Arquivos mensais: junho 2016

Wellington do Curso avisa que é candidato a prefeito de São Luís decidido a ser o maior adversário do prefeito Edivaldo Jr.

 

wellington candidato

Se alguém duvidava que o deputado estadual Wellington do Curso (PP) se movimentava embalado pelo objetivo de entrar para valer na corrida eleitoral, essa dúvida foi derrubada ontem, no plenário da Assembleia Legislativa, em cuja tribuna ele anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Luís. O anúncio, feito na esteira de um discurso emocionado, transformou a sessão legislativa de num ato político cujo peso foi medido pela reação de vários deputados, que não apenas o cumprimentaram pelo audacioso projeto eleitoral, como também reconheceram que ele reúne as condições para entrar na briga em condições de obter um bom resultado nas urnas. O mais novo pré-candidato a prefeito da Capital, que há algum tempo vem assombrando os demais envolvidos na disputa com uma desenvoltura surpreendente, justificou o passo decisivo com duras críticas ao prefeito Edivaldo Jr. (PDT) e, por tabela, aos demais nomes que já estão em pré-campanha, como a sua ex-colega de partido, a deputada federal Eliziane Gama (PPS), que até aqui lidera a preferência do eleitorado.

Wellington do Curso entra na briga pelo gabinete principal do Palácio de la Ravardière turbinado por pesquisas que – polêmicas à parte – o apontam como um nome leve e viável para aspirar candidatura. No levantamento mais recente, feito pelo confiável instituto Econométrica, ele aparece em terceiro lugar, com 16% das intenções de voto, atrás de Eliziane Gama (24%) e de Edivaldo Jr. (20%). Levada em conta a margem de erro de 3,5%, esses percentuais poderiam colocá-lo em situação de empate técnico com os dois, dependendo do desempenho de cada um. Tais números, somados à avaliação que faz da atual gestão municipal, lhe deram argumentos para assumir a condição de candidato a prefeito de São Luís pelo PP.

Deputado de primeiro mandato, com mais de metade da votação em São Luís, e exibindo uma vontade férrea de se tornar militante de uma política de resultados, Wellington do Curso entra na briga turbinado por uma bem armada estratégia de combinar a sua condição de parlamentar estadual com a de um atuante e incansável “vereador” de São Luís. Essa combinação começou a se desenhar em meados do ano passado, quando percebeu que seu destino imediato era figurar como suporte para Eliziane Gama, já que figurava sempre à sombra da deputada. Certo de que se permanecesse no PPS seria sempre “regra três” da pré-candidata, rompeu com o partido, permaneceu algum tempo sem partido e acabou desembarcando no PP, com a garantia de controlá-lo em São Luís. Aprendeu a lição quando em 2012, com forte possibilidade de eleger-se vereador, foi atropelado pelo então presidente do PSL, Francisco Carvalho, e por uma equação óbvia: o partido faria um vereador, Wellington do Curso; sem ele na chapa, teria a vaga, que nesse caso ficaria com o mais votado, Francisco Carvalho. Certo de que não bateria Wellington nas urnas, Carvalho o catapultou do partido.

Longe da sombra inibidora de Eliziane Gama e filiado a uma agremiação onde não corre o risco de ser atropelado, Wellington do Curso entra na corrida eleitoral focado apenas na guerra pela conquista do eleitorado. E logo chegou à conclusão de que só chegará a algum lugar credenciando-se como o mais duro e implacável opositor do prefeito Edivaldo Jr.. Desde então, tem dedicado a maior parte do seu tempo a procurar e apontar mazelas estruturais, sociais e econômicas na vida de São Luís, responsabilizando o prefeito Edivaldo Jr. por tudo o que há de errado na cidade, transformando a tribuna da Assembleia Legislativa numa espécie de trincheira, de onde dispara diariamente petardos na direção do prefeito. Sua atuação insistente já tirou várias vezes do sério o deputado Edivaldo Holanda (PTC), que faz as vezes de porta-voz e escudeiro do prefeito de São Luís no parlamento estadual.

No seu discurso, Wellington repassou sua trajetória de menino pobre que venceu na vida, tornando-se um empresário bem sucedido no ramo educacional. Na política, destacou que atua desligado de grupos, que não tem chefe nem está subordinado a financiadores, situação que lhe dá independência para fazer o que acha certo. Disse pertencer à base de apoio do governador Flávio Dino (PCdoB), mas que até hoje não foi recebido no Palácio dos Leões, o que em nada muda sua posição nem sua autonomia. E avisou que está no jogo sucessório decidido a chegar ao Palácio de la Ravardière, “para fazer o que acho que deve ser feito”.

O anúncio da pré-candidatura foi saudado por vários parlamentares, entre eles Roberto Costa (PMDB), que é pré-candidato à Prefeitura de Bacabal e que o estimulou a seguir em frente; Vinícius Louro (PR) e Cabo Campos (DEM), entre outros.

 

PONTOS & CONTRAPONTOS

 

Alívio fugaz e recado direto
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Sarney e Lobão gravemente acusados por Sérgio Machado

O ex-senador pelo Ceará e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado declarou, na sua delação premiada, que durante os mais de 10 anos em que esteve na direção da subsidiária da Petrobras arrecadou mais de R$ 100 milhões junto a empresas que prestadoras de serviço para abastecer mais de uma dezena de políticos, em especial dirigentes do PMDB, e principalmente pemedebistas maranhenses, no caso o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão e o ex-presidente José Sarney. Os dois teriam recebido R$ 42 milhões – Lobão R$ 22 milhões e Sarney R$ 20 milhões. Tais informações chegaram a público menos de 24 horas depois de o Brasil tomar conhecimento de que o Supremo Tribunal federal decidira não acatar o pedido de prisão dos principais denunciados por Machado: José Sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá. É como se com isso o ministro-relator Teori Zavaski estivesse mandando o seguinte recado: não comemorem, pois ainda temos muito que conversar. Os detalhes com que Sérgio Machado ornou a delação são muito fortes. Um exemplo: na condição de ministro de Minas e Energia, Lobão teria exigido R$ 500 mil por mês. São não forem mentiras canalha do delator que ele parece ser, serão será um crime do qual o ministro maranhense não conseguirá se livrar. Situação idêntica a do ex-presidente José Sarney, que terá de explicar o recebimento de R$ 20 milhões em doações que supostamente lhe foram repassados pelo então presidente da Transpetro, um sujeito tão íntimo que o chamava de “pai”.

 

Imagem de uma geração no poder
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Expressões de uma geração na posse do novo procurador geral de Justiça: Edivaldo Holanda Jr., Roberto Costa, James Magno Farias, Paulo Velten e Thiago Diaz

A imagem foi registrada segunda-feira (13), na sede do Ministério Público do Maranhão, pouco antes de ser iniciado o ato de posse do novo procurador geral de Justiça, Luiz Gonzaga Coelho. Ela expressa com precisão a geração que se encontra exercendo algumas das mais importantes faces do poder no Maranhão. Na ordem da esquerda para a direita:

Edivaldo Holanda Jr. (PDT), menos de 40 anos, prefeito de São Luís há três anos e meio, enfrentando enormes dificuldades em decorrência da crise que assola o País, mas enfrentando-a com muito trabalho e, mais do que isso, com correção administrativa e coerência política. Pleiteia a reeleição, mas independentemente do resultado a ser produzido pelas urnas, já está inscrito como um dos políticos mais importantes da sua geração.

Roberto Costa, deputado estadual pelo PMDB, partido do qual é hoje um dos nomes mais representativos em todo o País, representava no ato a Assembleia Legislativa. Um dos mais destacados articuladores do Poder Legislativo, Roberto Costa é considerado um militante partidário fiel e obstinado, tanto que no momento trabalha duramente para disputar a Prefeitura de Bacabal, onde seu trabalho político o transformou em representante daquele que está entre os 10 municípios mais importantes do Maranhão.

James Magno Farias, desembargador do Trabalho e reconhecido no meio jurídico como um dos mais bem preparados magistrados do Maranhão nas mais diversas esferas da Justiça. Já comandou todas as instâncias da Justiça do Trabalho no Maranhão. Mas o exercício da magistratura é complementado com o magistério, que também exerce em faculdades de Direito de São Luís, reconhecido como um pensador do direito.

Paulo Velten, desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, onde vem se destacando como um dos magistrados mais preparados. Levou para a mais importante Corte da Justiça maranhense os conhecimentos  e a larga e rica experiência de advogado estudioso e fundador e líder de uma banca bem sucedida, com importante contribuição também no magistério.

Thiago Diaz, presidente da Secional Maranhense da OAB. Representante de novíssima geração de advogados maranhenses, Diaz surpreendeu o mundo da advocacia quando em 2015 contrariou a lógica e venceu a eleição para o comando da instituição que representa sua categoria profissional e atua na defesa do estado democrático de direito.

São Luís, 15 de Junho de 2016.

 

 

Membros da nova geração de políticos maranhenses, Alberto Filho e André Fufuca entram na contramão a favor de Eduardo Cunha

 

 

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Alberto Filho e André Fufuca: a favor de Eduardo Cunha

Por caminhos diversos, os deputados federais Alberto Filho (PMDB) e André Fufuca (PP) entraram na contramão da História, ao vivo e a cores, no Conselho de Ética da Câmara Federal, ao votarem contra o parecer que pede a cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O resultado da votação garantiu a aprovação do parecer, que agora passará pela Comissão de Constituição e Justiça para, finalmente, ser votado pelo plenário, onde se receber 257 votos a favor, confirmará a cassação de Eduardo Cunha. Reconhecidos como integrantes da “tropa de choque” do deputado fluminense, Alberto Filho e André Fufuca usaram rigorosamente o mesmo discurso, segundo o qual eles não viram no parecer a prova material ou documental de que Eduardo Cunha tenha contas no exterior, especialmente na Suíça, mesmo diante de um sem números de documentos e confirmações  de que tais contas existem e movimentaram milhões de dólares de origem suja. Os dois jovens deputados maranhenses causaram a impressão de que ensaiaram as suas respostas.

