Flávio Dino e Roseana Sarney travam nas redes sociais guerra que ficará mais cruenta e decisiva na corrida eleitoral

 

Flávio Dino e Roseana Sarney deverão se enfrentar nas eleições do ano que vem
Corrida: Flávio Dino e Roseana Sarney já estão se enfrentando nas redes sociais

Essa oposição oligárquica presta enorme desserviço ao tentar sabotar o Maranhão com uma série interminável de inverdades e deturpações.Enquanto isso “tem obra em todo canto, tem obra e todo lugar”. E estamos ampliando os serviços públicos. Como a oligarquia nunca fez. Esses herdeiros da oligarquia ficam tristes porque todos seus prognósticos e “pragas” não se confirmam. Quando assumi, o Maranhão tinha R$ milhões e dívidas atrasadas que chegavam a R$ 800 milhões. Um caos. Mas sobrevivemos. Avante.

Resultado de quatro “tweets” postados segunda-feira (14) pelo governador Flávio Dino (PCdoB) como resposta direta a estocadas que ele e seu Governo vêm recebendo da Oposição mostram duas situações bem definidas. A primeira: o governador do Estado se mantém fiel ao uso intenso da sua mais eficiente arma para dizer o que pensa e, sobre tudo, para rebater ataques sistemáticos que recebe diariamente dos seus adversários. A segunda: a guerra que o governador Flávio Dino e seus adversários vêm travando nas redes sociais tende a se tornar mais dura e cruenta à medida que a corrida eleitoral se aproximar. E ao contrário do que aconteceu no período inicial do Governo, quando se desdobrava para “domar a fera” e dar forma e movimento ao seu projeto de Governo, o governador não mais reage irado, com faca nos dentes e sangue nos olhos. As reações de agora são mais tranquilas e carregadas com fortes doses de afirmações e ironia.

Nesse jogo de “bateu, levou”, na falta de malfeitos administrativos ou desatinos que possam render denúncias que estimulem o Ministério Público a infernizar o cotidiano no Palácio dos Leões, os adversários do Governo aproveitam qualquer indício, por mais tênue que seja, para transformá-lo em petardo incômodo, mesmo que venha se revelar um mero factóide. E o tema mais gerador desses ataques é o empréstimo contratado pelo Governo anterior ao BNDES e que resultou numa sobra de crédito de cerca de R$ 2 bilhões, dinheiro que o atual Governo vem utilizando, licita e corretamente, para financiar o seu programa de obras. Definitivamente transformado em pólvora, o empréstimo já foi explorado por todos os ângulos possíveis pela Oposição para atacar o Governo, que tem reagido duramente demonstrar que tudo não passa de um jogo com o objetivo de manchar-lhe a imagem.

Nessa guerra, os canhões virtuais alinhados à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), operados por  meio de blogs comandados por jornalistas competentes e abastecidos por vozes que integram o núcleo mais próximo da cúpula do Grupo Sarney. O governador, por seu turno, se defende – e às vezes toma a inciativa de provocar -, via de regra desmontando os ataques e acusando os adversários de praticar jogo sujo, reações multiplicadas no mundo virtual por uma rede bem articulada de blogs, parte deles operados por bons e talentosos profissionais do jornalismo virtual.  A atuação dos dois lados é tão intensa e orientada que é difícil não enxergar a realidade por esse prisma. Esse cenário bem definido começa a dar sinais de que os dois exércitos, um comandado pelo governador Flávio Dino e o outro pela ex-governadora Roseana Sarney, se preparam para uma guerra, que deve ser o caráter de ser “a última das suas vidas”, exatamente porque dela sairá o comando do poder político e administrativo do Maranhão.

O texto que abre esse comentário é um “aperitivo” destilado e disparado pelo governador Flávio Dino, destinado a atingir o âmago do Grupo Sarney, numa resposta à afirmação, divulgada pela rede sarneysista dando conta de que a ex-governadora Roseana Sarney teria afirmado que quando olha para o governador Flávio Dino lembra-se do boneco Pinóquio. O petardo virtual é a certeza de que outros, muito mais ofensivos e danosos, ganharão as malhas e endereços nas redes sociais nos próximos tempos, causando danos e estimulando contra-ataques igualmente devastadores.

