Arquivos mensais: março 2019

Se confirmada, a ida de Luis Fernando para o Governo Flávio Dino pode ter desdobramentos políticos surpreendentes

 

Luiz Fernando Silva entre Carlos Brandão e Flávio Dino: boa relação com o governador e o vice, não sendo, portanto, problema sua ida para o Governo

Poucas vezes, em tempos recentes, uma possibilidade política gerou expectativa e especulações tão intensas como o ainda suposto convite do governador Flávio Dino (PCdoB) ao prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), para que este assuma a já criada Secretaria de Estado de Programas Estratégicos, dando uma dimensão muito maior à reforma administrativa que mudou titulares de 12 pastas. Os vieses dessa ainda não confirmada iniciativa do governador são vários, e vão muito além da simples convocação de um quadro de excelência para cuidar de uma pasta destinada a turbinar a economia do Maranhão. Há quem garanta que o convite foi aceito e que Luis Fernando Silva já estaria se preparando para passar o comando da Prefeitura ao seu vice, Eudes Sampaio (PTB), para se tornar figura de proa no secretariado do Governo Flávio Dino, e com isso consolidar mais ainda a fama de bom estrategista que embala o governador na seara política.

Para começar, examinando o cenário numa ótica em que o convite foi feito e aceito, as bases desse acordo são certamente muito mais amplas e sólidas do que aparentam à primeira vista. Afinal, Luiz Fernando Silva abrirá mão do comando do 5º maior e mais importante município do Maranhão, onde tem prestígio, força e a última palavra sobre tudo, e com direito a tentar a reeleição em 2020, para se tornar um secretário sob a direção firme e indiscutível de um governador forte e bem avaliado. Aparentemente, ao aceitar o convite, Luis Fernando Silva estará dando um passo atrás, deixando de ser chefe para ser chefiado. Mas nesse jogo, as aparências costumam enganar os que não têm o cuidado de medir e pesar os mais diferentes aspectos que envolvem a equação ainda supostamente montada pelo governador.

Se pretende, de fato, dar a guinada de galvanizar o Governo com programas estratégicos nas mais diferentes áreas, o governador Flávio Dino terá batido na porta certa. Com mais de três décadas no serviço público, sempre em áreas de importância capital – foi auditor-geral do Estado, secretário de Educação, de Infraestrutura e da Casa Civil, e dois mandatos e meio de prefeito de São José de Ribamar -, Luis Fernando Silva é um quadro de ponta, dotado de rara competência e de visão macro acima da média, o que lhe dá cabedal para ocupar uma paste dessa natureza e que guarda desafios que só poucos – muito poucos mesmo – são capazes de encarar e vencer. Por esse viés, a suposta escolha do governador será um tiro no centro do alvo.

Pelo viés político, que guarda muitas sutilezas, o convite soa incomum. Afinal, a relação do prefeito ribamarense com o governador é boa, saudável, mas sem intimidade que torne o primeiro um seguidor fiel e incondicional do segundo. Aos 64 anos, com uma trajetória política e eleitoral bem-sucedida até aqui, Luis Fernando Silva está no melhor da sua capacidade de gestor, podendo coroar essa trajetória dando um banho de competência e eficiência à frente da pasta. Por outro lado, o prefeito não esconde que sonha voar mais alto, o que torna o suposto convite do governador Flávio Dino a abertura de uma enorme porta nessa direção. Vale lembrar em que 2014, enquanto foi pré-candidato a governador, tendo Flávio Dino como adversário, Luís Fernando Silva apareceu nas pesquisas como um nome capaz de, pelo menos, endurecer a disputa com o candidato do PCdoB. Daí serem absolutamente plausíveis as especulações dando conta da inclusão de candidatura majoritária no convite.