Nas suas declarações de voto, o pemedebista Alberto Filho e o pepista André Fufuca foram acompanhados de perto pelo deputado Carlos Marum (PMDB-MT), o mais destacado e atuante líder da tropa que segue fielmente a orientação de Eduardo Cunha na Câmara Federal. Tanto que Marum tinha Alberto Filho à sua direita e André Fufuca à sua esquerda, como se estivesse dedicando cuidados especiais aos dois jovens parlamentares. Quando votaram, primeiro Alberto Filho e segundo André Fufuca, a impressão que causaram foi a de que prestavam contas ao seu tutor, o deputado Carlos Marum, que acompanhou atentamente o discurso de cada um. Alberto Filho e André Fufuca votaram sem emoção, parecendo estar ali para cumprir uma tarefa, e nada mais, não transparecendo qualquer traço do entusiasmo que naturalmente se espera de um jovem num embate político tão intenso e tão decisivo.

A devoção de Alberto Filho e a de André Fufuca por Eduardo Cunha têm explicações diferentes. Alberto Filho é do PMDB, defendia, portanto, um colega de partido. Mas a motivação vai bem mais além e se consolidou quando o deputado de Bacabal chegou à Câmara para o seu segundo mandato, depois de um duro e complicado embate no tapetão judicial com o ex-prefeito de Porto Franco e ex-deputado estadual Deoclídes Macedo (PDT), ganhou o direito de assumir o mandato, que já estava sendo exercido pelo adversário. A posse de Alberto Filho dependeria de alguns procedimentos formais, mas Eduardo Cunha o jovem colega pemedebista sob a sua proteção, agilizou o processo e lhe deu posse em tempo recorde, tirando de Deoclídes Macedo qualquer chance de retornar à Casa. Desde então, Alberto Filho faz parte do grupo identificado como a “Turma do Cunha”.

Com André Fufuca o processo foi mais complicado, mas resultou igualmente numa fidelidade surpreendente do parlamentar de Alto Alegre do Pindaré para com o colega fluminense. André Fufuca chegou à Câmara Federal para ser uma das estrelas do PEN, partido que, com o ele, estreava na Câmara. Atento e seguindo as orientações do pai, o ex-prefeito de Alto Alegre do Pindaré e ex-deputado estadual Fufuca Dantas, o jovem parlamentar foi seduzido pelo movimento que levou Eduardo Cunha à presidência da Câmara numa vitória espetacular depois de um embate em que o pemedebista enfrentou a força do PT e do Palácio do Planalto. Desde então, André Fufuca se vinculou fortemente ao presidente à “Turma do Cunha”, tornando-se um dos mais próximos e ativos integrantes. Já no primeiro semestre de 2015, foi compensado com a presidência da CPI da Prótese, que o tirou do anonimato e lhe deu visibilidade por algumas semanas. Mais recentemente, a influência de Cunha foi decisiva na operação que defenestrou o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, do comando do PP no Maranhão para entregá-lo a André Fufuca, que deixou o PEM e agora dá as cartas no partido.

A decisão de ontem funcionou como uma bomba bunker de Cunha na Câmara Federal e certamente teve impacto muito forte no grupo que segue sua orientação. Não é possível prever o tamanho do estrago que a virtual cassação do deputado Eduardo Cunha causará na trajetória dos dois jovens parlamentares, que num novo cenário terá de reorientar suas caminhadas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Sarney livre do risco de prisão
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Sarney livre da ameaça de prisão, e junto com ele Renan e Jucá

O ex-presidente José Sarney não será preso. Nem ele nem os senadores Renan Calheiros, presidente do Senado e do Congresso Nacional, e Romero Jucá. A decisão foi tomada ontem pelo ministro-relator da Lava Jato Teori Zavaski, que não acatou o pedido nesse sentido formulado pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot. Os três foram acusados de tramar para criar obstáculos para a Operação Lava Jato, segundo a interpretação dada pelo procurador geral Rodrigo Janot às gravações de conversa com eles feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que informou, em delação premiada, que conseguiu R$ 70 milhões de um esquema de corrupção na estatal para o caixa dois para campanhas eleitorais. Na sua decisão, o ministro Teori Zavaski jogou por terra o argumento do procurador geral de que Sarney, Renan e Jucá estariam tramando contra a Lava Jato, observando que não viu nada de trama nas gravações, mas apenas conversas sérias, mas travadas em circunstâncias especiais e que, por isso, não podem ser interpretadas como um complô contra a Operação Lava Jato. Daí não ter autorizado também busca e apreensão nas residências dos três. Em: o ministro-relator considerou que, mesmo que tenham dito coisas graves, o conjunto do que foi dito não caracteriza uma trama. São muitas as interpretações para a decisão do ministro Teori Zavaski, sendo uma das mais correntes é a de que ele não acredita numa conspiração encabeçada pelo ex-presidente José Sarney. Tem fundamento, porque, por mais antipatia que possa ter pela Lava Jato, Sarney jamais entraria num enfrentamento direto, mesmo subterrâneo, contra um processo tão expressivo e exposto. A decisão foi uma pancada do açodamento do procurador geral da República, que jamais vai admitir, mas neste caso ele se precipitou, forçou a barra e, por isso mesmo, pisou feio na bola. O desfecho vai frustrar muitos que apostaram alto que a velha raposa – que caiu feito pato na armadilha do “mostro moral” Sérgio Machado – ficaria preso em casa usando uma tornozeleira. Difícil visualizar o ex-presidente da República com tal adereço. E tudo indica que, mesmo machucado e com alguns problemas para resolver, o ex-presidente vai alimentar a dignidade, a vaidade e a liturgia.

 

Coutinho lidera grupo e vai à PM pedir mais segurança nas bases
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Rigo Teles, Paulo Neto, Humberto Coutinho, coronel pereira e Alexandre Almeida: reunidos no comando da PM por mais por mais segurança para suas regiões

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), continua dando demonstrações de que o cargo não lhe sobe à cabeça e que ele está sempre aberto a participar de situações que envolvem deputados, mas que raros foram os presidentes que vivenciaram. Uma dessas situações aconteceu ontem, quando ele, juntamente com os deputados Rigo Teles (PV), Alexandre Almeida (PSD) e Paulo Neto (PSDB), esteve no Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, para solicitar ao comandante da corporação, coronel Pereira, reforço na área de Segurança Pública nas cidades e regiões em que atuam. Sem usar a sua condição de chefe do Poder Legislativo, mas atuando como representante parlamentar de uma expressiva fatia do eleitorado estadual, o deputado Humberto Coutinho relatou a boa vontade do comandante geral da PMMA em solucionar os problemas apresentados pelo grupo de parlamentares. “Os deputados estão preocupados com suas cidades e regiões por conta da violência e aqui fomos muito bem atendidos pelo coronel Pereira, que se dispôs a atender o que foi solicitado”, assinalou o presidente da Alema.

O deputado Alexandre Almeida pediu mais atenção para o município de Timon que, segundo ele, por ficar próximo Teresina (PI), tem sofrido com o aumento do índice de criminalidades. O aumento de viaturas e uma melhoria no orçamento do batalhão seriam as soluções apresentadas pelo parlamentar ao comandante. Alexandre reivindicou também a instalação do sistema de videomonitoramento no município. “Uma ferramenta como essa, com certeza, ajudaria no combate à violência, dando agilidade ao trabalho da polícia”, enfatizou.

Já o deputado Rigo Teles solicitou um Posto Militar ou uma Companhia para o bairro Altamira, de Barra do Corda, mais precisamente onde o Governo do Estado está construindo a MA-272, que liga o município a Fernando Falcão. Além disso, Rigo Teles quer o aumento de viaturas na cidade e região. “Barra do Corda não é uma cidade violenta, mas é preciso prevenir. Então, acho necessário o aumento das viaturas a fim de garantir a segurança da população”, disse.

O coronel Pereira se dispôs a atender as solicitações para servir e aquilo que nós pudermos adequar e implantar, nós faremos. E destacou que o Comando está de portas abertas para atender as necessidades da sociedade maranhense.

 

São Luís, 14 de Junho de 2016.

 

 

Luiz Gonzaga Coelho recebe hoje de Regina Rocha o comando de um Ministério Público aparentemente pacificado

 

 

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Gonzaga Coelho: quando votava na eleição do MPE

“Minha meta principal é honrar o Ministério Público do Maranhão” (MPE). Com essa afirmação, feita em tom enfático, o promotor de Justiça Luiz Gonzaga Martins Coelho, anos, assume hoje o cargo de procurador geral de Justiça do Estado do Maranhão e, com ele, a responsabilidade de comandar, pelos próximos dois anos, a instituição cuja obrigação básica é fiscalizar o cumprimento das leis e, na esteira desse princípio, investigar e denunciar à Justiça todo e qualquer desvio por parte de quem ousa transitar na contramão, principalmente no que toca aos recursos públicos. Segundo mais votado numa eleição bem disputada na instituição, Luiz Gonzaga Coelho foi nomeado pelo governador Flávio Dino, que enxergou nele um promotor comprometido com princípios, entre eles o do combate sem trégua à corrupção, vista pelo chefe do Executivo como o pior dos crimes contra a sociedade. Gonzaga Coelho sucede à procuradora de Justiça Regina Rocha, que dirigiu a instituição por dois mandatos.

Luiz Gonzaga Martins Coelho O novo procurador geral de Justiça vai comandar o MPE com o desafio de representar uma nova geração de fiscais da lei no momento em o Maranhão vive reflexos, pressões e consequências de uma crise em que as instituições nacionais estão sendo testadas ao extremo. Sua gestão começa no final de uma longa transição, que parece ter encerrado um período de crises que conflagraram grupos do MPE e causaram profundas divisões no corpo da instituição ao longo de pelo menos duas décadas. A crise teve altos e baixos nas gestões dos procuradores Raimundo Nonato de Carvalho Filho, Suvamy Vivekananda Meireles, Francisco das Chagas, alcançando o seu momento mais tenso na gestão da procuradora Fátima Travassos, quando o embate entre esses grupos foi travado publicamente, inclusive com denúncias de desvios, sendo a mais forte a que levantou suspeitas sobre a construção do prédio onde deveriam estar funcionando as promotorias de São Luís.

