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Cem dias depois da posse, Roberto Costa dá novo norte para a gestão pública de Bacabal

Roberto Costa com crianças durante uma
passeata por mais atenção para autistas

Os novos prefeitos completam hoje uma marca temporal simbólica:100 dias desde a posse. Para muitos, é pouco tempo para que uma gestão que chega já mostre resultados, mas para outros, mesmo considerando a exiguidade do período, é tempo suficiente para que uma gestão focada, cujo titular entrou já sabendo o que faria, mostrando uma linha clara de trabalho, atacando problemas simples como limpeza urbana, operação tapa-buracos, ordenamento de trânsito, além de problemas mais graves e complexos como colocar as contas em dia e água nas torneiras, por exemplo. Como vários dos seus colegas, entre eles Rildo Amaral (PP), de Imperatriz, e Rafael Brito (PSB), de Timon, o prefeito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), assumiu o cargo com um projeto de governo alinhavado, com início, meio e fim em relação às áreas mais essenciais, como educação, saúde, urbanização e, em especial, o abastecimento de água. O foco central da nova gestão de Bacabal é a excelência na prestação dos serviços públicos.

Três exemplos indicam o Norte que o novo prefeito de Bacabal está impondo à gestão pública. O primeiro é o rigor no controle dos gastos, para que recursos públicos não sejam desperdiçados, e para isso um novo sistema de ordenamento de despesas está sendo implantado na máquina administrativa municipal. O segundo é o cumprimento das regras que norteiam as 15 secretarias, principalmente nas áreas de educação, saúde, assistência social, com numa política de eficiência e sem espaço para erros ou descaso – vale registrar que 10 dos 15 secretários são mulheres. E o terceiro é a política de ordenamento urbano para que Bacabal, que é uma cidade polo, seja uma referência, a começar pelo trânsito, que já sofreu algumas intervenções, que serão ampliadas a partir de convênio firmado com o Detran.

O prefeito de Bacabal opera para trabalhar em parceria com o governador Carlos Brandão (PSB), de quem é aliado.

Mesmo exercendo simultaneamente a presidência da Associação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), para a qual foi eleito em janeiro, o que exige dele deslocamentos frequentes para São Luís e Brasília, o prefeito Roberto Costa, que é jovem e atleta militante, tem se desdobrado para ajustar sua agenda recheada e ser um prefeito presente, focado na gestão municipal, cuidando de uma teia que vai dos problemas mais simples aos mais complexos. Isso porque, além da administração da máquina, incluindo a parte financeira e a fiscal, o seu foco são os serviços que a Prefeitura presta à comunidade.

Semanas depois que assumiu, Roberto Costa, ao visitar um hospital, se deparou com uma situação inaceitável: um médico havia orientado uma paciente a realizar um exame em laboratório privado, a um custo superior a R$ 300,00, quando ele poderia ser feito no próprio hospital, gratuitamente. No ato, o prefeito reembolsou a paciente, abriu procedimento de investigação e avisou que quem age assim, seja quem for, não pode trabalhar num hospital de Bacabal. Na semana passada, ao empossar coordenadores escolares, o prefeito deu um recado bem claro: diretores, coordenadores e professores estão proibidos de exigir lista de material escolar dos estudantes da rede básica de ensino. E deixou claro: a Prefeitura é obrigada a fornecer fardamento e todo material necessário para as atividades em sala de aula.

– Os pais só têm de garantir o lápis e o caderno. O resto é responsabilidade nossa! – determinou.

Roberto Costa recebeu uma Prefeitura sem grandes problemas, mas concebeu o seu próprio plano de governo, fruto de anos e anos de observação e convivência com os problemas de uma das dez maiores cidades do Maranhão e um polo em torno do qual gravitam pelo menos 15 municípios da Região do Médio Mearim, uma das mais promissoras do Maranhão. E como não poderia deixar de ser, apesar de banhada pelo rio Mearim, a população de Bacabal sofre severamente com a falta de água potável. Ali não existe Caema e o abastecimento é feito pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), administrado pelo próprio município. E o desafio que o prefeito pretende vencer ao longo dos 1.360 dias que lhe restam de mandato, para deixar como legado, é garantir o fornecimento de água potável nas torneiras da população de Bacabal.

Em Tempo: como havia prometido na campanha, o prefeito Roberto Costa comandou uma grande festa carnavalesca e prepara um São João igualmente animado.

PONTO & CONTRAPONTO

Pedro Lucas está escolhido para as Comunicações; só falta o ato de nomeação por Lula

Pedro Lucas Fernandes atuando como líder do União na Câmara

Só falta uma conversa do presidente Lula – que retorna hoje da Colômbia – com a cúpula do União Brasil para que o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, líder da bancada do partido na Câmara Federal, seja nomeado ministro das Comunicações, sucedendo ao deputado federal Juscelino Filho, seu colega de partido, que pediu demissão depois de ter sido denunciado pela Procuradoria Geral da República, por suposto desvio de emendas parlamentares destinadas à prefeitura de Vitorino Freire.

Se vier a ser nomeado como está previsto, o deputado Pedro Lucas Fernandes – que foi vereador por São Luís em dois mandatos (2012/2018), comandou a Agência Executiva Metropolitana (Agem), responsável pelos problemas estruturais da região metropolitana de São Luís, após o que se elegeu deputado federal em 2018 com 111 mil votos e se reelegeu em 2022 com 156 mil votos – ascenderá a um novo patamar na sua trajetória.

Até aqui um político por excelência e muito bem-sucedido no aspecto eleitoral, o deputado Pedro Lucas Fernandes tem lastro também na coerência política e partidária. Ele foi filiado ao PTB por duas décadas, elegendo-se deputado federal pelo partido em 2018 e nele permanecendo até que as loucuras do presidente do partido, ex-deputado federal Roberto Jefferson, tornaram inviável sua permanência na legenda fundada por Getúlio Vargas que terminou como apêndice do bolsonarismo mais primário.

Pedro Lucas Fernandes é hoje um político maduro e confiável, que aprendeu as melhores lições com o pai, o ex-vereador por São Luís e ex-deputado federal e hoje prefeito reeleito de Arame, Pedro Fernandes. E se o presidente Lula da Silva (PT), que declarou conhecer e simpatizar com ele, o nomear para o Ministério das Comunicações, passará a contar com um ministro tecnicamente preparado e politicamente correto.