No campo político, a Prefeitura de São José de Ribamar é o fator gerador de tensão no projeto do governador de levar o prefeito para o Governo. Se deixar o cargo, Luis Fernando Silva deixará campo aberto para o ex-prefeito e atual deputado federal Gil Cutrim (PDT) investir pesado para retomar, com o apoio ostensivo do senador Weverton Rocha (PDT), o espaço político que perdeu com a volta do antigo prefeito, de quem foi vice, ao poder. Fora da Prefeitura, mesmo forte no Governo, Luis Fernando Silva correrá o risco de perder o controle da sua única e forte base eleitoral.

Nesse contexto de prós e contras, não se pode descartar que, além de viabilizar metas da Secretaria de Estado de Programas Especiais, o prefeito de São José de Ribamar poderá estar nos plenos políticos do governador para ser candidato a um mandato majoritário. Do contrário, fica no ar a seguinte indagação: o que ganhará Luis Fernando Silva além do reconhecimento de bom gestor, que já tem de sobra?

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Briga nos municípios envolverá membros da base governista e manterá o Palácio dos Leões em estado de alerta

Fábio Gentil e Cleide Coutinho: campos opostos, disouta dura e com o governador Flávio Dino no meio

O Palácio dos Leões vai acompanhar com atenção as montagens que envolverão segmentos da sua base para a disputa por prefeituras em todo o Maranhão. Há alguns casos em que o governador Flávio Dino precisará de muita habilidade e paciência para administrar as tensões.

Em Caxias, por exemplo, o governador ficará em situação delicada entre as forçar em confronto, a Situação, comandada pelo prefeito Fábio Gentil (PRB), apoiado pelo pai, o deputado Zé Gentil, e da Oposição, que tem à frente a deputada Cleide Coutinho (PDT). Outro caso acontecerá em Barra do Corda, onde dois aliados, os deputados Fernando Pessoa (SD) e Rigo Teles (PV) já estão em confronto aberto. Em Presidente Dutra estão em clima de confronto os deputados Daniella tema (DEM) e Ciro Neto (PP). Em Pinheiro, apesar dos acordos em vigor, deve haver uma disputa envolvendo o prefeito Luciano Genésio (PP), apoiado pela deputada Thaíza Hortegal (PP), e a Oposição, representada pelo deputado (PCdoB). São apenas algum exemplo que sinalizam que o “bicho vai pegar”, em muitos municípios, principalmente os que têm representantes fortes com mandatos legislativos.

 

MDB pode realizar convenção em Março para eleger nova direção, mas poderá dar mais tempo a João Alberto

João Alberto tentará acordo com Roberto Costa e Hildo Rocha

Todos os sinais indicam que o presidente do MDB, ex-governador João Alberto, vai antecipar a convenção do partido para meados de março e decidir de vez com quem ficará o comando do partido, se com o deputado estadual Roberto Costa, que mantém enfaticamente sua candidatura a presidente liderando a ala jovem do partido, ou o deputado federal Hildo Rocha, que representa a ala tradicional, liderada pela ex-governadora Roseana Sarney. João Alberto tem dito a interlocutores que vai tentar uma solução negociada para a crise que vem desgastando o MDB desde a fragorosa derrota sofrida pelo partido nas urnas em 2018. Mas não será surpresa de as duas correntes em guerra negociarem um acordo pelo qual João Alberto permaneça à frente do partido por mais alguns meses, até que seja encontrada uma solução.

São Luís, 03 de Março de 2019.

Nova Assembleia completa primeiro mês com saldo positivo: indicações, votações, debates e refregas regionais

 

Acima: Othelino Neto comanda a nova Assembleia onde têm atuado bem os novos deputados Duarte Jr.. Daniella Tema e Thaíza Hortegal. Embaixo: ZéGentil e Cleide Coutinho dão provas de maturidade política controlando diferenças