Eleita em 2012 e reeleita em 2014, a procuradora Regina Rocha conduziu o MPE com uma gestão sóbria, eficiente e sem estardalhaços, passando à sociedade a impressão de que, pelo menos aparentemente, a instituição está pacificada. Luiz Gonzaga assume a chefia da Procuradoria Geral de Justiça como o primeiro promotor de Justiça em mais de duas décadas, período que começou a eleição do então promotor Jamil Gedeon para o biênio 1994-1996, que foi reeleito, mas deixou o cargo em 1997 para assumir cadeira de desembargador do Tribunal de Justiça.

É com a credencial de promotor de Justiça com 22 anos de batente, depois de ter passado por Olho D`Água das Cunhãs, Presidente Dutra, Timon, Caxias antes de chegar a São Luís, e nesse novo ambiente que Luiz Gonzaga Martins Coelho assume o comando do MPE, levando também na pasta a experiência do cargo de diretor geral que exerceu até sexta-feira da semana passada. Em entrevistas e em conversas abertas e reservadas, o novo procurador geral de Justiça tem batido sempre nas mesmas teclas: fortalecer a instituição com a valorização dos seus quadros de promotor de Justiça e procurador de Justiça, e também o suporte técnico e funcional. Nesse aspecto, a sua larga atuação corporativa, que culminou com a presidência da Ampem – Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (2004-2007), onde desenvolveu um forte trabalho pelo fortalecimento da categoria, com reflexo direto na valorização da instituição.

No que diz respeito às atividades do MPE, Luz Gonzaga garante estar preparado para fortalecer todos os segmentos da instituição. Mas revela um interesse especial: dar o máximo de força possível ao Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gaeco), por acreditar que essa atividade deve receber o maior suporte possível, para que esteja bem estruturado e poder atuar com mais eficiência, de modo a não permitir desvios de recursos públicos continuem ocorrendo impunemente. Esse estado de ânimo foi passado pelo novo procurador geral de Justiça nas várias entrevistas que concedeu desde a sua nomeação pelo governador Flávio Dino.

Luiz Gonzaga Martins Coelho tem, portanto, o grande desafio de dar ao MPE a dinâmica que ele precisa como uma instituição essencial para o País em um tempo em que a ética é o grande mote no processo que está passando o Brasil – e nele o Maranhão – a limpo.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Nomeação de Luiz Gonzaga causou reação que não se sustentou
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Entre Dino e Marcelo Tavares, Luiz Gonzaga recebe ato

Não foi unânime a aceitação da nomeação do promotor Luiz Gonzaga Coelho para o cargo de procurador geral de Justiça do Maranhão. Sua escolha pelo governador Flávio Dino causou um forte mal-estar no primeiro momento, causado e disseminado por alguns partidários da candidatura do promotor José Augusto Cutrim Gomes, que foi o primeiro na eleição, com 212 votos, 29 a mais do que os 183 recebidos por Gonzaga Coelho, que ficou em segundo lugar. Esse grupo acha que o governador tinha de ter nomeado o mais votado, quebrando a regra segundo a qual o chefe do Poder Executivo escolhe o procurador geral a partir de uma lista com os três mais votados. Quando por esse tipo de pressão o governador nomeia o mais votado, ele abre mão do seu direito de escolha, quebrando inteira e perigosamente a regra que lhe assegura a prerrogativa, pois nesse caso sua posição seria a de apenas referendar a escolha de terceiros.  E exatamente por não ter nenhum fundamento, nada que lhe desse sustentação, o grupo que tentou criar o “inferno” preferiu recolher as armas e aceitar a nomeação de Luiz Gonzaga o fato consumado uma boa decisão do governador Flávio Dino.

 

João Alberto não recebe denuncia sem prova
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João Alberto: denúncia só com provas

O senador João Alberto (PMDB) foi muito cumprimentado por seus colegas depois que, na condição do Conselho de Ética do Senado, rejeitou denúncia contra o senador Romero Jucá (PMDB) apresentada pelo senador Telmário Mota (PDT-RR) dias depois do vazamento dos áudios de conversas do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com Jucá, o senador Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney, todos do PMDB. Adversário de Romero Jucá em Roraima, Telmário Mota protocolou denúncia contra o pemedebista dois dias depois que os áudios foram vazados. Com o prova contra o desafeto político, o senador pedetista apresentou a transcrição do conteúdo das fitas que chegou aos meios de comunicação, sem qualquer atestado de autenticidade e sem informação sobre a origem. João Alberto cumpriu rigorosamente o que manda a norma e que ele também tem como regra: sob seu comando, o Conselho de Ética só recebe denúncia se ela estiver sustentada por provas documentais autênticas e confiáveis. “Essa é a regra. Não posso fugir da regra. Denúncia sem prova não se sustenta”, justificou.

 

São Luís, 13 de Junho de 2016.

 

 

Pesquisa mostra enrosco entre Eliziane Gama, Edivaldo Jr. e Wellington do Curso, mas excluiu Eduardo Braide e Bira do Pindaré

 

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Pesquisa mostra enrosco entre Eliziane Gama, Edivaldi Jr. e Wellington do Curso, mas surpreendeu ao deixar de fora os deputados Eduardo Braide e Bira do Pindaré

A pesquisa Econométrica que mediu a corrida para a Prefeitura de São Luís, divulgada ontem por O Estado do Maranhão, confirmou a tendência de polarização entre o prefeito Edivaldo Jr. (PDT), com 20%, e a deputada federal Eliziane Gama (PPS), com 24,3%, mas trouxe também o deputado estadual Wellington do Curso (PP), com 16,9% como fator de desequilíbrio e com gás para invadir a ponta e se tornar um dos polos. Demonstrou também que com 6,8%, 2,6% e 2,6, respectivamente, Rose Sales (PMB), Fábio Câmara (PMDB) e João Bentivi (PHS) estão amarrados no segundo time, aparentemente sem menor chance de reação. Os números, que nem de longe podem ser considerados a tendência definitiva da corrida na Capital, indicam que o embate caminha para um segundo turno intenso, traumático e rigorosamente imprevisível. Se for esse o cenário, as chances maiores de realizar uma campanha mais sólida e convi9ncente será do prefeito Edivaldo Jr., pelos diversos fatores que se combinam em torno do seu projeto de reeleição.

Um dado, porém, coloca a pesquisa sob o risco de não estar interpretando corretamente a realidade pré-eleitoral de São Luís, exatamente por não incluir os deputados estaduais Eduardo Braide (PMN) e Bira do Pindaré (PSB), dois nomes de destaque na vida parlamentar e políticos com grande trânsito no eleitorado da Capital. Braide é um nome que tem potencial para atrair votos na classe média, com fôlego para avançar, enquanto Pindaré já foi testado em eleições na Capital, sempre com bom desempenho. Sem os dois, a pesquisa ficou capenga, pois omitiu dois nomes que poderiam, por exemplo, alterar mexer nos percentuais mesmo sem alterar a posição revelada, ou alterar os percentuais e até a ordem mostrada pela Econométrica. Isso não significa dizer que os números não sejam confiáveis. São, sim, porque a Econométrica é uma empresa correta, que jamais maquiaria resultados. Pode ter acontecido que o contratante tenha fornecido os nomes a serem avaliados, que é comum em pesquisas feitas antes das convenções partidárias definirem seus candidatos, o que é o caso do atual levantamento.

Mas levando-se em conta o apurado pela Econométrica com os nomes que pesquisou, o resultado é uma espécie de empate técnico em cadeia, considerando-se os 3,1% de margem de erro e os 95% do intervalo de confiança. Numa avaliação grosseira, que use integralmente a margem de erro, Wellington do Curso, que aparece com 16,9%, pode estar com 20% ou com 12,1%, enquanto o prefeito Edivaldo Jr. pode estar com até 23,1% ou com 16,9%, podendo ainda Eliziane Gama com 21,2% ou até com 27,2%. Ou seja, por conta das variações, os três nomes da ponta podem estar enrolados.

Nesse cenário de enrosco, o prefeito Edivaldo Jr. leva uma grande vantagem sobre os demais: a campanha dele reúne as condições para ser a mais consistente. Primeiro porque seu governo tem uma gestão limpa, sem rastro de irregularidades, desvios nem casos explícitos de corrupção; depois, porque tem uma obra já volumosa em andamento; e finalmente, por estar mostrando o quanto é produtivo e benéfico uma relação de parceria com o Governo do Estado, mesmo em tempos de crise e de aperto orçamentário. Além disso, pode mostrar que encontrou o rumo e que sabe exatamente o que fazer no segundo mandato.

Eliziane Gama tem duas alternativas de discurso de campanha. A primeira será atacar os pontos frágeis da gestão atual em relação a obras não realizadas e mostrar projetos originais da sua lavra que, se implantados, melhorarão a qualidade de vida na cidade. A outra é partir para um ataque cruento ao prefeito, o que não parece ser o caminho adequado, porque sugerirá falta de propostas. Já o deputado Wellington do Curso é um franco atirador, que tem ligação forte com extratos periféricos e uma ampla rede de contatos por intermédios dos seus cursos, anda de mototáxis pela cidade e registra em vídeos buracos e engarrafamentos  eventuais, filas em pronto-socorro, problemas em escolas, enfim, usa pequenos fatos para infernizar o dia a dia do prefeito Edivaldo Jr, com discursos feitos em tom dramático na Assembleia Legislativa, entrevistas, etc., o que lhe tem dado ânimo e alguma musculatura.

Em resumo: a pesquisa Econométrica publicada ontem por O Estado do Maranhão certamente traduziu a realidade de uma corrida com os nomes relacionados. Mas deixou no ar uma nuvem de dúvidas por não ter incluído os deputados Eduardo Braide e Bira do Pindaré.

