A escolha do candidato governista à Prefeitura de São Luís na eleição do ano que vem será o resultado de um entendimento entre o prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT) e o governador Flávio Dino (PCdoB), hoje os dois mais importantes eleitores da Capital. E essa escolha, além do viés político, levará em conta a capacidade gestora e empreendedora do nome a ser escolhido, como também a sua experiência e capacidade de articulação política. A movimentação registrada até agora nesse campo é fruto da ação de pré-candidatos, e não de discussões sobre o assunto entre quem realmente pode dar as cartas nesse jogo, que são o prefeito e o governador. Os dois estão cautelosos sobre o tema, avaliam que ainda é muito cedo para bater martelo sobre candidatura e nem sequer fazem previsões de quando darão, de fato, a largada para valer nesse processo.
O prefeito Edivaldo Holanda Jr. ganhou força nos últimos tempos, depois de ter superado uma série de problemas urbanos que vinham desgastando fortemente sua gestão. Muito discreto em todos os sentidos, o prefeito também acha que ainda é cedo para definir o candidato. Além disso, no que lhe diz respeito, essa escolha será compartilhada com o senador Weverton Rocha, que presidente do PDT, e com quem debate todas as decisões políticas de peso que deve tomar. Até agora, Edivaldo Holanda Jr. não fez qualquer gesto que indicasse a sua preferência por esse o por aquele nome, pois sabe que se o fizer informalmente, causará uma crise no seu partido e na aliança liderada pelo governador Flávio Dino. O prefeito, portanto, só se manifestará sobre o assunto após afinar o discurso com o governador e com o senador. Até porque sabe que um gesto precipitado ou uma escolha errada poderá comprometer seriamente o seu futuro político, que só será desenhado com a posse do seu sucessor no Palácio de la Ravardière.
O governador Flávio Dino também mantém silêncio em relação à escolha do candidato à Prefeitura de São Luís. Mas não consegue esconder que alguns movimentos não previstos – como o convite para Luis Fernando Silva deixar a Prefeitura de São José de Ribamar para assumir a Secretaria de Programas Estratégicos, por exemplo – podem relacionados com a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr., deixando rolar um eletrizante processo de especulação. Com o prestígio turbinado em São Luís, onde seu Governo tem trabalhado intensamente, e por conta das posições políticas que vem tomando no plano nacional, principalmente com vistas à eleição presidencial de 2022, Flávio Dino vive o melhor momento da sua relação com a cidade. Esse affair com a Capital e o comando que exerce sobre a aliança partidária que construiu o tornam um eleitor privilegiado, com poder de fogo para influenciar fortemente na escolha do candidato do seu campo à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr..
Tanto o prefeito quanto o governador têm plena ciência de que São Luís funciona como um grande diferencial nas disputas eleitorais majoritárias do Maranhão. Ganhar por larga margem na Capital significa, na maioria das vezes, vencer a eleição majoritária no estado, já que o perdedor, via de regra, não consegue cobrir a diferença nos demais colégios eleitorais. Daí, conquistar a simpatia e o apoio da banda maior do eleitorado da Capital é item destacado de qualquer projeto político-eleitoral visando o estado como um todo. Não surpreende, portanto, que a escolha do candidato a prefeito seja uma tarefa tão especial no campo governista.
Ontem, uma fonte de peso da Coluna observo que a escolha do candidato a ser apoiado pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr. e pelo governador Flávio Dino, e com apoio dos senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) encontra-se ainda num estágio “embrionário”. Isso significa dizer que o prefeito Edivaldo Holanda Jr. e o governador Flávio Dino ainda não conversaram à sério sobre assunto, o que só deverá acontecer daqui a alguns meses.
PONTO & CONTRAPONTO
PT pode lançar candidato próprio em São Luís, mas pensa também em emplacar o vice
Não será surpresa se o PT vier a se movimentar n o sentido de lançar candidato próprio à Prefeitura de São Luís. O partido faz parte da aliança comandada pelo governador Flávio Dino e é aliado do prefeito Edivaldo Holanda Jr., mas internamente há vozes pregando a agremiação lance candidatos próprios na Capital e nos maiores colégios, como Imperatriz, Caxias e São José de Ribamar e Pinheiro, por exemplo. O argumento é o de que o PT não pode continuar parecendo um partido estigmatizado pela perda do poder. Deve reagir a isso participando efetivamente das eleições no maior número possível de municípios, tentando fazer o maior número possível de prefeitos e vereadores. Para essas vozes, é imperativo que o PT tenha candidato na disputa em São Luís, reafirmando assim sua condição de partido identificado com as massas urbanas. Nessas conversas informais, dois nomes surgem como prováveis pré-candidatos, o vereador Honorato Fernandes, que comanda o partido em São Luís, e o ex-secretário Marcio Jardim. Nada impede, no entanto, que o PT venha a apoiar o candidato que for escolhido pelo governador Flávio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Jr.. De preferência indicando o candidato a vice, por exemplo.
Rogério Cafeteira ganha uma preocupação e um desafio com o desabamento da cobertura do Castelinho
O desabamento do teto do Ginásio Georgiana Pflueger, o Castelinho, causado por um temporal na tarde de quarta-feira (7), deu ao novo secretário de Estado de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira, uma baita preocupação e um instigante desafio. Aprovado como líder do Governo na Assembleia Legislativa durante quatro anos, e agora, como ex-deputado, convocado pelo governador Flávio Dino para comandar a pasta, Rogério Cafeteira começa sua gestão com a preocupação de ter no chão, por desabamento, a cobertura da mais importante quadra esportiva do Maranhão, parte do complexo do Castelão, e o enorme desafio de reconstruí-lo o mais rapidamente possível. A ordem expressa do governador para a reconstrução não aliviará a preocupação do secretário de Esporte e Lazer, já que ele terá de fazer arranjos para compensar a falta temporária da praça esportiva. Ao mesmo tempo, enfrentará o desafio de ter a reconstrução concluída o mais rapidamente possível. Para tanto, Rogério Cafeteira contará com o apoio decisivo do governador Flávio Dino, que numa reunião de emergência, após o desabamento, autorizou o início imediato da reconstrução, e com o suporte do colega de secretariado Clayton Noleto, da pasta da Infraestrutura, a quem cabe a execução da obra.
São Luís, 08 de Março de 2019.