Além de expedientes formais, o Diário da Assembleia, o órgão oficial das informações do Poder Legislativo, tem circulado com recheios excepcionais desde que a 19ª Legislatura foi iniciada, no dia 3 de Fevereiro, com a composição do parlamento estadual   amplamente renovada, abrigando principalmente integrantes da nova safra de políticos do Maranhão. O recheio do Diário Oficial da Alema são indicações, por meio das quais os deputados, principalmente os marinheiros de primeira viagem, recomendam ao governador Flávio Dino (PCdoB) construir uma estrada aqui, uma escola ali, um poço artesiano acolá, uma ponte mais adiante, dando vazão a compromissos que assumiram durante a campanha eleitoral. Houve também ações bem-sucedidas, como projeto de Lei de autoria do deputado Zé Gentil (PRB), que inclui o tipo sanguíneo como informação obrigatória na Carteira de Identidade.

Esse ambiente de alinhamento, mas também de tensões, vem sendo conduzido com maestria pelo presidente Othelino Neto (PCdoB), ele tem trabalhado no sentido de manter o clima de harmonia na Casa, independentemente das diferenças que se evidenciam no plenário e nos bastidores.

Os novos deputados não decepcionaram, pelo menos até aqui. Todos parecem motivados com o pontapé inicial das suas carreiras no parlamento, não apenas no que respeita ao processo legislativo em sim, mas também por um posicionamento político pessoal mais abrangente, que vai dos problemas dos longínquos municípios, passando pelos desafios do Estado e segue em frente até o panorama nacional. Neste primeiro mês, além do deslumbramento com os encantos da vida parlamentar, com a magia do prestígio e do poder que o mandato atrai, mas também houve embates duros, como a reação do jovem deputado Duarte Jr. (PCdoB) a uma provocação do tarimbado deputado César Pires (DEM) sobre supostos desvios no Governo.

Na linha dos embates, questões regionais tensas vieram à tona, causando estremecimentos que causaram tensão no plenário. O estado de guerra que movimenta a política em Barra do Corda veio à tona tendo por um motivo politicamente prosaico, a má fase do Cordino, o time de futebol que é o orgulho e o mimo dos barra-cordenses. O debate sobre a situação do clube fez emergir um duro bate-rebate entre os deputados o experimentado Rigo Teles (PV), que é o decano da Casa, com sete mandatos consecutivos, e Fernando Pessoa (SD), que atuam em campos opostos no município e na região. Os dois deputados atacaram-se com a mesma acusação de má gestão do clube, numa demonstração clara de que os dois são inconciliáveis.

Num outro viés, os três deputad0s de Caxias – Cleide Coutinho (PDT), Zé Gentil (PRB) e Adelmo Soares (PCdoB), que alimentam posições cerradas na política municipal, estão dando um raro exemplo de civilidade, mas sem que nenhum deles tenha aberto mão das suas posições no tabuleiro caxiense. Ninguém duvida de que essas diferenças se acentuarão com a aproximação das eleições municipais, no ano a que vem, com a grande disputa pelas Prefeituras.

No plano das influências de grupo, os oito médicos estão fazendo a diferença, porque sempre entram forte no debate sobre esse ou aquele problema na área da Saúde. Não estivesse cuidando bem da área, sob a responsabilidade do secretário Carlos Lula, o Governo teria dificuldades para enfrentar a pressão da chamada “Bancada de Branco”.

A boa novidade é o grande número de mulheres. No primeiro mês, todas elas se manifestaram, todas emitindo fortes sinais de que estão dispostas a ocupar, de fato, espaço amplo na política. Além das experientes Cleide Coutinho (PDT) e Helena Duailide (SD), boas surpresas pelos discursos e pelas iniciativas, caso de Daniella Tema (DEM), que vem se posicionando com bom discurso, e de Thaíza Hortegal, que além de se manifestar com clareza, propôs e conseguiu criar uma frente parlamentar de Defesa das Barragens. Depois de cantar um louvor na tribuna, Mical Damasceno (PTB) tem ocupado a tribuna para reivindicar benefícios para as suas áreas de atuação. Campeã de votos, a deputada Detinha (PR) atua discretamente, como quem ainda está estudando o terreno, mas é visível a sua importância como articuladora política, papel que também vem sendo exercido pela deputada Andreia Rezende (DEM), cuja simpatia é contagiante.

