O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL) entraram em contagem regressiva para uma histórica reunião a ser realizada neste Domingo, em São Paulo, na qual o segundo será incorporado ao primeiro. Com a incorporação, que resultará de um consenso construído num longo e bem articulado processo de negociação, o PCdoB ganhará musculatura partidária suficiente para ultrapassar a cláusula de barreira que estrangula pequenos partidos num processo destinado a depurar o quadro de agremiações políticas que atuam no País – são 35 partidos e mais 13 pedidos de registro no TSE. Com o novo status, o PCdoB não apenas consolidará sua existência como partido político, como terá acesso ao Fundo Partidário e direito a exibir seus programas no rádio e na TV. Nessa ampla e bem amarrada articulação, o braço maranhense do PCdoB do Maranhão, presidido pelo deputado federal eleito Márcio Jerry e liderado pelo governador Flávio Dino, tem importância decisiva, exatamente por ser a mais bem sucedida representação do partido em toda a Federação, a começar pelo fato de ser a única sessão regional a governar um estado e de ter se tornado o maior partido maranhense em número de prefeitos e deputados estaduais. Essa será um dos maiores passos do PCdoB desde a sua fundação em 1958, a partir de uma dissidência dentro do PCB.
Resultado de um longo, intenso e ousado trabalho de militância aberta comandado pelo jornalista Márcio Jerry, sob a liderança de Flávio Dino, o PCdoB saiu da condição de partido fadado a perecer, apesar do seu histórico de lutas, e se tornou uma legenda detentora do poder pelo voto direto. Foram anos e anos de batalhas intensas, altos e baixos, conquistas e perdas, vitórias e derrotas, numa guerra sem trégua para sobreviver como fatia autêntica e pragmática de uma esquerda dividida. E mais, enfrentando um adversário poderoso, ardiloso, tarimbado e implacável como o Grupo Sarney. Sem perder sua identidade ideológica, sem abrir mão dos seus princípios doutrinários e sem desfigurar a essência da sua base programática. Em resumo: mesmo sofrendo enorme pressão de um contexto político em que a banda esquerdista que chegou ao poder no País sucumbiu num turbilhão de contradições, o PCdoB se manteve coerente e com os pés no chão, principalmente no Maranhão, onde Flávio Dino virou a mesa e chegou ao poder, contrariando a lógica. O braço maranhense é hoje a grande referência para o PCdoB em todo o País
Na outra ponta da linha, o PPL, criado em 2009 com remanescentes do MR-8, que fez frente à ditadura militar, é um partido que tem uma base ideológica de centro-esquerda e que prega o que define como nacionalismo com desenvolvimento, mesclado com o trabalhismo, um perfil bem próximo do PTB criado por Getúlio Vargas e mantido por João Goulart, que aparecem como as suas principais referências históricas. Tanto que nas eleições deste ano, o candidato do partido a presidente da República foi João Goulart Filho, herdeiro político do ex-presidente, que foi derrubado pelo golpe militar de 1964. O PPL chegou ao Maranhão pelas mãos do médico Zéluiz Lago, irmão do ex-governador Jackson Lago. Atualmente, o braço maranhense do partido é presidido pelo professor Roberto Brandão, que manteve o partido de pé e participou intensamente dos entendimentos.
Além de assegurar e fortalecer a existência do PCdoB, que permanecerá como um dos mais antigos e atuantes partidos do Brasil, a incorporação abre caminho para que outras agremiações avancem em processos de fusão, como é provável que aconteça como a Rede Sustentabilidade e o Partido Verde. Nesse contexto, a união dos dois partidos fortalecerá a liderança do governador Flávio Dino, que é um dos seus principais articuladores, juntamente com o deputado federal eleito Márcio Jerry, que comenta a incorporação: “Saudamos este momento como de grande importância para o nosso partido, presente em todo o território nacional, com atuação marcante nos movimentos sociais, no dia a dia da luta popular, no parlamento e no executivo”.
PONTO & CONTRAPONTO
Assembleia Legislativa homenageia Raimundo Carreiro, maranhense que preside o TCU
Raimundo Carreiro, um maranhense de Benedito Leite que venceu os desafiadores reentrâncias da complexa e pantanosa máquina administrativa federal e chegou ao topo como ministro e agora presidente do Tribunal de Contas da União, foi laureado ontem com a Medalha do Mérito Manoel Beckman, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Maranhão. A comenda foi concedida por Decreto Legislativo editado pelo presidente Othelino Neto (PCdoB) com base em projeto proposto pelo deputado Max Barros (PMB) e aprovado por unanimidade pela Casa.
Ao fazer a entrega da medalha, o presidente Othelino Neto lembrou que “a iniciativa do deputado Max Barros, que foi aprovada por unanimidade na Assembleia, é uma forma de fazer justiça e de reconhecer as contribuições importantes que ele tem dado ao Brasil”. Por sua vez, Max Barros justificou a iniciativa: “O ministro tem uma história de vida pessoal muito bonita. Então, eu acho que é justo que a Assembleia faça essa homenagem porque, ao mesmo tempo em que ele está sendo homenageado, também deve servir de referência para a juventude, pois é por meio do estudo, do trabalho e da ética que se conquista as coisas. Ele é um exemplo de vida”.
