facilidade irregular. Isso, porém, cai por terra quando acordos dessa natureza são feitos às claras, como é o caso da parceria que permitiu a implantação do Hospital inaugurado ontem. Não há registros de que o governador Flávio Dino tenha feito alguma concessão fora dos padrões. Alguns costumam apontar incentivos fiscais como favorecimento, esquecendo-se que as concessões nessa área foram todas feitas à luz solar, e com o suporte de leis aprovadas pela Assembleia Legislativa.

O Hospital de Campanha de São Luís chega como um reforço excepcional na guerra difícil, dramática e, até aqui, sem trégua contra um inimigo invisível, cruel e implacável, que está assolando o País, tendo ceifado, até ontem, mais de 320 mil vidas, seis mil delas no Maranhão. O diferencial é que, no Maranhão, estão sendo usados com lisura e eficiência todos os recursos disponíveis no combate ao novo coronavírus, ampliando no limite das suas condições do Estado a estrutura que hoje acolhe milhares de infectados. Mesmo assim, milhares de vidas continuam sendo ceifadas pela Covid-19, doença que traduz, sem rodeios, a letalidade do novo coronavírus.

Boa parte dessa estrutura não existiria não fosse a aposta alta feita pelo governador Flávio Dino nessa forma de parceria. Os quatro hospitais somam mais de 250 leitos, sendo mais de 30 de UTI, já tendo os três primeiros salvado um número elevado de vítimas da pandemia. Sem eles, certamente o número de mortes no Maranhão já seria bem mais elevado.

No ato de inauguração do hospital, o governador Flávio Dino assinalou que a união entre poder público e empresas privadas é um bom caminho para combater a pandemia. Uma “deixa” para a reitora do Ceuma, Cristina Nitz declarar: “Nossa instituição é de ensino, pesquisa e extensão, mas nós temos também um papel de responsabilidade social e eu tenho certeza que este hospital vai salvar muitas vidas. E, para nós, é um prazer ajudar”. Na mesma linha, o empresário Wilson Mateus deu o seu recado: “É o momento de as pessoas serem mais humanas, pensarem mais no próximo, e essa parceria público-privado vem selar isto”.

Os fatos e as declarações mostram que, quando a coisa é séria e a causa é nobre, a parceria público-privada funciona.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Othelino Neto diz que golpe de 64 foi danoso e deve ser lembrado como ditadura

Othelino Neto: declarações fortes de alerta para a   ditadura instalada pelo golpe militar de 1964 

Oportunas e centradas as declarações feitas ontem pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), lembrando, em tom de alerta, os 57 anos do Golpe Militar de 1964, que para ele não deve ser celebrado, permanecendo como registro na História apenas como um exemplo do que não deve acontecer ao um País democrático.

Diferentemente da maioria dos deputados federais e de parte dos deputados federais senadores, que curiosamente não se manifestaram sobre o assunto num momento em que o País vive uma forte crise institucional, o presidente da Assembleia Legislativa lembra que o golpe instalou ditadura pela força bruta, a liberdade de expressão, a censura à imprensa, o direito de livre manifestação, os direitos políticos e as garantias individual, sendo submetidas a um duro e ilegal regime de exceção. “Com o acirramento do regime militar e dos atos institucionais que foram se sucedendo, pessoas foram mortas, outras exiladas e famílias foram dilaceradas. Nós perdemos o nosso direito de ir e vir e de pensar diferente”, lembra.

E sempre em tom de alerta, chamou a atenção para o fato de que o Brasil está sob a ameaça, uma vez que “que, infelizmente, algumas pessoas que ocupam posições de destaque na nação insistem em fazer insinuações a regimes de exceção e, por isso, é preciso que todos estejam mobilizados para a defesa da democracia”. E finaliza:

– É necessário que todos estejamos mobilizados, independente de sermos de esquerda, centro ou direita, pois o que se está discutindo é a democracia, a preservação do Estado Democrático de Direito, que é um valor que todos os brasileiros e brasileiras de bem devem tratar como algo que não pode ser questionado. Vamos continuar juntos, lutando pela democracia, pelas liberdades e todos com uma única frase: Ditadura nunca mais!”

Além político militante, deputado estadual e presidente do parlamento estadual, Othelino Neto, ainda muito jovem, não viveu com intensidade o enfrentamento da ditadura, mas seu pai e seu avô, jornalistas Othelino Filho e Othelino Nova amargaram o peso de defender a liberdade de expressão e a censura à imprensa. Hoje, se manifesta como detentor de mandato eletivo e como chefe de Poder, o que lhe dá plena autoridade para defender as regras constitucionais.

Assista o vídeo em www.al.ma.leg.br/noticias/40911

 

Partiu o jornalista Batista Matos, cidadão atuante, homem de fé e político republicano

Batista Matos perdeu a guerra contra o novo coronavírus

O segmento político, a seara jornalística e a comunidade evangélica de São Luís foram fortemente impactados com a notícia da morte do jornalista e vereador Batista Matos (Patriotas), uma das 3.950 vítimas feitas ontem pelo novo coronavírus no Brasil. Uma perda grave para todos os segmentos aos quais era ligado, com presença marcante e participativa. Batista Matos foi um bom cidadão em todos os sentidos. Como profissional de imprensa, atuou com a competência e a eficiência que se espera de um quadro saído da UFMA, tanto que passou por jornais e emissoras de rádio e chegou ao comando da Secretaria Municipal de Comunicação no primeiro mandato do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT). Evangélico, se tornou conhecido como alguém que praticava sua fé com convicção e equilíbrio. Militante comunitário, construiu um legado que poucos conseguiram. Como político, Batista Matos teve atuação rigorosamente republicana, com postura democrática, ajustada visão de centro e ações voltadas para os mais necessitados, aos quais se dedicou desde que deu os primeiros movimentos nessa direção. Realizou o seu grande sonho em 2020 ao eleger-se vereador de São Luís, depois de três tentativas. Vinha exercendo o mandato dentro da sua linha de ação política, e não escondia a felicidade com que trabalhava sem descanso para cumprir os compromissos que assumira durante a campanha.

Contristado com a partida absurdamente precoce do colega, o autor da Coluna tem a honra de registrar que teve participação modesta, mas efetiva, na formação do jornalista Batista Matos, nos seus primeiros passos na Redação do jornal O Estado do Maranhão. E por isso se une aos seus na inconformação da perda.

São Luís, 01 de Abril de 2021.