Em tempo: segundo o jornal O Estado do Maranhão, a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-08340/2016, ouviu 997 eleitores em 57 bairros, com margem de erro de 3,1% e intervalo de confiança de 95%.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Pesquisa pode tirar Fábio Câmara da corrida à Prefeitura
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Fábio Câmara não mostrou cacife

Há alguns meses, a Coluna registrou que se viesse a ser lançado candidato do PMDB à Prefeitura de São Luís, mobilizando os diversos partidos que fecham com o Grupo Sarney, o vereador Fábio Câmara (PMDB) poderia vir a ser um candidato competitivo. O registro foi muito comentado, com praticamente todos os leitores concordando com a avaliação. Mas o que veio depois disso foi surpreendente. O vereador Fábio Câmara brigou com a cúpula do PMDB, passou situações desagradáveis e seu projeto foi efetivamente minado, mas segurou a pressão e conseguiu ser colocado no patamar de pré-candidato do PMDB. Mas o que parecia ser uma trajetória que o levaria ao pelotão da frente se transformou num fiasco, pois os números das pesquisas revelaram um pré-candidato sem cacife eleitoral para bancar a condição de candidato do maior partido do Maranhão. A pesquisa Econométrica publicada neste fim de semana por O Estado do Maranhão encontrou um Fábio Câmara no mesmo patamar de João Bentivi, ou seja, 2,6%, apanhando feio da sua colega vereadora, Rose Sales, que alcançou dignos 6,8%, quando a expectativa era a de que ele apareceria com dois dígitos ou parto disso. A pesquisa pode ser o motivo para que adversários de Câmara estavam procurando para tentar tirá-lo do páreo e dar outro destino ao PMDB na corrida à Prefeitura de São Luís.

Dino tem pepino para descascar em Imperatriz

O governador Flávio Dino deve bater o martelo em relação a como o PCdoB vai se posicionar na corrida para a Prefeitura de Imperatriz. Ele tem três caminhos ali: lançar candidato próprio, que pode ser o deputado marco Aurélio (PCdoB); pode também orientar o PCdoB a fechar apoio com o PDT em torno da candidatura da enfermeira Rosângela Curado; ou pode ainda fechar uma aliança com o prefeito Sebastião Madeira (PSDB) em torno de um nome tucano. Todos os indícios surgidos até aqui sugerem que o governador Flávio Dino tem um pepino político gigantesco para resolver na Princesa do Tocantins se não quiser ficar, ele e seu partido, em conflito com a aliados, quando a meta de todos é vencer a eleição

São Luís, 11 de Junho de 2016.

Isolado, Waldir Maranhão não tem apoio na própria bancada maranhense, que não lhe manifestou solidariedade.

 

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Terceiro da direita para s esquerda, Waldir Maranhão em clima de descontração hoje não existe mais na bancada que representa o Maranhão no Congresso Nacional

Mergulhado por inteiro no imbróglio na Câmara Federal, no qual é o problema número 2, ficando atrás apenas do presidente afastado, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Waldir Maranhão, que vive ao mesmo tempo o inferno e o céu como presidente interino daquela Casa, conseguiu uma façanha inédita: não conta com o apoio determinado e assumido de nenhum dos seus 17 colegas da bancada maranhense na Câmara Baixa. A Coluna sondou alguns parlamentares e confirmou – nenhum quis falar abertamente – e constatou, a rigor, não existe uma posição fechada e hostil em relação ao presidente interino da Câmara, mas também não há qualquer manifestação explícita de apoio, o que leva à impressão de que a quase totalidade dos parlamentares maranhenses não aprova os movimentos de Waldir Maranhão. Os contatos deixaram claro que nenhum deles vai sair por aí pregando em defesa do colega, que hoje ganha fácil da presidente Dilma Rousseff (PT) em matéria de impopularidade. O presidente interino da Câmara Federal está isolado da bancada, que poderia ser um pilar forte de sustentação para ele nesse momento de quase ocaso.

Waldir Maranhão nunca foi um articulador da bancada, pois sempre se movimentou cuidando os seus interesses pessoais e político. Todos os cargos que alcançou na Câmara Federal ao longo dos seus três mandatos foram conseguidos à base de articulação no jogo partidário, e não por iniciativa dos seus colegas da bancada maranhense. Sua escolha, pela bancada do PP, para ser o 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Federal, foi uma escolha da cúpula do seu partido. Numa operação comandada diretamente pelo então candidato a presidente, deputado Eduardo Cunha – outros nomes do PP se apresentaram, mas Cunha articulou com a direção partidária para que Waldir fosse o seu sucessor imediato. A bancada maranhense aprovou a escolha, mas não a festejou como seria natural.

O isolamento de Waldir Maranhão na bancada veio à tona quando ele anulou as sessões da Câmara que trataram do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A reação mais forte à bravata do presidente em exercício da Casa saiu da bancada do seu próprio partido, o PP, que no decorrer daquele 9 de maio o destituiu da presidência regional do partido, onde ele reinava absoluto. No seu lugar foi entronizado o deputado André Fufuca, recém embarcado no partido, e que conspirou freneticamente para cair nas graças da cúpula nacional do PP e, por meio da artimanha, se tornar o manda-chuva da agremiação no estado. Maranhão tentou reverter o golpe na Justiça, mas a direção manteve a decisão, inclusive ameaçando-o de expulsão. E nesse jogo partidário, não recebeu sequer manifestações de solidariedade desse ou daquele colega de bancada. Não por acaso, André Fufuca é o atual coordenador da bancada maranhense.

Nas tentativas frustradas de presidir sessões da Câmara, o que terminou não acontecendo devido à reação irada dos líderes exigindo a sua sápida da presidência, Waldir Maranhão amargou a rejeição sozinho, sem que nenhum deputado maranhense tenha saído em sua defesa ou pelo menos exigido dos líderes agressivos, como Pauderney Avelino (DEM-AM), Rubens Bueno (PPS-SP) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA). Várias outras ocasiões resultaram em situações desagradáveis e vexatórias para Waldir Maranhão, sem que nenhum deputado maranhense tenha se manifestado em solidariedade.

De um modo geral, não há na bancada maranhense posição visível de  hostilidade ao presidente interino da Câmara, mas também não se conhece gestos de apoio aberto e sem reservas. A grande conclusão é a de que para os integrantes da bancada maranhense, o colega Waldir Maranhão está sendo atingido pelas consequências dos erros políticos que cometeu. O primeiro foi o de se tornar uma espécie de fiel escudeiro de Eduardo Cunha; depois, assumiu um cargo que, está claro agora, não tinha condições de assumir; e finalmente, anular, a pedido, as sessões da Câmara sobre o impeachment, gesto que só serviu para tirar-se a possibilidade, então já remota, de exercer uma interinidade turbulenta, mas possível.

O fato real, concreto, é que alguns deputados federais e candidatos a candidato a deputado federal já crescendo os olhos sobre os quase 90 mil votos que ele recebeu no pleito de 2014.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Dilma admite consulta popular sobre eleições antecipadas
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Dilma já admite consulta popular sobre eleições

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) acendeu uma luz no fim do túnel das incertezas ao admitir a realização de uma consulta popular sobre a necessidade ou não de realização de eleições antecipadas. Para muitos observadores, a manifestação sinalizou a possibilidade costura de um grande acordo interpartidário para a sua volta à presidência da República com o compromisso de viabilizar a tal consulta popular. Na interpretação de alguns “videntes” da política, o acordão estaria sendo apoiado por grande parte do PT e do PSDB, mas estaria encontrando resistências no PMDB, que agora está focado no impedimento da presidente e na titularização do presidente interino Michel Temer. Há inclusive quem afirme que o acordão teria o aval do ex-presidente Lula estaria interessado na antecipação das eleições, embalado por pesquisas recentes que mostraram que ele está em primeiro lugar para o primeiro turno da disputa. Pode ser uma saída honrosa para a presidente, que, mantido cenário atual, encontra-se com a lâmina da guilhotina sobre o seu mandato.  Ontem, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), uma das mais empenhadas defensoras do mandato da presidente Dilma, elogiou a proposta da chefe da Nação afastada, que para ela reconheceu que é preciso repactuar a “democracia através da democracia” e se dispôs a promover consulta “para que o povo diga se quer ou não antecipar as eleições”.

Rubens Jr. contribui para organizar feriados que prejudicam o País.
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Rubens Jr. dá parecer favorável a projeto oportuno sobre feriados

Finalmente está em curso na Câmara Federal um projeto de lei que redefine os feriados nacionais, de modo a organizar a bagunça e o excesso de folga que ocorre hoje, principalmente os que “quebram” o ritmo de funcionamento do País. Nesta semana, o vice-líder do PCdoB na Câmara Federal, deputado Rubens Jr., apresentou parecer pela constitucionalidade do Projeto de Lei 2257/2011, do deputado Edmar Arruda (PSD), que altera a data dos feriados nacionais. Com a nova redação, os feriados que caírem na terça-feira, serão comemorados na segunda-feira imediatamente anterior e os que caírem na quarta-feira ou na quinta-feira, serão comemorados na sexta-feira imediatamente posterior. Para Rubens Jr. a medida é importante para a economia do país: “Há um grande prejuízo para a economia do país quando um feriado cai durante a semana”, ressaltou. Uma prática semelhante no Brasil é a de “enforcar” os dias restantes do feriado, sendo chamado de “feriadão”, não havendo expediente nas repartições públicas e nas organizações privadas gerando, assim, graves prejuízos à economia para o País. Rubens lembra ainda que esses feriados prolongados tem reflexo imediato na economia: “Nossa balança comercial vê-se diminuída nesses períodos. Há quem defenda que até mesmo as bolsas de valores mobiliários, ou de ações, têm quedas acentuadas nas vésperas de tais feriados”, lembrou. Há diversos feriados nacionais, estaduais, distritais e municipais que seguem intocáveis por princípio constitucional vigente. De acordo com o voto apresentado ao projeto de lei, os feriados de 1º de janeiro (Confraternização Universal), 7 de Setembro (Independência), 2 de Novembro (Finados) e 25 de Dezembro (Natal) não sofrerão alteração, podendo, assim, cair em qualquer dia da semana.

 

São Luís, 10 de Junho de 2016.

