Arquivos mensais: julho 2018

Apoio de Alckmin ameniza a crise no PSDB, mas não garante a vaga de candidato a senador a José Reinaldo

 

Geraldo Alckmin e José Reinaldo conversam sobre a cena política do maranhão e do País
Geraldo Alckmin e José Reinaldo conversam sobre a cena política do Maranhão 

Mesmo tendo conseguido a importante declaração de apoio do presidente nacional e candidato do PSDB a presidente da República Geraldo Alckmin, o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares ainda terá de fazer alguns movimentos bem pensados para debelar de vez a crise que o envolve no ninho dos tucanos, para garantir a vaga de candidato s senador pelo partido. Do alto da sua experiência e do prestígio que desfruta dentro e fora do grupo a que pertence, o ex-governador precisa acertar os seus ponteiros com o presidente regional do PSDB e candidato do partido ao Governo do Estado, senador Roberto Rocha, e com o secretário geral do partido, Sebastião Madeira, e enquadrar-se na agenda do partido de agora por diante. Os hematomas que ficaram dos embates travados recentemente dentro da agremiação por conta dos desvios de rota, causados por seu projeto de estimular o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) a lançar-se candidato a governador, ainda estão visíveis, e não será uma declaração de apoio de Geraldo Alckmin que os fará desaparecer. A crise intestina do PSDB maranhense só será resolvida com muita conversa e a construção da clássica postura do um por todos e todos por um.

Não há qualquer discordância em relação ao fato inquestionável de que o ex-governador José Reinaldo foi o grande articulador e avalista do movimento que derrotou o Grupo Sarney na histórica eleição de 2006, na qual o ex-prefeito de São Luís Jackson Lago (PDT) venceu a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) na disputa pelo Governo do Estado, seja merecedor de todas as atenções e concessões no campo político que está no poder e seus ex-aliados. Essa história o tornaria candidato natural a senador por qualquer partido ou grupo que fez parte daquele movimento, que se consolidou em 2014 com a eleição do governador Flávio Dino (PCdoB), também apoiada pelo ex-governador.

Ocorre que e política as coisas mudam com muita velocidade e a fila anda com a mesma intensidade, e quem não se antena perde o timing e fica para trás. E foi exatamente o que aconteceu agora com o ex-governador. Ele não articulou bem a candidatura, permaneceu muito tempo amarrado na indefinição partidária e achou que, independente de qualquer circunstância, teria garantida uma vaga de candidato a senador na chapa majoritária liderada pelo governador Flávio Dino. Não se deu conta de que políticos arrojados e partidariamente bem articulados, como os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), têm pressa e não perderiam o bonde da história abrindo mão dos seus projetos por consideração ao ex-governador, pois sabem que a política é uma atividade extremamente pragmática e não comporta tal postura. E mesmo alertado por aliados de primeira hora, como o prefeito de Tuntum e presidente da Famem Cleomar Tema (PSB), que chegou a organizar um grande movimento de prefeitos para apoiá-lo, o ex-governador alimentou, movido às vezes por mera teimosia, uma inexplicável indefinição partidária.  E não interpretou corretamente os sinais que lhe firam dirigidos pelo governador Flávio Dino.

A decisão de incentivar o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) a se  lançar candidato a governador quando o partido que o acolheu, o PSDB, já tinha candidato ao Governo escolhido, deixou atônito o meio político, como era previsível, e abriu uma crise dos diabos dentro do ninho dos tucanos, que vinha conseguindo se ajustar depois de romper com o governador Flávio Dino. Para o presidente e candidato tucano ao Governo, senador Roberto Rocha, e o secretário geral Sebastião Madeira, é inadmissível aceitar tal situação dentro do partido, ainda que o pivô de tal crise seja o ex-governador José Reinaldo Tavares. A reação da cúpula tucana aos movimentos do neotucano se deu exatamente na medida do estrago que a iniciativa causaria ao projeto do partido.

José Reinaldo finalmente se deu conta de que estava mergulhando no isolamento, tentou em vão alguns lances para reverter a crise. Não funcionou. Bateu, finalmente, às portas de Geraldo Alkmin, seu amigo, que lhe deu a última chance apoiando-o na disputa pela vaga de candidato a senador. A atitude do presidente nacional do PSDB não garante a vaga de candidato ao ex-governador, que terá de disputá-la com o deputado federal Waldir Maranhão, o que torna o desfecho dessa opereta rigorosamente imprevisível.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Márcio Jardim joga ultima cartada para ser candidato a senador na aliança dinista

Márcio Jardim: manifesto por candidatura a senador pelo PT
Márcio Jardim: manifesto por candidatura a senador pelo PT

Daqui até o dia 28, quando ocorrerem as convenções dos partidos que formam a aliança que liderará na corrida eleitoral, o governador Flávio Dino será obrigado a conviver com lances de provocação saídos das entranhas do PT. O mais recente foi o manifesto lançado pelo ex-secretário estadual de Esportes, Márcio Jardim, que reafirmou sua pressão para que o PT o lance candidato a senador. Com o cacife de militante petista de primeira linha – juntamente com Domingos Dutra, hoje no PCdoB e prefeito de Paço do Lumiar, e Francisco Gonçalves, que continua petista e comanda a Secretaria de Combate à Pobreza e Mobilização Social – Márcio Jardim é embalado ainda pelo argumento de que foi um dos líderes da banda petista que se rebelou à decisão da cúpula nacional do partido de aliar-se ao Grupo Sarney no Maranhão. Seu pleito conta com o apoio da maioria dos petistas maranhenses, mas esbarra numa estratégia equivocada do PT para se posicionar sobre essas questões quando a situação já caminhava para uma definição. Ao contrário do PDT, que se posicionou sobre a candidatura de Weverton Rocha desde o primeiro ano do Governo Flávio Dino, posição seguida pelo PPS em relação ao projeto senatorial de Eliziane Gama, o PT avaliou que o ex-presidente Lula da Silva permaneceria livre e seria candidato a presidente sem maiores problemas, o que influiria decisivamente nas condições do seu ingresso na aliança dinista. A condenação e a prisão do ex-presidente mudou tudo, obrigando o partido a se movimentar num jogo de pressões.

 

Rumores: Domingos Dutra poderá apoiar Sarney Filho em Paço do Lumiar

Domingos Dutra e Sarney Filho em audiência no Ministério do Meio Ambiente
Domingos Dutra e Sarney Filho em audiência no Ministério do Meio Ambiente

São fortes os rumores de que o prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB), autodeclarado o “maior adversário político” da família Sarney, estaria alinhavando uma situação por meio da qual apoiaria as candidaturas do deputado federal Weverton Rocha (PDT) e do ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV) ao Senado. Se tal equação político-eleitoral for mesmo montada, será a mais surpreendente dos últimos tempos no Maranhão, e demonstrará que a política não tem mesmo limites, é pura e simples circunstância. Independente dos fatores determinantes, é fato que Sarney Filho tem base polpitica forte em Paço do Lumiar, onde investe emendas e recursos que consegue na peregrinação ministerial. Tanto que chamou atenção o faro de que, meses após assumir a Prefeitura de Paço do Lumiar, Domingos Dutra foi ao Ministério do Meio Ambiente em busca de recursos, tendo sido recebido pelo então ministro Sarney Filho numa audiência que começou de maneira desajeitada e terminou em clima de total descontração, com uma série de projetos alinhavados. Como diria o célebre político maranhense Lister Caldas, raposa felpuda criada no Paço do Lumiar, “quem viver, verá”.

São Luís, 19 de Junho de 2018.

Com a desistência de Murad e a provável saída de Braide, a corrida sucessória pode ser resolvida em turno único

 

Eduardo Braide ainda mantém suspense, enquanto Ricardo Murad já anunciou desistência
Eduardo Braide ainda mantém suspense, enquanto Ricardo Murad já anunciou desistência e quer ser deputado federal

Não surpreendeu o anúncio do ex-deputado Ricardo Murad (PRP) desistindo de disputar o Governo do Estado nem causaram impacto as previsões de última hora dando conta de um iminente comunicado do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) informando igualmente que não será candidato a governador. Também não foi surpresa Ricardo Murad tornar público o seu projeto de disputar uma cadeira na Câmara Federal nem a possibilidade de Eduardo Braide também vir a comunicar ao mundo que será candidato a deputado federal. No mesmo contexto, estava escrito nas estrelas que, ao desistir de ser candidato ao Governo, Ricardo Murad naturalmente anunciaria seu apoio à ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Ao mesmo tempo, a Coluna foi surpreendida pela hipótese – levantada pelo bem informado jornalista Marco D`Eça no seu prestigiado blog – de Eduardo Braide vir a embarcar no Urutu de Jair Bolsonaro (PSL) aliando-se à ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PSL), pré-candidata assumida ao Governo estadual, para levar em frente o projeto de se tornar deputado federal.

Ao anunciar que não será candidato a governador e que apoiará Roseana Sarney, sua cunhada e chefe política e administrativa no seu último Governo, Ricardo Murad confirmou o que até as pedras de cantaria da Praia Grande já sabiam. E transformou em verdade indiscutível a impressão causada no mundo político de que sua pré-candidatura foi apenas um factóide para ganhar tempo suficiente para desenhar um rumo para ele próprio e os deputados Andrea Murad e Souza Neto, seus dependentes políticos diretos, que irão para a guerra tentar renovar seus mandatos na Assembleia Legislativa, a essa altura do campeonato com os espaços eleitorais loteados. O ex-presidente da Assembleia Legislativa (1987/1989) sabia que não seria candidato nem teria outra saída que não apoiar Roseana Sarney. Nesse jogo previsível, Ricardo Murad ganhou o tempo que precisava para montar o projeto eleitoral envolvendo ele próprio e os deputados Andrea Murad e Souza Neto e se manteve em evidência. O apoio de Ricardo Murad a Roseana Sarney era, portanto, líquido e certo.