Todos os sinais estão indicando que o parlamentar maranhense será nomeado. Mas como em política a imprevisibilidade faz com que os ventos mudem repentinamente de rumo, o melhor mesmo é aguardar a assinatura do ato de nomeação. Até porque ontem surgiram rumores de que o deputado Moses Rodrigues, do União do Ceará, teria entrado no páreo, sem muita chance de disputar com Pedro Lucas Fernandes, mas mesmo assim o sensato é aguardar a palavra final do presidente da República, que deve ser dada até o final da tarde.

Juscelino Filho reassume mandato, vai focar na defesa e mobilizar suas bases por reeleição

Juscelino Filho: desafios

O ex-ministro das Comunicações Juscelino Mendes reassumiu o seu mandato de deputado federal, mandando para casa o suplente Ivan Júnior, que ocupava a vaga depois que o médico Benjamin de Oliveira renunciou a condição de 1º suplente do União para assumir a Prefeitura de Açailândia, eleito que foi em outubro passado.

Juscelino Filho tem agora duas tarefas desafiadoras, trabalhar intensamente para montar sua defesa à denúncia feita pela PGR baseada em investigações da Polícia Federal e segundo as quais o parlamentar teria desviado recursos de emendas parlamentares destinadas à prefeitura de Vitorino Freire, na gestão da prefeita eleita e reeleita Luanna Bringel (União), sua irmã, no valor de R$ 6 milhões para a construção de estradas vicinais.

O deputado nega veementemente a acusação, contradiz a Polícia Federal, criticando o trabalho investigatório. Ele afirma categoricamente ser inocente e que não houve desvio de recursos, em que pesam documentos e gravações que o ligariam de maneira nada republicana a um empresário da construção civil, sobre quem recaem suspeitas de esquemas de desvio de dinheiro público.

O outro desafio do agora ex-ministro das Comunicações será mergulhar nas suas bases e mostrar aos seus eleitores que nada fez de errado e mobiliza-los para as eleições do ano que vem, quando tentará a reeleição.

Ontem, o ex-ministro teve momentos de satisfação ao saber que o deputado estadual Osmar Filho (PDT) foi à tribuna para elogiar sua passagem pelo Ministério das Comunicações e dizer acreditar que ele será inocentado das acusações. Osmar Filho foi aparteado pelo deputado Othelino Filho (Solidariedade), que se manifestou na mesma direção.

São Luís, 10 de Abril de 2025.  

Denunciado, Juscelino Filho perde ministério, pode virar réu e torna incerto o seu futuro político

Juscelino Filho deixa o Ministério das Comunicações por suspeita de desvio de
recursos de emendas parlamentares antes de ser ministro

A queda do deputado federal Juscelino Filho (União) do comando do Ministério das Comunicações estava escrita nas estrelas e só dependia da manifestação da Procuradoria Geral da República, que acatou o resultado das investigações da Polícia Federal sobre supostos desvios de recursos de emendas parlamentares por ele destinadas à Prefeitura de Vitorino Freira, na época comandada por sua irmã, Luanna Bringel (Bringel), e o denunciou ao Supremo Tribunal Federal. Diante da denúncia da PGR, que pede para ele ser transformado em réu e seja julgado pelos supostos crimes, Juscelino Filho perdeu de vez a complacência do presidente Lula da Silva (PT), o apoio da cúpula e da bancada do seu partido e de aliados, não lhe restando outro caminho que não o pedido de demissão, recomendado e previamente aceito pelo presidente da República.

A demissão de Juscelino Filho resolve alguns problemas para o Palácio do Planalto, sendo o principal deles o destravamento da reforma ministerial, uma vez que é ele o alvo da primeira mudança, com a quase certa nomeação do seu colega de bancada e de partido, deputado federal Pedro Lucas Fernandes, atual líder da bancada do União. Ao mesmo tempo, a saída do parlamentar poderá se refletir no cenário político maranhense, onde ele é parte de uma geração que está chegando ao poder e vinha sendo apontado como dono de potencial político e eleitoral para chegar ao topo, juntamente com o atual ministro do Esporte, André Fufuca (PP), que caminha para disputar uma cadeira no Senado.

A denúncia da PGR abala fortemente a sua credibilidade e a sua base de apoio, o que coloca em risco o cacife político e eleitoral que acumulou nos três mandatos federais. Mas isso não significa o fim da sua carreira, porque se trata de uma denúncia, que ele garante ser injusta e promete demonstrar isso ao se defender no processo, caso o Supremo o transforme em réu. Se vier a ser condenado, poderá ser punido também com a inelegibilidade, o que será um desastre. Mas se vier a ser absolvido, poderá levar sua carreira adiante, ainda que fragilizado pelos meses e até anos como acusado brigando para ser inocentado.

A trajetória política de Juscelino Filho, 40 anos, lhe abre uma brecha para continuar no cenário. Médico por formação, nasceu de uma família política de Vitorino Freire, elegendo-se deputado federal em 2014 e se reelegendo em 18 e 22. Chegou ao Ministério das Comunicações em 2023 sem apadrinhamento e por indicação da bancada federal do seu partido, onde ganhou espaço desde que tirou o DEM da família Fecury em 2014 e transformou o braço maranhense numa força partidária ativa, consolidando seu espaço quando houve a fusão com o PSL, em 2021, da qual nasceu o União Brasil, no qual se consolidou como uma das lideranças mais importantes.

No cenário político estadual, o deputado federal Juscelino Filho vem mantendo uma trajetória de independência em relação ao Governo estadual embora mantenha relações institucionais com o governador Carlos Brandão (PSB), tendo apoiado a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) aos Leões em 2022. De uns tempos para cá, se posicionou várias vezes em relação ao cenário sucessório, defendendo a eleição do governador para o Senado e a do vice-governador para o Palácio dos Leões. Agora, terá de concentrar suas forças na defesa que fará perante a Suprema Corte com o objetivo de evitar a pancada ética e a degola política.

Juscelino Filho perde o comando do Ministério das Comunicações no momento em que vinha implantando vários projetos de conectividade via internet no Maranhão, beneficiando principalmente escolas e empresas, assim como a expansão da rede de rádios comunitárias nas mais diferentes regiões do estado, para citar apenas dois campos de atuação da pasta sob seu comando em território maranhense. Esses projetos podem ter prosseguimento se o deputado federal e atual líder da bancada do União Pedro Lucas Fernandes vier a assumir o comando da pasta, o que é tido como certo em quase todas as previsões.