Rejeitado como presidente da Câmara, Waldir Maranhão agora vira problema sério para o presidente Michel Temer

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Waldir Maranhão (à direita, na Mesa) a hostilizado tentar presidir a sessão

Nenhum parlamentar do País passa atualmente pela situação que envolve o deputado federal Waldir Maranhão (PP). Quem foi acusado de malfeitos – caso dos senadores Renan Calheiros e Romero Jucá (PMDB) – encontra-se virando para armar defesa; quem foi afastado do mandato – caso do deputado Eduardo Cunha (PMDB), suspenso do mandato e da presidência da Câmara Federal – busca freneticamente reversão na Justiça; e quem foi cassado por agir fora da lei – caso do agora ex-senador Delcídio do Amaral -, que se movimenta para buscar reparação ao que define como “injustiça”. Nenhum dos casos se iguala ao do presidente interino da Câmara Federal. Mesmo mantendo a integridade do mandato parlamentar e exercendo interinamente a presidência da Casa, tomando medidas administrativas que movimentam milhões de reais dos cofres públicos, e usufruindo de benesses como a que o levou na semana passada ao Chile, para um evento continental sobre transparência, o parlamentar maranhense é crua e ostensivamente rechaçado por líder partidários todas as vezes em que tenta presidir uma sessão, tarefa primeira e mais importante do presidente da instituição. Tal situação, por outro lado, transformou o deputado Waldir Maranhão num fator de preocupação do Palácio do Planalto, que precisa ter na presidência da Câmara Federal um presidente com autoridade e habilidade para ser um interlocutor seguro e confiável para o também presidente interino Michel Temer (PMDB).

Eleito 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Federal, cargo que o levou naturalmente à presidências da Casa, no dia 5 de maio, com o afastamento do presidente, deputado Eduardo Cunha, por decisão do Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de atuar para obstruir o processo de cassação do seu mandato e as ações da Operação Lava Jato. Maranhão assumiu sem nenhum apoio formal, mas com caminho aberto para costurar, com os cuidados necessários, o aval dos colegas de mesa e dos líderes. Apesar das tensões, tudo parecia caminhar para a costura de uma solução quando, no dia 9 de maio, Waldir Maranhão surpreendeu a Nação ao anular as sessões que da Câmara que resultado na autorização para o Senado instaurar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A decisão bombástica foi revertida antes da meia-noite, mas as consequências dela para Waldir Maranhão foram devastadoras, sendo a principal delas a transformação dele num pária dentro da Câmara. O embuste colocou mais de dois terços da Casa contra ele, que passou a ser fortemente hostilizado por seus pares.

No dia 18 de maio, julgando que os ânimos já poderiam estar serenados, Waldir Maranhão tentou presidia a sessão do dia, Waldir Maranhão sentou o peso da rejeição tão logo sentou na cadeira presidencial no plenário. Líderes como Pauderney Avelino (DEM), Rubens Bueno (PPS), Antônio Imbassay (PSDB), entre outros, ocuparam a tribuna e pronunciaram discursos duros contra o presidente interino, de cara exigindo a sua retirada do plenário e reafirmando que não o aceitam como presidente da Casa. Na quarta-feira, a dramática e inacreditável situação se repetiu. Waldir Maranhão de novo tentou presidir a sessão, desta vez tendo na pauta a DRU, um instrumento que dá ao governo autonomia para gastar até 30% do Orçamento do jeito que bem entender. Não deu outra: tão logo tomou assento na Mesa, o presidente interino Waldir Maranhão foi duramente hostilizado, e dessa vez com uma ameaça velada dos líderes: se ele continuasse na presidência da sessão eles não votariam o projeto. Maranhão tentou resistir, mas uma troca de telefonemas com o Palácio do Planalto o fez cair em si e mudar de ideia. “Vou até o gabinete, mas volto logo”, disse ao 1º secretário, deputado Beto Mansur (PR-MG), levantou-se, saiu e não mais voltou e a DRU foi aprovada sem problemas.

O episódio de quarta-feira acendeu sinal amarelo no Palácio do Planalto, que temendo que o “Fator Waldir” complique a votação de matérias vitais para o Governo, resolveu agir para construir uma solução para o impasse na Câmara Federal. O problema é que qualquer solução deverá passar pelo presidente afastado, Eduardo Cunha, cuja situação se complica a cada dia, mas que continua controlando Waldir Maranhão, a quem o chama de “meu líder” e lhe jurou fidelidade eterna.

 

PONTO & CONTRAPONTO

São Luís não foi incluída no roteiro de Dilma
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Dilma não incluiu São Luís no roteiro da luta contra impeachment

Não vingaram os esforços feitos pela direção estadual do PT para que a presidente afastada Dilma Rousseff desembarcasse hoje em São Luís na sua maratona País afora para mobilizar a sociedade contra o que o processo do seu impedimento, que ela, seu partido e seus partidários chamam de “golpe”. A inclusão de São Luís, na data de hoje, no roteiro da presidente, foi solicitada pela direção estadual do PT ao comando nacional do partido, mas, por razões que não foram comunicadas, não foi atendida. A iniciativa do PT contou com a simpatia velada ao Palácio dos Leões, de onde o governador Flávio Dino dispara diariamente twittadas defendendo respeito ao mandato da presidente, que foi legitimamente conquistado nas urnas. Dino tem sido um dos principais aliados da presidente, liderando um grupo formado por mais de uma dezena de governadores que também não concordam com o processo. Um dos articuladores do pedido formulado pelo PT para que Dilma Rousseff viesse a São Luís nesta sexta-feira, o deputado Zé Inácio, que tem sido voz incansável na catilinária contra o impeachment, disse à Coluna que não sabe ainda o motivo pelo qual São Luís não foi incluída no roteiro da presidente, mas disse acreditar que Dilma Rousseff virá à Capital durante essa corrida contra o “golpe”.

Fábio Braga quer reforço na agricultura familiar
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Fábio Braga: apoio à agricultura familiar

O deputado Fábio Braga (SD) reafirmou ontem sua posição de incentivador da produção ao destacar a entrega, pelo governador Flávio Dino (PC do B), de uma série de veículos às Prefeituras, para melhorar e potencializar a agricultura familiar no Maranhão. Ele ressaltou que a agricultura familiar, se desenvolvida de forma adequada, é uma importante fonte geradora de emprego, especialmente nos municípios onde grande parte da população vive no campo e depende dessa atividade, lembrando que ela também é fator gerador de renda. Para Fábio Braga, a agricultura familiar tem evoluído nos últimos anos, devido principalmente às políticas públicas de apoio ao pequeno produtor implantadas no País, com destaque para o Pronaf, que tem financiado a cadeia produtiva, melhorando, cada vez mais, a produção agrícola familiar, por exemplo. Fábio Braga reconheceu que, nos últimos anos, a agricultura familiar do Maranhão tem recebido a atenção necessária e contemplada com recursos, mas alertou que ainda carece de muitos incentivos. “Hoje, temos uma dependência muito grande com o Piauí, o Ceará e o Tocantins, pois a maioria dos produtos hortifrutigranjeiros, consumidos no Maranhão, são importados desses estados”, assinalou.  “O governador Flávio Dino tem consciência de que precisa apoiar a comercialização e a distribuição dos produtos e melhorar a cadeia produtiva, que envolve também a assistência técnica aos municípios, na elaboração, avaliação e execução de projetos”, destacou. E elogiou o trabalho da Secretaria de Estado da Agricultura (Sagrima) e dos demais órgãos a ela vinculados, como a AGERP, têm apresentado várias ações já desenvolvidas e outras em andamento, dentro das metas do Governo do Estado de reduzir as desigualdades sociais no Maranhão.

 

São Luís, 09 de Junho de 2016.

No pior momento da sua trajetória, Sarney recebe críticas, mas é também alcançado por muitas manifestações de apoio

 

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 Sarney aguarda no seu refúgio de Brasília decisão sobre o pedido de sua prisão

 

A chamada grande imprensa não registra, mas do seu refúgio domiciliar em Brasília, que poderá ser transformado em prisão, o ex-presidente José Sarney (PMDB) tem recebido muitas pancadas verbais e escritas, mas também é alcançado por inúmeras manifestações de apoio e solidariedade de políticos ativos e inativos, empresários de todos os tamanhos, de nomes destacados de todas as esferas do Poder Judiciário, de personalidades das mais diferentes áreas da sociedade organizada e de cidadãos comuns, a começar pela Igreja Católica. O discurso comum é de reação duramente crítica ao pedido de prisão dele, feito pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, sob o argumento de que o ex-presidente, juntamente com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, ambos do PMDB, estaria conspirando para bombardear a Operação Lava Jato. Sarney nega enfaticamente, recorrendo ao argumento de que toda a sua trajetória política tem sido marcada por atos e manifestações que demonstram com clareza o que ele define como “verdadeira devoção à Justiça”. Aos seus interlocutores, o ex-presidente tem dito e repetido que jamais sequer pensou na possibilidade de criar obstáculos à evolução da Operação Lava Jato, mesmo avaliando que aqui e ali excessos têm sido cometidos, mas observando que se trata de uma ação que faz bem ao país.

Num comentário publicado ontem, o colunista de O Globo, Jorge Bastos Moreno, que por muitos anos cultivou uma relação muito próxima com o ex-presidente, o que o tornou um dos jornalistas mais bem informados de Brasília, registrou o seguinte: “O pedido de prisão domiciliar de José Sarney foi recebido com satisfação por grande parcela da sociedade, mas com relativa indignação e perplexidade nos meios político e jurídico do país. Como explicar essa dicotomia? É que existem, na verdade, dois Sarney. O primeiro, o que comandou a transição democrática do país com rara competência e, daí o respeito que goza entre os Três Poderes; o outro, o que, ao longo do tempo em que permaneceu no Senado, depois de ter deixado a presidência da República, acumulou uma série de erros que acabaram comprometendo sua biografia de presidente da República”.

