Ganha força a especulação de que Edivaldo Jr. pode ser o candidato a vice na chapa de Flávio Dino

 

Edivaldo Jr.: apontado como provável vice de Flávio Dino
Edivaldo Jr.: apontado como provável vice de Flávio Dino

Nada existe de oficial ou formal nesse sentido, e a confirmação, se vier, ainda levará algum tempo para chegar, mas a especulação já está circulando com certo frenesi nos bastidores: o prefeito de São Luís, Edivaldo Jr. (PDT), pode ser o candidato a vice-governador na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB) para a corrida eleitoral deste ano. Tal equação – prevista pela Coluna em meados ao ano passado -, seria o “plano B” do governador Flávio Dino para escolher o seu candidato a colega de chapa, que por uma séria de razões, motivos e circunstâncias – nenhum desabonador, vale dizer – dificilmente permanecerá sendo ocupada pelo vice-governador Carlos Brandão (sem partido e a caminho do PRB). A possibilidade de o prefeito da Capital renunciar ao mandato para entrar em posição de proa na guerra pelo gabinete principal do Palácio Henrique de La Rocque  é concreta e faz todo sentido, dependendo do ângulo do qual é avaliada.

Para começar, se vier mesmo a optar por Edivaldo Jr. para ser seu companheiro de chapa, o governador Flávio Dino fará uma escolha lógica, fundada numa série de argumentos incontestáveis. O prefeito de São Luís é, sem favor, o político mais bem sucedido da sua geração – antes dos 40 anos já exerceu dois mandatos de vereador de São Luís, um de deputado federal e foi eleito e reeleito prefeito da Capital, numa sequência ininterrupta de sucessos eleitorais. É um político que tem lado, mantém coerência, é ousado, apesar de parecer tímido, e vem construindo a condição de candidato a sucessor natural de Flávio Dino no Governo do Estado.

Esse caminho começou a se desenhado no momento em que Edivaldo Jr., então o único representante do PTC na Câmara Federal, decidiu, num gesto politicamente ousado, abrir mão do mandato federal, para se candidatar a prefeito de São Luís, em 2010, contra ninguém menos que o prefeito João Castelo (PSDB), ex-governador e ex-senador e então ainda um dos pesos pesados da política maranhense, que naquele momento buscava a reeleição se elegeu prefeito de São Luís. Apoiado pelo grupo liderado pelo então ex-deputado federal Flávio Dino, então pré-candidato a governador, Edivaldo Jr. venceu a eleição, enfrentou dificuldades quase intransponíveis, participou ativamente da bem sucedida campanha do aliado para o Governo do Estado. Sua reeleição para a Prefeitura em 2016, associada ao bom desempenho administrativo, em parte alcançado com o apoio do Palácio dos Leões, foi o passo que consolidou sua estatura política atual.

É verdade que o governador Flávio Dino não enfrenta problemas que possam comprometer sua movimentação para a montagem da sua chapa, principalmente em relação à vaga de candidato a vice-governador. O próprio governador deixou isso claro quando disse, há algumas semanas, que não teria problema para manter o vice-governador Carlos Brandão, com quem mantém um bom relacionamento, prestigiando-o como seu emissário em missões dentro e fora do País. A política, porém, tem filigranas de conveniências que mudam o que parece imutável. Nos bastidores do Governo, o vice-governador Carlos Brandão é visto com um bom parceiro, mas o fato de ter perdido o controle do PSDB. Como tucano, ele era patrono da participação do PSDB na aliança como um partido a mais, garantindo ao governador, por exemplo, valiosos minutos a mais na TV. Sem o PSDB, ele nada tem a oferecer como contrapartida.

Nesse contexto, o prefeito Edivaldo Jr. aparece como solução política altamente viável, a começar pelo fato de que entrará na chapa respaldado por boa parte da comunidade evangélica, além de passar o comando da Prefeitura de São Luís ao PCdoB com a ascensão do vice-prefeito Júlio Pinheiro, fortalecendo ainda mais o partido do governador, ao mesmo tempo em que garante ao PDT a possibilidade concreta de chegar de novo ao Governo do Estado em 2022, caso Flávio Dino seja reeleito em outubro. Não bastasse esse leque de vantagens, a entrada na corrida eleitoral deste ano livrará o prefeito Edivaldo Jr. de passar dois anos sem mandato entre 2020 e 2022, um intervalo politicamente muito perigoso para uma carreira intensa como tem sido a dele até aqui.

Os desdobramentos dessa especulação deverão ser conhecidos em março, depois do fechamento da janela para mudança de partido.

 

PONTO & CONTRAPONTO

Cleomar Tema e Rubens Jr, também são nomes fortes para vaga de vice

Cleomar Tema e Rubens Jr. são nomes fortes para a vaga de vice de Flávio Dino
Cleomar Tema e Rubens Jr. são nomes fortes para a vaga de vice-governador n a chapa de Flávio Dino

A possibilidade de o prefeito Edivaldo Jr. vir a ser candidato a vice-governador na chapa do governador Flávio Dino não é isolada como um fato consumado. Além do próprio vice-governador Carlos Brandão, que pode continuar, dois nomes surgem no cenário sucessório com força polpitica e lastro eleitoral para pleitear a vaga de candidato. Um deles é o prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), que preside a Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) pela terceira vez e vem ampliando a cada dia o seu prestígio entre prefeitos, com os quais trabalha para fortalecer o movimento municipalista. Prefeito de Tuntum pela quinta vez, Cleomar Tema mantinha uma parceria forte com o ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), herdando parte do seu espaço como interlocutor e articulador político do Palácio dos Leões no âmbito dos municípios. No meio político, Cleomar Tema é apontado hoje como um dos mais importantes interlocutores políticos do governador Flávio Dino, o que lhe dá cacife para apostar fichas na vaga de candidato a vice-governador.  O outro nome é o deputado federal Rubens Jr. (PCdoB), que é visto na seara governista como um dos mais fortes candidatos a suceder ao governador Flávio Dino no comando do movimento por ele liderado. Rubens Jr. vem tendo um desempenho destacado no exercício do seu mandato de deputado federal, ganhando inclusive muito prestigio na cúpula nacional do PCdoB.  Os dois são, portanto, nomes muito fortes na seara política liderada pelo governador.

 

Othelino Neto imprime novo ritmo no funcionamento da máquina Legislativa

Othelino Neto recebe José Joaquim Figueiredo em visita de cortesia à Assembleia Legislativa
Othelino Neto recebe José Joaquim Figueiredo em visita de cortesia à Assembleia 

O novo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB) comandará nesta semana os preparativos para a reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, que deve retomar sua rotina no próximo dia 5 de fevereiro. Tão logo assumiu, o chefe do Poder Legislativo iniciou uma rotina intensa de reuniões com a equipe políticas, audiências com prefeitos e secretários de Estado e encontros com o governador Flávio Dino e com o novo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos. Administrativamente, por conta da transição, restabeleceu o expediente integral da Casa, de modo a estabelecer os parâmetros que decidiu imprimir na rotina da instituição. Os novos procedimentos já estão sendo observado pelos deputados, que concordam e apoiam integralmente com as decisões tomadas até aqui pelo presidente Othelino Neto.

São Luís, 28 de Janeiro de 2018.

 

2 comentários sobre “Ganha força a especulação de que Edivaldo Jr. pode ser o candidato a vice na chapa de Flávio Dino

  1. “Ganha força (entre aqueles que querem se apoderar da Prefeitura) a especulação de que Edivaldo Jr. pode ser o candidato a vice na chapa de Flávio Dino”

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