Em Tempo: A denúncia contra o deputado federal Juscelino Filho terá como relator o ministro Flávio Dino, que tem sido implacável com a frouxidão das regras sobre emendas parlamentares.

PONTO & CONTRAPONTO

Pedro Lucas Fernandes pode vir a ser o novo ministro das Comunicações

Pedro Lucas Fernandes cotado para
o Ministério das Comunicações

Se a quase totalidade dos videntes políticos de Brasília estiverem certos, o deputado federal e atual líder da bancada do União na Câmara Federal, deputado Pedro Lucas Fernandes (União) será o novo ministro das Comunicações. A exemplo da escolha do deputado federal Juscelino Filho (União), a nomeação, se ocorrer, se dará por decisão da cúpula nacional e da bancada do partido, sem nenhuma relação com o fato de serem eles maranhenses.

Pedro Lucas Fernandes é um dos mais bem-sucedidos da nova geração de políticos maranhenses, seguindo a trajetória do pai, o atual prefeito reeleito de Arame, Pedro Fernandes (União), que exerceu cinco mandatos na Câmara Federal batendo um recorde difícil de ser quebrado: não faltou a nenhuma das sessões.

Desde que chegou ao União, Pedro Lucas se firmou como um quadro diferenciado. No campo local, encontrou uma relação harmônica com Juscelino Filho, dividindo com ele o comando do partido. A parceria levou o União a bons desempenhos eleitorais, a exemplo das eleições municipais, quando o partido fez mais de duas dezenas de prefeitos e centenas de vereadores.

Sua eficiência política e parlamentar levou o comando nacional do partido a indicá-lo líder da bancada na Câmara Federal. Agora, ele está na iminência de dar o passo mais largo da sua carreira.

Se vier a ser ministro das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas, 45 anos, entra de vez no seleto grupo de políticos maranhenses com chances de vislumbrar horizontes mais largos.

Saída de Juscelino Filho do ministério pode acirrar a guerra política e eleitoral na família Rezende

Disputa acirrada em Vitorino Freire separou
Juscelino Filho do tio Stênio Rezende

O desgaste sofrido pelo deputado federal Juscelino Filho pode reequilibrar o ambiente de guerra na família Rezende, na qual, juntamente com a irmã, a ex-prefeita Luanna Bringel, mede força com o tio, o ex-deputado estadual Stênio Rezende, que tem como braço político a deputada Andrea Rezende (PSB).

A guerra na família, que vinha sendo desenhada há tempos, inclusive envolvendo a denúncia sobre as emendas, culminou quando Stênio Rezende, com a experiência vários mandatos de deputado estadual, tentou ser candidato a prefeito de Vitorino Freire em substituição à sobrinha Luanna Bringel, e encontrou a resistência do ministro Juscelino Filho.

Na guerra, que ganhou repercussão nacional por conta de declarações do ex-deputado Stênio Rezende, que estava inelegível, Juscelino Filho e a irmã Luanna Bringel juntaram forças e aplicaram uma derrota acachapante no tio.

Se não houver um armistício familiar, os Rezende vão se enfrentar de novo nas urnas; ele, Juscelino Filho, se permanecer elegível, como candidato à reeleição, e a irmã, Luanna Bringel, como candidata à Assembleia Legislativa, num embate direto com a deputada Andrea Rezende.  

São Luís, 09 de Abril de 2025.

Camarão participa da campanha do PT e acelera passos para consolidar sua candidatura ao Governo

Felipe Camarão: movimentos para
fortalecer projeto de candidatura

“Sou Felipe Camarão, professor e ex-secretário de Educação do Maranhão. Durante sete anos trabalhei à frente da educação pública do estado e vivenciei momentos que marcaram a minha vida. Muito mais do que paredes e tijolos, a Escola Digna transformou a vida de milhares de crianças e jovens por todo o estado. Muito mais do que escolas, o Escola Digna transformou bairros e comunidades. Como vice-governador do PT, sigo trabalhando incansavelmente por políticas públicas que tornem o Maranhão um lugar melhor de se viver. E é esse futuro de oportunidade que queremos seguir construindo juntos”.

Com essa mensagem, divulgada no bojo de uma campanha do PT no rádio e na TV, o vice-governador Felipe Camarão sinaliza que está no jogo sucessório e que deverá mesmo ser o candidato do partido e da aliança governista à sucessão do governador Carlos Brandão (PSB), que, também conforme os sinais mais recentes, deve ser candidato ao Senado. Felipe Camarão se apresenta como professor e ex-secretário de Estado da Educação – “esquecendo” de informar que é também advogado e procurador da República licenciado -, e cita o programa Escola Digna como referência do seu trabalho executivo, e afirma que seguirá nesse caminho, caso venha a ser governador, o que poderá acontecer exatamente daqui a um ano, se o titular Carlos Brandão renunciar cumprindo a regra da desincompatibilização.

A participação do vice-governador na propaganda do PT faz parte da sua movimentação inicial visando consolidar o seu projeto de candidatura ao Governo. E acontece no exato momento em que, depois de um longo tempo de incerteza, começou a atuar como aspirante a chefe de Governo, participando dos atos do governador Carlos Brandão. Nesse novo ambiente, tem atraído manifestações de apoio, como as que recebeu do PCdoB, do próprio PT e do PDT –  essa num forte discurso do senador Weverton Rocha nessa direção – na semana passada, durante a sessão na Alema em que o “Partidão” comemorou 103 anos de existência. Antes, fora alvo de declarações importantes, como a do ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PP), e do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), todas assegurando apoio integral à sua candidatura à reeleição, caso assuma o Governo em 2026.

Apontado na terceira posição, com 13% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto Conceito, a mais recente – um começo mais que promissor para quem pode ser candidato pela primeira vez -, Felipe Camarão reúne as condições essenciais para fortalecer o seu projeto político-eleitoral nos próximos meses, podendo chegar em 2026 como o contrapeso do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) na disputa. Claro que para isso precisa tirar da frente o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), que aparece em segundo, com 19%, e fugir da sombra do ex-senador Roberto Rocha (Republicanos), que figura em quarto lugar, com 11%.

