Peso dos candidatos deve tornar acirrada e imprevisível a disputa por vagas no Senado

 

Edison Lobão, Weverton Rocha, Sarney Filho, José Reinaldo, Eliziane Gama e Hilton Gonçalo: todos com peso para surpreender
Edison Lobão, Weverton Rocha, Sarney Filho, José Reinaldo, Eliziane Gama e Hilton Gonçalo: todos com peso para surpreender na corrida pelas vagas de senador

A Coluna já registrou e volta a registrar: a disputa para as duas no Senado será a mais dura e complicada das eleições deste ano no Maranhão. Não há dúvidas de que a corrida para a cadeira principal do Palácio dos Leões será intensa, e de que a guerra para as 18 cadeiras na Câmara Federal e as 42 da Assembleia Legislativa será renhida, no voto a voto, mas, a julgar pelos seus aspectos definidos até agora, a peleja pelos mandatos senatorias terá um acirramento diferenciado. Nos pleitos senatoriais travados nas últimas décadas, os maranhenses escolheram basicamente entre dois nomes fortes para uma vaga e entre quatro nomes expressivos para duas vagas, em alguns casos com desfechos claramente previsíveis. A guerra eleitoral que esta em preparação tem tudo para ser um pouco mais do que uma medição de força entre o Grupo Sarney e a aliança comandada por Flávio Dino (PCdoB).

Pelo que está sendo desenhado, as duas vagas na Câmara Alta deverão ser alvos de um confronto entre pelo menos seis candidatos, todos com peso político e eleitoral, o que remete o desfecho para a cinzenta seara da imprevisibilidade. No páreo estão o senador Edison Lobão (PMDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV) pelo Grupo Sarney; os deputados federais Weverton Rocha (PDT), José Reinaldo Tavares (migrando do PSB para o DEM), Eliziane Gama (PPS) e Waldir Maranhão (PTdoB) brigando pelas duas vagas da aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), sendo que um deles pode sair candidato avulso; e, finalmente, o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (saindo do PCdoB para ingressar no Avante ou no PSDB), além de nomes chance remotas como Marquinhos (DEM),  vereador de São Luís, e Raimundo Noleto, sindicalista ligado ao PSOL.  Outros nomes podem surgir ainda, mas certamente para integrar o pelotão dos candidatos sem chance de chegar lá.

Independentemente do que estejam dizendo as pesquisas a menos de 300 dias da corrida às urnas, todos os nomes apontados pelos grandes grupos políticos têm chance de eleição. Para começar, neste momento, erra feio quem duvida do poder de fogo do ex-deputado federal, ex-governador, ministro de Minas e Energia e senador por quatro mandatos Edison Lobão. Mesmo fragilizado pelo o bombardeio que vem sofrendo pelos canhões da Lava Jato, o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado tem mostrado uma excepcional capacidade de resistência política e consistência eleitoral, fatos que o colocam entre os que podem chegar lá. O deputado federal Weverton Rocha, se ainda não apareceu com grande poder de fogo eleitoral, tem fortalecido seu projeto de candidatura com uma desenvoltura política surpreendente, à qual alia rara ousadia e surpreendente mobilidade, fatores decisivos numa corrida eleitoral, que ganha peso como um dos candidatos do governador Flávio Dino. Com o lastro de nove mandatos, dois períodos como ministro do Meio Ambiente e uma intensa e produtiva atuação política e partidária – foi um dos fundadores do PV, por exemplo –, além, claro, do sobrenome, o deputado federal Sarney Filho é também postulante de proa nessa disputa.

Dono de um dos currículos mais ricos da sua geração, tanto como técnico, quanto como político, o deputado José Reinado Tavares é nome leve no meio político e bem aceito no eleitorado. É reconhecido como secretário, ministro dos Transportes e governador, e como o líder político que virou o jogo no Maranhão ao comandar a eleição de Jackson Lago (PDT) em 2006. Será forte mesmo se se lançar como candidato independente. Numa outra dimensão, a corrida senatorial deve ser mais acirrada com a candidatura da deputada federal Eliziane Gama, uma política jovem, que vem crescendo a cada eleição para mandatos parlamentares. Ela entra nessa corrida como um dos nomes de ponta, mostrando que o tropeço na eleição para a Prefeitura de São Luís em 2016 não apagou o vigor eleitoral da deputada federal mais votada nas eleições de 2014, que saiu das urnas com inacreditáveis 140 mil votos. Por fim, a disputa senatorial pode contar com o atual prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, um médico de ação política forte, que tem surpreendido com o seu desempenho eleitoral – venceu a eleição com mais de 80% dos votos, elegeu a mulher, Fernanda Gonçalo (PMN), prefeita de Bacabeira, e a irmã Iriane Gonçalo (SD) para a Prefeitura de Pastos Bons. É visto no meio politico como um nome que pode crescer durante a campanha e surpreender.