Raimundo Carreiro agradeceu: “É realmente uma honra extraordinária para qualquer brasileiro, qualquer maranhense, ainda mais da minha origem, receber essa homenagem. O deputado Max Barros teve essa generosidade de apresentar essa proposta para os deputados e eles aprovaram por unanimidade. Hoje, eu estou aqui para agradecer tanto à Assembleia Legislativa do Maranhão como o deputado Max Barros”, declarou o ministro em tom de gratidão.
A homenagem faz sentido. Apontado como exemplo de menino pobre que se dedicou aos estudos com afinco e conquistou a selva administrativa e política que é Brasília, onde ascendeu por concurso público, Raimundo Carreiro graduou-se na Faculdade de Direito do Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub), em 1981. Foi vice-presidente do Conselho Consultivo da Anatel, funcionário do Senado Federal até sua aposentadoria como analista legislativo, em 2007. Antes, entre 1990 e 1992, fez uma meteórica carreira política como vereador em São Raimundo das Mangabeiras, onde viveu a infância, mas logo abandonou o mandato e retornou a Brasília, e ali reassumiu funções administrativas e acabou se transformando em braço direito de José Sarney (MDB), visto por muitos como seu padrinho. No Senado foi secretário-geral da Mesa a partir de 1995, nomeado por José Sarney. Também foi vereador, entre 1990 e 1992, de São Raimundo das Mangabeiras. Chegou ao TCU indicado e avalizado por José Sarney. Técnico experiente em direito público tem feito uma boa participação no TCU.
Em Tempo: Há cerca de dois anos, Raimundo Carreiro entrou na alça da mira do Ministério Público sob a suspeita de desvio de conduta fazendo concessões proibidas no cargo. Negou peremptoriamente a acusação. Há alguns meses, o STJ arquivou a denúncia por falta de provas, limpando a mancha que ameaçou sujar indelevelmente a sua túnica de ministro.
Edivaldo Holanda Jr. avança no cumprimento da promessa de melhorar o transporte de massa de São Luís
Menos de uma década atrás, pouca gente acreditava, sinceramente, que São Luís pudesse contar com um sistema de transporte coletivo de qualidade, que além de garantir a mobilidade diária de pelo menos 600 mil ludovicenses – trabalhadores e estudantes -, os transportasse com segurança e algum conforto. Um ato simples, realizado ontem de manhã na área de estacionamento da Praça Maria Aragão, informalmente presidido pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), aumentou ainda mais a certeza de que é possível, sim, a Capital do Maranhão tornar-se uma cidade que trata bem os usuários do transporte de massa. No ato de ontem, o prefeito entregou à população usuária mais 10 ônibus novos climatizados, destinados às linhas Santa Rosa, Turu e Calhau, e que se somarão aos 262 veículos com ar-condicionado que representam 30% dos quase 80% da frota renovada de São Luís. Foram 42 ônibus novos e climatizados colocados em operação nos últimos quatro meses. A melhoria na qualidade do transiste de massa da Capital, que alcança os quatro municípios da Ilha, é um dos mais firmes compromissos assumidos pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr. nas campanhas da eleição e da reeleição, e que pela frequência das entregas, poderá ser integralmente cumprida até o dia 31 de Dezembro de 2019. No ato desta Sexta-feira, o prefeito da Capital disse: “Ao longo de quase seis anos de gestão, afirmamos, com total segurança, que o setor vive uma nova realidade, com ônibus novos circulando com ar-condicionado e outras relevantes ferramentas de controle operacional, que fazem do nosso sistema de transporte um dos melhores e mais modernos do Norte e Nordeste”. De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação do Município, a renovação da frota de ônibus da capital é parte do Programa de Reestruturação do Sistema de Transporte Público de São Luís. A base do sistema é a Central de Controle Operacional do Trânsito (CCO), que possibilita o acompanhamento direto e em tempo real de todo a malha de trânsito e transporte da cidade, além de outras medidas como a adoção do sistema de fiscalização por biometria facial, evitando assim as fraudes que prejudicavam o sistema; a bilhetagem eletrônica com recarga embarcada; o bilhete único; o cartão criança e instalação de GPS em 100% da frota.
Em Tempo: O prefeito Edivaldo Holanda Jr. estava acompanhado de auxiliares e da primeira-dama de São Luís Camila Holanda, reconhecida por amigos como o seu maior e mais forte esteio. Jovem, bonita e ciente do seu papel, Camila Holanda tem acompanhado o marido em todos os atos oficiais e informais, atitude reveladora de uma sólida e exemplar aliança.
São Luís, 30 de Novembro de 2018.