Além do seu potencial pessoal, que é indiscutível, a começar pelo fato de que se revelou um gestor de excelência, Felipe Camarão entra no jogo sucessório com o apoio do governador Carlos Brandão, que deverá ser o seu companheiro de chapa disputando a senatória, e do presidente Lula da Silva (PT), que tem a sua candidatura como uma das prioridades do PT na seara estadual. Conta com a corrente que teve o hoje ministro Flávio Dino (Supremo) como líder e referência política, e a do campo de centro, como André Fufuca (PP), ministro do Esporte e virtual candidato a senador, além da maioria dos prefeitos, a começar pelos que comandam os maiores municípios, como o pepista Rildo Amaral (Imperatriz), o emedebista Roberto Costa (Bacabal), o pepista Gentil Neto (Caxias) e o socialista Rafael Brito (Timon).

Esse é o cenário que envolve o vice-governador Felipe Camarão no momento, que pode se confirmar ou sofrer alterações para melhor ou para pior nos próximos meses. O sucesso dele dependerá muito do seu desempenho como articulador político da sua própria candidatura, que, conforme todos os jogadores de búzios e cartomantes da política maranhense, tem o desafio maior de medir forças com o prefeito Eduardo Braide.

PONTO & CONTRAPONTO

Lahesio solta a língua e pode ter perdido qualquer possibilidade de compor com Braide

Lahésio Bonfim tem feito provocações ignoradas solenemente por Eduardo Braide

O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), pode ter mandado para o espaço qualquer possibilidade de um improvável acerto político com o PSD, ao questionar, de maneira extemporânea e inoportuna, a posição ideológica do prefeito de São Luís.

Ele declarou, em entrevista, que Eduardo Braide “não é de direita”, o que o tornaria inepto para ser candidato a governador e ser apoiado pelas diversas correntes desse campo no Maranhão.

Provavelmente incomodado com o fato de o prefeito Eduardo Braide haver ignorado solene e inteligentemente as suas provocações, como a que pediu que o prefeito “lhe desse” a primeira-dama de São Luís para ser sua vice, e, mais recentemente, quando pretendeu incluir o prefeito da Capital numa lista de apoiadores.

Ao insinuar que Eduardo Braide joga ideologicamente para atrair os votos da direita, que ele entende, pretensiosamente, serem seus, Lahésio Bonfim mais uma vez age de maneira extemporânea.

A provocação, que como as outras foi solenemente ignorada pelo prefeito de São Luís, pode ter sido um tiro no pé, pois depois disso, dificilmente Eduardo Braide lhe dará o mínimo de atenção, principalmente se o assunto for a corrida dos Leões.

Governo disponibiliza quatro mil bolsas de R$ 600 para trabalho jovem

Carlos Brandão: convocando
empresas para abrir espaço
para jovens aprendizes

O Governo do Estado abriu ontem inscrições para empresas que queiram abrir espaço para jovens aprendizes por meio do programa Trabalho Jovem – Eixo Estágio Social.

O governador Carlos Brandão anunciou, em redes sociais, a liberação de quatro mil bolsas no valor de R$ 600,00 para a alocação de jovens nos mais diversos ramos da iniciativa privada.

Na sua mensagem, o mandatário maranhense estimula as empresas a aproveitarem esta oportunidade de abrir espaço para a mão-de-obra jovem, contribuindo, decisivamente, para a inclusão dos bolsistas no mercado de trabalho.

O Trabalho Jovem é um dos programas sociais importantes, uma vez que o jovem trabalhador terá seu horário ajustado de modo a que não haja qualquer prejuízo aos seus estudos.

O atual Governo já concedeu essa bolsa a milhares de jovens nas mais diferentes regiões do Maranhão, incluindo São Luís. Muitos bolsistas foram aproveitados e contratados, enquanto a maioria preferiu continuar estudando.

São Luís, 08 de Abril de 2025.

Bem nas pesquisas, Lahesio começa agressivo, tenta liderar a direita e pode acabar como em 22

Lahesio Bonfim: conhecido por
falar demais e agressivamente

Há pouco mais de um mês, ele pediu publicamente ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que indicasse a primeira-dama da Capital como sua vice; agora, seu lance é bem mais ousado: reunir num mesmo palanque os deputados federais Josimar de Maranhãozinho e Detinha do PL, e Aluísio Mendes, do Republicanos, e ainda o prefeito Eduardo Braide. Dois meses atrás ele lançou sua candidatura a governador em Marajá do Sena, no centro do estado, com a presença da vereadora Flávia Berthier (PL), bolsonarista roxa que usava boné festejando Donald Trump. Ontem, ele deixou no ar a impressão de que quer essa mobilização em torno da sua candidatura ao Governo do Estado. Até o fechamento da Coluna, todos ignoraram sua proposta.

O rabiscador desses rascunhos políticos para as eleições de 2026 para o Palácio dos Leões é o médico e ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), candidato assumido e em campanha aberta ao Governo do Estado. Ele vem atuando embalado pela segunda colocação nas três últimas pesquisas, atrás apenas do prefeito Eduardo Braide.

Dono de um discurso agressivo, no qual xinga adversários e centra fogo na corrupção, mas com o estranho cuidado de não mostrar casos concretos, com nomes e dados, e navegando no resultado de 2022, quando saiu das urnas com exatos 24,96% dos votos, à frente do senador Weverton Rocha (PDT), que obteve mais de 19%, ambos derrotados pelo governador Carlos Brandão (PSB), que obteve 51% da votação, Lahesio Bonfim vai aos poucos espalhando no eleitorado do interior a imagem de candidato que “desafia o sistema”. Faz o mesmo discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na primeira campanha. Ele nega ser bolsonarista, mas de olho nos bolsões da extrema-direita do Maranhão, se declara seu eleitor e se mostra identificado com muitas das suas bandeiras, incluindo as mais conservadoras.

Com esse discurso e seu lastro eleitoral, mas também com a sua espantosa imprevisibilidade, Lahesio Bonfim é visto com desconfiança pela maioria dos políticos, alguns dos quais consideram difícil alinhavar algum tido de acordo com ele, principalmente em se tratando de uma aliança em que ele seria o candidato ao Governo do Estado. O deputado federal Josimar de Maranhãozinho, por exemplo, não manifesta qualquer interesse em conversar com o ex-prefeito. O prefeito Eduardo Braide não se deu sequer ao trabalho de comentar a sua ousada proposta de aliança.

