Márcio Jerry e Othelino Neto impulsionam candidaturas com fortes atos de campanha em São Luís

 

Othelino Neto (C), a esposa Ana Paula Lobato, Márcio Jerry e o vice-prefeito Júlio Pinheiro, com aliadas  durante caminhada, quinta-feira,  no João de Deus.

Sem dúvida os nomes mais destacados na corrida do PCdoB às eleições para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa, o jornalista Márcio Jerry, presidente do PCdoB e mais influente assessor do governador Flávio Dino (PCdoB) ao longo de três anos e meio, e o deputado Othelino Neto (PCdoB), que hoje preside o parlamento estadual, encontram-se, desde o início da semana, concentrando esforços em São Luís, onde pretendem ser bem votados e, assim, fincar estacas para delimitar espaços de ação política visando também eleições futuras. Os dois realizaram, na noite de quarta-feira (13), uma animada passeata pelos bairros João de Deus, Vila Conceição e Pirapora, encerrando uma etapa que os levou antes à Vila Palmeira, Anil, Aurora, entre outros bairros importantes do entorno urbano da Capital. Com seus movimentos, além de pedir votos, estão contribuindo para reacender nessas áreas a tradição da política do chamado corpo-a-corpo, que deu lastro a grandes líderes políticos da Ilha de Upaon Açu, como o ex-governador Epitácio Cafeteira, o ex-governador Jackson Lago e o ex-deputado federal Haroldo Sabóia, por exemplo, que, cada um a seu tempo e a seu modo, dominaram a política de São Luís.

Assunto “obrigatório” de todas as conversas sobre a corrida à Câmara Federal, nas quais é alvo de duras críticas e rasgados elogios, o jornalista Márcio Jerry, que preside o PCdoB no Maranhão, vive o seu grande momento político, na iminência de colher os frutos de um plantio que começou ainda nos anos de 1980 no movimento estudantil secundarista, do qual evoluiu para a militância política universitária, de onde saiu para se tornar um dos mais destacados dirigentes partidários do estado, agora  atuando como um político integral. Firmou-se com sólido cabedal político e com atuação marcada pela coerência ideológica, já que em nenhum momento deixou a seara esquerdista e de oposição ao Grupo Sarney para aventurar-se, por exemplo, em alianças circunstanciais com o centro ou com a direita. A flexibilização da sua posição ideológica só veio quando assumiu a responsabilidade de ser o articulador político do governo Flávio Dino, que adotou uma linha pragmática para garantir apoio no parlamento estadual e para construir a grande aliança liderada pelo governador na busca da reeleição. Nesse contexto, para surpresa de alguns dos seus aliados e irritação de alguns graúdos, Márcio Jerry tornou-se um nome estadual, ganhou estatura pública e autoridade política para pleitear uma cadeira na Câmara Federal. E como sempre militou em São Luís, nada mais lógico do que pedir votos a ludovicenses.

Também nascido na Ilha, o deputado Othelino Neto segue a mesma trilha da militância em São Luís, onde deu seus primeiros passos na política como militante estudantil e na Juventude do PDT, motivado pelo pai, o jornalista e militante político Othelino Filho, um dos mais próximos colaboradores e conselheiros de Jackson Lago, a quem auxiliou na espetacular vitória do líder pedetista sobre Carlos Guterres (PMDB), candidato do então governador Epitácio Cafeteira em 1988. Jornalista e economista por formação e servidor concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Othelino Neto fez incursões partidárias no PV, na fase embrionária do partido, chegando finalmente ao PCdoB, onde se consolidou. No segundo mandato de deputado estadual, revelou-se um hábil e eficiente articulador, talento que o levou à eleição para 1ª vice-presidência da Assembleia Legislativa em 2015, e à reeleição em 2017, tendo assumido a presidência do Poder em janeiro deste ano com a morte do presidente Humberto Coutinho (PDT). A eficiência administrativa e a  equilibrada desenvoltura política com que vem conduzindo a instituição aumentaram sua estatura, colocando-o no epicentro das decisões no Maranhão. Fez por onde chegar aonde está, e toda a sua trajetória tem sido em São Luís. Tem lastro político para fazer dobradinha eleitoral com Márcio Jerry na Capital.

Militantes de longo curso, com várias experiências diretas e indiretas, vitoriosas e nem tanto, Márcio Jerry e Othelino Filho conhecem bem os caminhos políticos e o perfil do eleitor de São Luís. Sabem onde estão caminhando e com quem podem contar, conhecedores que são das filigranas que movem o eleitorado do maior, mais importante e mais independente colégio eleitoral do Maranhão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Edison Lobão usa Lula na sua propaganda com a autoridade de quem um ministro leal e elogiado pelo ex-presidente

Edison Lobão e Lula da Silva: depois de reservas, admiração e uma amizade sólida

O senador Edison Lobão (MDB) marcou ontem um gol de placa ao exibir no horário eleitoral gratuito imagens em que o então presidente Lula da Silva (PT) joga-lhe um caminhão de confetes. No discurso, feito em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula revela que ficou cismado quando Edison Lobão foi indicado pelo PMDB para o Ministério de Minas e Energia, mas que em pouco tempo foi surpreendido pela competência e pelo empenho do ministro. “Você, Lobão, foi uma grata surpresa”, destacou o presidente Lula, afirmando que fazia questão de assinalar a capacidade de trabalho e a dedicação do ministro. O presidente Lula deu esse atestado público de competência ao ministro de Minas e Energia em várias ocasiões, estreitando uma relação que se transformou em amizade. Tanto que, de volta ao Senado, e apesar da crise que resultou na deposição da presidente Dilma Rousseff (PT), Edison Lobão não perdeu uma só oportunidade de elogiar o ex-presidente, indo mais longe quando fez inúmeras críticas ao processo que resultou na condenação do líder petista, tornando-o inelegível. Num discurso duro no Senado, Edison Lobão defendeu enfaticamente o ex-presidente, afirmando que “Lula foi condenado e preso para não votar a ser presidente do Brasil”. Dias depois desse pronunciamento, o senador Edison Lobão foi a Curitiba, liderando um grupo de senadores da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, da qual é presidente, numa visita para inspecionar as condições em que o ex-presidente é mantido encarcerado.

 

Bolsonaro cresce pouco e Haddad já está empatado com Ciro

Fernando Haddad e Ciro Gomes estão empatados e ameaçam Jair Bolsonaro:  que deve perder para um deles  no 2º turno

A facada que chocou o Brasil e estremeceu a rota da corrida às urnas deu ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) um leve impulso na sua corrida ao Palácio do Planalto. Isso foi sinalizado pelo Ibope, na semana passada, e confirmado ontem pelo Datafolha, que em nova pesquisa revelou a subida dele de 24 para 26% , quase nada alterando sua posição no cenário da disputa. Mas o diferencial desse novo levantamento foi o candidato do PT, Fernando Haddad, que já chegou a 13% das intenções de voto, empatando com o candidato do PDT, Ciro Gomes, com o mesmo percentual. O petista deixou Geraldo Alckmin (PSDB) com 9%, e Marina Silva (Rede), com 8%, para trás.

Na pesquisa, Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) aparecem com 3% cada; Vera Lúcia (PSTU), Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (PSOL) têm 1% cada; João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC) não pontuaram. Eleitores que responderam que pretendem votar em branco ou nulo são 13%, enquanto eleitores que não sabem ou não responderam somam 6%.

Em Tempo: A pesquisa Datafolha ouviu 2.820 eleitores nos 26 estados e no Distrito Federal, tem margem de erro de 2%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de identificação BR-05596/2018.

São Luís, 14 de Setembro de 2018.

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