Moreno definiu bem, pois esse é Sarney, sem tirar nem por. O Sarney que se encontra agora refugiado na sua residência em Brasília, acabrunhado por causa das gravações que revelaram inacreditáveis conversas suas com Sérgio Machado – um anão político por ele adjetivado de “monstro moral” – é o Sarney ex-senador, que inexplicavelmente manteve relações estreitas com essa turma da pesada do PMDB, desprezando os alertas e cobranças que ouviu de pemedebistas do porte do gaúcho Pedro Simon, por exemplo. Esse Sarney que, depois de deixar a presidência da República, foi picado pela mosca azul e decidiu continuar na ativa contrariando mil e um conselhos de amigos, é o Sarney político que agora paga preço alto por não ter se voltado para a literatura. As conversas gravadas pelo “monstro moral” Sérgio Machado revelaram um Sarney tenso, meio perdido, muito distante do condutor e fiador da transição da ditadura para a democracia. Mostraram um gigante político da transição trocando impressões nada litúrgicas com chefes pemedebistas apuros.

Independentemente do que vem por aí, Sarney vive, sem qualquer dúvida, o seu pior momento. Sem mandato, já arranhado por outros escorregões e sem qualquer nesga formal de poder, o ex-presidente perde agora também o PMDB, o seu último espaço de ação. Não há uma roda de conversa em que alguém ainda aposte numa volta por cima. Mas também não há quem não avalie que seus feitos são muito maiores do que os malfeitos que lhe são atribuídos. Daí a explicação para que em seu refúgio domiciliar de Brasília, que corre o grave risco de ser transformado em prisão, ele esteja recebendo manifestações de apoio.

Vale apena transcrever o último parágrafo do comentário de Jorge Bastos Moreno, no qual, após concluir que o presidente José Sarney foi ofuscado pelo senador José Sarney, registra o seguinte: “Os que viveram intensamente aquele período de reconstrução democrática, sem traumas e revanchismos, graças à habilidade e paciência de um presidente gentil e cioso da liturgia do cargo, e membro desde 1980 da Academia Brasileira de Letras, não devem, no fundo das suas consciências, estar felizes com o pedido de prisão de Sarney. É como se estivessem rasgando uma página bonita da nossa História”.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Andrea Murad insinua que Dino recebeu “doações sujas”
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Andrea Murad durante discurso contra  Flávio Dino 

A deputada Andrea Murad (PMDB) criticou duramente os comentários feitos pelo governa dor Flávio Dino (PCdoB) em relação ao pedido de prisão do ex-presidente José Sarney. Em tom indignado, a deputada oposicionista previu que o governador também será alcançado pela draga da Operação Lava Jato, devendo dar explicações sobre supostas “doações sujas” que durante a campanha ele teria recebido de empresas investigadas pela Operação Lava Jato. Disposta a entornar o caldo, a deputada disse, em alto e bom tom, que Flávio Dino “não tem qualquer moral e nenhuma reputação ilibada para vir falar de alguém à altura do presidente Sarney, a partir do momento recebeu dinheiro da OAS e da UTC”. Andrea Murad enfatizou que, “diferentemente de Flávio Dino, quero parabenizar o senador Roberto Rocha pelo discurso que fez no Senado Federal, mesmo sendo adversário político do grupo do ex-senador Sarney, teve a hombridade de ver que o que está sendo feito hoje no país passou de todos os limites. Meus parabéns, pena que muitas pessoas não têm essa postura e esse mesmo pensamento e pena que muitos são hipócritas e movidos pelo ódio como o governador Flávio Dino”. A parlamentar considerou o pedido do procurador geral da República uma ação midiática exagerada e que servir para “colocar o país em um cenário cada vez mais instável”. Vozes governistas preferiram não contra-atacar.

 

Cutrim critica clima de insegurança jurídica
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Cutrim vê insegurança jurídica no País

O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) manifestou ontem preocupação com o que definiu como “clima de insegurança jurídica” que paira sobre o Brasil. Do alto da sua experiência de delegado aposentado da Polícia Federal, que atuou na ditadura, Cutrim criticou a divulgação de interceptações telefônicas entre políticos, quando ainda não havia crime comprovado, apenas atos preparatórios. “Nós observamos aquele fato lá em Brasília, viemos acompanhando através da imprensa e verificamos que ali houve uma interceptação, uma gravação de uma conversa induzida, preparada, onde duas pessoas conversam. Quer dizer, ali a gente acreditaria que não serviria de provas. Hoje, a gente fica até preocupado em conversar com um amigo, com outras pessoas sobre qualquer assunto de prioridade ou não”, disse. O parlamentar também ressaltou que a Polícia Federal tem bons profissionais em seu quadro, com total competência para investigar e esclarecer todos os fatos, sem que haja a necessidade de se utilizar de escuta induzida para chegar aos fins da investigação. “Nós não podemos entrar nessa, porque amanhã como é que fica o instituto da investigação? Está extinto?”, questionou. O deputado defendeu a necessidade de se investigar os fatos com dados e provas, para que a insegurança jurídica não reine no país. E criticou: “O Executivo e o Legislativo hoje praticamente não existem. Está tudo nas mãos do Judiciário, de um juiz, e o Supremo muitas vezes preocupado em dar uma decisão pela imprensa. Então a nossa situação é muito difícil”.

São Luís, 08 de Junho de 2016.

Diante do pedido de prisão de Sarney e Renan, Roberto Rocha faz discurso forte alertando para o risco de criminalizar a política

 

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Roberto Rocha discute delação premiada e teme mentalidade justiceira na higienização política

Não poderia ter sido menor o impacto causado ontem pelo vazamento da informação de que o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do ex-presidente José Sarney, do presidente do Senado e do Congresso nacional, senador alagoano Renan Calheiros, do senador roraimense Romero Jucá e do presidente afastado da Câmara Federal, deputado fluminense Eduardo Cunha – todos do PMDB -, os três primeiros por suposta tentativa de prejudicar a Operação Lava Jato e o quarto por obstrução da Justiça.  O País mergulhou na surpresa e na perplexidade, mesmo tendo ares recentes trazidos rumores nessa direção. O Congresso Nacional, em especial o Senado, entrou em parafuso. No meio político e nos bastidores do Judiciário essa possibilidade já era admitida em relação a Calheiros, a Jucá e a Cunha, e de certa maneira o próprio cidadão mais atento já trabalhava com a hipótese. A grande surpresa foi a inclusão do ex-presidente da República e quatro vezes presidente do Congresso Nacional José Sarney, de 86 anos e um dos políticos mais importante do país nas últimas décadas. Um dos motivos do choque é que a informação foi vazada de uma ação que tramita em “alto grau de sigilo”, o que causou uma reação indignada em congressistas e até nos bastidores do Supremo Tribunal Federal. O cenário político que marcou o Brasil nestes 7 de Junho contribuiu fortemente para o agravamento da crise política e institucional, desdobramento de dois anos de investigações, prisões e condenações, submetendo as instituições brasileiras a um duro teste de resistência. E no contexto de perplexidade e reações as mais diversas, o senador Roberto Rocha (PSB), contrariou a média e saiu do lugar comum com um discurso em que foi fundo na essência da crise. Começou criticando que definiu como “mentalidade punitiva e justiceira”, foi duro com o vazamento de informações sigilosas, e levantou sérias dúvidas sobre o uso excessivo das delações premiadas, que, suspeitou, poderiam, em alguns casos, ser motivadas por “expedientes abjetos”. Na sua avaliação, o uso de tais expedientes com o objetivo de “higienizar” a política “afronta as instituições”, como o Judiciário, que também começa a sofrer danos na credibilidade. Poucos pronunciamentos sobre a crise foram tão precisos quanto ao do senador maranhense. A Coluna publica-o na íntegra, por avaliar que ele contribui fortemente para a compreensão do Brasil e hoje:

Discurso do senador Roberto Rocha (PSB) no plenário do Senado Federal na tarde do dia 7 de junho de 2016

Senhor Presidente, Senhores Senadores, permitam-me trazer a esta tribuna uma breve reflexão sobre um aspecto que, por inédito, ainda não sabemos aquilatar o seu alcance. Refiro-me aos efeitos que vêm sendo criados com o crescimento de certa mentalidade punitiva e justiceira que se criou nos últimos anos, a partir das ações desencadeadas por inúmeras operações policiais.

Partindo da opinião do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, de que as operações ganharam autonomia própria – o que é saudável e desejável –, vale dizer: nenhuma força política pode deter os avanços que a sociedade aplaude e apoia, mas devemos estar alertas para alguns efeitos que corroem valores da política, quando não criminalizam a própria política.

O combustível da política é o diálogo. Para haver diálogo, há que haver confiança. Temos assistido nos últimos dias a ruptura desse princípio elementar, com a divulgação de conversas reservadas, reveladas a partir do gesto mais abjeto de traição e quebra de confiança.

Ainda que essas revelações possam ser consumidas com júbilo no mercado da política, elas apontam para algo preocupante, que deveríamos cuidar com a atenção que dedicamos aos fundamentos da civilidade mínima que garante a sobrevivência das diferenças. Nenhuma animosidade, nenhuma disputa política, nenhum contraste entre adversários pode estar acima do valor fundamental da confiança.

Custo crer que tenha havido algum tipo de incentivo, Senhor Presidente, ainda que velado, de agentes da Justiça, para que um investigado incrimine outras pessoas com expedientes tão abjetos.

Que os delatores se arrependam e confessem os seus crimes, que apontem os cúmplices, tudo isso é desejável. Mas não é cabível que, em nome de uma higienização da política, se afrontem valores nos quais se assenta toda a nossa concepção de sociedade.

De tal modo a traição é hedionda que o mais misericordioso dos homens, Jesus Cristo, afirmou sobre Judas que: “Ai daquele que por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!”

Além disso, é bom que se diga, por mais moralizantes que sejam as intenções, ao se transformarem conversas privadas em espetáculo midiático, que o efeito acaba contribuindo para a maior desmoralização da vida pública, sem contar o flagrante desrespeito ao art. 5º da Constituição que diz expressamente que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”.

Não admira que o índice de confiança social nas instituições políticas venha desabando a cada vez que é medido. Estamos criando um ambiente de desconfiança geral que, infelizmente, já vem atingindo até mesmo o Judiciário.

Faz lembrar, Senhor Presidente, o personagem Simão Bacamarte, do conto O Alienista, de Machado de Assis, que, ao investigar os limites entre a loucura e a razão, acabou concluindo que todo mundo, de uma forma ou de outra, carece de razão e, portanto, merece ser confinado. Ao final, na impossibilidade de internar toda a cidade, optou por internar-se ele próprio, como único representante da razão. Assim caminha nossa visão geral da política e das instituições.