Já a possibilidade de o deputado Eduardo Braide vir a abandonar seu projeto-solo e bandear-se para uma aliança com Maura Jorge, ingressando, desse modo, nos planos de Jair Bolsonaro, é a prova de que a política não tem limites. Mas tem lá suas explicações. Para começar, mostra que Eduardo Braide é um político de direita, com um viés liberal na superfície, mas com um lastro fortemente conservador na sua base ideológica, o que explica o fato de haver ele rompido e virado as costas para o mundo da esquerda democrática liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), de quem preferiu ser adversário. Braide descobriu, havia tempos, que o prestígio que conquistara na corrida para a Prefeitura de São Luís não seria suficiente para embalar sua candidatura ao Governo do Estado contra o governador Flávio Dino. Tentou insistentemente firmar uma aliança com partidos pequenos que lhe dessem algum tempo de TV, mas não conseguiu nenhum interessado, situação que deve obrigá-lo a embarcar na coligação de Maura Jorge e por ela disputar uma vaga na Câmara Federal, como está sendo especulado por alguns observadores.

Aos 62 anos e com a responsabilidade de cuidar dos projetos políticos da filha e do genro, Ricardo Murad sabe que está arquivando uma das suas últimas chances de tentar realizar o seu sonho cor de rosa, que é morar por quatro anos no Palácio dos Leões tendo o comando absoluto da máquina pública estadual e um Orçamento superior a R$ 15 bilhões por ano. Por sua vez, aos 42 anos, Eduardo Braide sabe que está fora do jogo sucessório deste ano, mas que tem muito tempo pela frente, devendo dedicar-se imediatamente à sua eleição para deputado federal, tendo como próximo passo o desafio de brigar pelo comando da Prefeitura de São Luis, um objetivo bem mais viável para o cacife que exibe nesse momento.

A saída dos dois da corrida sucessória enxuga o quadro de candidatos a governador e amplia a possibilidade de o desfecho da disputa acontecer em turno único, conforme previram as pesquisas feitas até aqui.

 

 PONTO & CONTRAPONTO

 

Disputa pelas cadeiras da Câmara Federal vai reunir pesos pesados

Márcio Jerry, Sebastião Madeira, Ildon Marques e Gastão Vieira vão com tudo por vagas na Câmara Federal
Márcio Jerry, Sebastião Madeira, Ildon Marques e Gastão Vieira vão com tudo por vagas na Câmara Federal

A entrada de Ricardo Murad e Eduardo Braide na corrida para a Câmara Federal vai acirrar ainda mais a disputa pelo voto. Sem os dois, os milhares de votos deixados “soltos” pelos deputados Eliziane Gama (140 mil), Weverton Rocha (80 mil), José Reinaldo (PSDB) e Waldir Maranhão (PSDB) e Sarney Filho (PV), que estão na guerra pelo Senado, seriam pulverizados entre vários candidatos, mas com a entrada deles nessa seara, a “caça” a esses votos vai ganhar novo impulso. Aliás, a guerra pelas 18 cadeiras da Câmara Federal será tão disputada quanto as demais, pois além dos deputados que buscam a reeleição, como Rubens Jr. (PCdoB), Hildo Rocha (MDB), Cléber Verde (PRB), João Marcelo (MDB) e André Fufuca (PP), um grupo forte está se movimentando para fazer o caminho de ida, como o jornalista Márcio Jerry (PCdoB), os ex-prefeitos de Imperatriz Ildon Marques (PSB) e Sebastião Madeira (PSDB), o vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB) e o ex-ministro Gastão Vieira (PROS).  Será, portanto, uma guerra e tanto.

 

Ex-prefeitos de São Luís poderão voltar a encarar as urnas

Tadeu Palácio, Conceição Andrade e Gardênia Gonçalves: rumores sobre candudaturas
Tadeu Palácio, Conceição Andrade e Gardênia Gonçalves: rumores sobre  eventuais candidaturas

Correm nos bastidores da corrida eleitoral rumores de que os ex-prefeitos de São Luís Tadeu Palácio, Conceição Andrade e Gardênia Gonçalves estariam se movimentando discretamente para entrar na briga pelo voto tradicional para a Câmara Federal. Tadeu Palácio andou recolhido, dedicando-se exclusivamente ao seu consultório de oftalmologia, mas recentemente tem sido visto em eventos sociais, sorridente e exibindo um visual atualizado. Conceição Andrade, depois de participar dos Governos de Roseana Sarney como secretária de Estado ligada às questões agrárias, retomou suas atividades de advogada especialista nessa área, mas admitindo a possibilidade de encarar as urnas em Outubro. E Gardênia Gonçalves estaria sendo sondada por amigos, que gostariam de vê-la preservando o legado político e eleitoral do marido e dela própria como candidata à Câmara Federal. Nenhuma definição concreta.

São Luís, 18 de Julho de 2018.

 

Weverton Rocha mostra força política, prega reeleição de Flávio Dino, pede apoio a Ciro Gomes e esquenta corrida ao Senado

 

Weverton Rocha é saudado por seguidores. Flávio Dino paeticipa da cinvenççao e é festejado por pedetistas. E Ciro Gomes entre ???, Edivaldo Jr., Weverton Rocha, Othelino Neto, Gastão Vieira e André Fufuca
Weverton Rocha é saudado por seguidores. Flávio Dino participa do ato e é festejado por pedetistas. E Ciro Gomes entre Osmar Filho (PDT), Edivaldo Jr. (PDT), Othelino Neto (PCdoB), Weverton Rocha, Gastão Vieira (PROS) e André Fufuca (PP) no ato de lançamento

Se prestígio político e partidário pesar na escolha do eleitorado, a candidatura do deputado federal Weverton Rocha (PDT) ao Senado, na chapa liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), está consolidada e seguirá para as urnas levando todas as condições para obter resultado positivo. Os indicativos de que o sucessor do ex-governador Jackson Lago na liderança do PDT vem construindo um projeto político e eleitoral sólido e consistente foram exibidos na noite desta segunda-feira, no Multicenter Sebrae, onde lançou sua pré-candidatura. Ali, comandou um ato que reuniu ninguém menos que o governador Flávio Dino, o candidato do PDT a presidente Ciro Gomes, o presidente nacional do PDT Carlos Lupi, o presidente da Assembleia Legislativa deputado Othelino Neto (PCdoB), o prefeito de São Luís Edivaldo Jr. (PDT), deputados federais, deputados estaduais, prefeitos, vereadores de todos os recantos do Maranhão e um animado batalhão de apoiadores do projeto. Fez um discurso de candidato aguerrido e o político maduro e influente, que defende bandeiras bem definidas e está plenamente conectado com a realidade na qual se movimenta. E o resultado dessa construção é uma candidatura viável e vista por muitos como uma das favoritas.

Weverton Rocha pregou a união das forças que formam a aliança liderada pelo governador Flávio Dino, defendeu com veemência sua reeleição, reforçou o discurso anti-sarneysista, declarou apoio à candidatura da deputada federal Eliziane Gama (PPS) à outra vaga ao Senado pela coligação e propôs que a aliança dinista se mobilize em torno da candidatura de Ciro Gomes a presidente da República. Para ele, é esse o caminho que o Maranhão deve seguir, apontando Flávio Dino como o timoneiro do processo de mudança: “Há muito tempo sonhávamos com a libertação do Maranhão, que começou com Jackson Lago, mas golpearam ele, caçaram, e lá do céu ele te iluminou. Você é o grito de libertação que estava na nossa garganta”.

O projeto senatorial de Weverton Rocha não foi alinhavado por acaso nem por lances de oportunismo, mas construído passo a passo numa linha de ação política bem definida de centro-esquerda, de raiz brizolista, germinada ainda no movimento estudantil, e pela ousadia com que escalou os degraus do PDT, tornando-se, logo cedo, um dos homens de confiança do líder Jackson Lago e, com a morte do líder, assumindo o comando do PDT, ocupando também amplo espaço de decisão na cúpula nacional do partido, como membro do Diretório e da Executiva e conselheiro do presidente Carlos Lupi. Durante o Governo Jackson Lago, foi secretário de Esportes, realizando um forte trabalho de mobilização, mas também sendo duramente atingido por suspeita de desvio nas Obras do Ginásio Costa Rodrigues, num caso ainda sem solução definitiva nos tribunais superiores.

Com esse suporte, Weverton Rocha se tornou uma das vozes mais influentes da Câmara Federal, ocupando cadeira no chamado “alto clero”. Foi vice-líder e líder da bancada do PDT, funções que exerceu com firmeza parlamentar e coerência política, posicionando-se contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e fazendo oposição cerrada ao governo do presidente Michel Temer (MDB). No momento, exerce a liderança da Minoria na Câmara Federal, que reúne todas as correntes oposicionistas. Tem sido também um legislador produtivo, com enfoque principalmente na área trabalhista, ditado pela linha mestra do seu partido.

No campo político-partidário, Weverton Rocha tem se mostrado um líder ousado e desafiador. Nas eleições municipais de 2016, por exemplo, manteve posições controvertidas – como o apoio incondicional à candidatura de Rosângela Curado, em Imperatriz, que foi derrotada e acabou presa acusada de corrupção, por exemplo – e decisivas – como o apoio que dedicou à reeleição do prefeito Edivaldo Jr., em São Luís. Nesse processo, festejou conquistas avassaladoras (São Luís e Codó) e amargou derrotas acachapantes (Imperatriz), sem, no entanto, perder uma só réstia de motivação em relação ao projeto senatorial. Ao contrário, rompeu todas as barreiras que se colocaram entre ele e o Palácio dos Leões, e conseguiu, com habilidade de político tarimbado, ocupar o espaço que mirou na chapa majoritária liderada pelo governador Flávio Dino, firmando-se como figura de proa da aliança dinista.

