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Apoio de 10 escolas de samba a Duarte Jr. lembra participação de artistas em campanhas

Duarte Jr. (centro) recebe o apoio de representantes de 10 escolas de samba

Não dá ainda para medir o impacto eleitoral, mas o deputado federal Duarte Jr. (PSB) marcou um gol de placa ao anunciar, na noite de terça-feira, o apoio de 10 escolas de samba à sua candidatura à Prefeitura de São Luís. Essas organizações são difusas, mas todas elas têm seus núcleos de organização, formado por pessoas com influência nas suas comunidades. Ao receber desses representantes manifestação de apoio ao seu projeto de comandar a maior e mais importante cidade do Maranhão, o candidato do PSB ganha um reforço político e tanto à sua candidatura. Fatos como esse lhe injetam ânimo para acreditar que pode reverter a tendência de turno único, favorável ao prefeito Eduardo Braide (PSD), que busca a reeleição. E estimulam uma pergunta que não quer calar: onde estão os fazedores de cultura – gente do teatro, da dança, da música, das letras, das artes plásticas e das manifestações populares -, que estão negando a tradição de se posicionar nesses embates?

A indagação se dá diante da lembrança de que até poucos anos atrás as campanhas eleitorais em São Luís ganhavam alegria e intensidade com o posicionamento de artistas, muito especialmente compositores e interpretes da Música Popular Maranhense, a nossa rica MPM. Qualquer eleitor de meia idade certamente ainda lembra que na campanha para a Prefeitura de São Luís de 1985, artistas foram decisivos no embate entre Jaime Santana e Gardênia Castelo, que venceu a disputa; em 1988, entre Carlos Guterres e Jackson Lago, que foi eleito; em 1992, entre João Alberto e Conceição Andrade, que foi a escolhida; em 1996, quando Jackson Lago voltou ao poder municipal. E disputas estaduais desse período, nas quais a nata da MPM, sempre dividida em dois blocos, teve papel decisivo.

Naquele período, o posicionamento dos artistas tinha um viés de pragmatismo, mas a essência das suas manifestações era motivação política mesmo, com claro conteúdo ideológico, com cada grupo defendendo uma candidatura. Era clara, por exemplo, a diferença de postura e de discurso entre artistas alinhados ao grupo Sarney, que dominavam os seus veículos de comunicação, e os artistas que militavam na oposição, sempre alinhados a líderes como Jackson Lago e Epitácio Cafeteira, por exemplo. Aqueles artistas da música, hoje respeitadas referências de um tempo em que a MPM viveu um período de esplendor, não tiveram seguidores nesse viés.

Articulado pelo candidato a vereador André Campos (Podemos), a declaração de apoio de 10 escolas de samba ao candidato Duarte Jr., se não resgata a motivação política dos artistas ludovicenses como um todo, é importante porque deixa no ar a sensação de que essa fatia distante do universo cultural da Capital pode ser o fio condutor que retome a ligação da classe artística, a começar pelo ativo grupo da música, ao universo da política, como outrora. E com liberdade e independência para se posicionar com o candidato do PSB ou com o prefeito da cidade, de longe os dois nomes efetivos dessa disputa. Isso sem nenhum demérito aos candidatos Fábio Câmara (PDT), Yglésio Moises (PRTB), Wellington do Curso (Novo), Flávia Alves (Solidariedade), Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU), que estão firmes na corrida.

O tema cultura está, de fato, nas pautas dos candidatos a prefeito de São Luís, mas em abordagens restritas, relacionadas, na maioria dos casos, aos folguedos populares, como o bumba-boi, e aos cachês divididos entre artistas locais e nacionais. Na declaração de apoio a Duarte Jr., as escolas de samba pediram a reestruturação da Passarela do Samba, um dos maiores símbolos do carnaval de São Luís. Duarte Jr. se comprometeu a trazer de volta os cinco dias tradicionais de desfile das escolas na passarela. Esse formato, que já foi um marco do carnaval ludovicense, será retomado, reforçando a grandiosidade e a tradição da festa. Além disso, o compromisso de propor uma lei específica para o incentivo cultural municipal. 

A manifestação das escolas de samba remete para uma discussão bem mais ampla, que é a definição de políticas culturais pelos candidatos para a cidade de São Luís, que nunca é muito lembrar, é detentora do status de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.   

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão discute com Unesco projeto de desenvolvimento dos Lençóis

Carlos Brandão e Marlova Noleto na Unesco

Depois de ganhar o status de Patrimônio Natural da Humanidade, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses caminha para vivenciar um processo de desenvolvimento intenso e sustentável. Esse projeto foi defendido ontem pelo governador Carlos Brandão (PSB) em reunião de trabalho por ele proposta no braço brasileiro da Unesco, em Brasília.

Na visão do governador – que, vale lembrar, foi o grande articulador do título concedido pela própria Unesco à espetacular região maranhense -, o processo de desenvolvimento do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses tem de ser estrutural e o mais abrangente possível, desde que a sustentabilidade seja o eixo central do projeto.

Disse o governador do Maranhão: “Viemos conversar com a Unesco para desenvolver um grande projeto que envolva saneamento básico, sistema de abastecimento de água, esgoto, pavimentação, enfim, um grande complexo de ações que dê lastro a esse polo turístico. Esse é um passo muito importante para preservar os Lençóis Maranhenses e garantir a presença do turismo com sustentabilidade, que tem grande importância econômica”.

Marlova Noleto, representante da Unesco no Brasil, declarou: “Recebemos com muita alegria a visita do governador do Maranhão para debater projetos e políticas que visam a sustentabilidade e o desenvolvimento do turismo nos Lençóis Maranhenses. Esse título de Patrimônio Natural da Humanidade agrega um valor imenso ao estado, que já tem um título de Patrimônio Cultural no município de São Luís e o de Patrimônio Imaterial com o bumba meu boi”.

Acompanharam o governador Carlos Brandão à Unesco a secretária de Estado do Turismo, Socorro Araújo, e o coordenador do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Paulo Matos, para quem “o governador foi um construtor desse momento em que conseguimos o título, que torna os Lençóis patrimônio do Maranhão e do mundo”.

De férias, André Fufuca pisa fundo no apoio a candidatos do PP

André Fufuca e Rildo Amaral em Imperatriz

O período de 15 dias de férias que o ministro do Esporte, André Fufuca tirou estão sendo de trabalho dobrado para ele. Líder maior do PP no Maranhão e com projeto político ousado, ele se dedicado a apoiar os candidatos do seu partido às eleições municipais, em especial em Imperatriz, Caxias, Balsas e Santa Inês, onde o partido está firme em disputas renhidas.

Em Imperatriz, André Fufuca é o principal fiador político e partidário da candidatura do deputado Rildo Amaral (PP) à sucessão municipal. O candidato lidera a corrida, segundo as pesquisas mais recentes, sendo o nome mais forte para chegar ao segundo turno. André Fufuca aposta alto na eleição de Rildo Amaral.

Em Caxias, o ministro do Esporte apoia a candidatura de Gentil Neto (PP), que representa a aliança do Grupo Gentil com a banda maior do Grupo Coutinho. Pesquisas recentes apontam uma disputa dura e de resultado imprevisível entre Gentil neto e Paulo Marinho Jr.. André Fufuca aposta alto na vitória do candidato do seu partido.

Em Balsas, as pesquisas indicam uma disputa dura entre o vice-prefeito Celso Henrique (PP) e o empresário e suplente de deputado estadual Alan da Marissol (PRD). André Fufuca contraria pesquisa recente, manifestando a convicção de que Celso Henrique Será o sucessor do prefeito Éric Silva (PDT).

Em Santa Inês, o ministro André Fufuca tem manifestado convicção de que o prefeito Felipe dos Pneus (PP) será reeleito com boa margem de vantagem. De fato, todas as pesquisas feitas em Santa Inês nos últimos meses dão vitória ao prefeito Felipe dos Pneus.

Além desses quatro grandes, o ministro André Fufuca deve percorrer todas as regiões do Maranhão para incentivar os candidatos do seu partido e alianças por ele apoiadas em muitos recantos do estado.

São Luís, 27 de Setembro de 2024.

Campanhas ganham intensidade na reta final da corrida em São Luís

Eduardo Braide e Duarte Jr. reforçam polarização

A campanha para a Prefeitura de São Luís entrou, de fato, numa nova dinâmica, com bandeiraços, caminhadas, carreatas e incursões por bairros com grande peso eleitoral. E como não poderia deixar de ser, o incremento maior se deu no horário gratuito no Rádio e na TV, onde os principais candidatos – o prefeito Eduardo Braide (PSD), que busca a reeleição e lidera a corrida, e o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que ocupa o segundo lugar -, turbinaram suas campanhas. Entre os três candidatos que não têm direito ao horário eleitoral, por conta da inexpressividade dos seus partidos – Yglésio Moises (PRTB), Wellington do Curso (Novo) e Saulo Arcangeli (PSTU) – o primeiro tenta de todas as maneiras capitalizar eleitoralmente a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a São Luís, na segunda-feira, usando um só argumento: ele é o nome da direita radical nessa disputa.

A julgar pelo ânimo e pelos movimentos dos candidatos, ainda que nenhum dado ou fato tenha alterado o cenário de polarização entre Eduardo Braide e Duarte Jr. nem a tendência de que a corrida será fechada em um só turno, isso não significa que esse desfecho já possa ser considerado prego batido com ponta virada. Ao contrário, à medida que a campanha avança para a linha de chegada, no próximo dia 30 de setembro, os sinais são de que Eduardo Braide não entrou na onda traiçoeira do “já ganhou”, mantendo inalterado o seu ritmo da sua caça ao voto, nem Duarte Jr. admitiu que a que a eleição seja resolvida em um só turno.