Nenhum desses postulantes está entrando nessa briga admitindo a possibilidade de não ser eleito. O poder de fogo e a determinação de cada um tornarão essa corrida ao Senado uma guerra eleitoral como poucas.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Na esteira da “Beira Rio”, Imperatriz vai ganhar “Panelódromo”

Segundo maior colégio eleitoral do Maranhão e sempre candidata a capital de um novo estado, Imperatriz se consolida também como dona do eleitorado a ser conquistado a cada eleição pelos candidatos a governador. A aproximação da corrida eleitoral anima uma disputa também em obras entre o governador Flávio Dino e o prefeito Assis Ramos (PMDB). Como resposta à esmagadora maioria de votos que recebera dos imperatrizenses em 2014 e, claro, pretendendo manter essa relação, o governador entregou no final do ano passado a Avenida Beira Rio, um espaço público de primeira grandeza, que já se transformou em orgulhoso cartão postal da Princesa do Tocantins. Ainda devendo uma grande obra, daquelas que possam reforçar a candidatura da sua aliada Roseana Sarney, o prefeito Assis Ramos começou a se mexer nessa direção e decidiu brindar Imperatriz com a construção do “Panelódromo”, um oportuno projeto destinado a dar espaço, mais higiene e, sobretudo, dignidade às vendedoras de comida – em especial o delicioso mocotó, chamado ali de panelada -, que ao longo de décadas se consolidaram como uma marca da cidade, apesar da teimosia das administrações municipais de não dar àquela atividade a atenção devida. De acordo com o jornal O Progresso, outro ícone indelével da cidade, o prefeito Assis Ramos garante que o “Panelódromo” vai sair do papel logo, logo, ou seja, ao longo da campanha eleitoral. Para reforçar o discurso da ex-governadora Roseana Sarney no contrapeso ao governador Flavio Dino. A população comemora.

O Globo tropeça sobre a corrida senatorial no Maranhão

Mais uma fake news da chamada grande imprensa em relação à política do Maranhão. O jornal O Globo publicou, em matéria de sua edição de domingo (7) que o ex-presidente José Sarney (PMDB) “está empenhado  na reeleição dos senadores pemedebistas Edison Lobão e João Alberto”. Alguma coisa está errada nesta informação, porque o segundo candidato na chapa do Grupo Sarney é, até aqui, o deputado federal Sarney Filho, atual ministro do Meio Ambiente. Até o final da semana passada, a chapa Edison Lobão/Sarney Filho permanecia inalterada, com o ministro do Meio Ambiente absolutamente empenhado em consolidar a sua candidatura, sem abrir qualquer fresta de dúvida sobre esse projeto. No fim de semana também o senador João Alberto disse à Coluna que não sabe ainda qual será o seu papel na guerra eleitoral deste ano. Confirmou a informação de que está cansado, não quer mais viver na ponte aérea São Luís/Brasília/São Luís. Mas sempre deixando claro que é homem de partido, de grupo, e o que o que a maioria decidir a seu respeito ele cumprirá. O Globo errou, porque não há qualquer sinal de que Sarney Filho possa vir a desistir da candidatura e nem que João Alberto esteja pensando em brigar pela reeleição.

São Luís, 09 de Janeiro de 2018.

7 comentários sobre “Peso dos candidatos deve tornar acirrada e imprevisível a disputa por vagas no Senado

  1. Vou aproveitar o espaço oferecido e analisar as situações. Sarney Filho não tem cacife político para a disputa. Os anos como deputado federal não o ensinaram a arte que o pai domina tão bem. Se tivesse aprendido teria sido ele o escolhido para as eleições como candidato à governador. Weverton Rocha deveria estar PRESO pelo que fez a frente da UMES e pela “obra” na reforma do Costa Rodrigues, que foi paga antes de feita e aditivada por 3 vezes. Eliziane não passa de um cavalo paraguaio, na hora H perde força e sai do párea. Lobão busca um novo mandato para se livrar das garras da Lava Jato. Desse personagem fica a lembrança de campanha de Lobinho à época das eleições passadas. José Reinaldo se queimou com o eleitorado ao tomar partido de Temer nas votações mais polêmicas e antipopulares que foram acompanhadas e divulgadas na imprensa. Acho que para ele o trem partiu e ele ficou.
    Flávio Dino tem uma campanha difícil pela frente. Teve o azar de ser eleito em um período econômico recessivo e cheio de incertezas mas fez uma administração razoável. Difícil desfazer em 4 anos todos os estragos promovidos pelos governos anteriores, basta lembrar os empréstimos firmados por Roseana para sanear o falido BEM e os projetos largados, esquecidos e malogrados como o Salangô e o Pólo de confecções de Rosário. Vejo este como o último suspiro do clã dos Sarney’s mas para que isso aconteça a população maranhense deve dar um basta aos parasitas que se elegem e reelegem sem nada terem feito para o bem do Maranhão. Chega de Sarney’s, Murad’s, Rochas e dos chamados políticos profissionais…

  2. O melhor candidato pra o senado Weverton rocha que vai ganhar junto com o melhor governador do Brasil Flávio Dino pra o bem de todos nós maranhenses e enterrar de vez essa maltida oliqarquiar que atrazou o Maranhão cinquentas anos

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