O ato de ontem no Multicenter Sebrae reuniu com clareza todos os traços da bem sucedida trajetória de Weverton Rocha e consolidou de vez a possibilidade de uma participação positiva numa disputa que envolve, além da aliada Eliziane Gama, pesos pesados da política estadual como o senador Edison Lobão (MDB), o deputado federal Sarney Filho (PV), o ex-governdor José Reinaldo Tavares (PSDB) e o deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB).

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Lobão articula visita de integrantes da CCJ do Senado a Lula na prisão

Edison Lobão durante o aparte contundente contra prisão de Lula e uso de delação como prova
Edison Lobão durante o aparte contundente contra prisão de Lula e uso de delação como prova

Ao contrário do que tem sido divulgado, o senador Edison Lobão (MDB) não será apenas  “um dos senadores” que devem visitar o ex-presidente Luka da Silva (PT) na prisão, em Curitiba. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado,  Lobão foi o principal articulador do movimento e quem, em nome da CCJ, encaminhou à Justiça Federal no Paraná o pedido de autorização para que integrantes da Comissão visitem o ex-presidente. O pedido foi formalizado há duas semanas, depois que senadores integrantes da CCJ avaliaram todos os aspectos políticos e institucionais da iniciativa, chegando à conclusão de que a visita faz todo sentido por se tratar de um ex-presidente da República condenado num processo polêmico e, para muitos, com clara motivação política. Há cerca de um mês, em aparte a um discurso do senador catarinense Roberto Requião (MDB), o senador Edison Lobão criticou duramente a condenação e a prisão do ex-presidente, afirmando categoricamente estar convencido de que “Lula foi condenado preso para não ser o próximo presidente da República”. Foi aplaudido por muitos, que concordam com sua posição, e criticado por outros, que enxergam nela oportunismo eleitoral. Edison Lobão, porém, tem autoridade de sobra para defender Lula da Silva em qualquer situação ou circunstância: foi ministro de Minas e Energia dos seus dois Governos e construiu com o ex-presidente uma amizade sólida, a ponto de torná-lo um dos seus interlocutores mais frequentes, com quem  trocava impressões sobre a área de Minas e Energia, Governo e cenário político.

 

Edivaldo Holanda aliviado com a decisão do PTC de não lançar Fernando Collor

Edivaldo Holanda contra a candidatura de Collor de Mello pelo PTC
Edivaldo Holanda contra a candidatura de Collor de Mello pelo PTC

O deputado Edivaldo Holanda ficou aliviado quando o seu partido, o PTC, chegou à conclusão de que não deveria lançar a candidatura do ex-presidente Fernando Collor à presidência da República. O projeto foi imaginado pelo próprio Collor e apoiado por alguns líderes evangélicos ligados ao PTC, mas acabou naufragado por absoluta falta de base e de apoio. Ainda em março, quando a articulação começava a ganhar corpo nos bastidores da sucessão presidencial, a Coluna perguntou ao deputado Edivaldo Holanda o que ele achava de o seu partido lançar Fernando Collor como candidato presidencial. O chefe do PTC no Maranhão reagiu com rispidez e indignação: “Espero que não façam essa burrice. Se depender de mim ele não fica nem no partido”. O desfecho do malfadado projeto deixou Edivaldo Holanda em estado de graça.

São Luís, 17 de Julho de 2018.

Começa a contagem regressiva para Eduardo Braide e Ricardo Murad confirmarem ou arquivarem candidaturas aos Leões

 

Eduardo Braide e Ricardo Murad em contagem regressiva para decidir se disputam ou não o Governo
Eduardo Braide e Ricardo Murad em contagem regressiva para decidir se disputam ou não o Governo do Estado em Outubro

A contagem regressiva de cinco dias para o início do período – 20 de Julho a 05 de Agosto – em que serão realizadas as convenções para a formalização das candidaturas ao Governo do Estado, revelarão finalmente o que está por trás de duas incógnitas. A primeira é o que de fato pretende e para onde vai o deputado estadual Eduardo Braide (PMN). A segunda é o futuro político e eleitoral do ex-deputado Ricardo Murad (PRP). Os dois estão navegando entre o voto majoritário e o proporcional, apontados ora como pré-candidatos a governador, ora como aspirantes a um período na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa, mas em movimentos intensos e silenciosos alimentam fortemente a possibilidade de entrar na disputa pelo Palácio dos Leões, quando é sabido que não dispõem de base política sólida nem de estrutura partidária para encarar uma corrida nesse plano. São, porém, casos rigorosamente diferentes, que não guardam qualquer afinidade, mas  se os dois resolverem entrar de fato na corrida, o alvo deles  será o projeto de reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB), devendo atuar na mesma linha da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Um dos políticos mais preparados e atuantes da nova geração, o deputado Eduardo Braide nasceu nas entranhas do Grupo Sarney, mas seguiu a dissidência liderada pelo então governador José Reinaldo Tavares (2006), ganhando a presidência da Caema, de onde saiu para ser o secretário de Orçamento Participativo do Governo João Castelo em São Luís. Durante os dois primeiros anos do seu segundo mandato de deputado estadual foi uma das estrelas da bancada do Governo Flávio Dino, marcando sua atuação pelo duro e eficiente combate que deu aos ataques da Oposição. Rompeu com Flávio Dino para disputar a Prefeitura de São Luís em 2016, surpreendendo com um desempenho eleitoral inesperado: levou a decisão para o segundo turno, foi derrotado pelo prefeito Edivaldo Jr. (PDT), mas saiu das urnas com um capital eleitoral que o arremeteu para o primeiro time dos pesos pesados da política estadual.

No início deste ano, Eduardo Braide confirmou à Coluna rumores de que pretendia disputar o Governo do Estado, mas com o cuidado de dizer que seu objetivo primeiro é a Câmara Federal. Iniciou aí um jogo inteligente, mas furta-cor e com grande margem de risco. Sua pré-candidatura a governador vem sendo alimentada com uma maratona de conversas com líderes partidários na busca de uma aliança que lhe assegure algum tempo de  rádio e TV e, claro, recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral para bancar sua eventual campanha. Nesse período, pesquisas o apontaram como terceiro na corrida aos Leões, batendo Roberto Rocha (PSDB), Maura Jorge (PSL) e Ricardo Murad, e foi acusado de jogar para beneficiar Roseana Sarney. Fiel à estratégia da conversa fechada e do silêncio sepulcral, elogiada por uns e criticada por outros, Eduardo Braide se manteve até aqui como “pré-candidato”. Esse, porém, está chegando ao fim. Em poucos dias, Eduardo Braide terá de abrir o jogo e dizer para onde irá de fato. Sabe que disputar o Governo do Estado será uma “pedreira” difícil de encarar, assim como a Câmara Federal, que a essa altura está com o eleitorado loteado pelos candidatos já assumidos.

Personagem tonitruante de uma trajetória cheia de curvas e altos e baixos, marcada por um intenso entra e sai partidário que começou na direita (PDS e PFL), mergulhou pelo centro (PMDB), visitou a esquerda (PDT e PSB) e retornou à direita (PRP), tendo alcançado o ápice como presidente da Assembleia Legislativa (1987-1989), prefeito de Coroatá, gerente metropolitano (Governo José Reinaldo) e secretário de Saúde nos dois últimos Governos de Roseana Sarney, com forte influência política no Grupo Sarney, com o qual rompeu e reatou nesse período, o ex-deputado Ricardo Murad deixou o MDB e ingressou no PRP, partido alinhado ao Grupo Sarney, anunciando sua candidatura a governador. Tal equação gerou naturalmente questionamentos de aliados e suspeitas de adversários, que enxergaram no projeto o objetivo de atuar como “laranja” de Roseana Sarney, com a missão quase impossível de tentar desconstruir o governador Flávio Dino.  Ricardo Murad não arquivou a “pré-candidatura”, mas também não fez maiores gestos para confirmá-la.

Político astuto, experiente e conhecedor profundo do caminho das pedras no tabuleiro político estadual, o “homem-forte” do último Governo de Roseana Sarney sabe que, ao contrário de outros tempos, não tem como se dissociar da pré-candidata emedebista. E tem plena consciência de que se entrar, de fato, na guerra pelos Leões, será visto como linha auxiliar da aliada e transformado num alvo dos adversários. Daí a expectativa por uma definição clara sobre o seu futuro político.

O mundo político aguarda tais definições.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Situação no PSDB se acalma, mas José Reinaldo terá de disputar vaga de candidato a senador com Waldir Maranhão

José Reinaldo terá de disputar vaga com Waldir Maranhão
José Reinaldo terá de disputar vaga de candidato  senador com Waldir Maranhão

Depois de uma série de marchas e contramarchas, a situação do ex-governador José Reinaldo Tavares dentro do PSDB parece caminhar para um clima amistoso, sem a pancadaria que vinha sendo desferida na sua direção por conta do seu projeto de lançar o deputado Eduardo Braide candidato ao Governo do Estado, colocando a candidatura do tucano Roberto Rocha em situação delicada. O problema é que, se antes tinha garantida a vaga de candidato ao Senado pelo ninho dos tucanos, agora ele terá de disputá-la com o deputado federal Waldir Maranhão, que tem a simpatia da cúpula partidária. José Reinaldo vive uma situação muito diferente de quando ingressou no PSDB. Naquele momento, ele era o candidato absoluto a uma das vagas, sendo a outra do deputado estadual Alexandre Almeida. Agora, depois de semanas e semanas de conflitos dentro do partido por causa do “fator” Eduardo Braide, a situação é outra: depois da ameaça explícita de que poderia ser rifado da disputa para o Senado, uma nova situação ganhou definição: José Reinaldo terá de disputar a vaga com Waldir Maranhão na convenção. Tal situação foi confirmada com todas as letras pelo presidente do partido e candidato a governador, senador Roberto Rocha. Tudo indica que José Reinaldo entendeu a gravidade da situação e parece disposto a consertar os estragos que ele próprio produziu nesse período. Resta saber se os chefes tucanos e o próprio Waldir Maranhão estão dispostos a recuar.