Ontem, por exemplo, Duarte Jr. deu um tom de corpo-a-corpo ao seu horário na TV, para ter um “papo reto” com o eleitor, “uma conversa com olho no olho”. Nesse jogo da verdade, falou francamente do seu potencial como candidato, relacionou problemas que podem ser resolvidos rapidamente e concluiu como que fechando uma conversa definitiva: “Eu só preciso de uma chance!” A isso se seguiram promessas na área de saúde. Logo na sequência, um vídeo pesado exumou, com dose extra de veneno, o Clio vermelho e a dinheirama encontrada no seu porta-malas. O texto envolve o irmão e o pai do prefeito numa suspeita de crime, como um aviso eloquente de que o caso não está encerrado no contexto da campanha.

Sem manifestar preocupação, mas deixando claro que não descuida diante da movimentação dos seus adversários, o prefeito Eduardo Braide intensificou o ritmo da sua corrida, apresentando realizações e anunciando obras programadas. Ontem, por exemplo, dedicou parte do seu tempo na TV à construção de creches de tempo integral – construiu seis e construirá mais uma dezena se reeleito for, enfatizando que já tem dinheiro garantido para isso, por conta da sua gestão financeira. Líder em todas as nas cinco pesquisas mais recentes, nas quais aparece como virtual eleito em turno único, o prefeito continua dando sinais de que não vai entrar em bola dividida e colocar sua liderança em risco.

O candidato Yglésio Moises passou o dia tentando transformar em dividendos eleitorais a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a São Luís em apoio à sua candidatura. Ninguém duvida que ele amealhe alguns pontos percentuais, usando principalmente as redes sociais. Mas poucos acreditam que ele chegue mais longe embalado pelo bolsonarismo, e isso só se saberá por meio de pesquisa cujas entrevistas tenham sido feitas depois do evento.

De agora por diante, a tendência é no sentido de que as duas principais campanhas para a Prefeitura de São Luís ganhem intensidade, à medida que as demais, por maior que seja a boa vontade dos seus protagonistas, não emitem sinais de que ganhem em competitividade. Assim, o cenário da polarização continua prevalecendo, assim como a possibilidade de que a de solução em turno único.

PONTO & CONTRAPONTO

É de indefinição cenário sucessório em Imperatriz, Caxias, Timon, Pinheiro e Paço do Lumiar

Rildo Amaral, Mariana Carvalho e
Josivaldo JP na disputa em Imperatriz

Ganharam a marca da imprevisibilidade as disputas pelas prefeituras de Imperatriz, Timon, Caxias, Pinheiro e Paço do Lumiar.

O cenário em Imperatriz não está ainda permitindo que se enxergue com nitidez quem disputará o segundo turno com o deputado Rildo Amaral (PP), uma vez que há uma briga de foice no escuro entre o deputado federal Josivaldo JP (PSD) e a suplente de deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos).

Em Caxias, diferentes pesquisas mostram ora Gentil Neto (PP), ora Paulo Marinho Jr. (PL) na liderança, fomentando um forte frenesi na banca de apostas.

A corrida sucessória em Timon foi mergulhada numa grande incerteza. Nem mesmo vozes experientes da cidade se arriscavam ontem a prever com segurança o desfecho da disputa entre a prefeita Dinair Veloso (PDT), o deputado estadual Rafael (PSB) e o candidato do PL, Henrique Júnior.

E, finalmente, uma forte pressão incorporada pelo médico Felipe Gonçalo (Mobiliza), parece ameaçar a liderança de Fred Campos (PSB) em Paço do Lumiar. A esmagadora maioria dos observadores ainda aposta em Fred Campos, mas já há vozes achando que o desfecho pode ser outro.

A imprevisibilidade das corridas eleitorais parece ter desembargado também em Pinheiro. Ali, André da Ralpnet (Podemos), que liderou com folga por meses a fio, chega na reta final fortemente pressionado por Kaio Hortegal (PP), Batista Segundo (PL) e por Geraldo Jr. (União Brasil), criando um cenário de indefinição.

Pode haver desfechos surpreendentes nesses municípios.

Yglésio Moises e Wellington do Curso brigam pelo posto de “voz da direita”

Yglésio Moises e Wellington do
Curso querem liderar a direita

Amigos comuns não devem convidar para a mesma mesa os deputados Wellington do Curso e Yglésio Moises. Os dois, que chegaram a cultivar boa relação sem nutrir simpatia um pelo outro, agora caminham para uma azeda inimizade política.

O motivo é o posto de principal “voz da direita” na Assembleia Legislativa, que os dois passaram a disputar fortemente.

Yglésio Moises vem se declarando detentor do posto, intensificando essa declaração depois que entrou de vez para as hostes bolsonaristas e se tornou, por exemplo, defensor intransigente do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Agora, ele só se refere a Wellington do Curso como “aquele outro, que se diz de direita”.

Wellington do Curso reivindica, com veemência, a condição de mais ativa “voz da direita” na Assembleia Legislativa. Recorda que foi sargento do Exército por oito anos, e que isso o tornou a “voz da direita” no Maranhão. E tem reagido às estocadas do bolsonarista.

Pelo visto, os dois aguardam que um “ser superior” da extrema direita aponte, finalmente, “ a voz da direita” na Capital do Maranhão.

São Luís, 25 de Setembro de 2024.

Bolsonaro apoia Yglésio visando desgastar Braide e o PSD

Jair Bolsonaro apoia Yglésio Moises, mas quer mesmo é fragilizar Eduardo Braide e o PSD

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve ontem em São Luís, participou de uma carreata e de um comício em apoio à candidatura do deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) à Prefeitura da Capital. O objetivo maior do ex-presidente, porém, foi colocar em prática o plano do comando bolsonarista de fragilizar os candidatos do PSD, caso do prefeito Eduardo Braide. O ex-presidente fez festa numa carreata e terminou com um comício para cerca de quatro mil pessoas na Praça Maria Aragão, no meio da tarde. Foi o Jair Bolsonaro de sempre ao longo de toda a programação: atacou o presidente Lula da Silva e os partidos de esquerda (PT, PSB, PSOL e PCdoB), disse que seu governo foi “muito melhor” que o de Lula da Silva, que Paulo Guedes foi melhor do que Fernando Hadade e que “nem dá para comparar a Janja com a Michele”, num surto audacioso de provocação.

Jair Bolsonaro veio a São Luís apoiar a candidatura do deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) a prefeito, já que o braço maranhense do seu partido, o PL, não reza muito na sua cartilha, e decidiu não lançar um candidato à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD) no comando da Capital do Maranhão. A opção pelo deputado Yglésio Moises foi se delineando à medida que o PL fracassou e o parlamentar fez de tudo para provar que se converteu de fato ao bolsonarismo, transformando-se em inimigo Número 1 do prefeito Eduardo Braide, das esquerdas, dos ministros Flávio Dino e Alexandre de Morais (STF), do aborto, da ideologia de gênero, da educação sexual nas escolas, da comunidade LGBTQI+, faltando agora se converter à corrente evangélica da sua partner parlamentar, a deputada Mical Damasceno (PSD). Para ele, o prefeito Eduardo Braide (PSD) agora é de esquerda, e por aí vai…

O fato é que Yglésio Moises viu em Jair Bolsonaro o seu norte político e ideológico, lapidando-se para se parecer um militante autêntico da direita, para ganhar a sua confiança. E Jair Bolsonaro, que sempre foi impiedosamente surrado nas urnas de São Luís e não tem nem simpatia de muitos militantes do seu próprio partido, o PL -, que está alinhado com o socialista Duarte Jr. (PSB), parece ter acreditado que o seu agora fiel escudeiro ludovicense tem alguma chance de chegar ao Palácio de la Ravardière e transformar o coração da Ilha Rebelde num bolsão bolsonarista. A julgar pelo que as pesquisas têm mostrado, houve algum ruído no que um disse ao outro e vice-versa.

Chamou a atenção o fato de que os seguidores que participaram das concentrações – a maioria evangélicos convocados por pastores – gritavam, num corinho ensaiado, o nome do ex-presidente, mas pareciam esquecer, aqui e ali, que ele estava lá para dar força a um aliado candidato a prefeito, uma vez que quase não pronunciavam seu nome. Essa lacuna era preenchida convenientemente por um locutor instalado num trio elétrico, que vez por outra emendava um “Yglésio” após os gritos da assistência exaltando o visitante.

Os dois, vale ressaltar, permaneceram juntos, trocando figurinhas, às vezes passando a impressão de intimidade. Mas ficou claro também que o ex-presidente mostrou simpatia, mas não entusiasmo, pelo projeto de candidatura. “Se eu votasse aqui, eu votaria nele”, disse Jair Bolsonaro fechando o discurso na Maria Aragão.

Mas não há dúvida de que o grande ato convocado por igrejas evangélicas – com chamadas apelativas e pagas em horário nobre da TV – favoreceu a candidatura do deputado Yglésio Moises, que por conta da inexpressividade do seu partido, não tem tempo no rádio nem na TV. Mas não dá para saber se o benefício é só político ou terá desdobramento eleitoral numa eleição com desfecho está mais ou menos desenhado. O movimento de ontem pode ter injetado algum ânimo na candidatura do deputado, mas isso não se materializará eleitoralmente se o candidato não tiver o suporte de uma base partidária.

O fato é que Yglésio Moises tanto se mexeu que conseguiu o que queria: trazer o ex-presidente Jair Bolsonaro a São Luís para manifestar apoio à sua candidatura à Prefeitura, com direito a carreata e comício e alguns elogios. Isso vai mudar o curso da sua candidatura, tirá-lo do patamar dos 3%? As próximas pesquisas poderão responder.