Não é possível ainda traçar um perfil mais preciso da nova Assembleia Legislativa, embora já se saiba das suas posições, por exemplo, em relação ao Governo do Estado: 36 dos 42 integram a base de apoio do governador Flávio Dino.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Pergunta que já corre nos bastidores: qual será o futuro do prefeito Júlio Pinheiro?

Júlio Pinheiro ainda não tem futuro definido

Uma pergunta está sendo feira com frequência no meio político de São Luís: qual será o destino do vice-prefeito Júlio Pinheiro (PCdoB)? Até agora, nenhum gesto ou movimento foi feito no sentido de respondê-la, enquanto ele continua cumprindo o seu papel de maneira clara e eficiente, dando ao prefeito Edivaldo Holanda Jr. as condições necessárias. Professor de carreira e líder sindical da categoria, o vice-prefeito tem tido um papel importante nas negociações com os professores e outras categorias. E no que diz respeito à política, especula-se nos bastidores que ele seria uma espécie de reserva do PCdoB para disputar a vaga a ser aberta por Edivaldo Holanda Jr., caso haja algum problema na composição de uma aliança para 2020. Discreto, mas presente em todos os atos do Município e do Estado, dando a entender que está no jogo. Finalmente, comenta-se que Júlio Pinheiro está se cacifando para encarar as urnas em busca de uma cadeira na Câmara Municipal.

 

Luis Fernando Silva mergulha no silêncio diante de especulações (?) sobre sua saída da Prefeitura

Luis Fernando Silva

Em meio às especulações segundo as quais deixará a poderosa Prefeitura de São José de Ribamar para assumir a Secretaria de Projetos Estratégicos, que está sendo criada pelo governador Flávio Dino, o prefeito Luís Fernando Silva (PSDB) mergulhou no mar da discrição. O seu silêncio obstinado sugere que tal negociação está de fato em curso, estando ele cuidando de adubar terreno para que sua saída não tenha impacto maior, mas também pode ser que tudo não passaria de zumzum sem fundamento. Mas se, de ato, tal projeto estiver na mesa do governador Flávio Dino e Luiz Fernando Silva topar, será uma guinada radical na agenda política e administrativa na Cidade do Padroeiro, um movimento ousado do governador, e um passo definitivo do prefeito ribamarense. Vale aguardar.

São Luís, 02 de Fevereiro de 2019.

Com o desafio de dar sobrevida ao Grupo, Adriano Sarney se declara pré-candidato a prefeito de São Luís

 

Adriano Sarney quer encarar o desafio de representar o Grupo numa disputa em São Luís

“O Grupo Sarney tem pré-candidato à Prefeitura de São Luís. Sou  eu”.  A afirmação, feita de maneira categórica, partiu do deputado estadual Adriano Sarney (PV), ontem, no plenário da Assembleia Legislativa, numa conversa informal com o titular da Coluna e com o blogueiro Diego Emir. O parlamentar não citou nenhum outro nome, deixando no ar a impressão de que a cúpula do Grupo liderado por seu avô, o ex-presidente José Sarney (MDB), está de fato trabalhando com essa possibilidade. “E eu estou pronto para ser o candidato”, acrescentou Adriano Sarney, reconhecendo, com visível franqueza, que, se entrar mesmo na corrida ao Palácio de la Ravardière, poderá enfrentar candidatos com elevadíssimo poder de fogo político e eleitoral, como o deputado federal Eduardo Braide (sem partido) e os deputados estaduais Neto Evangelista (DEM), Duarte Jr. (PCdoB) e Wellington do Curso (PSDB), ou ainda um nome que reúna o apoio dos principais partidos da aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), como o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), entre várias outras possibilidades.