A quem interessa alimentar esse cenário, senão àqueles que pregam saídas autoritárias? Quando permitimos que os valores da política sejam rebaixados, estamos abrindo as portas para soluções messiânicas, para o esgarçamento das relações sociais.

Repito: a política se faz com valores, não apenas com a administração de obras e projetos. Não pode haver política sem uma utopia partilhada e sem uma ética validada na experiência. O ambiente que estamos vivendo, infelizmente, corrói essas premissas. Precisamos devolver à política essa dimensão que a torna um imperativo da vida em sociedade.

Finalmente, digo para concluir, Senhor Presidente: não podemos nos regozijar com o clima punitivo, ainda que atinja adversários políticos, pois as vítimas somos todos nós cidadãos brasileiros. Ao afrouxarmos o respeito aos princípios constitucionais, estamos enfraquecendo o bem maior, que é a nossa democracia.

De tal modo que, respeitosamente, contrariando aquilo que disse há pouco o meu antecessor, contrastando aquilo que disse há pouco o meu antecessor, por quem tenho muito respeito, Senador Telmário (Mota – PDT/RR), que é adversário político do Senador Romero Jucá – lá no meu Maranhão, fazemos política também no campo oposto ao do Senador Sarney –, eu não me regozijo com o que está acontecendo.

Os adversários têm de ser respeitar e podem até ser amigos. Política se constrói unindo as pessoas e não separando as pessoas.

Eu, sinceramente, do que eu vi, do que ouvi, como todo brasileiro em relação àqueles áudios que envolvem o Senador Sarney e o Senador Renan, até onde eu ouvi, não vi nada que possa justificar medida tão drástica. Espero, sinceramente, que todos eles possam responder o quanto antes para provar a sua inocência.

Agora, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, se já é grave essa prática de ouvir as pessoas de forma clandestina, comprometendo a confiança e, consequentemente, o diálogo que pode levar à negação da política, porque, como disse, política se faz com diálogo e, para haver diálogo, é preciso confiança, se essa prática já é execrável, já é condenável, alguém poderia dizer que os fins justificam os meios e que, para se promover a higienização da política, é preciso fazer isso. Eu não concordo. Mas vamos admitir por hipótese.

Agora, o mais hediondo de tudo, o que eu acho que é inaceitável sob todos os aspectos, muito mais do que a prática sobre a qual falamos há pouco, é exatamente o vazamento seletivo daquilo que é dito como segredo de Justiça, de processo que corre em segredo de Justiça. O próprio advogado da parte não tem acesso ao processo, mas a imprensa tem, parte da imprensa tem, muitas vezes. E, aí, de forma seletiva, são divulgadas notícias que levam a essa sensação de constrangimento inclusive a esta Casa, como foi dito, a mais antiga e a mais importante da nossa República. 

Deixo, assim, essa reflexão, deixo aqui essa visão conceitual. Aqui não vai defesa de ninguém, porque há aqui Senadores, colegas que estão habilitados para fazer a sua própria defesa. Percebe-se claramente um ambiente de constrangimento no Senado Federal. Esperamos que este ambiente que está aí, levando essa desconfiança, seja superado com os fatos que possam ser trazidos a público.

Agradeço a confiança e deixo aqui essa reflexão aos meus colegas Senadores e Senadoras e ao povo brasileiro.

Muito obrigado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Sarney se diz perplexo, indignado e revoltado com pedido de prisão
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Sarney reclama do pedido de prisão e cobra respeito

O ex-presidente José Sarney reagiu com perplexidade, indignação e revolta à informação, vazada pelo jornal O Globo e segundo a qual o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal prisão dele, dos senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e do deputado federal suspenso Eduardo Cunha, acusados de agir para obstruir a Justiça. Se o pedido for acatado pelo ministro-relator Teori Zavaski ou pelo plenário da Corte, os dois senadores e o deputado irão para a cadeia. Sarney, por razões não explicadas por O Globo, será submetido a prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira. Pelo teor da sua nota, o ex-presidente da República se sentiu ultrajado com o pedido, por entender que não cometeu crime algum nas conversas informais gravas por pelo ex-senador e ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, amigo da família que agiu como um “monstro moral”. Segue, na íntegra, a nota publicada pelo ex-presidente:

Estou perplexo, indignado e revoltado.

Dediquei sessenta anos de vida pública ao país e à defesa do Estado de Direito. Julguei que tivesse o respeito de autoridades do porte do Procurador Geral da República. Jamais agi para obstruir a Justiça. Sempre a prestigiei e a fortaleci. Prestei serviços ao país, o maior deles conduzir a transição para a democracia e a Elaboração da Constituição da República.

Filho de magistrado e membro do Ministério Público, mesmo antes da Constituição, promovi e sancionei leis que o beneficiam, inclusive a criação da Ação Civil Pública e as mudanças que o fortalecem, sob a liderança do Ministro Sepúlveda pertence, meu procurador geral e patrono do Ministério Público.

O Brasil conhece a minha trajetória, o meu cuidado no trato da coisa pública, a minha verdadeira devoção à Justiça, sob a égide do Supremo Tribunal Federal.

Para Dino, pedidos de prisão encerram ciclo na política brasileira
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Dino vê no pedido de prisão o fim de um ciclo

Não se pode afirmar que o pedido de prisão de José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha, feito pelo procurador geral da República, Rodrigo Junot, tenha causado algum tipo de preocupação no governador Flávio Dino (PCdoB), como também não é possível afirmar que o chefe do Executivo maranhense festejado a informação vazada deum processo sob “alto grau de sigilo”. Dino parece ter-se esforçado para não externar qualquer reação passível de interpretações injustas, e por isso mesmo foi frio e seco, principalmente em relação ao senador José Sarney. Vale anotar que as declarações registradas pelo blog do competente e experiente jornalista Jorge Vieira não foram iniciativa do governador, mas respostas às perguntas que lhe foram dirigidas sobre o assunto.

Se se interessar muito pelo fato em si e suas repercussões, o governador Flávio Dino interpretou a iniciativa do procurador geral de Justiça como mais um traço forte no rascunho de uma nova fase na política brasileira, como a fase terminal de um regime político nascido com o fim da ditadura militar.

– A partir da devassa que a operação Lava Jato tem promovido em vários setores da política brasileira é necessário ter a capacidade de constituir novos blocos, novas lideranças, talvez novos partidos, para que nós possamos recompor as instituições brasileiras porque acho que o pano de fundo é que a democracia perdeu completamente sua funcionalidade porque enquanto lideranças que são bastante influentes, como o senador José Sarney, Renan e Jucá são alvo de pedido de prisão é sinal que nós temos uma crise, a meu ver, terminal deste sistema político – avaliou o governador.

E completa sua avaliação: “Eles são figuras conhecidas dessa política tradicional e para os maranhenses não é algo que surpreenda porque nós sabemos que infelizmente há muito tempo essas lideranças políticas, no caso do Maranhão o senador José Sarney, tem se dedicado a um tipo de política em que a má utilização dos recursos públicos tem sido uma constante”.

E terminou avaliando a decisão da PGR: “É algo assustador e impactante para todos aqueles que acompanham a política, mas ao mesmo tempo acha que sinaliza a esperança de uma renovação da política brasileira, de novas práticas, novas posturas”.

 

São Luís, 07 de Junho de 2016.

 

Edivaldo Jr. detém poder de fogo político e argumentos fortes para brigar pela reeleição

 

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Edivaldo Jr. tem as condições necessárias para pleitear reeleição em outubro

A 113 dias das eleições municipais, prefeito Edivaldo Jr. (PDT) dá uma demonstração de força política jamais exibida por um candidato à prefeitura de São Luís. Uma reunião por ele presidida ontem na sede do seu partido, ele demonstrou que os números que envolvem até aqui o seu projeto de reeleição são excepcionais, tanto no que diz respeito ao suporte político que embala sua candidatura, quanto em relação às condições em que sua campanha será desenvolvida. Para começar, o prefeito de São Luís brigará por um novo mandato na esteira de uma rede formada por nada menos que 15 partidos. Juntas, essas agremiações totalizarão outro número espetacular em matéria de espelho de campanha: 50% do horário gratuito no rádio e na TV. Mais ainda, sua campanha será levada às ruas por um exército de pelo menos duas centenas de candidatos a vereador. Somente esses três números são suficientes para dar ao prefeito-candidato-à-reeleição um poder de fogo jamais registrado por um candidato a gestor de São Luís desde 1985, quando os prefeitos de capitais voltaram a ser eleitos pelo voto direto, secreto e universal.

Para começar, nenhum outro candidato correrá na direção do Palácio de la Ravardière com o respaldo político de 15 agremiações partidárias, sendo a aliança liderada pelo PDT, de longe o partido mais entranhado nas artérias de São Luís. Essa base é formada  por PDT, PSD, PR, DEM, PRB, PTB, PSL, PROS, PC DO B, PRP, PSDC, PEN, PSC, PTC e PRTB. São agremiações já experimentadas dos embates eleitorais na Capital e que ganham expressão pelos comandos que têm, a exemplo do deputado federal Weverton Rocha, que lidera o PDT; do ex-ministro Gastão Vieira, que comanda o PROS; do PTB, sob o controle do vereador Pedro Lucas Fernandes; do DEM, hoje dirigido pelo deputado estadual Stênio Rezende, e pelo PCdoB, que tem como expoente maior o governador Flávio Dino, por exemplo. Trata-se, portanto, de um suporte partidário que dificilmente será montado por outro candidato, se levado em conta o fato de que só existem 35 partidos.

O suporte partidário garantirá ao prefeito Edivaldo Jr. nada menos que 50% do tempo de campanha no rádio e na TV. Nas campanhas modernas, a força dos veículos eletrônicos é inegável e que muitas vezes dois ou três minutos que um candidato tenha a mais do que outro faz uma diferença decisiva. No caso, esse tempo excepcional garante duplo favorecimento ao prefeito: ele terá tempo suficiente para “vender” suas realizações e apresentar com folga suas propostas para o segundo mandato que pretende conquistas; esse tempo, por outro lado, restringe, por exemplo, o campo de ação da sua principal adversária, a deputada Eliziane Gama (PPS/PSDB), que tem no discurso a sua mais eficiente arma de campanha.