PONTO & CONTRAPONTO

Agressão de Léo Costa a Iracema Vale provoca reações críticas

Léo Costa foi desrespeitoso com Iracema Vale

Chocante, sob todos os aspectos, a agressão verbal feita pelo ex-prefeito e de novo candidato a prefeito de Barreirinhas, Léo Costa (Podemos), à deputada Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, mãe do também candidato a prefeito daquele município, Vinícius Vale (MDB). Falando para seguidores, o ex-prefeito comparou-a a “uma galinha”, fazendo trejeitos grosseiros, numa atitude tipicamente misógina.

Obviamente explicada pela sua inconformação por conta dos números das pesquisas que o apontam em segundo lugar na corrida à Prefeitura, tendo o jovem Vinícius Vale na liderança, que parece consolidada, a atitude do ex-prefeito de Barreirinhas foi duramente criticada pela própria classe política, principalmente pelo seu caráter misógino. Afinal, o jogo ali é político, partidário e eleitoral, não cabendo o viés pessoal.

Além disso, Léo Costa é sociólogo, o que lhe obriga a ter comportamento e discurso civilizados. Mais ainda pelo fato de que já foi duas vezes prefeito de barreirinhas e sabe a dimensão que a cidade ganhou, principalmente agora, quando se transformou no portal de entrada dos Lençóis Maranhenses, o mais noivo Patrimônio Natural da Humanidade, exigindo governantes preparados.

O que está acontecendo em Barrerinhas é uma visita eleitoral, que comporta até confrontos verbais duros, debates fortes, mas sempre no limite da ética e da civilidade.

A reação à agressão verbal do ex-prefeito Léo Costa à deputada Iracema Vale foi repudiada por duas deputadas: Daniella (PSB), atual procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa, e Abigail (PL), secretária estadual da Mulher. Ambas divulgaram nota repudiando a atitude

A primeira escreveu:  “Mulher, mãe de família, cidadã trabalhadora, Iracema é uma legítima representante do povo maranhense com uma atuação extremamente significativa na luta em defesa dos direitos das mulheres. A cidade de Barreirinhas não merece um gestor machista e, tenho certeza, dará resposta a esse ato covarde nas urnas!”

A segunda completou: “A violência política de gênero é algo que para muitos é mimimi, mas isto afeta profundamente a pessoa atingida. Este momento que era para ser democrático, com a livre escolha dos nossos representantes políticos, vivenciamos por parte de machistas estas condutas, que em nada contribuem para o processo. Minha indignação presidente Iracema Vale, exigimos no mínimo: respeito”.

A presidente da Assembleia Legislativa não se manifestou.

Pesquisa aponta virada tensiona a reta final da corrida em Balsas

Pesquisa diz que Alan da Marissol tomou
a dianteira de Celso Henrique em Balsas

Uma pesquisa feita pelo instituto AR7 Pesquisas Inteligentes – que alguns contestam -, a disputa pela Prefeitura de Balsas pode estar caminhando para um resultado que pode minar seriamente o poder de fogo político do prefeito Eric Silva (PDT). Ali, o candidato dele, Celso Henrique (PP), apoiado ostensivamente pelo ministro do Esporte, André Fufuca, e pela deputada estadual Viviane Silva (PODT), perdeu a liderança, que agora, segundo o levantamento, está com Alan da Marissol (PRD), apoiado pelo deputado federal Marreca Filho, que comanda o partido no estado, e pelas forças tradicionais do município, que tem à frente a deputada Andreia Rezende (PSB).

Os números são os seguintes: Alan da Marissol tem 52,3% das intenções de voto, seguido de Celso Henrique com 39,2% e Fernando Cunha (Novo) com 1,2%. Nenhum, nulo e branco somaram 1,7%, enquanto 5,6% não souberam ou não quiseram responder. Ou seja, se forem confirmados, será uma vitória maiúscula das forças tradicionais e uma derrota pesada e inesperada do prefeito Eric Silva, que atinge também o ministro André Fufuca, o senador Weverton Rocha (PDT) e a deputada pedetista Viviane Silva.

A disputa em Balsas ganha importância à medida que o município, hoje com 108 mil habitantes e uma economia que cresce a passos largos pela força do agronegócio e pela a atração de indústrias. O prefeito Éric Silva é apontado como bom gestor, mas pode perder o processo de continuidade se Alan da Marissol for eleito.   

Em Tempo: Encomendada pelo Jornal Pequeno, a pesquisa foi realizada no período de 13 a 15 de setembro, tem margem de erro de 3,98%, intervalo de confiança de 95% e está registrada sob o protocolo MA-02966/2024.

São Luís, 24 de Setembro de 2024.

Disputa em São Luís entra em semana decisiva e cenário pode ser mexido por novas pesquisas

Eduardo Braide mantém ritmo, Duarte Jr. pode
incrementar campanha; Jair Bolsonaro será
usado por Yglésio Moises e Guilherme
Boulos pede votos para Franklin Douglas

A 13 dias das eleições, na chamada “reta de chegada” da campanha, a disputa pela Prefeitura de São Luís pode ganhar uma nova dinâmica, à medida que os candidatos vão tirando dos seus coletes todos os recursos possíveis para criar situações que lhes favoreçam nas urnas. O prefeito Eduardo Braide (PSD) deve manter sua linha de não entrar em confronto, apostando na reeleição em turno único. Já o deputado federal Duarte Jr. (PSB), segundo na corrida, deve incrementar sua campanha com o objetivo de levar o desfecho para o segundo turno, alimentando assim a possibilidade, ainda que remota, segundo as pesquisas, de reverter o cenário. Nesse ambiente, o deputado Yglésio Moises (PRTB) joga sua última cartada: a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje, a São Luís. Os demais parecem nada ter para tirar do colete e tentar mexer com o cenário da disputa.

O prefeito Eduardo Braide não tem muito o que fazer nos dias que restam de campanha. Líder disparado nas pesquisas e apontado com potencial para se reeleger em um só turno. Ele decidiu não participar de debates por acreditar que só teria a perder, à medida a que teria de se defender de sete candidatos – mas deve participar do debate da TV Mirante na antevéspera da eleição. A ausência no embate no Portal imirante.com o livrou de muitas provocações e pancadas verbais. Não se sabe se se o prefeito de São Luís tem algum trunfo para se blindar até o encerramento da campanha. O que é sabido, por ser visível, é que o seu projeto de reeleição é viável.

Duarte Jr., número 2 da polarização na Capital também já esgotou o que havia de mais forte no seu arsenal de trunfos, como o apoio explícito do presidente Lula da Silva (PT). E nas próximas horas, deve concentrar atenção nos movimentos de Yglésio Moises (PRTB), que será o cicerone de Jair Bolsonaro hoje em São Luís, confirmada por igrejas evangélicas ligadas à Assembleia de Deus.

Nesse contexto, a novidade foi a entrada na campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), que gravou um vídeo manifestando apoio ao candidato do PSOL ludovicense Franklin Douglas (PSOL) e pedindo voto favorável à adoção do passe livre para estudante em São Luís, que é uma campanha nacional do seu partido. Guilherme Boulos, como se sabe, briga em São Paulo contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal, o controvertido colega de partido de Yglésio Moises, que se proclama “o único candidato da direita”, insinuando que Eduardo Braide e Wellington do Curso são de esquerda.

Mesmo com atuação destacada, Flávia Alves (Solidariedade) dificilmente mudará radicalmente o ritmo da sua campanha, assim como Fábio Câmara (PDT), que continuará apostando no seu “plano de Governo”, e Saulo Arcangeli (PSTU), que no máximo tornará mais duro o seu discurso de esquerda radical. Até porque os três sabem que, salvo por um milagre político, dificilmente irão mais longe.

Em meio a tudo isso, a campanha eleitoral para a Prefeitura da Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade pode ganhar uma dinâmica mais intensa se os números das próximas pesquisas surpreenderem.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão emite sinais mais fortes de que pode mesmo ficar no cargo até o fim do mandato

Carlos Brandão falando em comício
em Colinas na noite de sábado

O governador Carlos Brandão (PSB) continua emitindo sinais de que pode permanecer no Governo até o final do seu mandato e lançar um candidato da sua extrema confiança à sua sucessão. Duas declarações recentes indicaram a possibilidade de dar forma definitiva a esse roteiro, uma em Caxias e uma em Colinas, a principal base da família Brandão.

Em Caxias, há pouco mais de uma semana, ao se manifestar em relação a uma obra de asfaltamento cujo início foi ver de perto, o governador Carlos Brandão causou frisson da classe política ao declarar, com a ênfase típica dos recados: “Esse programa de asfaltamento vai continuar até o último dia do meu Governo”.

Sábado, em Colinas, ao discursar em comício do candidato a prefeito apoiado por ele e seus familiares, contra o irmão do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), que é vice-prefeito e candidato a prefeito, o governador Carlos Brandão se referiu ao seu sobrinho, Orleans Brandão (MDB), como “a grande revelação política do Maranhão”.

E acrescentou: “Em todo lugar que eu vou o pessoal pergunta: ‘Brandão, você tá treinando este menino desde quantos anos?` Ele está dando um show em todo lugar que vai’”.

Em tempo:  Orleans Brandão é o atual secretário de Assuntos Municipalistas, o que o mantém em contato direto com prefeitos e vereadores em, todo Maranhão. É filho do atual presidente do MDB, Marcus Brandão. Nas rodas políticas ele é apontado como virtual candidato do governador ao Palácio dos Leões em 2026.

Biné Figueiredo dispara chumbo grosso contra Chiquinho da FC em Codó

Chiquinho da FC e Biné Figueiredo:
primeiro cortesia e depois, pancadaria

É de expectativa o desfecho da corrida eleitoral em Codó, onde o confronto se dá entre o prefeito Zé Francisco (PSDB) tenta a reeleição enfrentando o candidato PT, Chiquinho da FC.  No meio dos dois o ex-prefeito Biné Figueiredo, que era candidato mas deixou o páreo, mas decidiu incendiar o confronto atacando duramente Chiquinho da FC.