A menos que haja uma reviravolta surpreendente, a tendência do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes é continuar sua campanha aberta sozinho, como um outsider às avessas, que promete “completar a mudança”, sem explicar exatamente do que está falando. Nos seus pronunciamentos, não apresenta propostas concretas para governar, levantando a suspeita de que não tem um projeto de Governo e de que sua plataforma é ainda um discurso no qual se mostra como a solução para os problemas do Maranhão, como diz ter sido para São Pedro dos Crentes.

Mas as sutilezas da política recomendam que um político como o candidato do Novo, um partido fraco e sem futuro, não deve ser subestimado. Os 25% dos votos que obteve em 2022, batendo um senador da República, e os 19% das intenções de voto para 2026, segundo a pesquisa mais recente, é motivo suficiente para que seus concorrentes enxerguem nele um fator de risco.

Todos os sinais indicam que a disputa para o Palácio dos Leões em 2026 caminha para uma polarização entre o prefeito Eduardo Braide, que representa a oposição, e o vice-governador Felipe Camarão (PT), liderando as forças da situação. E como dificilmente atrairá eleitores dessa seara, terá de tirá-los de quem será o seu principal adversário: o ex-senador Roberto Rocha (Republicanos), que entrará na briga para atrair exatamente os eleitores dos nichos nos quais o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes começou fazendo a festa com muita antecedência.

Resta saber se ele conseguirá manter o ritmo de campanha, principalmente depois do Carnaval de 2026, quando o cenário será definido e o jogo começará para valer.

PONTO & CONTRAPONTO

Nomeação de Fábio Gentil para Agricultura reforça posição dos Leões no Leste maranhense

Fábio Gentil: influente
na região Leste

O governador Carlos Brandão reforçou seus laços políticos com o Leste do Maranhão com a nomeação do ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PP), para secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, e o militante político Gabriel Tenório para chefiar a Agência Metropolitana do Leste Maranhense (Agem Leste). As nomeações, especialmente a primeira, são parte de um ajuste de relações numa das regiões politicamente mais importante e mais ativa do Maranhão.

Fábio Gentil é hoje um dos líderes regionais mais importantes e influentes do Maranhão. Além de ter feito o seu sucessor, Gentil Neto (PP), numa bem armada aliança com o Grupo Coutinho, tem a filha Amanda Gentil (PP) como deputada federal e a parceira de vida, Daniela Gidão (PSB), na Assembleia Legislativa. No meio político, Fábio Gentil é apontado como forte candidato à Câmara Federal, sendo lembrado também como o primeiro da lista para suplente de senador e nome certo para o secretariado no próximo Governo, se o grupo eleger o vice-governador Felipe Camarão (PT), a quem já declarou apoio.

A nomeação de Gabriel Tenório para a Agem Leste funciona como suporte a um dos políticos da região mais alinhados à aliança liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB), mesmo depois de ter sido derrotado em duas eleições para a Prefeitura de Matões – em 2020 para o prefeito Ferdinando Coutinho (PDT) e em 2024 para Nonatinho (União), que era apoiado por Ferdinando Coutinho, pela deputada Cláudia Coutinho (PDT) e pelo ministro Juscelino Filho (Comunicações). Gabriel Tenório migrou e disputou a prefeitura pelo PT, com o apoio do deputado federal Rubens Jr. (PT) e mais o PCdoB e o PV, que formam a Federação Brasil Esperança.

A duas nomeações reforçam o poder do Palácio dos Leões na Região.

Deputado Neto Evangelista e vereadora Thay Evangelista somam forças por mulheres

Thay Evangelista e Neto Evangelista: parceria

O deputado Neto Evangelista (União), líder do Governo na Assembleia Legislativa, apresentou, na semana passada, indicação no sentido de que as empresas de transporte de massa de São Luís disponibilizem ônibus só para mulheres em determinados horários em linhas semiurbanas. O seu argumento: o elevado registro de casos de assédios e violência contra mulheres nessas linhas. Outra informação do parlamentar, a vereadora Thay Evangelista (União), sua esposa, também apresentou a mesma demanda à Prefeitura de São Luís.

A demanda feita pelo casal é absolutamente oportuna, pois se trata de uma realidade que afeta mulheres trabalhadoras quase que diariamente, conforme os poucos registros policiais – a maioria prefere não denunciar, por medo de represália. A colocação de ônibus exclusivo para mulheres pode ser uma solução – o ideal mesmo seria a educação dos assediadores sobre relações respeitosas na realidade urbana.

Vista por outro ângulo, a iniciativa traz à tona uma relação parlamentar inusitada. Um deputado estadual, Neto Evangelista, e uma vereadora de São Luís, Thay Evangelista, casados e politicamente afinados, somam forças, cada um no seu campo e com o seu nível de responsabilidade, para a solução de um problema social grave. A soma dos esforços amplia expressivamente a possibilidade de uma solução.

Vale lembrar que outra parceria nessa linha pode surgir, essa entre o deputado estadual Osmar Filho (PDT), ex-presidente do parlamento ludovicense, e sua esposa, a vereadora Clara Gomes (PSD).

São Luís, 06 de Abril de 2025.

Pesquisa: Braide lidera, mas cenário da disputa só será definido quando Brandão decidir se sai ou fica

Eduardo Braide lidera seguido de Lahesio Bonfim, Felipe Camarão, Roberto Rocha
e Orleans Brandão em pesquisa feita a 17 meses da corrida às urnas

O prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) se mantém firme na liderança da corrida ao Governo do Estado em 2026. É o que mostra a segunda pesquisa do instituto Conceito – Pesquisa de Opinião Pública, segundo a qual o ocupante do Palácio de la Ravardière lidera a corrida com 34,2% das intenções de voto, seguido do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo) com 19,4%, o vice-governador Felipe Camarão (PT) com 13,2%, o ex-senador Roberto Rocha (Republicanos) e o secretário estadual de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB) com 8,4%. O levantamento apurou que 5,4% dos entrevistados querem votar nulo ou em branco, e 7,9% não souberam ou não quiseram responder.