 

Desistência de Flávio Rocha de disputar presidência causa alívio no PRB do Maranhão

Flávio Rocha desiste de candidatura e alivia Cléber Verde
Flávio Rocha desiste de candidatura e alivia Cléber Verde, comandante do PRB

A desistência do empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, de disputar a presidência da República pelo PRB causou grande alívio no comando do partido no Maranhão. Político declaradamente de direita, e de uma corrente que beira ao radicalismo, Flávio Rocha vinha criando embaraços à posição do PRB no Maranhão, onde está alinhado ao projeto de reeleição do governador Flávio Dino,  ficando o partido em situação delicada se tivesse de defender as ideias do dono da Riachuelo sobre programas sociais – ele tem horror ao Bolsa Família por exemplo. Agora, o braço maranhense do PRB, que tem como chefe indiscutível o deputado federal Cléber Verde e como maior estrela o vice-governador Carlos Brandão, vai poder fazer uma campanha mais menos tensa.

São Luís, 15 de Julho de 2018.

 

Sob o comando de Othelino Neto, Assembleia mantém estabilidade e vai ao recesso após fazer seu dever de casa

 

Othelino assumiu o comando da Assembleia Legislativa com o apoio de todas as forças e soube capitalizar esse aval
Othelino Neto (centro)  assumiu o comando da Assembleia Legislativa com o apoio de todas as forças e soube capitalizar o aval

Oficialmente, a Assembleia Legislativa entrará de recesso por 15 dias a partir de terça-feira (17), mas na prática, as atividades do penúltimo semestre da atual legislatura foram encerradas ontem, com a limpeza da pauta num esforço concentrado que incluiu a votação antecipada da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse período, que antecedeu ao processo eleitoral que culminará com as eleições de Outubro, foi marcado por dois fatos: um embate intenso e republicano entre Situação e Oposição e a consolidação do deputado Othelino Neto (PCdoB) na presidência do Poder depois de três anos da forte presença do então presidente Humberto Coutinho (PDT), falecido em Janeiro. Nesses seis meses, a Assembleia Legislativa se manteve segura como um dos três pilares do Estado maranhense, dando uma forte demonstração de que os seus integrantes no atual mandato atuaram com plena consciência do seu papel na estabilidade institucional do Maranhão. Tal situação ficou mais evidente quando o novo presidente, um deputado da nova geração, assumiu o desafio de conduzir sem crises agudas um parlamento movido por uma ampla malha de interesses políticos envolvendo a base governista e o contrapeso oposicionista.

Nos últimos cinco meses, o Plenário Gervásio Santos foi várias vezes sacudido por confrontos verbais entre uma Oposição numericamente reduzida, mas politicamente afoita e ativa, e que deu voz às estratégias do Grupo Sarney, sempre encontrando pela frente a muralha governista, posicionada de acordo com as orientações emanadas do Palácio dos Leões. Foram embates duros, sempre motivados por acusações da Oposição, baseadas em argumentos que não tiveram comprovação, evidenciando, na verdade, um jogo destinado a provocar e a desestabilizar a poderosa base governista. Com maioria ampla e sólida e argumentos bem elaborados, a bancada situacionista desarmou todas as bombas cuidadosamente elaboradas pelos adversários do Governo.

Pela banda governista se destacaram os líderes Rogério Cafeteira (PDT) e Rafael Leitoa (PDT) e membros da linha de frente, como Bira do Pindaré (PSB), Marco Aurélio (PCdoB), Levi Pontes (PCdoB) e Edivaldo Holanda (PTC), que atuaram atacando adversários e defendendo o Governo, apoiados no voto por Sérgio Frota (PR), Ana do Gás (PCdoB), Valéria Macedo (PDT), Ricardo Rios (SD), Cabo Campos (PEN), Vinícius Louro (PR), Carlinhos Florêncio (PCdoB), Glaubert Cutrim (PDT), Fábio Macedo (PDT), Francisca Primo (PCdoB), Júnior Verde (PRB), Edson Araújo (PSB), Fábio Braga (SD), Neto Evangelista (DEM), Josimar de Maranhãozinho (PR), Leo Cunha (PSC), Raimundo Cutrim (PCdoB), Paulo Neto (DEM), Stênio Rezende (DEM) e Zé Inácio PT. Na banda oposicionista atuaram com destaque Max Barros (PRB), Adriano Sarney (PV), Edilázio Jr., (PSD), Andrea Murad (PRP), César Pires (PV), Wellington do Curso (PSDB) e Souza Neto (PRP), apoiados por Nina Melo (MDB), Graça Paz (PSDB), Rigo Teles (PV), Antonio Pereira (DEM) e Hemetério Weba (PP). Nesse contexto, o deputado Eduardo Braide (PMN) destacou-se como uma voz ativa fazendo uma oposição independente, posição assumida também pelo deputado Roberto Costa (MDB), que atuou como articulador nos bastidores.

Nesse contexto de embates e conflitos motivados pela aproximação do processo eleitoral, o grande destaque foi mesmo a atuação do presidente Othelino Neto, que pegou o bonde andando, sucedeu a um líder experiente e respeitado, enfrentou e superou alguns obstáculos, amargou alguns dissabores, mas demonstrou maturidade e senso de equilíbrio, e valendo-se da moderação e da boa conversa de bastidor, e consciente de que seria desidratado, tomou as rédeas da situação e assumiu integralmente o controle do Poder. Para tanto, tomou decisões administrativas duras, mudou o corpo de diretores, montou sua assessoria seis meses depois da posse, não deixando  qualquer réstia de dúvida de que tem o comando pleno da instituição, administrando pelo diálogo as diferenças e os conflitos que movimentam um colegiado tão plural e heterogêneo.

O fato é que a Assembleia Legislativa que entra em recesso e se prepara para ir às urnas em Outubro não é perfeita, tem suas contradições e suas limitações como parlamento, mas vem fazendo o seu dever de casa e a parte que lhe cabe como Poder político do Estado do Maranhão. Não é sem razão, portanto, que o presidente Othelino Neto calcula que pelo menos  2/3 dos deputados renovarão seus mandatos.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Bacabal: Grupo de Zé Vieira deve indicar o ex-vice Florêncio Neto para disputar Prefeitura com Edvan Brandão

Florêncio Neto deverá ser o adversário de Edvan Brandão na disputa em Bacabal
Florêncio Neto deverá ser o adversário de Edvan Brandão na disputa em Bacabal

É quase certo que o ex-vice-prefeito Florêncio Neto (PCdoB) será o candidato do grupo que se mobilizou em torno do ex-prefeito Zé Vieira (PR) à Prefeitura de Bacabal na eleição que será realizada no dia 28 de Outubro, data em que será acontecerá, se houver, o segundo turno das eleições para governador e presidente da República. A informação foi dada à Coluna pelo deputado Carlinhos Florêncio (PCdoB), que descartou enfaticamente a possibilidade de ele próprio vir a ser o candidato. Argumenta que está trabalhando para renovar seu mandato parlamentar, considerando que sua prioridade é permanecer na Assembleia Legislativa. Carlinhos Florêncio revelou que o grupo que apoiou a candidatura de Zé Vieira permanece mobilizado, sem qualquer defecção e que irá para as urnas “para vencer a eleição de novo”. Se a previsão do deputado do PCdoB for confirmada, Florêncio Neto enfrentará nas urnas o atual prefeito Edvan Brandão (PSC), que tem o apoio do senador João Alberto (MDB) e do deputado Roberto Costa, que disputou com Zé Vieira e ficou em segundo lugar. Havia a expectativa de que Roberto Costa seria de novo candidato, mas ele optou por ir às urnas no primeiro turno com o objetivo de renovar seu mandato na Assembleia Legislativa.

 

Grandes eventos marcarão o lançamento de Weverton Rocha para o Senado e Márcio Jerry para deputado federal

Weverton Rocha e Márcio Jerry lançarão suas candidsturas na segunda-feira
Weverton Rocha e Márcio Jerry lançarão suas candidaturas na segunda-feira

A próxima segunda-feira (16) será marcada por dois eventos políticos de grande envergadura na seara governista. O primeiro será o lançamento da candidatura do deputado federal Weverton Rocha (PDT) ao Senado, que ocorrerá em São Luís com a presença do governador Flávio Dino e do  presidenciável pedetista Ciro Gomes. O segundo será o lançamento da candidatura do ex-secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry, presidente estadual do PCdoB, que acontecerá em Colinas, sua terra natal. A candidatura de Weverton Rocha a senador tem o apoio fechado da aliança governista e conta com o apoio entusiasmado do governador Flávio Dino e o reforço precioso e determinado do prefeito de São Luís, Edivaldo Jr, (PDT), reunindo ainda o poder de fogo do presidenciável pedetista Ciro Gomes, cuja candidatura recebeu apoio decisivo do parlamentar maranhense dentro da cúpula nacional do PDT. As forças que apoiam Weverton Rocha pretendem realizar um ato que seja uma demonstração do seu poder de fogo eleitoral. Márcio Jerry, por sua vez, quer buscar nas suas origens, o suporte para a grande votação que espera receber nas urnas.

São Luís, 13 de Julho de 2018.

Grupo Sarney tenta minar base política e partidária de Flávio Dino para fortalecer candidatura de Roseana Sarney

 

Flávio Dino lidera corrida e Roseana Sarney contra com o ex-presidente José Sarney para
Flávio Dino lidera corrida e Roseana Sarney contra com o ex-presidente José Sarney para fortalecer sua candidatura

A contagem regressiva para o início das convenções partidárias que definirão candidaturas e coligações para as eleições de Outubro está fazendo ferver os bastidores da política maranhense. De um lado, o governador Flávio Dino (PCdoB) concentra seus esforços na consolidação da aliança de 15 partidos que vai liderar na corrida às urnas. De outro, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) se movimenta intensamente para minar a base partidária de Flávio Dino e fortalecer o suporte político da sua candidatura. No centro do complicado tabuleiro, o senador Roberto Rocha (PSDB) mede forças com a ex-prefeita Maura Jorge numa peleja para galgar o terceiro lugar na preferência do eleitorado para poder sonhar com uma improvável posição que possa ser decisiva nas urnas. O sintoma mais evidente desse “climão” que move a corrida rumo ao Palácio dos Leões foram as revelações do deputado estadual Josimar de Maranhãozinho (PR) sobre a investida do Grupo Sarney para tirá-lo da aliança dinista e colocá-lo como um reforço importante à candidatura de Roseana Sarney, numa articulação comandada pessoalmente por ninguém menos que o ex-presidente José Sarney (MDB).