No final da semana, já fora da disputa, Biné Figueiredo, que já foi prefeito, apoiado pelo atual, disparou contra Chiquinho da FC, dizendo que ele não tem condições de ser candidato a prefeito de Codó.

Primeiro porque ele é um grande empresário, disse Biné Figueiredo, e isso não lhe dará condições de ser um bom prefeito.

Em seguida, fez o mais duro ataque ao novo filiado ao PT, que nada tem de afinidade ideológica com o partido do presidente Lula da Silva: “Ele cobrava o papel de higiênico usado nas fábricas e depósitos pelos seus funcionários. Até uma manga que o funcionário tire para comer era descontada no salário”. Denúncias como essa pode afastar o eleitorado petista.

Há quem diga que os gestos e declarações de Biné Figueiredo podem alterar o curso da disputa em Codó.

São Luís, 23 de Setembro de 2024.

Pesquisas apontam tendências de mudança radicais Pinheiro e Rosário

Foto 1: André da Ralpnet, Kaio Hortegal, Batista
Segundo e Geraldo Jr.: disputa dura em Pinheiro;
embaixo: Jonas Mágno, Calvet Filho e Irlahi:
reviravolta em Rosário?

Duas pesquisas publicadas ontem pelo bem informado blog Marrapá sugerem tendências de mudanças surpreendentes em dois importantes municípios: Pinheiro (82 mil habitantes), consagrado como o mais importante centro social, político e econômico da Baixada Ocidental, e Rosário (42 mil habitantes), o maior centro econômico e político da Região do Munim e portal de entrada para a grande região dos Lençóis Maranhenses. Os dois levantamentos mostram a diferença na atuação política de dois prefeitos: Luciano Genésio (PP), que está terminando seu segundo mandato e comanda a campanha do seu candidato, ameaçando desbancar o líder da corrida, e Calvet Filho (Republicanos), um jovem prefeito que está amargando o risco de não conseguir a reeleição, que muitos acreditavam certa.

Em Pinheiro, a corrida à Prefeitura foi medida mais recentemente pelo instituto Intelligent Serviços, e os resultados apurados foram os seguintes: André da Ralpnet (Podemos) lidera com 23,47%, seguido de Kaio Hortegal (PP) com 18,89%, Batista Segundo (PL) com 16,51%, Geraldo Jr. (UB) com 15,44%, Coronel Senilson (Republicanos) com 4,75%, Josias do Açaí (DC) com 2,13%, Filho do Coqueiro (Avante) com 1.80% e Professor Dimas (Rede) com 1,47%. Um contingente de 15,38% não soube ou não quis responder e apernas 0,16% disseram que votarão nulo ou em branco.  

O que chama a atenção no caso de Pinheiro é a crescente modificação nos percentuais dos quatro primeiros colocados. André da Ralpnet, de oposição, que já liderou com mais de 20 pontos percentuais sobre o segundo colocado, está agora ameaçado por Kaio Hortegal, último nome a entrar na disputa e que tem o apoio do prefeito Luciano Genésio, que muitos julgavam liquidado e que agora ameaça virar o jogo e passar o cargo a um aliado seu. Outro dado importante: levando em conta a margem de erro da pesquisa, (4 pontos percentuais, para mais ou para menos), o segundo, o terceiro e o quarto colocados estão tecnicamente empatados, além do fato de o segundo estar muito próximo do líder.

Em resumo: a julgar por esses números e levando em conta o tempo de campanha que ainda resta, a conclusão mais honesta é a de que o desfecho da disputa em Pinheiro é agora rigorosamente imprevisível.

Em Rosário, a situação é diferente, uma vez que, segundo pesquisa do instituto INOP Previsão, divulgada ontem, os números produziram uma situação surpreendente: o prefeito Calvet Filho (Republicanos), que busca a reeleição, não lidera a corrida. Trata-se de situação absolutamente anormal no contexto dos prefeitos que tentam renovar seus mandatos.

Pelos números apresentados pelo INOP, quem lidera em Rosário é Jonas Magno (PDT) com 47,79% das intenções de voto, seguido do prefeito Calvet Filho com 40%, tendo em terceiro lugar a ex-prefeita Irlahi, que migrou do MDB, no qual fez toda sua carreira, para o PT, e em quarto Edvaldo Bazolão (Mobiliza), que não pontuou. Além disso, 0,98% declararam não votar em nenhum dos candidatos, e 3,92% não souberam ou não quiseram opinar.

Não há como ignorar o fato de um prefeito da novíssima geração de políticos maranhenses tentar a reeleição e esteja na segunda colocação, correndo todos os riscos de amargar uma derrota, que poderá interromper e até mesma colocar ponto final da sua carreira. O dado mais contundente é a diferença de sete pontos percentuais do líder para o vice-líder, que é de sete pontos percentuais, uma vantagem difícil de ser revertida.

Resumo da opereta: o prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio, que muitos julgavam liquidado por conta dos atropelos na sua gestão, vê seu candidato ameaçar o líder, podendo virar o jogo, enquanto o prefeito de Rosário, Calvet Filho, que deveria estar surfando na sua juventude, corre o risco de ser mandado para casa.   

Em Tempo I: A pesquisa Intelligent Serviço ouviu 600 em Pinheiro nos dias 15 e 16 de setembro, tem margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, o nível de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-08488/2024.

Em Tempo II: A pesquisa INOP ouviu 408 eleitores rosariense entre os dias 6 e 8 de setembro, tem margem de erro de 3,72%, para mais ou para menos, nível de confiança de 90% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03776/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão lança nova versão do Maranhão Juros Zero

Carlos Brandão entre Antônio Pereira, Sebastião madeira, senador Camacho,
Júnior Marreca e líderes empresariais, exibe a Medida Provisória que
trouxe de volta o Maranhão Juros Zero

O governador Carlos Brandão (PSB) marcou ontem gol de placa com o lançamento de nova versão Maranhão Juros Zero, durante a Fecoimpe, em Imperatriz. Pelo novo modelo do programa, o Governo do Estado vai cobrir os juros para empréstimos de até R$ 10 mil, oferecendo mais oportunidades para quem movimenta a economia e gera emprego e renda no Maranhão. O alvo preferencial do Maranhão Juros Zero são os pequenos empreendedores, especialmente as mulheres que militam na economia.  

Durante o ato de assinatura da Medida Provisória que trouxe de volta o Maranhão Juros Zero, o governador Carlos Brandão explicou que o programa contempla preferencialmente os pequenos e microempresários, o que representa um benefício para cerca de 90% das empresas que atuam no território maranhense.

Coordenado pela Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, comandada pelo ex-deputado federal Júnior Marreca, o Maranhão Juros Zero será uma espécie de subsídio que cobrirá os juros dos empréstimos concedidos aos beneficiários por meio de instituições financeiras, que para participarem do programa, terão de firmar termo de Cooperação com o Governo do Estado.

A nova versão do Programa Maranhão Juros Zero foi lançada durante a Fecoimp, uma das maiores e mais movimentadas feiras agropecuárias da região.

Resultado das urnas na eleição da Câmara de São Luís pode surpreender

Paulo Victor

Contas feitas em gabinetes de campanha têm levado à conclusão de que a renovação das Câmara Municipal de São Luís, um dos parlamentos mais antigos do Brasil, pode alcançar 50%. Vereadores experientes que buscam a reeleição estão trabalhando com um resultado que pode chegar de 14 a 16 novos colegas.

Por essas contas, o partido mais forte serás o PSB, liderado pelo presidente da Casa, vereador Paulo Victor, que pode sair das urnas com uma bancada de quatro a seis vereadores.

Fora o PSB, dificilmente outro partido elegerá mais de dois vereadores. E com outro detalhe: os coletivos podem eleger entre dois e três vereadores, incluindo o “Nós”, do PT, que pelas contas de quem conhece a corrida eleitoral de São Luís, será reeleito.

Mas os mesmos avaliadores alertam para o fato de que essa será uma eleição diferenciada e cujo resultado é imprevisível.

São Luís, 21 de Setembro de 2024.

Debate: Braide faltou, mas Duarte Jr. foi bem, Flávia Alves surpreendeu e Yglésio foi a voz destoante

Duarte Jr. foi bem, Flávia Alves surpreendeu, Fábio Câmara, Franklin Douglas,
Wellington do Curso e Saulo Arcangeli deram seus recados, mas Yglésio Moises destoou

Tudo bem que a ausência estratégica do prefeito Eduard Braide (PSD), líder absoluto da corrida, segundo todas as pesquisas, reduziu a importância do evento no mínimo à metade, mas o debate de ontem entre sete dos oito candidatos à Prefeitura de São Luís, realizado pelo portal imirante.com não foi uma perda total de tempo. O desempenho eficiente e equilibrado do deputado federal Duarte Jr. (PSB), a surpreendente desenvoltura da suplente de deputado federal Flávia Alves (Solidariedade) e o esforço bem dosado do ex-vereador Fábio Câmara (PDT), assim como a campanha do professor e jornalista Franklin Douglas (PSOL) pelo voto no passe livre para estudante justificaram a iniciativa. Fora isso, o discurso repetitivo do deputado Wellington do Curso (Novo) e o sindicalismo ostensivo do professor Saulo Arcangeli (PSOL) não foram convincentes, mas também não os desmereceram. Mas nada se comparou à inacreditável participação do deputado Yglésio Moises (PRTB), que incorporado ao bolsonarismo, tentou adotar, sem sucesso, a versão ludovicense do coach paulistano Pablo Marçal, que também é do PRTB.