Primogênito da terceira geração da linhagem política iniciada por José Sarney e único sobrevivente da família no crivo das urnas em 2018 – seu pai, Sarney Filho, não conseguiu eleger-se senador, e sua tia, Roseana Sarney, foi derrotada para o Governo do Estado -, o que lhe dá a enorme responsabilidade de mantê-la viva na seara política estadual, o deputado Adriano Sarney não esconde a consciência que tem do seu papel no contexto familiar e no seu campo político. Tanto que lidera uma bancada de três deputados sem unidade, mas sem abrir mão de fazer Oposição sem trégua ao Governo Flávio Dino, mesmo ciente de que não tem qualquer chance de sequer arranhar a bem armada muralha governista. É nesse contexto que Adriano Sarney se apresenta como pré-candidato a prefeito de São Luís.

O parlamentar do PV sabe que, em princípio, o cenário não lhe é favorável, por conta de dois fatores básicos. O primeiro é que o tabuleiro da política ludovicense está fortemente ocupado pela aliança comandada pelo governador Flávio Dino, tendo no momento o PDT como detentor do controle da máquina municipal; e o segundo é que historicamente o Grupo Sarney nunca venceu uma eleição para prefeito de São Luís, mesmo quando José Sarney foi presidente da República – naquele período a banda sarneysista sofreu duas derrotas, uma com o candidato Jaime Santana (PFL), derrotado por Gardênia Castelo (PDS), em 1985, e outra com Jackson Lago (PDT), que derrotou a Carlos Guterres (PMDB), candidato da aliança Sarney/Cafeteira, em 1988. Adriano Sarney sabe que suas chances nessa corrida são reduzidas, mas minimiza a perspectiva desfavorável com o argumento de que, independentemente do cenário pouco estimulante, é mais inteligente entrar na luta do que dela se omitir.

– É bom para mim e para o nosso grupo ser candidato a prefeito – avalia, parecendo estar movido pela máxima esportiva segundo a qual “o importante é competir”.

Ao afirmar ser pré-candidato a prefeito de São Luís, o deputado Adriano Sarney dispara uma ducha de água fria nas especulações que sugeriram uma série de nomes como potenciais pré-candidatos do Grupo Sarney. Três exemplos: a arquiteta e presidente nacional do IPHAN, Kátia Bogea – que também disse a vários interlocutores que não está interessada na disputa, preferindo continuar onde está -, o empresário e ex-suplente de senador Lobão Filho (MDB), e a própria ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que teria admitido a possibilidade de candidatar-se em conversa com aliados. Não será surpresa se a pré-candidatura de Adriano Sarney seja mais que um projeto pessoal e que a cúpula do restou do sarneysismo esteja mesmo enxergando nele o caminho para restaurar pelo menos parte do poder que já exerceu no Maranhão.

E a julgar pelo ânimo com que o parlamentar se proclama pré-candidato ao Palácio de la Ravardière, é provável que ele já esteja escalado para entrar na guerra pesada que será a disputa de 2020, a começar pelo fato de que a aliança comandada pelo governador Flávio Dino está determinada a continuar no   comando da Capital elegendo o sucessor do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT).

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Rildo Amaral prevê que se os aliados de Flávio Dino se juntarem, a aliança vencerá a eleição em Imperatriz

Rildo Amaral afirma estar na corrida para ser o candidato de uma aliança dinista à Prefeitura de Imperatriz

Se o governador Flávio Dino entabular um acordo que contemple seus aliados, não há dúvidas de que o candidato que for lançado por seu grupo será eleito prefeito de Imperatriz, o segundo maior e mais importante município do Maranhão, hoje controlado pelo MDB, exatamente porque as correntes aliadas de Flávio Dino não se uniram em 2016. A avaliação é do deputado estadual Rildo Amaral (SD), que aponta como pré-candidatos da aliança dinista o deputado Marco Aurélio (PCdoB), atual líder do Bloco governista na Assembleia Legislativa, o secretário de Estado de Infraestrutura, Clayton Noleto, e ele próprio.