Realizada a 17 meses das eleições, o que representa mais de 500 dias, a pesquisa do instituto Conceito faz um rascunho primário e oportuno da corrida ao Palácio dos Leões, mas com traços indicativos de como poderá ser o seu desenho definitivo. E começa com o fato de que o prefeito Eduardo Braide, que tem juízo de sobra, ainda não disse uma palavra sobre se será ou não candidato, deixando que outros falem por ele, como o presidente do seu partido, Gilberto Kassab, que o apontou como “candidato fortíssimo”.

O ex-prefeito Lahesio Bonfim, que está em campanha aberta, realizando reuniões e atos de caráter político e eleitoral, nos quais bate forte nos adversários, às vezes em tom excessivamente agressivo, e com o claro objetivo de manter os 25% de votos que recebeu como o segundo colocado no pleito de 2022, vencido em turno único pelo governador Carlos Brandão (PSB). Na quarta colocação, segundo a pesquisa Conceito, o ex-senador Roberto Rocha, que se lançou candidato ainda em 2024, alcança os dois dígitos como resultado da sua pré-campanha também aberta.

Nesse contexto, o vice-governador Felipe Camarão tem uma situação diferenciada. Ele vinha trilhando numa linha de incerteza, que, tudo indica, começa a ser definida a seu favor. Isso porque sua candidatura depende da sua ascensão ao Governo do Estado daqui a exatamente um ano, caso o governador Carlos Brandão renuncie para disputar uma cadeira no Senado. E como o governador até agora não foi categórico em relação a sair para concorrer ao Senado ou permanecer no cargo até o final do mandato, o vice-governador permanece com seus movimentos e seu discurso limitados.

Fatos e gestos recentes têm indicado, com alguma consistência, que o governador Carlos Brandão se prepara para disputar o Senado, favorito que é para uma cadeira, segundo todas as pesquisas. Essa tendência, que ainda não é martelo batido, vem dando também um norte ao secretário Orleans Brandão, que depois de ser estimulado a se lançar candidato a governador diante da possibilidade de Carlos Brandão permanecer no cargo, ajustou seu prumo e trabalha agora, declaradamente, por uma cadeira na Câmara Federal.

Em relação à pesquisa do instituto Conceito – Pesquisa de Opinião Pública, chama a atenção o fato de que esse levantamento encontrou basicamente o mesmo cenário do primeiro da empresa sobre a corrida sucessória estadual, realizado em dezembro. Essa repetição, com pequenas variações, indica tendências que podem se manter, mas também podem mudar radicalmente quando o quadro de candidatos estiver de fato definido e com as forças políticas e partidárias devidamente posicionadas.

Os números da pesquisa do instituto Conceito, como os de qualquer outro instituto sério, são importantes, servem como referência inicial, mas o cenário definitivo da corrida ao Palácio dos Leões só será devidamente apurado depois que o governador Carlos Brandão decidir qual será seu próximo passo, liberando ou não o vice-governador Felipe Camarão para ir ou não à luta, e o prefeito Eduardo Braide anunciar que deixará a maior e mais importante Prefeitura do Maranhão um ano e três meses após assumir o segundo mandato.

Até que isso aconteça, as pesquisas serão importantes, mas sem palavra final sobre quem será quem na disputa.    

Em Tempo: A pesquisa do instituto Conceito foi realizada no período de 15 a 18 de março em 47 municípios das mais diversas regiões do estado, com margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

PONTO & CONTRAPONTO

PCdoB festeja 103 anos, celebra legado de Dino e propõe Camarão governador e Brandão senador  

Líderes do PCdoB e convidados na sessão
solene de aniversário do partido;
Felipe Camarão foi a estrela do evento

O vice-governador Felipe Camarão (PT) foi a estrela maior da sessão solene da Assembleia Legislativa em comemoração aos 103 anos de existência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – fundado em 25 de março de 1922. Os seis oradores destacaram o fato de Flávio Dino ter sido o primeiro governador do partido, alguns destacaram a relação que o “Partidão” mantém com o governador Carlos Brandão (PSB), outros não citaram esse dado e todos declararam apoio ao projeto de candidatura do vice-governador Felipe Camarão ao Governo do Estado, apostando na dobradinha dele com o governador Carlos Brandão (PSB) para o Senado.

Com a presença do PT, representado pelo vice-governador Felipe Camarão e pelo presidente estadual do partido, Francimar Melo, e do PDT, pelo senador Weverton Rocha (PDT), a sessão solene, presidida pelo deputado Rodrigo Lago, que lidera a bancada estadual da agremiação, não contou com o presidente da Federação Brasil Esperança, ex-deputado Adriano Sarney, que também preside o PV maranhense.

O senador Weverton Rocha abriu a lista de oradores elogiando o PCdoB e exaltando a relação com o PDT. Mas o ponto alto da sua fala foi a defesa enfática de uma dobradinha tendo Felipe Camarão como candidato ao Governo e Carlos Brandão ao Senado. O senador pedetista chegou a dizer, com toda ênfase, que uma das vagas de senador “tem de ser do governador Carlos Brandão”, e que ele está disposto a disputar a segunda vaga com os demais candidatos – no caso a senadora Eliziane Gama (PSD) e o ministro do Esporte André Fufuca (PP), argumentando que todos devem se unir em torno do projeto maior, que é a reeleição do presidente Lula da Silva (PT).

O presidente do PT, Francimar Melo também fez uma defesa enfática de uma chapa com Felipe Camarão para os Leões e Carlos Brandão para o Senado, reafirmando total apoio do PT ao atual Governo, e lembrando a relação do governador Carlos Brandão com o presidente Lula da Silva (PT).

O presidente estadual do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, seguiu a mesma linha, mas sem fazer referência ao Senado, preferindo centrar artilharia pesada contra a anistia proposta pela direita bolsonarista para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. Para Márcio Jerry, o verdadeiro motivo do projeto é anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o grupo que trabalharam para dar um golpe de estado no Brasil.

O vice-governador Felipe Camarão fez um discurso para a militância comunista, destacando o que chamou de legado do ex-governador Flávio Dino, destacando o que está sendo realizado atualmente e se colocando a servido da Federação Brasil Esperança no Maranhão, inclusive como candidato a governador, se for o caso.

Além da bancada do PCdoB, participou o deputado Carlos Lula, que está deixando o PSB e pode ingressar no PCdoB.