Ao longo de quase três horas, São Luís foi abordada na superfície, uma vez que nenhum dos candidatos se manifestou sobre a dimensão de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, tendo o debate sido reduzido a abordagens nada profundas sobre problemas sociais, econômicos e culturais.

O socialista Duarte Jr. deu o recado dele, com respostas precisas e esclarecedoras relativas a todos os assuntos que lhe foram propostos – educação, saúde, turismo, transporte, segurança e cultura. Deixou no ar a impressão de que tem, de fato, um plano de Governo consistente, que, se eleito, poderá colocar em prática em parcerias com os governos estadual e federal. Foi contundente nas críticas ao prefeito Eduardo Braide, mas em nenhum momento descambou para a o denuncismo barato e a ofensa pessoal. Ao mesmo tempo, Duarte Jr. não caiu na armadilha das provocações, não rebatendo ataques a ele dirigidos. Saiu como entrou, com a posição de segundo colocado justificada.

Única mulher entre os candidatos, Flávia Alves foi a surpresa da noite. Com um discurso equilibrado, mas firme, ela demonstrou conhecimento – pelo menos nos aspectos técnicos – em relação a todos os assuntos que abordou. Chamaram a atenção suas manifestações nas áreas de saneamento básico, saúde, educação, segurança e políticas relacionadas à mulher. Quem só a conhecia dos curtos filmetes na TV e de falas também reduzidas no Rádio certamente se surpreendeu com a sua postura e com os conhecimentos que mostrou sobre a realidade social, econômica e administrativa de São Luís.

Se esforçando para ser simpático, sem qualquer interesse em confrontos, Fábio Câmara deu o seu recado com clareza quando falou dos problemas da cidade, levando o seu discurso para o viés social, assumindo a condição de porta-voz da periferia, dos excluídos, dos “invisíveis”, como ele próprio definiu.

Franklin Douglas cumpriu seu objetivo ao fazer uma veemente defesa do voto a favor da gratuidade do transporte coletivo para estudantes, que será indagado em plebiscito nessa eleição. Defendeu que a Prefeitura tem condições de bancar a medida, lembrando que São Luís é uma cidade rica. Ao mesmo tempo, foi voz contundente na crítica ao prefeito Eduardo Braide, se posicionou como oponente duro e incômodo do candidato Yglésio Moises, a quem chamou várias vezes de “direita fake” e “biruta de aeroporto”.

O deputado Wellington do Curso fez o que sempre fez: falou muito e repetiu o discurso inúmeras vezes. Quando o assunto foi educação, respondeu que vai construir e reformar escolas, e fazer concurso para professor, invocando aí a sua condição de empresário na área de educação. E assim foi em relação a todos os temas que abordou, definindo-se como “oposição ao prefeito, ao governador e ao presidente da República”. E Saulo Arcangeli repetiu os mantras da esquerda radical, entre eles o estatismo: defendeu a criação, pela Prefeitura, de uma companhia municipal de transporte coletivo, inclusive desapropriando os ônibus das empresas que prestam serviço à cidade.

Mas nada se comparou à participação do deputado Yglésio Moises no debate. Foi arrogante, enaltecendo os seus dotes de memória; foi desconexo, à medida que não apresentou uma proposta concreta, a não ser rasgos de “isso se resolve assim”; foi provocador, desrespeitando as regras do debate e tentando atrapalhar o candidato que estava com a palavra; e foi agressivo ao chamar o prefeito Eduardo Braide de “carcamano safado”. Ou seja, deixou no ar a impressão de foi que ao debate decidido a apresentar uma versão local do colega de partido dele em São Paulo, Pablo Marçal, que hoje amarga quase 50% de rejeição. No contraponto, foi chamado por Franklin Douglas de “biruta de aeroporto”, por sua inconstância partidária, e de “palhaço de debate”, pelos trejeitos com que tentou desequilibrar os oponentes. Quem conheceu Yglésio Moises em outros tempos foi difícil acreditar no que viu ontem.

No mais, o debate do portal imirante.com, bem conduzido pela jornalista Carla Lima, serviu para dar uma ideia de quem são e o que pensam sete dos oitos candidatos à Prefeitura de São Luís.

PONTO & CONTRAPONTO

Alcântara: Lula cria território quilombola e garante expansão do CLA; Brandão lança Iema na região

Lula da Silva (centro), Carlos Brandão (esquerda) na entrega de títulos
de propriedade a líderes quilombolas

Um território de 78,1 mil hectares para garantir a permanência das 3.350 famílias quilombolas, cujos antepassados se instalaram há mais de um século, e 9,5 mil hectares para o programa de expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Foi esse o histórico acordo validado ontem em Alcântara pelo presidente Lula da Silva (PT) e as lideranças quilombolas da região e com o aval político e institucional do Governo do Maranhão. De quebra, o governador Carlos Brandão (PSB) assinou, ali mesmo, ordem de serviço para a construção de uma Unidade Plena do Instituto Estadual de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – o Iema Pleno Quilombola de Alcântara.

O grande acordo entre a União, representada pelo Ministério da Defesa, e as comunidades quilombolas ganha forte dimensão histórica, uma vez que, além de resolver uma pendência de mais de 40 anos, dá solução definitiva a dois problemas de extrema importância. O primeiro: liquida de vez a pendência em relação ao espaço das mais de três mil famílias no município, com a criação do Território Quilombola de Alcântara. O segundo: assegura espaço suficiente para a expansão do CLA, que já começava a ficar inadequado para a evolução prevista para os próximos anos com o avanço da nova e definitiva corrida espacial.

O presidente Lula da Silva tinha assumido o compromisso de solucionar o problema durante a campanha. E agora se sabe que ele colocou a solução do problema territorial de Alcântara na sua lista de prioridades, exatamente pela visão social do seu Governo e pela posição de Alcântara no mapa dos pontos da terra apropriados para o lançamento de foguetes. Nesse período, embora o Estado não tenha envolvimento direto na pendência territorial, por se tratar de terras da União, o governador Carlos Brandão participou das negociações que resultaram no acordo.

A implantação do Iema Pleno Quilombola se destina a abrir caminho para que os jovens das comunidades quilombolas de Alcântara tenham acesso a uma formação técnica, numa relação direta com a natureza do Centro de Lançamento.

Empolgado com o acordo e em contato direto com quilombolas que o aplaudiam, o presidente Lula da Silva declarou: “A história de Alcântara mudou e a história do povo de Alcântara vai mudar. Agora que nós conseguimos regularizar as centenas de comunidades, temos a obrigação de dar sequência à titularização assinada hoje”.

Na mesma toada, o governador Carlos Brandão se manifestou: “O lançamento de foguetes é um projeto importante para desenvolvimento do nosso país e do mundo, mas aqui não podemos apenas ver foguetes subindo e a comunidade sem participar desse projeto”. E acrescentou: “É motivo de muita alegria saber que o Brasil e o mundo estão voltados para Alcântara”.

Dino defende uso de créditos extraordinários contra incêndios comparando situação a uma guerra

Flávio Dino compara as queimadas
no Brasil a uma situação de guerra

Depois de ter sido atacado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o mais ativo porta-voz da direita liberal e do chamado “mercado”, pelo fato de haver determinado que o Governo Federal usasse recursos extraordinários necessários, sem considerar o teto fiscal, na luta contra os incêndios que devastam biomas em todas as regiões do país, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, disse ontem que o combate aos incêndios deve ser comparado a uma guerra. Durante uma audiência de conciliação entre governadores e representantes das regiões da Amazônia e do Pantanal, mais afetadas pelos incêndios, o ministro assinalou que se os fluxos de destruição ambiental não forem revertidos, os dois biomas, bem como a população e o país “estarão ameaçados”. E acrescentou: “Estamos cuidando da fauna, flora, da vida e da economia brasileira”.

O ministro Flavio Dino defendeu sua decisão de determinar o uso de créditos extraordinários para combater os incêndios sem submeter esses créditos ao teto fiscal. E afirmou que nunca viu “na história dos povos alguém parar guerra por causa de teto fiscal”. O ministro comparou a situação a um cenário de invasão de guerra com a tomada de cidades por fumaças causadas pelos incêndios.

— Fiquei espantado porque parece, nos últimos dias, que eu que inventei o crédito extraordinário. Quem inventou foi a Constituição. Há uma outra falácia sobre o alcance de metas fiscais em razão do crédito extraordinário. Convido a uma reflexão coletiva, porque quando nós analisamos a Constituição, estamos versando sobre crédito extraordinário visando atender guerras, comoção interna e calamidade pública. Eu nunca vi na história dos povos alguém parar uma guerra por teto fiscal. Ninguém conhece. E quando se trata de evitar a invasão das nossas cidades por fumaça, que pessoas morram, que a fauna e flora pereçam há essa ideia de que teto extraordinário são jungidos. (Com informações de O Globo)

São Luís, 20 de Setembro de 2024.

Duas pesquisas (DataIlha e Veritá) confirmam tendência de turno único em São Luís

Eduardo Braide lidera com folga, seguido de longe por Duarte Jr., enquanto
Wellington do Curso, Yglésio Moises, Flávia Alves, Fábio Câmara, Franklin
Douglas e Saulo Arcangelo continuam sem chance

Duas pesquisas divulgadas nesta semana indicam que, faltando duas semanas para a corrida às urnas, a disputa para a Prefeitura de São Luís entrou num processo de consolidação da tendência segundo a qual o prefeito Eduardo Braide (PSD) reúne todas as condições para ganhar novo mandato já no primeiro turn. As pesquisas dos institutos DataIlha e Veritá apontam a mesma tendência, com números muito próximos. A do DataIlha informa que no período da colheita de informações, os dias 12 e 13 de setembro, o prefeito Eduardo Braide tinha 56,9% das intenções de voto contra 24,7% de manifestações favoráveis ao deputado federal Duarte Jr. (PSB). Os demais candidatos – Yglésio Moises (PRTB), Fábio Câmara (PDT), Flávia Alves (Solidariedade), Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) estão situados na casa dos três pontos percentuais para menos, sem qualquer chance, portanto, de reagir.

