Desde que o governador Flávio Dino (PSB) confirmou que será candidato ao Senado, disputando a única cadeira disponível nessas eleições, as duas vagas de suplente, especialmente a de 1º suplente, da sua chapa ganharam importância extraordinária, chegando a serem vistas por alguns políticos como tão cobiçadas quanto à vaga de candidato a vice-governador na chapa de Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB). E a explicação é simples: a avaliação é a de que o governador Flávio Dino reúne todas as condições para se eleger senador, o que valoriza muito a posição dos suplentes. E mais: a se confirmar a volta do ex-presidente Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, é grande a probabilidade de Flávio Dino, uma vez eleito senador, vir a ser convidado para o ministério, e se ele aceitar, abrirá a vaga de senador para o seu 1º suplente. A situação é parecida com a dos suplentes do senador Weverton Rocha (PDT), que torcem pela sua eleição ao Governo do Estado na perspectiva de ganhar quatro anos no Olimpo parlamentar nacional.
Nos bastidores, esse debate já é frequente e o será mais ainda à medida que a corrida sucessória evoluir. Tanto que nos colóquios prévios para a montagem da chapa a ser liderada por Carlos Brandão para o Palácio dos Leões, com Flávio Dino para o Senado, os partidos da aliança governista se movimentam para indicar o candidato a vice-governador e os dois suplentes do candidato a senador. Nomes com potencial político para essas posições já começam a circular, fortemente motivados pelo potencial eleitoral da chapa situacionista. Os dois pré-candidatos não falam no assunto, alegando ser ainda cedo, mas nas reuniões partidárias e nas rodas de conversa, o assunto é abordado com frequência.
A escolha do companheiro de chapa de Carlos Brandão é item a ser conversado na formação da aliança em torno da sua candidatura, e nesse jogo estão o PCdoB, o PT e o próprio PSB. O PCdoB, pela afinidade que tem com o pré-candidato a governador, está credenciado para pleitear a vaga. Por seu turno, o PT trabalha com a possibilidade de indicar o vice do candidato governista. Carlos Brandão tem sido cauteloso na administração do seu poder de fogo, de modo que a escolha do seu vice seja o resultado de uma ampla negociação, para que o escolhido seja um fator de agregação e não um pavio para acender crises. O perfil do vice de Carlos Brandão deverá ser como ele: discreto, politicamente articulado e disposto a participar intensamente do futuro Governo, como aconteceu nos últimos sete anos.
A escolha dos suplentes para a chapa a ser liderada por Flávio Dino para o Senado é igualmente um motivo de cuidadosa avaliação política, a começar pelo fato de que o governador desponta nas pesquisas de opinião como franco favorito para a cadeira senatorial, dando aos interessados a expectativa de que essa chapa é o melhor caminho. O favoritismo de Flávio Dino é o resultado da conjunção de uma série de fatores, que vão desde a sua credibilidade pessoal, passando pela sua coerência política, pelo seu preparo intelectual, a sua habilidade como líder político até a seu reconhecimento como gestor público. Logo, a sua candidatura ao Senado é solidamente respaldada, o que explica o seu favoritismo e, com ele, a perspectiva dos que estão se movimentando para suplentes da sua chapa.
Por um outro viés, os suplentes do senador Weverton Rocha – Roberto Bringel, ex-prefeito de Santa Inês, e Suely Pereira, ex-prefeita de Matões – fazem sua torcida pela eleição do senador, na perspectiva de que a vaga por ele ocupada no Senado seja aberta a partir de janeiro do ano que vem. Como Carlos Brandão, Weverton Rocha avalia nomes para escolher seu companheiro de chapa.
Até onde chegam os rumores, a movimentação já é intensa em relação à vaga de vice-governador na chapa de Carlos Brandão e pelas vagas de suplentes de senador na chapa de Flávio Dino.
PONTO & CONTRAPONTO
Othelino Neto garante equilíbrio no comando da Assembleia Legislativa
Não surpreenderam as declarações do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB a caminho do PDT), assegurando que nos próximos 10 meses usará as regras do equilíbrio para comandar a Casa durante o Governo de Carlos Brandão. O presidente fez questão de ser enfático pelo fato de que está posicionado como o principal avalista do projeto de candidatura do senador Weverton Rocha ao Governo do Estado. O grupo a que pertence será de oposição ao Governo Brandão, que por sua vez tem larga maioria no plenário.
O presidente Othelino Neto já tem experiência suficiente para saber que os fatos políticos que ocorrerem no plenário da Assembleia Legislativa terão imediata e forte repercussão fora do palácio Manoel Beckman. E sabe que sua posição é delicada, o que o obriga a atuar mais como um magistrado nos embates que certamente serão travados entre oposicionistas, que são minoria, e governistas, que são maioria. Cabe-lhe também não permitir que a oposição seja sufocada pela força da situação.
– De mim esperem o equilíbrio de sempre, porque o tom que eu vou adotar aqui no dia a dia, vocês perceberão com a tramitação dos projetos de lei. Afinal de contas, ao que parece, o futuro governo que será exercido pelo vice-governador Carlos Brandão, terá a maioria na Casa, e o Plenário será soberano nas suas decisões. Então tenham como certo o meu equilíbrio de sempre. Eu não serei um presidente e nem um instrumento da discórdia, e também não serei um instrumento que atrapalhe a governabilidade do meu Estado – sentenciou.
O equilíbrio do deputado Othelino Neto no comando da Assembleia Legislativa se tornou visível desde o segundo semestre de 2017, quando assumiu o comando efetivo da Casa com o afastamento do então presidente Humberto Coutinho, falecido em janeiro de 2018.
Política educacional em curso no Maranhão é inatacável
Por mais que adversários vasculhem dados em busca de falhas ou distorções na política educacional do governador Flávio Dino, o fato é que todas as informações levantadas são positivas. Além de programas excepcionais como o Escola Digna, que não encontra similar no País em matéria de abrangência, e os Iemas, que estão levando o ensino técnico às diferentes regiões do Maranhão, e ainda o aumento do número e da qualificação de professores, se destaca também na remuneração.
Na vanguarda dos governos estaduais, o Governo do Maranhão paga um piso de R$ 3.433,84 ao professor com 20 horas semanais, quando o piso nacional é de apenas R$ 1.922,81. E ao professor de 40 horas semanais, o Governo do Maranhão paga R$ 6.867,68 contra o piso nacional de R$ 3.845,63.
Difícil alguém se habilitar para contestar a política educacional do atual Governo do Maranhão.
São Luís, 11 de Fevereiro de 2022.