Efetivamente iniciada em 2006, quando os esquadrões comandados por Jackson Lago criaram a devastadora personagem “Rosengana” e a espalharam como veneno político nas redes naquele momento ainda em formação, a guerra virtual na política do Maranhão tende claramente a se consolidar de maneira irreversível como armas com grande poder de destruição de reputações. E pior – ou quem sabe melhor? -, sem os limites de uma legislação reguladora e restritiva à liberdade expressão.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Maura Jorge tem nome forte, mas há dúvidas sobre a sua candidatura do Governo do Estado

Maura Jorge: bom cacife e um projeto muito ousado
Maura Jorge: bom cacife e um projeto muito ousado

A ex-prefeita de Lago da Pedra e ex-deputada estadual Maura Jorge (Podemos) dá prosseguimento à sua agenda estadual, visitando Municípios, conversando com lideranças e tentando encantar o eleitorado com um discurso forte de pré-candidatura ao Governo do Estado e com seus faiscantes olhos azuis. A ex-prefeita se colocou no cenário político como uma opção para o Palácio dos Leões e avaliando que há um vazio de lideranças e que, ocupando esse espaço, poderá chegar à condição de principal servidora do Maranhão. Não se discute o direito e a legitimidade da ex-prefeita de Lago da Pedra de colocar sua caravana na estrada e se apresentar aos eleitores maranhenses como opção para a governança estadual. Ele tem todas as condições de seguir em frente e encarar as urnas.  Um aspecto da sua existência polpitica, porém, funciona como entrave ao seu ao mesmo tempo audacioso e ambicioso projeto de chegar ao Palácio dos Leões: a sua relação umbilical com o Grupo Sarney. Nascida de um dos troncos políticos mais importantes do interior do Estado, ele se criou política no Grupo Sarney. E mesmo agora, como pré-candidata, se mantém fiel ao seu berço, mas afirmando que nada a demoverá de disputar o Governo. E vem a pergunta: se Roseana Sarney for candidata, Maura Jorge seguirá com seu projeto? Muita gente acha que não. E os que dizem que sim o fazem levantando a suspeita de ser parte de uma estratégia destinada a beneficiar a ex-governadora pemedebista. Maura Jorge tem bom potencial político, pode seguir em tem frente, podendo chegar ao Senado, à Vice-Governadoria, à Câmara Federal, à Assembleia Legislativa ou aguardar para voltar à Prefeitura de Lago da Pedra, onde sua liderança é incontestável. Mas poderá sofrer desgastes se insistir nesse projeto governamental solitário.

 

Sebastião Madeira e Ildon Marques arquivam inimizade política e se juntam por Roberto Rocha

Imagem imoensável: Sebastião Madeira e Ildon Marques se juntam em torno de Roberto Rocha
Imagem impensável: Sebastião Madeira e Ildon Marques: juntos com Roberto Rocha

A política costuma surpreender, principalmente no que diz respeito às relações entre os seus contrários. Quem até pouco tempo imaginaria que os ex-prefeitos de Imperatriz, Ildon Marques (PSB) e Sebastião Madeira (PSDB) baixassem guarda, um em relação ao outro, para se sentar à mesa como velhos amigos e tentar viabilizar a candidatura do senador Roberto Rocha ao Governo do Estado. Ildon Marques são adversários desde a década de 80 do século passado, acirrando essa inimizade a cada processo eleitoral na Princesa do Tocantins. Disputaram três eleições pela Prefeitura – Marques ganhou uma e Madeira, duas -, e bateram de frente em quase todas as eleições que aconteceram nas últimas três décadas, tendo o primeiro se quase posicionado ao lado do Grupo Sarney, enquanto Madeira navegou demore na Oposição. A relação dos dois chegou ao nível mais crítico nas eleições municipais de 2000, quando, entre muitas bimbas, explodiu uma segundo a qual um pistoleiro teria sido contratado para assassinar Ildon Marques, que acusou Sebastião madeira de ser o andante. O caso ganhou repercussão nacional e transformou os dois em inimigos figadais e irreconciliáveis. Agora fora do poder e procurando construir caminhos e pontes para chegar às urnas, os dois ex-prefeitos se juntam, demonstrando que nada em política é definitivo.

São Luís, 15 de Agosto de 2017.

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