Os números da pesquisa Veritá, divulgados ontem, vão na mesma direção, com diferença mínima em todos os casos. Levantamento feito nos últimos cinco dias de agosto, portanto já defasado do ponto de vista da apuração, a pesquisa Veritá, no entanto, não surpreendeu, uma vez que encontrou exatamente percentuais bem próximos de outras pesquisas. No seu relatório, o Veritá informa que o prefeito Eduardo Braide tem 58,5% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Duarte Jr. tem 24,7%. Os demais candidatos encontram-se no mesmo patamar: Yglésio Moises (3,7%), Fábio Câmara (2,7%), Wellington do Curso (1%), Douglas Franklin (0,7), Flávia Alves (0,5%) e Saulo Arcangeli (0,4%), basicamente o mesmo cenário encontrado pelo outro instituto.

Pelo cenário montado com os dois levantamentos, parece que a tendência de turno único com a provável vitória do prefeito está consolidada. No plano das campanhas, Eduardo Braide vem conseguindo “vender” muito bem o seu portfólio de obras, que abrange todos os campos. Por mais que se esforce para mostrar o contrário, usando imagens vencidas, a campanha do candidato socialista não tem conseguido reagir. Ontem, por exemplo, Duarte Jr. voltou a investir fortemente no fator emocional, abordando a situação das crianças especiais, Eduardo Braide conseguiu quebrar o impacto com imagens do Hospital da Criança, um dos “xodós” da sua gestão; mostrou também creches e escolas, minimizando fortemente o impacto das peças de denúncias do adversário nas pesquisas.

O que chama a atenção é o fato de os demais candidatos, de Yglésio Moises a Saulo Arcangeli, nenhum veio a público com um discurso forte na direção dos dois candidatos que formatam a polarização. Yglésio Moises está focado em mostrar ao eleitorado de extrema direita que ele é o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que desembarga em São Luís no dia 23 para ato em seu apoio; Fábio Câmara tem apresentado propostas, como o programa “Bucho Cheio”, destinado a alimentar crianças em idade escolar; Wellington do Curso ainda que não sai da condição de porta-voz da periferia, mas sem respostas óbvias; Flávia Alves avisa que tem um plano de Governo abrangente, sugerindo aos eleitores que o eleitor procure nas suas redes sociais; Franklin Douglas está investindo tudo no plebiscito sobre meia passagem, e Saulo Arcangeli não disse ainda a que veio.

Na briga pela ponta, a menos que haja novidades nos próximos dias, capazes de mexer com esse desenho, a corrida à Prefeitura de São Luís parece estar entrando numa fase de acomodação.

Em Tempo I: A pesquisa DataIlha ouviu mil ludovicenses nos dias 12 e 13 de setembro, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e est´[a registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo -06086/2024.

Em Tempo II: Por sua vez, a pesquisa Veritá ouviu 1.202 ludovicenses no período de 27 a 31 de agosto, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03511/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Lula e Brandão firmam hoje pacto que resolve litígio entre União e quilombolas de Alcântara

Lula da Silva e Carlos Brandão resolveu hoje
problema territorial do CL e quilombolas em Alcântara

O presidente Lula da Silva (PT) desembarga hoje em São Luís para, juntamente com o governador Carlos Brandão (PSB), cumprir uma agenda por muitos considerada histórica: firmar, depois de quatro décadas de peleja, acordo entre a União e as com unidades quilombolas da região de Alcântara. O fim desses conflitos garantirá o programa de expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

O acordo a ser firmado hoje assegura o uso pelo CLA de 9,2 mil hectares, garantindo assim espaço para suas atividades e para sua expansão. Na contrapartida, a União, por meio do Ministério da Defesa, abre mão de 78 mil que vinha reivindicando, assegurando com isso a permanência ali de 152 comunidades quilombolas que vivem ali há mais de um século.

Por sua vez, o governador Carlos Brandão deve anunciar a largada no projeto de implantação de uma unidade do Instituto Estadual e Educação, Ciência e Tecnologia (Iema) numa das comunidades quilombolas de Alcântara, com o objetivo de oferecer aos quilombolas e seus descendentes uma formação técnica,

Nas suas redes sociais, o governador Carlos Brandão divulgou ontem a agenda do presidente Lula da Silva: “Vamos receber nosso presidente para formalizar um acordo histórico entre o governo federal e as comunidades quilombolas de Alcântara. E o nosso governo vai anunciar o início das obras do Iema para fortalecer a capacitação em tecnologia aeroespacial no território. Um marco para o desenvolvimento e a igualdade social no nosso estado”.

Vale registrar que o Governo do Maranhão participou efetivamente das negociações que levaram ao acordo da União com as comunidades quilombolas de Alcântara.

Felipe dos Pneus consolida vantagem e caminha para a reeleição em Santa Inês

Felipe dos Pneus, Solange Almeida
e Valdivino Cabral: quadro
definido em Santa Inês

Todas as evidências indicam que o prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus (PP), caminha para a reeleição. Nova pesquisa do instituto Exata, contratada pelo jornal O Imparcial, mostra que o prefeito mantém liderança segura na corrida à reeleição. Felipe dos Pneus tem 46,57% das intenções de voto, enquanto seu principal concorrente, a deputada estadual Solange Almeida (PL), aparece com 27,43%. Os demais candidatos estão assim distribuídos: Valdivino Cabral (MDB) tem 12,14% e Vieira Oliveira aparece com 1,86%. Somados, indecisos e nenhum, nulo ou em branco totalizam 11%.

A vantagem de 20 pontos percentuais de Felipe dos Pneus sobre Solange Almeida é suficiente para se avaliar que a disputa em Santa Inês está praticamente definida. Isso porque não há qualquer elemento indicando que a candidata do PL tenha condições de reagir e virar o jogo numa situação como essas. Mesmo que Valdivino Cabral saísse da disputa, como pretendeu o PL, os seus votos todos não levariam Solange Almeida a mudar o cenário e vencer a eleição.

Em Tempo: A pesquisa Exata foi realizada no período de 10 a 123 de setembro, ouviu 700 eleitores e est[a registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA 01216/2024.

São Luís, 19 de Setembro de 2024.

Timon: Disputa entre Dinair e Rafael fica mais acirrada e vencedor terá margem pequena

Dinair Veloso, Rafael e Henrique Júnior:
disputa dura pela Prefeitura de Timon

Pesquisa do instituto Opinar, divulgada ontem, consolidou de vez a tendência de que a eleição para a Prefeitura de Timon, o terceiro maior colégio eleitoral do Maranhão, será uma das mais renhidas de todo o estado. De acordo com os números, a prefeita Dinair Veloso (PDT) lidera com 37,56% das intenções de voto, seguida do deputado Rafael (PSB) com 34,89%. Em terceiro lugar aparece Henrique Júnior (PL) com 20,82% e, finalmente, na quarta posição Dra. Dilcimar (Novo). Ali, 3,78% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder, e 2,22% optaram por nenhum, nulo ou em branco. É um cenário de rigorosa indefinição, a começar pelo fato de que a margem de erro do levantamento é de nada menos que 4,62%.

Com base nessa margem de erro, cujo percentual é maior do que a diferença entre os dois primeiros colocados, qualquer avaliação estatística concluirá que a prefeita Dinair Veloso e o deputado Rafael estão tecnicamente empatados. E que Henrique Júnior, cujo percentual de intenção de voto vem surpreendendo, concentra o poder de ser, neste momento, uma espécie de fiel da balança, o que significa dizer que a eleição pode ser definida para onde ele pender. Ou seja, é um cenário em franco movimento, no qual não se prevê a possibilidade de de uma arrancada de última hora por parte de nenhum dos candidatos.

A eleição para a prefeitura de Timon tem uma equação diferenciada, porque ali as mais importantes forças políticas do Maranhão na atualidade travam uma guerra política e eleitoral de peso. A prefeita Dinair Veloso tem o apoio do senador Weverton Rocha, que conseguiu atrair o apoio do comando nacional do PT, levando o vice-governador Felipe Camarão (PT) a declarar-lhe apoio. E do outro lado, o deputado Rafael tem o apoio determinado do governador Carlos Brandão (PSB) – que, aliás, esteve ontem no município – e seus aliados. E numa espécie de terceira via, Henrique Júnior atua com o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, chefe maior do PL no Maranhão.

Existe ali, de fato, uma medição de força muito clara, dando a impressão de que o desfecho da eleição em Timon terá reflexos expressivos nas montagens que serão feitas para o grande embate de 2026. Não é sem razão que o senador Weverton Rocha vem jogando todos os seus trunfos para fortalecer a candidatura da prefeita Dinair Veloso, enquanto o governador Carlos Brandão tem demonstrado interesse na eleição do deputado Rafael, não só pelo fato de ser ele do PSB, mas também porque o parlamentar foi, durante quase dois anos, o correto líder do Governo na Assembleia Legislativa.

Vale registrar também o fato de que Dinair Veloso e Rafael vêm alternando a liderança. Ela já apareceu na frente em dois levantamentos, enquanto ele já apareceu na liderança em três levantamentos. Nenhuma das pesquisas divulgados até agora mostrou uma distância expressiva entre os dois, o que reforça a impressão de que o vencedor dessa disputa terá uma vantagem muito pequena.