Brandão define obras para municípios em audiências com prefeitos

Carlos Brandão em audiência com prefeitos
sobre projetos para os municípios

O governador Carlos Brandão vem dedicando largo espaço da sua agenda a audiências com prefeitos, nas quais está ouvindo pleitos e está definindo as obras que seu Governo realizará nesses municípios.

As audiências são abertas e nelas os prefeitos manifestam suas aspirações – estradas, praças, pontes, parques, escolas, sistemas de abastecimento de água, e por aí vai -, enquanto o governador faz os ajustes e, junto com cada prefeito, define o que é melhor para cada cidade.

Nessas audiências, o governador e os prefeitos decidem o que será feito pelo atual Governo nos municípios além de obras mais estruturantes e de largo alcance social, como unidade do programa Restaurantes Populares, que o governador pretende deixar implantado em todos os municípios maranhenses.

A conversa com cada um dos prefeitos só termina quando o projeto é definido de pleno acordo, o que tem deixado os dirigentes municipais satisfeitos.

São Luís, 04 de Abril de 2025.

Ato com ministro dos Transportes na BR-222 reuniu quatro pré-candidatos ao Senado

Weverton Rocha (e), Carlos Brandão, Eliziane Gama e André Fufuca no ato em que
o ministro Renan Filho (c) assinou a ordem de serviços para restaurar a BR-222

A visita de trabalho feita ontem ao Maranhão pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, além dos esperados resultados administrativos, sendo o mais importante deles a assinatura da ordem de serviço para a recuperação da BR-222, no trecho que vai de Miranda do Morte, alcançando Santa Inês e Santa Luzia, teve também um forte simbolismo político. Na comitiva estavam nada menos que quatro candidatos às duas cadeiras de senador a serem disputadas em 2026: o governador Carlos Brandão (PSB), o anfitrião que recebeu o ministro; a senadora Eliziane Gama (PSD), com a desenvoltura de candidata à reeleição; o senador Weverton Rocha (PDT), também buscando a renovação do mandato; e o ministro do Esporte, André Fufuca, que é deputado federal (PP), mas que decidiu ascender à Câmara Alta.

Dos quatro, a situação mais sólida é a do governador Carlos Brandão, que ainda não declarou categoricamente se será candidato ao Senado, mas no seu entorno, no meio político, e mesmo fora dele, sua candidatura é tida como certa, numa dobradinha com o atual vice-governador Felipe Camarão (PT), que deve assumir o Governo em abril do ano que vem e concorrerá à reeleição, tendo o então ex-governador como companheiro de chapa. A boa posição do governador nesse cenário está no fato de que ele tem trabalhado duro, é bem avaliado, e nas pesquisas mais recentes apareceu liderando as preferências do eleitorado, o que dá a ele amplo favoritismo para uma das vagas, fazendo com que a segunda seja disputada pelos demais candidatos. Se decidir mesmo entrar na briga, como manda a lógica e a tradição, o governador Carlos Brandão entrará como favorito, e com poder de fogo para influenciar na disputa pela segunda vaga.

O senador Weverton Rocha, que aparece nas pesquisas como o segundo nome mais forte, tem se desdobrado para consolidar essa posição. Ele sabe que a senadora Eliziane Gama e o ministro André Fufuca entrarão com tudo nessa disputa, e trabalha para fortalecer seu cacife, operando para estreitar os seus laços com o Governo do presidente Lula da Silva (PT), de quem espera apoio forte, e se movimentando para restabelecer boas relações com o governador Carlos Brandão, com quem rompeu, disputou com ele o Governo do Estado e ficou em terceiro lugar. Weverton Rocha sabe que dificilmente conseguirá cacife para disputar o Governo do Estado ou para um embate direto com Carlos Brandão na corrida ao Senado, por isso foca na segunda vaga, apostando que terá mais votos do que os dois concorrentes.

A senadora Eliziane Gama busca a reeleição numa posição política singular. Ela integra a base governista, é aliada do governador Carlos Brandão e defende a candidatura dele ao Senado em chapa com o vice-governador Felipe Camarão. Ocorre que ela é do PSD, que deverá lançar o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) ao Governo do Estado, o que a obrigará a apoia-lo se permanecer no partido. O “xis” da questão é que Eduardo Braide é nome forte e isso a coloca entre a cruz e a espada. A senadora tem alguns meses para decidir o seu futuro, podendo ser candidata da base governista ou da oposição numa dobradinha com Eduardo Braide. Eliziane Gama sabe que não pode errar na sua decisão.

O ministro André Fufuca corre em faixa própria, com a vantagem de ter uma boa e produtiva relação com o governador Carlos Brandão. Com cacife forte dentro do seu partido e bem avaliado como ministro do Esporte, pode contar com o apoio do presidente Lula da Silva. O ministro está na lista de prioridades do seu partido, o PP, onde tem cacife gordo. Num cenário em que está em curso uma importante transição na política do Maranhão, André Fufuca pode ser apontado como o fato novo dessa corrida ao Senado.

Vale lembrar que outros nomes poderão surgir no cenário, mas dificilmente com peso para altera-lo.

PONTO & CONTRAPONTO

Assembleia faz história com homenagem à professora e militante política Rosa Castro

Inauguração do busto com deputados e familiares
de Rosa Castro, Iracema Vale ao lado do busto,
e inauguração da placa com o novo
nome da escola do Legislativo

A Escola do Legislativo, da Assembleia Legislativa, ganhou ontem um reforço importante para a sua consolidação como espaço de formação especializado: passou a se chamar “Escola do Legislativo Professora Rosa Castro”, inaugurando também um busto da respeitada educadora, que fez também história como uma das líderes do movimento que rompeu o tabu contra a participação da mulher na política do Maranhão.

O batismo da Escola do Legislativo com o nome da Professora Rosa Castro se deu em ato comandado pela presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), ela própria fazendo história como a primeira mulher a comandar o parlamento maranhense, com a participação de parentes da educadora Rosa Castro, deputados e servidores.

Já reconhecida pelo empenho com que vem valorizando a forte presença de mulheres na atual legislatura – são 12 deputadas -, a presidente Iracema Vale adotou uma saudável e oportuna política de resgate da história da mulher na política maranhense, começando pela primeira deputada, Zuleide Bogeia, eleita em 1934, numa época em que o domínio masculino na política ela total e absoluto.