Em relação ao conteúdo do seu discurso de campanha, o prefeito Edivaldo Jr. muito que dizer, pois de seis meses para cá a Prefeitura deu um expressivo salto de qualidade, com uma série de realização na área de infraestrutura, principalmente no setor viário, com a restauração de grande parte da malha viária de São Luís, investindo num projeto maior que é o de interligar os bairros por um conjunto de avenidas cuja construção está em andamento.

Permanentemente sob pressão – ora dos seus opositores e ora dos próprios aliados -, o prefeito de São Luís já não é o gestor tenso e preocupado de outros tempos, tornando- se um prefeito equilibrado, eficiente, que está focado no trabalho e está tirando o proveito possível da parceria com o governador Flávio Dino (PCdoB), que está dando novos ares a diferentes áreas da cidade. As obras espalhadas pela cidade são pequenas e realizadas sem alarde. Elas formam um conjunto que dá ao prefeito Edivaldo Jr. autoridade necessária para ele se credenciar a um novo mandato, de modo a que possa a concluir o que já está em andamento.

Nesse contexto, o prefeito Edivaldo Jr. é um candidato difícil de ser batido, mesmo levando em conta o fato de que neste momento as pesquisas indicam que seu principal adversário, a deputada federal Eliziane Gama lidera a corrida com cinco pontos de vantagem em relação ao prefeito.

Em tempo: As informações numéricas que nortearam o comentário foram registradas pelo repórter Leandro Miranda no blog Marrapá, que acompanhou a região liderada pelo prefeito Edivaldo Jr. na sede do PDT.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Roberto Costa tem trânsito livre no Planalto
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Roberto Costa em audiência com Eliseu Padilha, no Planalto

Foi mais do que uma simples audiência para tratar de temas de assuntos já pautados como a recuperação do Aeroporto de Bacabal, da duplicação da BR-135 e de alguns problemas de  Bacabal causados pela inércia da atual gestão do município e que dependem de ações do Governo da União, a reunião do deputado Roberto Costa (PMDB) e o ministro chefe da Casa Civil Eliseu Padilha. Para começar, a audiência durou mais de 30 minutos, o que pode ser visto como uma situação excepcional, principalmente levando em conta o fato de que se trata de um delicado e agitado momento de transição não qual o chefe da Casa Civil é o auxiliar mais demandado da equipe do presidente Michel Temer (PMDB), exatamente por fazer a ponte entre o chefe da Nação e o resto do mundo. Para quem sabe como funcionam as coisas no Palácio do Planalto num governo essencialmente político, a audiência foi uma demonstração de prestígio do parlamentar maranhense. Roberto Costa cultiva há tempos um bom e produtivo relacionamento com a atual cúpula do Governo Federal, a começar pelo próprio presidente Michel Temer, com quem vinha trabalhando como um dos principais articuladores regionais do PMDB Jovem. A relação com o ministro vem desde que ele ocupou a pasta dos Transportes no Governo Lula e, mais recentemente, como titular da pasta da Aviação Civil no Governo Dilma Rousseff. Não será surpresa se a pauta que Roberto Costa levou para Brasília vier a ser integralmente atendida.

Alberto Filho pressionado por causa de Eduardo Cunha
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Alberto Filho: sob pressão

Membro titular do Conselho de Ética da Câmara Federal, o deputado federal Alberto Filho (PMDB) está atravessando um momento politicamente delicado na Câmara Federal. Integrante do grupo de aliados ferrenhos do presidente afastado da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele está sob forte pressão de dois grupos, dentro e fora do Conselho. De um lado, os aliados de Cunha, que lhe cobram fidelidade ao chefe e insistem que ele deve votar contra a cassação do deputado já afastado. De outro, parlamentares contrários ao presidente afastado fazem carga sugerindo que ele vote contra a cassação do presidente afastado. Alberto Filho se mantém em silêncio sobre o assunto e deixa claro que já tem sua convicção, que será tornada púbica hoje, na reunião em que o Conselho votará o relatório que pede a cassação do controvertido parlamentar fluminense.

 

São Luís, 06 de Junho de 2016.

 

 

Andrea Murad desiste de disputar a Prefeitura e deixa campo aberto para Fábio Câmara mostrar o cacife eleitoral que diz ter

 

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Andrea Murad abre caminho para Fábio Câmara ser candidato

A decisão da deputada Andrea Murad de desistir de disputar a vaga de candidato do PMDB à Prefeitura de São Luís muda radicalmente o projeto do partido com esse objetivo. E produz, de cara, dois desdobramentos, sendo o primeiro a oferta de uma grande chance ao vereador Fábio Câmara de se viabilizar unindo as diferentes correntes pemedebistas em torno da sua candidatura, e abre espaço político para que ele mostre qual é, de fato, o seu potencial nessa corrida em que a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e o prefeito Edivaldo Jr. (PDT) parecem caminhar para uma disputa polarizada, sem dar chance aos demais aspirantes. Além disso, na justificativa e nas explicações que ofereceu para sua saída, revela que a deputada sai com uma ponta de mágoa dos chefes maiores do partido, no caso o senador João Alberto e a ex-governadora Roseana Sarney, mas sem o ranço que poderia colocá-la como adversária de Fábio Câmara, e com um dado animador: ela prometeu que o apoiará na corrida ao Palácio de la Ravardière.

Se de um lado ganhou gás com a desistência da deputada Andrea Murad, que durante semanas minou seu projeto de candidatura, de outro o vereador Fábio Câmara se impôs o enorme desafio de mostrar ao partido e ao que restou do Grupo Sarney em São Luís que tem condições em liderar o PMDB numa coligação que tenha o PV como aliado preferencial. Não será fácil, principalmente porque pesquisas o apontaram como detentor de pouco mais de cinco pontos percentuais na preferência do eleitorado, embolado com outros nomes do pelotão de trás, bem distante dos dois líderes na preferência, Eliziane Gama e Edivaldo Jr..

Até o momento, salvo o senador João Alberto, que preside o partido, e a ex-governadora Roseana Sarney, que não dá as cartas dentro do PMDB, os manda-chuva do Grupo Sarney não demonstraram interesse no projeto de Câmara. Ele vem se desdobrando para receber o apoio explícito de Roseana, que até agora deu algumas declarações de apoio à candidatura, e nada mais. O vereador tentou uma definição propondo e conseguindo aprovação de uma moção de apoio pela passagem do natalício da ex-governadora, mas nem o gesto resultou em declaração mais enfática de vai junto.. Agora, com a saída da deputada Andrea Murad, que lhe declarou apoio e, ao mesmo tempo, manifestou forte insatisfação contra vozes da família, culpando o presidente João Alberto e a ex-governadora pela inviabilização da sua candidatura, Fábio Câmara fica sem concorrente no PMDB, passando a depender somente da mobilização do partido em torno do seu nome, o que só acontecerá para valer se ele conseguir provar que é o nome certo que a agremiação pemedebista dispõe para e ganhar eleição.

Se for, de fato, o político que se esforça para demonstrar que é, Fábio Câmara sabe que suas chances já foram potencialmente melhores. Mas as semanas e semanas de briga nos bastidores do PMDB impuseram-lhe um forte desgaste, causando um clima de incertezas dentro do partido. Agora, se quiser ser realmente o candidato pemedebista a prefeito, tem de demonstrar para o eleitorado que é, de fato, de todo o partido e seus aliados partidários, o que afastará a versão de que ele seria apenas uma fraude política, sem, portanto, qualquer chance de pelo menos entrar para disputar.

Se realmente tiver as condições políticas e eleitorais que diz ter e for embalado por uma ação partidária de grande envergadura e, além disso, conseguir mobilizar pelo menos um grupo partidário que lhe dê uma aliança, já estará dando um grande passo para se transformar num candidato competitivo. Caso contrário, o melhor a fazer é passar a bola e tentar renovar seu mandato de vereador, para não sair das urnas eleitoralmente humilhado.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Sarney perde espaço em Brasília
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Gravações: Sarney perde espaço em Brasilia

Observadores das mais diferentes cores concordam num ponto: o ex-presidente José Sarney (PMDB) está politicamente muito fragilizado, sem espaço para permanecer a não ser como um conselheiro distante do comando do seu partido. O teor das conversas gravadas pelo ex-senador Sérgio Machado o colocou em posição extremamente delicada diante da classe política e funcionou também como como uma espécie de bloqueio ao acesso fácil que ele tinha nas entranhas do Poder Judiciário, o que lhe permitia a funcionar como interlocutor privilegiado de ministros do Superior de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Esses observadores acreditam que depois do que foi revelado, o ex-presidente não teria mais clima para encarar um ministro do STJ de maneira tranquila e cordial. E também teve cortados todos os seus laços com a presidente Dilma Rousseff (PT). Enfim, o ex-presidente José Sarney dificilmente voltará a ser a grande referência dos grupos políticos.

 

Waldir quer assumir o comando da Câmara
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Waldir Maranhão quer assumir comando da Câmara

De volta do Chile, onde participou de um evento de natureza parlamentar com representações de todo continente, presidente em exercício da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP) teria manifestado disposição de conversar com as lideranças no sentido de assumir, ele mesmo, as funções presidenciais da Casa, hoje entregues ao 1º secretário, deputado Beto Mansur (PRB). Teria avaliado que os ânimos já estariam mais serenados, tenso ele feito a sua parte não tomando nenhuma decisão que contrariasse o Colégio de Líderes. A viagem ao Chile foi exatamente para demonstrar que ele é o presidente da Câmara e que está exercendo suas prerrogativas sem maiores problemas. Na visão de dois colegas dele na bancada maranhense, o clima de fato serenou, já não tem deputado esbravejando a favor da sua destituição do cargo de 1º vice-presidente e até mesmo alimentando a catilinária pela cassação do seu mandato parlamentar. Os próximos dias apontarão o futuro da estratégia do deputado Waldir Maranhão.

 

São Luís, 05 de Junho de 2016.