A pesquisa Opinar parece ter o poder de ser um divisor de águas de agora por diante, com Dinar Veloso, Rafael e Henrique Júnior sabendo onde estão e quais as suas chances. Os dois primeiros sabem que não podem cometer erros. Pois a vitória de Dinair Veloso significará a permanência dos Leitoa no poder em Timon, com o fortalecimento do senador Weverton Rocha, enquanto que a vitória de Rafael representará o desmantelamento do grupo e um golpe devastador nas pretensões do chefe do PDT no Maranhão.

Em Tempo: A pesquisa ouviu 450 pessoas entre os dias 9 e 10 de setembro, tem margem de erro de  4,62 pontos percentuais, para mais ou para menos,  nível de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-03871/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Bolsonaro ataca Lula, alimenta bolha, mas pode não ter ajudado Mariana em Imperatriz

Jair Bolsonaro e Yglésio Moises:
agenda em São Luís no dia 23

Não foi um fracasso, mas também não foi uma manifestação que tenha abalado a disputa pela Prefeitura, a visita de campanha que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ontem a Imperatriz em apoio à candidatura de Mariana Carvalho (Republicanos). Na avaliação de um jornalista de Imperatriz, a presença e os gestos e declarações do ex-presidente na Princesa do Tocantins serviram para alimentar a fatia bolsonarista do eleitorado imperatrizenses, mas não será suficiente para impulsionar a candidatura de Mariana Carvalho, uma vez que a disputa está se definindo na direção de um segundo turno entre o deputado estadual Rildo Amaral (PP) e o deputado federal Josivaldo JP (PSD).

Jair Bolsonaro, como era previsto, elogiou a candidata Mariana Carvalho, mas fez um discurso de vítima e de violentos ataques ao presidente Lula da Silva (PT). Disse, por exemplo, que não passou a faixa presidencial ao novo presidente, porque não queria entregar o poder a “um ladrão”. Se satisfez a bolha bolsonarista presente ao evento, não contemplou a imensa maioria da população de Imperatriz, porque todos, incluindo os seus seguidores, sabem que ele fugiu para Miami (EUA) com medo de ser preso e para não ser relacionado com a tentativa de golpe que tramou para o 8 de Janeiro.

O ex-presidente retorna ao Maranhão no dia 23, desta vez passando em São Luís, onde manifestará seu apoio à candidatura do deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) à Prefeitura da Capital. Yglésio Moises tem entre dois e quatro pontos percentuais na preferência do eleitorado e aposta alto que a presença do ex-presidente em São Luís mudará o rumo da sua candidatura.

Miltinho Aragão protesta contra a impugnação de Ivo Rezende: “A chibata só mudou de mão”

Miltinho Aragão protesta contra
a impugnação de Ivo Rezende

“A Justiça do Maranhão perdeu a oportunidade de ser vanguardista” e “A chibata só mudou de mão”. Com essas frases, pronunciadas com ênfase de aparência raivosa, o deputado Miltinho Aragão (PSB) protestou contra a impugnação da candidatura do prefeito de São Mateus Ivo Rezende (PSB), por decisão da Justiça Eleitoral.

Ivo Rezende, que se elegeu vice-prefeito em 2016, assumiu a Prefeitura em 2018 e se reelegeu em 2020, tentou um terceiro mandato, o que não é permitido pela legislação brasileira. Ele teve sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral e, como não tinha certeza de que reverteria a decisão, não recorreu, desistiu e passou a bola para o ex-prefeito Miltinho Aragão.

A candidatura de Ivo Rezende foi impugnada pelo ex-prefeito e candidato Rovélio (Podemos). A alegação: quando vice-prefeito, ele assumiu o cargo de prefeito, caracterizando que ele exerceu o mandato. A sentença tirando-o do páreo foi certeira.

Miltinho Aragão tem agora o desafio de vencer a eleição com a missão de manter o controle sobre a política de São Mateus.

São Luís, 18 de Setembro de 2024.

Barrado pela Justiça Eleitoral, Ivo Rezende sai da disputa e indica Miltinho Aragão em São Mateus

Ivo Rezende, visivelmente abatido,
anuncia um animado Miltinho Aragão

A desistência do prefeito de São Mateus (43 mil habitantes), Ivo Rezende (PSB), de tentar obter o direito a disputar a reeleição, que lhe foi negado pela Justiça Eleitoral, traz à tona alguns aspectos importantes e de forte simbolismo político. Ele teve sua candidatura impugnada por haver assumido o cargo de prefeito quando era vice-prefeito, o que o impede de tentar novo mandato, já que, com base na legislação, sua reeleição já aconteceu em 2020. A impugnação da candidatura foi confirmada pela Justiça Eleitoral, tornando-o inelegível neste pleito. Ivo Rezende poderia tentar reverter a decisão batendo às portas do TRE e do TSE, mas a sentença foi tão precisa e tão contundente que ele achou melhor não correr o risco de um desgaste maior. Ontem, o prefeito anunciou sua saída do páreo e indicou o ex-prefeito Miltinho Aragão (PSB) como substituto.

O primeiro aspecto a ser considerado é o fato de Ivo Rezende, um dos mais destacados líderes da novíssima geração de políticos maranhenses, que alcançou projeção estadual como presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), ter a sua carreira temporariamente interrompida por uma tentativa de driblar a lei. Ele sabia que não poderia pleitear a reeleição, uma vez que esse direito foi exercido em 2020. Chama a atenção o fato de um jovem político, que deveria ser referência para todos as centenas de candidatos a prefeito, sair da disputa de maneira vexatória, ainda com a responsabilidade de continuar presidente da Famem até o final deste ano, já que a partir de 1º de janeiro do ano que vem ele não poderá continuar no comando da entidade – que via de regra só realiza eleição em meados de janeiro.

O segundo aspecto que vale a pena registrar foi a firmeza com que a Justiça Eleitoral acatou, confirmou e consumou a impugnação da candidatura do prefeito de São Mateus, proposta pelo candidato do Podemos, Coronel Rovélio, e pela coligação “São Mateus é de Todos Nós”.  Ao ser confrontado com os fatos, o juiz Aurimar de Andrade Arrais Sobrinho indeferiu de pronto a candidatura do prefeito. Isso porque, se Ivo Rezende concorresse e fosse eleito, obteria um terceiro mandato consecutivo, o que é vedado por lei. A decisão, claramente sustentada no que reza a regra, causou uma discreta, mas efetiva, agitação no meio político. Os políticos mais sensatos entenderam a decisão do magistrado como um recado direto e certeiro, que ecoou em todos os partidos e comitês de campanha: a Justiça não vai tolerar qualquer tentativa de burla à lei. E foi exatamente a resposta da Justiça que fez com que Ivo Rezende se conformasse com o indeferimento da sua candidatura e providenciar o substituto em tempo hábil – o prazo para tal terminou à meia noite de ontem.

E o terceiro aspecto foi a escolha do ex-prefeito e atual suplente de deputado estadual no exercício do mandato, Miltinho Aragão (PSB), como substituto. Político experiente, com forte liderança em São Mateus, ele foi eleito prefeito em 2012 e se reelegeu em 2016 tendo Ivo Rezende como vice. Durante o mandato, na condição de vice-prefeito ele assumiu a Prefeitura em razão de uma licença médica do titular. Em 2020 ele disputou o cargo e se elegeu prefeito de São Mateus, mas a substituição temporária do prefeito naquele momento o tornou inelegível para reeleição em 2024.

Se tiver sua candidatura deferida pela Justiça Eleitoral – e pelo visto não há motivo para não ter -, Miltinho Aragão, atual suplente de deputado no exercício do mandato e apoiado pelo governador Carlos Brandão (PSB), enfrentará nas urnas Atanildo de Oliveira (PDT), Mesquita (PMB) e Rovélio (Podemos). O último é coronel da reserva da PM, entrou para a política incentivado pelo então governador Luiz Rocha e já foi prefeito de São Mateus.

Não há dúvida de que a situação que envolveu o prefeito Ivo Rezende criou um embaraço político para o Palácio dos Leões, que o tinha na lista dos prováveis eleitos. Agora, o comando do PSB vai apostar todas as suas fichas na candidatura de Miltinho Aragão, que é, de fato, o grande líder político de São Mateus.

PONTO & CONTRAPONTO

Correção: quem lidera em Santo Antônio dos Lopes é Cibelle Napoleão e não Ana do Gás

Cibelle Napoleão lidera em
Santo Antônio dos Lopes

Na edição de ontem, a Coluna publicou informações comentadas sobre a participação de deputados estaduais na disputa por prefeituras. E informou que entre os oito parlamentares que estão na corrida, a deputada Ana do Gás (PCdoB) estaria liderando a disputa em Santo Antônio dos Lopes, sua principal base eleitoral. Informação errada.

Ontem, o tradicional e respeitado instituto Econométrica publicou pesquisa sobre a disputa naquele município, e os números encontrados são os seguintes: Cibelle Napoleão (PL) lidera com 67,3% das intenções de voto, estando a deputada Ana do Gás em segundo com 27%. Ali, 5,2% não souberam ou não quiseram responder e apenas 0,6% disseram que votarão em branco ou anularão o voto.

De acordo com as informações estatísticas da Econométrica, a vantagem de Cibelle Napoleão é tão ampla e densa que nada menos que 60% dos entrevistados disseram que ela será eleita prefeita, enquanto apenas 23,9% responderam acreditar que a eleição será vencida por Ana do Gás.

Como a disputa se dá entre apenas duas candidatas, os números da Econométrica indicam que o eleitorado de Santo Antônio dos Lopes já se posicionou. Tanto que, se a eleição fosse agora e todos os indecisos optassem por Ana do Gás, isso em nada alteraria o desfecho do embate, já que dificilmente a candidata do PCdoB reverteria uma diferença que alcança 40 pontos percentuais.