Do alto de um Governo bem avaliado e de claras indicações de que tem a preferência da maioria do eleitorado para concretizar nas urnas o seu projeto de reeleição, o governador Flávio Dino monitora com habilidade e atenção redobrada os movimentos dos seus adversários. No caso de Josimar de Maranhãozinho, que foi o campeão de votos em 2014, lidera vários prefeitos na pré-Amazônia maranhense e comanda o PR no estado, a investida para fazê-lo voltar à seara sarneysista é uma demonstração cabal de que o projeto da ex-governadora Roseana Sarney de voltar ao comando do Estado está fragilizado e precisa de gás político e eleitoral para seguir em frente com algum traço de viabilidade. Sem perder tempo, o governador reage à investida sarneysista, conseguindo manter Josimar de Maranhãozinho e seu grupo na aliança governista.

Outra investida que o Grupo Sarney tenta concretizar é articular para atrair o deputado Eduardo Braide (PMN) para a sua área de influência, evitando assim que ele se lance candidato a governador e se torne um fator de risco para Roseana Sarney, ou ainda, numa hipótese muito remota, ele reate relações com o Palácio dos Leões. Movendo-se com extremo cuidado, Eduardo Braide tem se movimentado numa via traçada por ele próprio, avisando, em conversas reservadas com interlocutores informais, que não servirá de “bucha de canhão” para nenhum dos grupos em confronto no estado. Há, no entanto, sintomas de que o (im)provável candidato do PMN a governador manterá janelas abertas para conversar até às vésperas da convenção por meio da qual sairá candidato ao Palácio dos Leões ou a deputado federal, descartando enfaticamente a possibilidade de vir a ser candidato a vice-governador na chapa da candidata do MDB. Até lá, o futuro de Eduardo Braide será uma incógnita.

O que está sendo evidenciado até aqui é que o Grupo Sarney não tem a força de antes, enfrenta sérias dificuldades para reunir aliados, mas não está fora de combate. Faltam-lhe os ingredientes de antes – máquina administrativa, apoio de um Governo central forte e uma legião de deputados federais e estaduais e prefeitos para cuidar da base da campanha -, e a movimentação de agora, que vem mantendo o Palácio dos Leões em posição de alerta, é o esforço decisivo do Grupo Sarney para entrar na campanha com o máximo possível de suporte que puder reunir nas articulações em curso. Ou seja, a candidatura da ex-governadora Roseana Sarney é uma espécie de última cartada da sua trajetória, e por isso o ex-presidente José Sarney jogará todas as suas fichas nesse projeto.

O quadro político do Maranhão está devidamente desenhado, com as forças organizadas nos devidos campos, restando pouco espaço para troca de posições. E nesse contexto o governador Flávio Dino está levando a melhor, mesmo mantido sob uma implacável pancadaria midiática.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Troca de xingamentos entre Ana do Gás e Vinícius Louro expõe a tensão da guerra pelo voto

Vinícius Louro e Ana do Gás: embate áspero com acusações e xingamentos
Vinícius Louro e Ana do Gás: embate áspero com acusações e xingamentos na AL

Ao mesmo tempo em que as lideranças maiores travam uma guerra no plano das articulações para reforçar seus cacifes eleitorais, personalidades políticas intermediárias se engalfinham numa guerra aberta, declarada e de alto teor explosivo. O exemplo acabado teve como palco, ontem, o plenário da Assembleia Legislativa, onde os deputados Ana do Gás (PCdoB) e Vinícius Louro  (PR), que militam na região polarizada por Pedreiras – Esperantinópolis, Capinzal do Norte, Santo Antônio dos Lopes, Trizidela do Vale, entre outros. Dando a impressão de que estão disputando os mesmos votos, os dois parlamentares agrediram-se verbalmente, numa surpreendente troca de acusações que teve como mote a destinação de emendas para os municípios onde atuam. O tiroteio verbal foi iniciado por Ana do Gás, que numa agressividade surpreendente, chamou Vinicius Louro de “mentiroso”, “cara de pau”, “malandro” ao acusá-lo de “enganar” a população com “mentiras”. Momentos depois, Vinícius Louro foi à tribuna e reagiu no mesmo tom, devolvendo os impropérios e afirmando que Ana do Gás é “incompetente” e “despreparada”. A deputada quebrou a regra para apartes e continuou atacando, alvejando o adversário com palavras duras. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB) precisou interferir para acalmar os ânimos, mas os deputados, principalmente Ana do Gás, continuaram se insultando fora da tribuna. O embate foi um exemplo do que está acontecendo na corrida às urnas, que deve ser acirrada depois do recesso parlamentar, quando a campanha eleitoral for oficialmente aberta.

 

Destaque

Daniella Tema: um nome que cresce na corrida por cadeira na Assembleia Legislativa

Daniella Tema: projeto político traçado pela experiência como gestora
Daniella Tema: projeto político traçado pela experiência como gestora

A avaliação corrente de que a renovação da Assembleia Legislativa nas eleições de Outubro não será maior que um 1/3 dos atuais 42 deputados, o que significará que apenas 14 novos parlamentares conseguirão assento no Plenário do Palácio Manoel Beckman ganha força, e faz com que entre os que travam a guerra pelo voto despontem lideranças da novíssima geração política do Maranhão. Entre os nomes que começam a ganhar espaço no cenário pré-eleitoral cresce Daniella Tema (DEM), que constrói sua candidatura ao parlamento estadual a partir de Tuntum, onde dá suporte ao marido, o prefeito Cleomar Tema, e tem base forte em Presidente Dutra, onde nasceu, cresceu com fortes laços. Jovem, formada em Nutrição, Daniella Tema encontrou o viés político ao atuar como secretária de Assistência Social da Prefeitura de Tuntum.

O que poderia ser apenas uma ocupação típica de primeira-dama ela transformou numa ação de grande envergadura, levando a assistência possível às áreas mais necessitadas do município entre 2013 e 2014. Em 2015, recebeu do governador Flávio Dino o desafio de comandar o grande Hospital de Urgência de Presidente Dutra, uma espécie de “Socorrão” implantado pelo governador Jackson Lago (PDT) para atender a região central do estado. E foi exatamente o seu desempenho nessa tarefa ao longo de dois anos, dando solução a problemas complexos, melhorando a eficiência hospitalar, que a fez decidir que seu próximo passo seria atuar na política propriamente dita, optando por candidatar-se a deputada estadual. Justificou sua decisão afirmando que, caso se eleja, dedicará seu mandato à busca de soluções para as áreas de Saúde, Educação e assistência social, destacando a segurança alimentar, que considera fundamental.

Desde a sua desincompatibilização do cargo, em abril, Daniella Tema tem dividido seu tempo em auxiliar informalmente no trabalho social da Prefeitura de Tuntum e na busca de apoio à sua candidatura. Avalizada pelo marido Cleomar Tema, um dos políticos mais influentes e experientes no Maranhão atual, Daniella Tema em pouco tempo levou seu projeto político e eleitoral para além da região de origem, alcançando municípios da Baixada Ocidental e chegando à Ilha de São Luís, onde conseguiu e organizou grupos de apoio à sua candidatura. No momento, a pré-candidata a deputada estadual se prepara para receber a confirmação da sua candidatura na convenção do seu partido, marcada para o dia 29.

No meio político, a candidatura de Daniella Tema é vista como uma das mais viáveis, mas ela não se envaidece, preferindo continuar trabalhando com determinação para consolidar o seu projeto, que tem a eleição como primeiro grande passo.

São Luís, 12 de Julho de 2018.

 

Bacabal: numa guerra decisiva, grupos de João Alberto e Zé Vieira se enfrentarão nas urnas no dia 28 de Outubro

 

João Alberto e Zé Vieira comandam grupos que podem lançar Edvan Brandão, Roberto Costa, Carlinhos Florêncio ou Florêncio Neto
João Alberto e Zé Vieira comandam grupos que podem lançar Edvan Brandão, Roberto Costa, Carlinhos Florêncio ou Florêncio Neto à Prefeitura de Bacabal

Depois de uma das mais impressionantes, agressivas e caras chicanas judiciais ocorridas nas entranhas da Justiça Eleitoral por conta de uma eleição que começou torta e acabou anulada para prefeito na história política recente do Maranhão, os eleitores de Bacabal voltarão às urnas no dia 28 de Outubro para, além de escolher o presidente da República ou o governador do Estado em 2º turno, se houver, eleger o distinto que comandará sua Prefeitura até 31 de Dezembro de 2020. Ali acontecerá, mais uma vez, um confronto aberto entre o grupo liderado pelo senador João Alberto (MDB) e as forças mobilizadas em torno do ex-prefeito Zé Vieira (PR), repetindo a polarização que vem dominando a política bacabalense neste século. Pelo grupo de João Alberto o candidato deve ser o prefeito provisório Edvan Brandão ou, numa situação excepcional, o deputado Roberto Costa (MDB), que ficou em segundo lugar no pleito condenado. Já o grupo de Zé Vieira, que não pode mais concorrer por estar incluído na lista negra dos ficha-suja, deve lançar o vice-prefeito cassado Florêncio Neto (PHS), ou o seu pai, deputado Carlinhos Florêncio (PCdoB). Pode aparecer uma “terceira via”, formada por políticos insatisfeitos com a polarização dominante.