Com a segurança e a autoridade de quem se elegeu três vezes vereador em Imperatriz e de lá saiu com 23 mil votos na corrida à Assembleia Legislativa, o deputado Rildo Amaral avalia que o prefeito Assis Ramos (MDB) será candidato forte à reeleição, mas não terá cacife para se reeleger se as correntes aliadas ao governador Flávio Dino se mobilizarem em torno de um candidato, que poderá ser ele próprio. Isso porque Assis Ramos irá para as urnas sem uma base de apoio forte, já que as forças ao Grupo Sarney na antiga Vila do Frei foram dizimadas nas eleições de 2018. Nem o empresário Ribinha Cunha (PSC), que ficou em quarto lugar na disputa municipal de 2016, apoiado pelo então prefeito Sebastião Madeira (PSDB) e derrotado fragorosamente em 2018 como vice na chapa de Roseana Sarney, terá ânimo para entrar na briga pela Prefeitura.

A avaliação do deputado Rildo Amaral – que responde a cada pergunta com a precisão de quem sabe exatamente o que está dizendo – parece fazer todo sentido, já que até aqui não há sinais de que o prefeito Assis Ramos tenha encantado os imperatrizenses com um Governo espetacular nem que haja uma força emergente na corrida para a Prefeitura. Isso mesmo levado em conta o fato de que o ex-prefeito Sebastião Madeira, ainda curando as feridas acusadas pelo desastre tucano em 2018, esteja saindo da inércia e começando a se movimentar para procurar o caminho das urnas de 2020.

 

Já presidente da Comissão de Saúde, Helena Duailibe assume a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa

Helena Duailibe (de branco) no ato da posse, tendo os deputados Adelmo Soares e Rigo Teles à esquerda e as deputadas Daniella Tema e Thaíza Hortegal à direita.

A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa já tem nova titular: a deputada Helena Duailibe (Solidariedade). Ela foi eleita por unanimidade e empossada na quarta-feira (27) para comandar o órgão legislativo no biênio 2019/2020. Helena Duailibe será a segunda deputada a exercer o cargo, que foi criado em 2016 e assumido pela então deputada Valéria Macedo (PDT), que o exerceu por dois anos. Com a posse, Helena Duailibe amplia fortemente seu espaço de influência na atual legislatura, já que há duas semanas foi eleita para a presidência da movimentada e influente Comissão de Saúde da Casa.

Ao empossá-la, o presidente Othelino Neto (PCdoB) desejou êxito à deputada Helena Duailibe e assegurou que ela terá todas as condições necessárias para cumprir sua missão com desvelo, de modo a valorizar o espalho de promoção de políticas públicas de proteção da mulher. O presidente da Assembleia manifestou plena certeza de que, sob o seu comando de Helena Duailibe, o trabalho da Procuradoria continuará sendo desenvolvido de forma brilhante, a exemplo do que aconteceu com a primeira procuradora, a deputada Valéria Macedo (PDT), no biênio 2016/2018. “Conte com todo o apoio desta Presidência para que a Procuradoria da Mulher continue sendo espaço de combate a práticas tão nocivas que, infelizmente, ainda hoje assustam a sociedade brasileira”, enfatizou Othelino Neto.

Helena Duailibe disse que terá a grande responsabilidade de dar continuidade ao trabalho iniciado pela ex-deputada Valéria Macêdo. E informou que buscará alternativas junto a todos os segmentos que trabalham com a causa das mulheres, fazendo com que políticas públicas de prevenção sejam cada vez melhor implementadas, de modo a enfrentar questões dramáticas como a do feminicídio, por exemplo.

– Não podemos mais ouvir nos noticiários que pessoas foram assassinadas. Nós temos que trabalhar políticas de prevenção. Vai ser um grande desafio. Vamos procurar informar as mulheres dos seus direitos e onde elas podem buscar as ações. Este vai ser o grande elo nosso com as mulheres – acentuou Helena Duailibe.

São Luís, 28 de Fevereiro de 2019.