Além dessa correção, a Coluna corrigirá o texto anterior com a informação de que a deputada Ana do Gás não lidera a disputa em Santo Antônio dos Lopes.

Em Tempo: A pesquisa Econométrica realizada entre os dias 5 e 7 de setembro, ouviu 330 eleitores, tem margem de erro 5,4 pontos percentuais, para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95%, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-04309/2024.

PCdoB enfrenta crise pela sobrevivência na corrida às Prefeituras

Márcio Jerry comanda o PCdoB no estado

A campanha para as eleições municipais está repetindo um fenômeno que tem acontecido com frequência no Maranhão: a derrocada de partidos que dominaram a política estadual em tempos recentes. É o que aconteceu com o PDS, o DEM, o MDB, o PDT, e agora atinge em cheio o PCdoB.

Comandado no Maranhão pelo ativo deputado federal Márcio Jerry, o velho “partidão”, que dominou a política estadual no primeiro e até metade do segundo mandato do governador Flávio Dino, elegendo ele próprio, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores nas mais diversas regiões do estado, encontra-se agora numa situação de luta tenaz pela sobrevivência.

Nestas eleições, além de não ter nome disputando em São Luís, por exemplo, o PCdoB vê seus candidatos mergulhados em situação de penúria eleitoral. O seu candidato mais destacado, o ex-deputado estadual Marco Aurélio, amarga o quarto lugar na corrida à Prefeitura de Imperatriz, apesar do apoio explícito do presidente Lula da Silva e do PT. A deputada Ana do Gás está em segundo lugar – muito atrás da primeira colocada – na corrida pela Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes.

E para complicar ainda mais a situação do partido, o prefeito de Barreirinhas, Amílcar Rocha, um dos seus quadros mais prestigiados, desistiu de concorrer à reeleição devido à forte rejeição do eleitorado, que resolveu apostar um candidato jovem, Vinícius Vale (MDB), que vem liderando a corrida.

O PCdoB briga pela sobrevivência como membro da Federação Brasil Esperança, da qual fazem parte o PT e o PV.

São Luís, 17 de Setembro de 2024.

Deputados estaduais têm situações diferentes na corrida por prefeituras

Roberto Costa lidera, Rildo Amaral na frente, Rafael vive incerteza, Ana do Gás em
vantagem, e Solange Almeida, Wellington do Curso e Yglésio Moises sem chance

Com exceção de Roberto Costa (MDB), que lidera com margem segura a disputa pela Prefeitura de Bacabal, os outros sete deputados estaduais que decidiram disputar os comandos dos seus municípios não estão sendo bem-sucedidos nas suas empreitadas eleitorais. Rildo Amaral (PP), que disputa em Imperatriz está à frente da corrida, onde deverá enfrentar um segundo turno; Rafael (PSB), briga palmo a palmo pela liderança em Timon; Solange Almeida (PL) tenta reagir na corrida em Santa Inês; Ana do Gás (PCdoB) se desdobra para chegar à Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes; e Wellington do Curso (Novo) e Yglésio Moises (PRTB) vivem situação dramática entre os últimos da corrida em São Luís. São Situações diferentes, que podem resultar em sucesso relativo ou em fracasso absoluto.

O deputado Roberto Costa lidera com larga vantagem a corrida em Bacabal (103 mil habitantes). Mas essa liderança tem uma explicação lógica. Além de dedicar a quase totalidade das ações do seu mandato parlamentar a Bacabal, Roberto Costa conseguiu um feito inédito: unir as principais forçar políticas do município, incluindo o grupo do prefeito Edvan Brandão (PSB), que tem o deputado estadual (?) Brandão (PSB) e o grupo Florêncio, hoje liderado pelo deputado estadual Florêncio Neto. Essa cuidadosa e eficiente tessitura, além da força do seu próprio grupo, tem o apoio do ex-governador João Alberto (MDB). Com a experiência de quem foi candidato em 2016 contra o poderoso grupo liderado pelo ex-prefeito Zé Vieira (PR) e de ter sido o principal avalista da reeleição do prefeito Edvan Brandão, Roberto Costa caminha para uma eleição segura e politicamente consistente.

O deputado estadual Rildo Amaral lidera a corrida em Imperatriz (274 mil habitantes), onde disputa a ida para o segundo turno com Josivaldo JP (PSD), e num patamar mais distante, com Mariana Carvalho (Republicanos). Rildo Amaral tem o apoio do ministro do Esporte André Fufuca, que comanda o PP no Maranhão. O candidato do PP saiu na frente, mas vem enfrentando o crescimento de Josivaldo JP. A situação ficou mais complicada depois que Imperatriz entrou para o time de cidades com 200 mil eleitores e, com isso, pode decidir suas eleições de prefeito em dois turnos, caso nenhum dos candidatos obtenha mais 50% dos votos no primeiro turno. As pesquisas mais recentes indicam que Rildo Amaral vai para o segundo turno.

O deputado Rafael (ex-Leitoa), do PSB, iniciou sua corrida à Prefeitura de Timon (183 mil habitantes) como favorito, enfrentando a prefeita Dinair Veloso (PDT), que pleiteia a reeleição. A situação de Rafael começou a se complicar depois que o PT, que em princípio o apoiaria, decidiu, por orientação da direção nacional, apoiar a atual prefeita, num acordo articulado em Brasília pelo senador Weverton Rocha, chefe do PDT no Maranhão. No momento, o PSB, comandado no Maranhão pelo governador Carlos Brandão, concentra esforços visando a eleição do deputado Rafael, enquanto o PT e o PDT intensificam o apoio à prefeita Dinair Veloso. Ali, a situação é incerta.

No terceiro mandato, a deputada Ana do Gás (PCdoB) decidiu dar uma guinada ao se candidatar à Prefeitura de Santo Antônio dos Lopes (14 mil habitantes), que é a sua principal base eleitoral e onde seu marido, foi prefeito. Ana do Gás está inteiramente dedicada à sua campanha, enfrentando uma mulher, Cibelle Napoleão (PL). As informações indicam que se trata de uma disputa dura, a começar pelo fato de que Santo Antônio dos Lopes vem ganhando estatura econômica como produtor de gás natural.

Já a deputada Solange Almeida (PL) vem mantendo a segunda posição na disputa pela Prefeitura de Santa Inês (90 mil habitantes), onde, segundo todas as pesquisas, a liderança está com o prefeito Felipe dos Pneus (PP), que caminha para a reeleição. A deputada poderá ser beneficiada se o ex-prefeito Valdivino Cabral (MDB) for retirado da disputa. No momento, porém, sua eleição é uma hipótese remota devido à força da candidatura do prefeito.

A situação mais complicada é a dos deputados Wellington do Curso e Yglésio Moises, que lideram o time de candidatos à Prefeitura de São Luís (1,2 milhão de habitantes) sem qualquer chance de eleição. Sabendo-se que, por causa dos seus partidos, o Novo e o PRTB, respectivamente, que não têm representação mínima exigida por lei no Congresso Nacional, ficam impedidos de ter acesso ao horário eleitoral gratuito no Rádio e na TV. Devem terminar a disputa no terceiro e quarto lugares, mas bem distante de uma disputa polarizada entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Jr..

São esses os cenários que envolvem os deputados estaduais que estão na guerra eleitoral por prefeituras.    

PONTO & CONTRAPONTO

Campanha começa a destacar candidatos fortes à Câmara de São Luís

Thayanne Evangelista e Clara Gomes: juventude
busca espaço na Câmara de São Luís

Ganha intensidade a disputa pelas 31 cadeiras da Câmara Municipal de São Luís. Alguns nomes ganharam densidade durante a campanha, enquanto os esquemas de apostasse multiplicam com algumas previsões sobre quem tem e quem não tem cacife para chegar ao Palácio Pedro Neiva de Santana.

Nesse contexto, o nome mais citado como tendo potencial para reeleger-se é o do atual presidente, Paulo Victor (PSB), que lidera a campanha do seu partido. Os vereadores Raimundo Penha (PDT), Francisco Chaguinhas (PSD), Coletivo Nós (PT) e Aldir Jr. (PL) têm chances reais de reeleição. Outros caciques políticos da Ilha também caminham para a reeleição: Astro de Ogum (PCdoB), Dr. Gutemberg (Novo), Pavão (PSB) e Chico Carvalho (Podemos).

E no universo de quem está chegando duas jovens mulheres ganham estatura: a médica Thayanne Evangelista (UB) e a advogada Clara Gomes (PSD). O atual suplente de vereador André Campos (Podemos) também está no páreo.

Vale registrar que vários nomes de prestígio são candidatos a vereador de São Luís.

Fred Campos reforça campanha e volta a ser favorito em Paço do Lumiar

Fred Campos intensificou a campanha

Enganou-se quem imaginou que a Operação 18 Minutos faria um estrago devastador na candidatura do advogado Fred Campos (PSB) à Prefeitura de Paço do Lumiar.

Quando muitos esperavam que o candidato do PSB se inibiria a diminuiria o ritmo da campanha por causa da temida tornozeleira eletrônica, ele fez exatamente o contrário: intensificou a caça ao voto, realizando animadas caminhadas pelas ruas de Paço do Lumiar, comícios, num corpo a corpo determinado.

Se antes da operação ele vinha realizando uma campanha forte, após o episódio ele turbinou ainda mais os seus eventos de contato direto com o eleitorado. E os adversários, que viram na Operação 18 Minutos uma luz no fim do túnel, agora perceberam que da semana passada para cá, suas chances voltaram a patamares anteriores.

O número de pessoas que voltaram a enxergar Fred Campos como o futuro prefeito de Paço do Lumiar voltou a crescer.

São Luís, 16 de Setembro de 2024.