A Justiça Eleitoral tomou uma providência inteligente ao fixar 28 de Outubro para a realização do pleito. O custo será zero, já que serão usadas a estrutura e a logística montadas para a eleição, se for o caso, do governador ou do presidente da República ou dos dois em 2º turno. Os eleitores só precisarão digitar um número a mais, e tudo estará resolvido no que disser respeito à Justiça Eleitoral. No campo político, a situação será bem diferente, já que a eleição do novo prefeito se dará num clima já tensionado pela campanha de  2016, o desfecho questionado em vários aspectos, a chicana judicial para comprovar a ilegalidade da candidatura do ex-prefeito Zé Vieira, e agora uma nova eleição, com novos candidatos.

O grupo liderado pelo senador João Alberto deve apoiar a candidatura de Edvan Brandão, o vereador que presidia a Câmara Municipal e que viu a Prefeitura de Bacabal cair no seu colo, dando-lhe de graça o comando administrativo e político de um dos 10 maiores municípios do Maranhão, situado no epicentro da Região do Mearim, uma das mais ricas e promissoras do estado. Se o agora prefeito Edvan Brandão não emplacar como candidato a permanecer no cargo, não será surpresa se o deputado Roberto Costa – que está focado na reeleição para a Assembleia Legislativa – for novamente escalado para a disputa. No grupo de João Alberto, que numa visão mais ampla é o Grupo Sarney, a eleição do novo prefeito de Bacabal é uma questão crucial. A cúpula também pode pinçar das lideranças que integram o grupo, sempre levando em conta o fato de que Edvan Brandão é o candidato preferencial.

No grupo liderado por Zé Vieira – do qual participam os dois membros do clã empresarial dos Florêncio, o ex-prefeito José Alberto e o Filho dele, o suplente de deputado federal Alberto Filho (MDB) – há dificuldades para definir um candidato. Para começar, esse campo não é sólido e, dependendo das circunstâncias, os seus integrantes podem seguir outros caminhos, formar novas alianças. Em princípio, o nome mais cotado para ser o  candidato é o ex-vice-prefeito Florêncio Neto. Na impossibilidade de o ex-vice ser o escolhido, o candidato natural é o deputado Carlinhos Florêncio, hoje filiado ao PCdoB. Nesse caso, a disputa ganhará um novo ingrediente: a entrada do Palácio dos Leões a favor do candidato do PCdoB.

O certo é que, independente de quem venham ser os candidatos, o “2º turno” eleitoral bacabalense será uma guerra cujo vencedor vai ter como troféu uma terra arrasada.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Candidato a presidente, filho de Jango anuncia “aliança firme” com Flávio Dino

Flávio Dino recebe o apoio de João Goulart Filho para sua reeleição
Flávio Dino recebe o apoio de João Goulart Filho, que é candidato a presidente

A aliança que resultará do encontro pode não produzir grande resultado eleitoral, mas a visita ao Maranhão e a declaração de apoio de João Goulart Filho, candidato do Partido Pátria Livre (PPL) a presidente da República, ao governador Flávio Dino (PCdoB) tem um forte simbolismo político. O encontro dos dois aconteceu na noite de segunda-feira, no Hotel Abville, onde João Goulart Filho lançou sua candidatura presidencial no Maranhão e apoiou a decisão do braço local do PPL de participar da grande aliança que irá às urnas sob a liderança do governador Flávio Dino. João Goulart Filho segue agora os passos do pai, o presidente João Goulart, o Jango, um dos fundadores do PTB, derrubado pelos militares no golpe de 1964. Representa correntes da esquerda moderada, que decidiram fundar o PPL. “Jango” Filho declarou apoio dele e do seu partido à reeleição do governador Flávio Dino: “Quero dizer a ti que essa aliança é uma aliança firme, de propósitos, ideológica, e que estamos cumprindo a missão de termos os mesmos objetivos para o estado”.

 

Luis Fernando Silva diz que apoio à reeleição do governador é “gesto de gratidão”

Luis Fernando Silva: apoio total à reeleição da Flávio Dino
Luis Fernando Silva: apoio total à reeleição da Flávio Dino

“Eu e meus amigos vamos apoiar aqueles que estão nos ajudando a resolver os problemas que encontrei na Prefeitura de São José de Ribamar”, disse ontem à Coluna o prefeito da Cidade do Padroeiro, Luis Fernando Silva (PSDB), acrescentando que vai trabalhar para que o governador Flávio Dino obtenha vitória larga no Município, no dia 7 de Outubro. Luis Fernando disse que o seu apoio ao projeto de reeleição do governador, que avalia como o “grande apoiador da nossa administração”, é questão fechada. E envolve também o vice-prefeito e os 14 dos 17 vereadores que o apoiam. “Todos nós vamos trabalhar, mobilizar nossos amigos, para garantir que sua reeleição seja alcançada”, declarou Luis Fernando Silva. Na conversa, ele esclareceu que sua permanência no PSDB não tem qualquer influência na sua posição em relação à corrida sucessória estadual, uma vez que já deixou claro que não seguirá o projeto do senador Roberto Rocha de chegar ao Palácio dos Leões. “Meu apoio ao governador Flávio Dino é um gesto de reconhecimento e gratidão, e n.ao há como mudar isso”, justificou o prefeito de São Jose de Ribamar.

São Luís, 11 de Julho de 2018.

Levantamento do G1 aponta mais uma vez Flávio Dino como o mais eficiente dos atuais governadores

 

Flávio Dino tem imagem reforçada pelo levantamento do G1
Flávio Dino tem imagem reforçada pelo levantamento sobre eficiência feito pelo G1

Se fechou o Domingo (08) indignado com o jogo judicial politizado que impediu o cumprimento do habeas corpus que devolveria plena liberdade ao ex-presidente Lula da Silva (PT), o que embalaria a corrida eleitoral, o governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou a semana motivado pelo alto astral com a divulgação pelo G1, braço virtual do Sistema Globo, do resultado de mais um levantamento por meio do qual avalia o desempenho dos governadores em relação a 37 compromissos que assumiram durante a campanha eleitoral de 2014. De acordo com o G1, Flávio Dino mantém sua a posição de governador melhor avaliado, no caso por haver conseguido cumprir 94,5% dos compromissos que assumiu com o eleitorado quando pediu votos na corrida que o levou ao Palácio dos Leões. Além de ser um feito inédito na história administrativa do Maranhão, a informação divulgada pelo G1 é gás político em estado puro para turbinar a já embalada corrida pela reeleição.

O levantamento realizado pelo G1 informa que das 37 propostas assumidas quando candidato, Flávio Dino governador cumpriu até aqui 24 totalmente, 11 em parte e apenas duas ainda não saíram do papel. Os dados do braço eletrônico do Sistema Globo são tão expressivos, que o governador que mais se aproxima de Flávio Dino é o de Rondônia, Confúcio Moura (MDB) – que deixou o cargo para disputar o Senado – que nos 40 meses de gestão cumpriu 87,88% dos compromissos assumidos, seguido do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o terceiro colocado com a concretização de 86,36% dos 37 itens analisados no levantamento G1.

– Cumpri em três anos e meio, 94,5% dos compromissos assumidos. Parabéns à minha equipe e aos servidores do Governo do Maranhão –  escreveu Flávio Dino no twitter, a rede social onde registra seus feitos e dispara contra-ataques a adversários que investem contra ele e seu Governo. Afirma que está avançando para cumprir 100% dos compromissos assumidos com o eleitorado em 2014, mesmo enfrentando os prejuízos causados à sua gestão pelos implacáveis revezes impostos pela avassaladora crise que vem entravando a caminhada do Brasil.

O entusiasmo do governador é tamanho que, falando como candidato à reeleição, já planeja os compromissos que assumirá para cumprir num eventual segundo mandato: “Até o final do mês, vamos apresentar o novo Programa de Governo para o período 2019-2022. Com a amenização da crise nacional, vamos fazer ainda mais e melhor. Sob a proteção de Deus e com a força do povo”. O programa para o próximo Governo deverá ser anunciado no dia 29, durante as convenções em que o PCdoB e mais 13 partidos formalizarão a sua candidatura à reeleição.

Realizado com total isenção a partir de dados confiáveis e de fácil comprovação, o que o torna uma referência, o levantamento do G1 aponta o governador Flávio Dino como o mais eficiente dos 26 chefes de Estado da Federação, liderando uma lista na qual o ex-governador Geraldo Alckmin, estrela tucana que disputa a presidência da República,tem posição sofrível. Mais ainda, o maranhense lidera o grupo dos bons numa realidade em que o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (MDB), saiu do Palácio Guanabara para a cadeia, deixando o Estado falido; o de Tocantins foi expulso do Palácio e deve parar na cadeia, o do Amazonas perdeu o cargo e foi mandado para casa por fraude eleitoral, seguindo-se outros dirigentes em situação crítica, como o de Minas Gerais que se encontra na iminência de cair.

A posição de Flávio Dino no levantamento do G1 tem impacto devastador sobre as demais candidaturas, em especial na da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), cuja estratégia tem sido a de tentar, por todos os caminhos possíveis, derreter o prestígio político e administrativo do governador, que até aqui lidera com folga a corrida aos Leões, com possibilidade real de liquidar a fatura em turno único.

PONTO & CONTRAPONTO

 

Com autoridade jurídica e destemor político Flávio Dino critica decisão do TRF 4 que manteve Lula preso

Flávio Dino critica duramente as decisões de Sérgio Moro, principalmente em relação a Lula da Silva
Flávio Dino critica duramente as decisões de Sérgio Moro, principalmente em relação ao ex-presidente Lula da Silva

Fato raríssimo entre os políticos, o governador Flávio Dino vem praticando com frequência o ditado popular segundo o qual “quem não deve, não teme”. O exemplo mais recente ficou registrado ontem, quando fez comentários duros sobre a peleja judicial travada por magistrados em torno da decisão do desembargador federal Rogério Favreto de mandar soltar o ex-presidente Lula da Silva (PT). Mais uma vez o governador demonstrou claramente que navega num oceano doutrinário diferente do que é navegado  pelo  juiz federal Sérgio Moro, ambos aprovados no concurso em que Dino foi primeiro lugar.

