Imperatriz, o segundo maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão, poderá ser palco de uma disputa dura e de desfecho imprevisível pelo comando da Prefeitura na eleição do ano que vem. É o que indica pesquisa do instituto Econométrica para medir as preferências do eleitorado, divulgada no final da semana passada. O deputado Marco Aurélio, candidato já definido pelo PCdoB, lidera com 30,6% das intenções de voto, seguido do ex-prefeito Ildon Marques (PSB) com 27,2%, e o prefeito e candidato à reeleição Assis Ramos (DEM) em terceiro com 15,8% ameaçado pelo ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), na quarta colocação com 11,4%. Além dos quatro, aparecem Zé Carlos Pé de Pato com 2,6%, Dr. Graça com 2%, e Dr. Daladier com 0,8%. Um contingente de 3,8% respondeu que votará nulo e outro de 5,8% se disse indeciso. O levantamento ouviu 600 eleitores no período de 07 a 09 deste mês, e tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa Econométrica, um instituto respeitado pela sua trajetória e experiência, revela uma série de situações indicativas de que a disputa será uma guerra entre o deputado Marco Aurélio, líder do Bloco governista na Assembleia Legislativa, e o empresário e ex-prefeito Ildon Marques, que tem se comportado como um aliado do governador Flávio Dino (PCdoB). Isolado, e apostando alto em resultados da sua gestão, que muitos criticam, o prefeito Assis Ramos aparece numa situação desconfortável, numa distante terceira colocação. A um ano da eleição, o painel mostrado pelo Econométrica indica, claro, uma tendência, mas como os caminhos que levam às urnas são cheios de surpresas, é prudente avaliar que os números de agora podem sofrer mudanças. A começar pelo fato de que a pesquisa não produziu um outsider, como foi Assis Ramos em 2016 – então membro do PMDB e apoiado pelo Grupo Sarney -, tendo o eleitorado indicado agora que prefere apostar em nomes já consolidados.
A liderança do deputado Marco Aurélio não surpreende. Sua forte ação política por Imperatriz, como vereador e deputado estadual, sempre indicou que ele seria candidato com chances de vitória. Seus primeiros passos como o escolhido pelo seu partido e com as bênçãos do Palácio dos Leões indicam que ele reúne as condições para liderar e vencer a corrida, contando a seu favor o fato de ser o menor rejeitado dos quatro (13,6%). Por outro lado, seu principal adversário, o ex-prefeito Ildon Marques, com o lastro de um período como interventor e dois mandatos de prefeito e ainda de ser o segundo menos rejeitado (19,6%), também reúne condições para brigar pela liderança, dependendo de como a campanha vier a se desenrolar. Um dado chama atenção: Marco Aurélio e Ildon Marques se batem dentro da margem de erro, o que sinaliza para uma disputa acirrada ao longo da campanha. Já o prefeito Assis Ramos se situa num desconfortável terceiro lugar, bem distante dos primeiros colocados e com o detalhe agravante de ser rejeitado por 42,8% dos entrevistados, o que torna bem maior e mais complicado o desafio da reeleição.
Outro dado da pesquisa Econométrica que deve ser levado em conta porque pode influenciar fortemente o desfecho da eleição em Imperatriz: o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB) aparece com 11,4% das intenções de voto e com uma rejeição de 31%. Se confirmar a candidatura, talvez embaralhe o jogo, mas se decidir não concorrer para apoiar um dos três candidatos, poderá mudar o cenário da disputa, já que boa parte do seu eleitorado é fiel e pende para onde ele orientar. Madeira até agora não declarou se será ou não candidato. Os demais concorrentes – o vereador e presidente da Câmara Municipal Zé Carlos Pé de Pato (2,6%), Dra. Graça (2%) e Dr. Daladier (0,8%) pouco pesam na corrida, que surpreende também pelo baixo número de votos nulos (3,8%) e indecisos (5,8%).
O cenário encontrado pelo Econométrica sugere que a campanha será animada, como deve ser mesmo num centro político e econômico importante como Imperatriz.
PONTO & CONTRAPONTO
Grupo Sarney não consegue juntar partidos na corrida eleitoral de São Luís
Antes enxergada como uma possibilidade remota, mas possível, a aliança do MDB com o PV na corrida eleitoral em São Luís já é considerada uma impossibilidade irreversível. A lógica desenhada por alguns políticos ligados ao Grupo Sarney era a de que os dois partidos – o primeiro comandado na Capital pelo grupo liderado pelo deputado estadual Roberto Costa e o segundo tendo como chefe absoluto deputado estadual Adriano Sarney – se juntassem em torno de um candidato, formando uma aliança. Avaliam que juntos, MDB e PV poderiam agregar também o PSD, que tem como chefe maior o deputado federal Edilázio Jr., e o PSC, hoje liderado pelo deputado federal Aluísio Mendes. Nas contas desses observadores, os quatro partidos juntos em torno de um candidato – que poderia ser o próprio Adriano Sarney, que já se lançou pelo PV, ou o juiz José Carlos Madeira, que está quase acertado com o MDB – poderiam pelo menos ocupar um espaço político na Capital, principalmente se essa aliança tivesse o aval aberto e efetivo da ex-governadora Roseana Sarney (MDB). Mas, para o desalento de sarneysistas mais pragmáticos, o Grupo Sarney anda tão estilhaçado que um projeto dessa natureza é impensável.
Weverton e Eliziane se posicionam em campos adversários em Pinheiro
A ciranda da política continua a produzir situações que fogem à compreensão de muitos que não compreendem as suas filigranas. Um exemplo é o posicionamento de líderes da aliança comandada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em Pinheiro. Ali, na semana que, dois movimentos surpreenderem. O primeiro foi a declaração de apoio dada pelo senador Weverton Rocha (PDT) à candidatura do prefeito Luciano Genésio (PP) à reeleição, já tendo o aval do deputado federal André Fufuca, que presidente partido no Maranhão. O segundo, registrado logo em seguida, foi iniciativa idêntica da senadora Eliziane Gama (Cidadania) em relação à candidatura do deputado estadual Leonardo Sá (PL), que tem o suporte do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, senhor absoluto do PL no Maranhão. Aliados no campo majoritário, todos pertencendo ao transatlântico partidário comandado pelo governador Flávio Dino, os senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama vão apoiar adversários que se digladiarão na corrida municipal.
São Luís, 13 de Outubro de 2019.
No grupo Sarney não existe ninguém com credibilidade popular dentro da ilha para disputar a prefeitura em pé de igualdade com outros candidatos . O desgaste dos seus membros está parecido com os nomes do PT. Renovação Já ou taca a vista
Entendo que o Deputado Marco Aurélio deve ser eleito a prefeito de Imperatriz por ter sido o estadual mais votado em Imperatriz nas duas últimas eleições e por contar com apoio do governador Flávio Dino