Enquanto Sérgio Moro faz as vezes de paladino da moral e dos bons costumes, Flávio Dino acusa o chefe da Lava Jato de parcialidade e de  perseguição ao ex-presidente, abrindo caminho para um ambiente de anarquia jurídica e um vale-tudo judicial. Ele também explica por que tanto Sérgio Moro como o desembargador federal João Pedro Gebran, relator do processo que confirmou a condenação de Lula da Silva, estão agindo de forma ilegal ao impedir a liberdade do líder petista.

“No tempo em que havia alguma consistência e coerência no Direito praticado no Brasil, somente órgão colegiado do TRF 4ª Região poderia revogar ordem de Habeas Corpus deferida por desembargador”, registrou o governador. Essa realidade mudou radicalmente com a politização da Justiça: “Com a ultrapolitização da Justiça, aí temos esse vale-tudo deplorável. Nesse mesmo tempo passado, um juiz de 1º grau não impedia cumprimento de decisão de Tribunal de 2º grau. Qualquer que fosse ela, certa ou errada”.

Flávio Dino faz um misto de desabafo, denúncia e alerta: “Em 28 anos de atuação profissional jamais vi coisa igual. Agora vale tudo e prevalece a lei do mais forte, mesmo que isso seja a morte do Direito. E as consequências políticas desse amontoado de casuísmos são: baixa credibilidade nas instituições, quebra da legitimidade do poder do Estado, esvaziamento das eleições e acirramento dos conflitos sociais. Basta ler as pesquisas de opinião para constatar”.

Com essas manifestações, o governador dá uma demonstração de que sabe onde pisa e que se manifesta com a segurança dos que não devem.

 

Tribunal de Justiça faz ajustes nas prerrogativas do vice-presidente do Poder

Desembarvador Lourival Serejo, atual vice-presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão
Desembargador Lourival Serejo, atual vice-presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão

Além da “expectativa de direito”, o cargo de vice, qualquer que seja a seara em que exista, é sempre visto como inútil e desnecessário, sendo também, especialmente no âmbito da política, destinado à prática da conspiração. Por ser um Poder mais ligado ao formalismo, o Judiciário resolveu definir precisamente o papel do vice-presidente do Tribunal de Justiça, resultando a providência na Resolução GP-352018, que altera a redação do inciso XI e acrescenta os incisos XII a XVII do caput do artigo 27 do Regimento Interno da Corte.

De acordo com a nova redação, compete ao vice-presidente do Tribunal de Justiça substituir o presidente em suas faltas, férias, licenças e impedimentos e sucedê-lo no caso do caput do artigo 93 do Regimento.

Cabe também ao vice-presidente exercer quaisquer das atribuições do presidente previstas em Lei ou no Regimento e que lhe forem delegadas; resolver as dúvidas quanto à classificação de feitos e papéis registrados na Secretaria do Tribunal, baixando as instruções necessárias; e decidir sobre quaisquer questões relacionadas à distribuição dos processos.

Incluem-se também entre as atribuições convocar desembargador para substituir membro de câmara isolada em seus impedimentos, suspeições e ausências ocasionais; relatar processos de alegação de impedimento e de suspeição de desembargadores; e relatar processos de conflitos de competência entre câmaras do Tribunal.

Compete, ainda, ao vice-presidente homologar desistência requerida antes da distribuição dos processos, despachar atos administrativos referentes ao presidente, colaborar com o presidente na administração e representação do Poder Judiciário, presidir a Turma de Uniformização de Interpretação de Leis do Sistema dos Juizados Especiais, presidir a sessão cível, e presidir a Comissão de Divisão e Organização Judiciárias e Assuntos Legislativos.

Conforme a Resolução, caberá também ao vice-presidente presidir a Comissão de Regimento Interno e Procedimentos, proferir voto de desempate nas sessões das Câmaras Reunidas na hipótese prevista no Art. 301, § 2º, receber e decidir sobre pedido e assistência judiciária nos termos do Art. 520, e exercer quaisquer atribuições oriundas de Lei ou do Regimento Interno do TJMA. (Com informações da Assessoria de Comunicação do TJMA)

Em tempo: ao contrário do vice do Poder Executivo, que só trabalha quando é acionado pelo titular, o vice do Poder Judiciário é um desembargador no pleno exercício das suas funções, como acontece no Poder Legislativo, onde o vice é um deputado que atua como tal.

São Luís, 10 de Julho de 2018.

 

 

 

Partidos preparam convenções e candidatos ao Governo se movimentam para montar e fortalecer coligações

 

Flávio Dino e Roseana Sarney comandarão as maiores coligações
Flávio Dino e Roseana Sarney comandarão as maiores coligações, que serão formalizadas nas convenções

 

Daqui a exatos 12 dias, o calendário eleitoral abrirá prazo para a realização das convenções por meio das quais os partidos formalizarão suas chapas de candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual e, dependendo dos interesses que os movem, as alianças por meio das quais embalarão suas campanhas para as eleições do dia 7 de Outubro. No Maranhão, o cenário está parcialmente desenhado, a começar pelo fato de que 14 dos 35 partidos aptos a disputar votos já estão articulados na grande aliança articulada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), enquanto seu principal adversário, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), já conta com PV, PSD, Podemos e Avante, devendo completar o arco de aliados com outras legendas de menor porte. Fora desse contexto, estão dois projetos majoritários em situação ainda imprecisa em matéria de aliança partidária, o que tem à frente o senador Roberto Rocha (PSDB) e o liderado pela ex-prefeita Maura Jorge (PSL), seguidos de uma aliança já amarrada entre PSOL e PCB em torno da candidatura de Odívio Neto, e projeto isolado, sem aliança, lançado pelo PSTU, com a candidatura de Ramon Zapata.

As alianças em formação têm dois objetivos: fortalecer a base política e eleitoral das candidaturas majoritárias e proporcionais e ampliar ao máximo o tempo no rádio e na TV durante a campanha eleitoral, item considerado por muitos essencial para um bom desempenho nas urnas. Por conta de tais conveniências e interesses, os líderes maiores da malha partidária, bem como os candidatos majoritários encontram-se mergulhados em articulações, objetivando exatamente viabilizar seus projetos eleitorais.

Movido por um pragmatismo inteligente, fundado no conceito aberto de democracia, o governador Flávio Dino projetou seu projeto de reeleição construindo uma aliança ampla e plural, que começa com o seu partido, PCdoB, de esquerda, passa por agremiações de centro-esquerda, como o PDT e o PPS, inclui partidos de centro, como o PTB, agrega organizações partidária de centro-direita, como o DEM, o PP e o PRB, e deve consolidar a aliança com o PT, reforçando o viés do que se convencionou chamar de esquerda democrática. Os partidos que integram a aliança dinista, a começar pelo PCdoB, já marcaram a data das suas convenções: 29 de Julho. E tudo indica que os 14 relacionados até aqui confirmarão esse projeto formalizando coligações com o PCdoB. Com essa aliança politica e partidária consistente, o governador pavimenta o caminho que o levará às urnas com uma vantagem considerável, se levadas em conta as condições das outras candidaturas.

Na seara oposicionista, a ex-governadora Roseana Sarney deve sair das convenções partidárias com uma aliança mais tímida, provavelmente com o apoio de uma dezena de partidos, tendo o MDB, a mais importante organização política de centro do País, como carro-chefe, formando uma aliança de centro-direita. Esse viés ideológico é confirmado pelo PV, que é um partido de centro, e pelas agremiações de direita, como PSD, Podemos e Avante, ainda que seus chefes as “vendam” como partidos de centro. Roseana Sarney tentou evitar que o DEM e o PP rompessem com o Grupo Sarney e migrassem para a aliança dinista, mas os presidentes locais desses partidos, os jovens deputados federais Juscelino Filho e André Fufuca seguraram a pressão e consolidaram a migração para o campo governista, impondo à pré-candidatura do MDB uma dura derrota política. Os movimentos de Roseana Sarney para fortalecer a coligação que está firmando são tão fortes que na semana passada ela conseguiu destituição de Pastor Bel da presidência regional do PRTB por ter ele declarado apoio à candidatura de Maura Jorge ao Governo do Estado.

A julgar pelo quadro que está sendo desenhado para as convenções partidárias, dificilmente o senador Roberto Rocha agregará partidos expressivos para formar uma coligação. Maura Jorge vice a mesma situação, com a vantagem de poder, na condição de braço do presidenciável Jair Bolsonaro no Maranhão, usar a influência dele para atrair algumas agremiações menores para validar sua candidatura ao Governo do Estado.

É esse o desenho do momento, que poderá ser ou não confirmado pelas convenções que se aproximam.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roseana Sarney foi alertada para dar o mesmo tratamento a Edison Lobão e Sarney Filho na corrida ao Senado

Edison Lobão e Sarney Filho devem manter a unidade durante a campanha
Edison Lobão e Sarney Filho devem manter a unidade durante a campanha

A cúpula do Grupo Sarney foi alertada para o desgaste que Roseana Sarney poderá sofrer se não orientar os grupos que a apoiam no sentido de trabalhar com a mesma disposição em favor das candidaturas do senador Edison Lobão (MDB) e do deputado federal Sarney Filho (PV) ao Senado. O alerta foi dado recentemente, quando observadores registraram movimentos que indicariam clara preferência de roseanistas pela candidatura de Sarney Filho, colocando o senador Edison Lobão em segundo plano. Discreto e tarimbado nesse jogo, já tendo enfrentado outras situações nessa direção. O senador Edison Lobão – que segundo as pesquisas tem mais intenções de voto que preferência do que o ex-ministro do Meio Ambiente – não passa recibo para estas essas especulações, preferindo dar segmento à sua pré-campanha fazendo o que faz de melhor: conversar com lideranças políticas, entre elas prefeitos e vereadores, que estão na base e têm poder de fogo para turbinar ou emagrecer candidaturas majoritárias. Na verdade, embora haja duas vagas para o Senado, que deveria unir dois candidatos de uma coligação, está havendo uma distorção muito grande nesse campo, com a definição, dentro das coligações, de “primeiro” e “segundo candidato”, quando os esforços deveriam ser integralmente nos dois candidatos de uma mesma chapa. Numa situação democrática, em que partidos se juntam em torno de um projeto comum, o natural é que os eleitores deste projeto se mobilizem em torno dos dois candidatos a senador, independentemente da posição de cada um nos levantamentos estatísticos para identificar as preferências dos eleitores. No caso atual, fala-se muito na tendência de se formar “dobradinhas” votando num candidato da situação – Weverton Rocha (PDT) ou Eliziane Gama – e num da oposição – Edison Lobão ou Sarney Filho. Um desencontro nessa seara pode sair muito caro.  Daí a informação de que Roseana Sarney foi alertada e já teria tomado providências, mostrando isso tirando selfies ladeada pelos dois candidatos a senador da sua coligação.

 

“Bolívia” conquista a Copa do Nordeste, fortalece Sérgio Frota e pode embalar Josimar de Maranhãozinho

Sérgio Frota e Josimar de Maranhãozinho podem ser turbinados pela conquista da "Bolívia"
Sérgio Frota e Josimar de Maranhãozinho podem ser turbinados pela “Bolívia”

A conquista da Copa do Nordeste pelo Sampaio Corrêa, na tarde de sábado, batendo o Bahia na Finte Nova, em Salvador, foi um feito inédito e histórico e que terá desdobramentos na corrida eleitoral. Em estado de graça, a torcida do “Mais Querido” volta reconhecer o trabalho do deputado estadual Sérgio Frota (PR), devendo retribuir dando-lhe uma expressiva de votos, o suficiente para garantir reeleição. Não há qualquer sombra de dúvida de que Sérgio Frota é o grande arquiteto da trajetória do Sampaio Corrêa, que por sua vez tem retribuído com votação densa para vereador de São Luís em 2012 e para deputado estadual em 2014. Mas não fica só no suporte a Sérgio Frota. A torcida “boliviana” será também estimulada a apoiar a candidatura do deputado estadual Josimar de Maranhãozinho a deputado federal. Explica-se: com o aval de Sérgio Frota, Josimar de Maranhão entrou para o grupo que comanda o clube boliviano, criando assim o pressuposto de que incluirá a torcida do “Mais Querido” como um filão a ser explorado eleitoralmente. A dobradinha Frota-Maranhãozinho foi bem muito bem articulada. Resta saber o que dirá a respeito a grande massa boliviana durante a campanha e no dia da votação.

São Luís, 08 de Julho de 2018.

Anibal Lins protocola o pedido de candidatura ao Governo e gera novo foco de crise na relação do PT com Flávio Dino

 

Anibal Lins (camisa branca), formaliza pré-candidatura na presença do presidente Augusto Lobato e do ex-presidente Raimundo Monteiro
Anibal Lins (camisa branca), formaliza pré-candidatura a governador do Estado na presença do presidente Augusto Lobato e do ex-presidente Raimundo Monteiro

 

O braço maranhense do PT ainda não consolidou o projeto de aliar-se ao PCdoB em torno da candidatura do governador Flávio Dino à reeleição, em que pese a posição já definida pela direção do partido no estado e pela cúpula nacional petista. O mais novo movimento revelador dessa indefinição foi a formalização, ontem, junto à direção estadual, da pré-candidatura do presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão (Sindjus), Anibal Lins, ao Governo do Estado. Anibal Lins divulgou também uma “Carta aberta aos militantes e dirigentes do PT do Maranhão”, na qual justifica sua iniciativa argumentando ser ela um contrapeso ao fato de o governador ter “abandonado” a pré-candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT) para “apoiar” a pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT). “Entendo que, se o PCdoB não apoiar, desde o primeiro turno, a candidatura do Presidente Lula à Presidência do Brasil, nas eleições do 07 de Outubro deste ano, não teremos mais qualquer obrigação de reciprocidade no apoio ao candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, Flávio Dino”, declara o presidente do Sindjus na sua Carta aos petistas.

Ninguém duvida de que a esmagadora maioria dos petistas maranhenses está alinhada ao projeto de reeleição do governador Flávio Dino. Como também é verdadeira a informação segundo a qual alguns grupos que integram o partido insistem na reivindicação de espaço na chapa majoritária da aliança dinista, fragilizando o entendimento já acerto pelo qual o PT reconhece que a chapa majoritária da aliança dinista já está definida com as candidaturas do vice-governador Carlos Brandão (PRB) à reeleição, e as dos deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), ao Senado, e consolidada após ampla articulação que envolveu todos os partidos, sem, portanto, qualquer possibilidade de uma reversão, embora se saiba que em política nada é definitivo até que as convenções decidam e as urnas falem.

Um dos mais destacados militantes do PT maranhense, reconhecido por sua longa e consistente trajetória no comando do Sindjus, Anibal Lins entra na guerra sucessória como um fator de pressão ao governador Flávio Dino com o objetivo de incluir o PT na chapa majoritária da aliança dinista. O argumento de que a pré-candidatura proposta ontem é uma reação à posição do governador em relação à corrida presidencial não faz muito sentido. Para começar, o governador Flávio Dino foi um dos primeiros líderes de expressão na esquerda a defender a candidatura do ex-presidente Lula, mesmo com ele preso. Depois com a autoridade de ex-juiz federal e de um dos mais importantes líderes do seu campo ideológico, Flávio Dino avaliou, como muitos outros, que na impossibilidade de Lula da Silva vir a ser candidato, o caminho mais coerente da esquerda moderada é unir suas forças em torno de um candidato, que poderá ser o pedetista Ciro Gomes ou o petista Fernando Hadade, nome preferência do ex-presidente, que está preso.

Nesse contexto, é natural que o PT, com o cacife que tem como partido, pressione o governador para viabilizar projeto de emplacar um nome na chapa majoritária da aliança governista. Mas fazê-lo registrando uma pré-candidatura ao Governo do Estado é quase uma declaração de guerra a um aliado de primeira hora, que jogou todo o peso do seu prestígio e correu todos os riscos políticos atuando na linha de frente da defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e no front da dura reação à condenação e a prisão do ex-presidente Lula da Silva. Afinal, Anibal Lins sabe que confirmar o gesto pode abrir uma frente de crise que em nada beneficia o PT, e que a possibilidade de viabilizar política e eleitoralmente uma candidatura ao Governo do Estado no cenário atual com esse objetivo é como disparar um tiro no próprio pé.

As observações não invalidam a legitimidade política do gesto do sindicalista Anibal Lins, que é um político experiente e deve saber onde pisa. Mas também não o protegem de uma reação dura por parte dos aliados, que já têm a aliança e as candidaturas majoritárias com o fatos consumados.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roseana Sarney visita Caxias sem Fábio Gentil e Timon sem Alexandre Almeida

Roseana Sarney ao lado de Socorro Waquim (blusa vermelha), em reunião com Sarney Filho, Edilázio Jr. e Edison Lobão em Timon
Roseana Sarney ao lado de Socorro Waquim (blusa vermelha), em reunião com Sarney Filho, Edilázio Jr. e Edison Lobão em Timon

A passagem da ex-governadora Roseana Sarney por Timon, ontem, mostrou que ali ela contará com o apoio da ex-prefeita Socorro Waquim (MDB). Isso porque o outro grupo importante que a apoiava, liderado pelo deputado Alexandre Almeida, passou a apoiar a candidatura do senador Roberto Rocha depois que o parlamentar filiou-se ao PSDB para disputar uma vaga no Senado. Antes, em Caxias, por onde passou também com a “Caravana da Guerreira”, Roseana Sarney viu sua base política e eleitoral sofrer um duro emagrecimento com a decisão do prefeito Fábio Gentil (PRB) de apoiar a reeleição do governador Flávio Dino. Na Princesa do Sertão, o Grupo Sarney, que já contou com o apoio das três grandes correntes, conta agora apenas com o ex-prefeito Paulo Marinho (MDB).

 

Marco Aurélio teve atuação decisiva na criação do Curso de Medicina na Uemasul

Marco Aurélio: "padrinho" da Uemasul
Marco Aurélio: “padrinho” da Uemasul

Hoje uma realidade indiscutível, apesar dos imensos desafios que ainda enfrenta para se estabilizar como uma instituição sólida, a Uemasul tem um pai, o governador Flávio Dino, que a anunciou como compromisso durante a campanha eleitoral de 2014 e a concretizou de maneira definitiva e irreversível. E tem um padrinho, também indiscutível, o deputado Marco Aurélio (PCdoB), visto por todos como o maior incentivador do projeto depois do governador. Nesta semana, o parlamentar governista deu o passo mais ambicioso para fortalecer aquela instituição universitária sediada em Imperatriz. Marco Aurélio teve aprovado projeto de sua autoria criando nada menos que um Curso de Medicina na Uemasul. Já garantido pelo Ministério da Educação, a instalação do Curso de Medicina na Uemasul dependia de autorização da Assembleia Legislativa para se tornar uma realidade. Além de ser o autor do projeto, o deputado Marco Aurélio acompanhou sua tramitação e atuou nas comissões técnicas da Casa e fazendo uma defesa densa e entusiasmada no encaminhamento da votação no plenário, vibrando intensamente quando projeto foi aprovado por unanimidade. Com a instalação do Curso de Medicina na Uemasul, Imperatriz será definitivamente transformada no mais importante polo universitário da região. E não há dúvida de que o deputado Marco Aurélio tem participação ativa e decisiva nesse processo.

São Luís, 06 de Julho de 2018.