Ao inaugurar o busto da Professora Rosa Castro na Escola do Legislativo que agora leva o nome da educadora, a presidente Iracema Vale assinalou: “O busto da Professora Rosa Castro agora tem lugar na casa onde ela deveria ter tido voz. Que ele sirva como um lembrete permanente de que toda mulher que ousa ocupar o espaço público precisa ser respeitada, protegida e lembrada”.

O ato entrou para a crônica do Legislativo do Maranhão.

Procuradores acusados de acessar ilegalmente sistema da PGE vão à Justiça contra acusação

Valdênio Caminha: interpelado pelos
procuradores, vai manter a denúncia

O procurador do Estado Lucas Pereira, um dos dois procuradores cedidos para assessorar o ministro Flávio Dino na Suprema Corte e acusados pelo procurador-geral do Estado Valdênio Caminha de terem acessado irregularmente – 130 vezes no dia 20 de fevereiro – o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) do órgão, supostamente em busca de documentos para embasar a ação do Solidariedade contra o governador Carlos Brandão e o próprio titular da PGE, reagiu à acusação interpelando judicialmente. O PGE levou o caso ao conhecimento do ministro Alexandre de Moraes, a quem pediu que os dois sejam investigados.

Acusados pelo procurador-geral Valdênio Caminha de “possível atuação criminosa”, os procuradores Lucas Pereira e Túlio Simões confirmaram o acesso em nota a O Globo, mas se defenderam afirmando que agiram legalmente, justificando a ação com o fato de o caso já ter se tornado público e que ambos são procuradores do Estado concursados.

O caso veio à tona em reportagem publicada segunda-feira em O Globo, com base em informações repassadas ao jornal pelo deputado Yglésio Moises (PRTB), inimigo declarado do ministro Flávio Dino e que propôs uma CPI na Assembleia Legislativa para apurar a denúncia. O deputado Rodrigo Lago reagiu em defesa dos procuradores, argumentando que eles agiram dentro da legalidade.

A denúncia do PGE repercutiu fortemente, principalmente no meio político, levando os dois procuradores acusados a recorrer à Justiça interpelando o denunciante. Uma fonte ligada ao PGE Valdênio Caminha informou que ele não retira uma vírgula da acusação.

São Luís, 03 de Abril de 2025.

Acesso de assessores do STF a sistema de informação da PGE cria embaraço e gera tensão

Valdênio Caminha denunciou ao Supremo;
Yglésio Moises acusa e Rodrigo Lago
defende procuradores acusados

Pode não dar em nada, mas tem traços de bomba política a publicação, pelo jornal O Globo, de matéria revelando que dois assessores do ministro Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal, que são procuradores do Estado do Maranhão cedidos à Suprema Corte, teriam acessado irregularmente o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) da Procuradoria Geral do Estado em busca de documentos que embasariam ação do Solidariedade, liderado no estado pelo deputado Othelino Neto, contra o governador Carlos Brandão (PSB) e o próprio titular da PGE, no caso de nepotismo. A denúncia foi feita pelo procurador geral do Estado, Valdênio Caminha, que comunicou o caso ao ministro Alexandre de Moraes, solicitando que os dois assessores, Túlio Simões e Lucas Souza, sejam investigados por acesso irregular ao sistema digital da PGE maranhense. E informa que os dois acessaram o SEI nada menos que 130 vezes no dia 20 de fevereiro.

O caso foi tornado público em escala nacional por meio de O Globo, cuja matéria se baseou em informações que recebera do deputado Yglésio Moises (PRTB), bolsonarista ranheta e inimigo figadal do ministro Flávio Dino, atuando também como aliado do governador Carlos Brandão. A publicação causou ontem um embate na Assembleia Legislativa, com o deputado Yglésio Moises jogando lenha na fogueira e batendo forte no ministro Flávio Dino e nos dois assessores, e ainda propondo a instalação de uma CPI para apurar os fatos, desafiando os deputados “ que têm honra” a assina-la. No rebate, o deputado Rodrigo Lago (PCdoB), aliado de proa do ministro Flávio Dino, saiu em defesa dos dois procuradores sugerindo que o procurador geral Valdênio Caminha pode ter agido “no calor da emoção”, e que eles nada fizeram de irregular, e criticando o procurador geral do Estado pela denúncia que fez ao ministro Alexandre de Moraes.

No jogo da política, pode ser que o deputado Yglésio Moises, na vontade assumida que mostra de criar qualquer tipo de embaraço ao ministro Flávio Dino, tenha exagerado na dose ao classificar o caso como um escândalo. No contraponto, o deputado Rodrigo Lago pode ter feito um esforço demasiado para minimizar a escorregada dos dois procuradores licenciados, que foram fundo quando acessaram o banco de dados digitais da PGE maranhense. Ambos fizeram a sua parte, Yglésio Moises como denunciador e Rodrigo Lago como defensor. 

O fato é que, não há como negar, a matéria publicada por O Globo, baseada nas informações que lhe foram repassadas pelo deputado Yglésio Moises, conforme ele próprio declarou ontem, na tribuna da Alema, ganhou corpo, e se não teve maior repercussão no plano nacional, funcionou como uma bomba nos bastidores da política estadual, com poder para inibir o processo de reaproximação das bandas brandonista e dinista que está em curso. E com força suficiente para produzir uma reviravolta prejudicial ao projeto do vice-governador Felipe Camarão (PT), à medida que pode recolocar na mesa a possibilidade de o fantasma de um racha que leve o governador Carlos Brandão a abrir mão da candidatura ao Senado e permanecer no Governo até o final do seu mandato.

Nesse contexto de tensões, mesmo tendo emitido notas informando que são integrantes concursados da PGE, e admitindo que acessaram o sistema digital da PGE, os dois procuradores podem estar encrencados, caso fique demonstrado que eles participaram de um esquema para favorecer o Solidariedade. E pelo que denunciou o procurador geral Valdênio Caminha, os dois esqueceram de que estão licenciados das suas funções na Procuradoria, cedidos que foram à Suprema Corte para assessorar   um dos seus ministros, perdendo temporariamente as prerrogativas funcionais na PGE-MA, não sendo regular acessar o banco de informações da instituição em busca de documentos para o Solidariedade, principalmente com mais de uma centenha de acessos em um só dia.

Irregular ou não, o acesso poderia ser minimizado não fosse o teor das mensagens que eles trocaram ao examinar o conteúdo dos documentos. Numa dessas mensagens, um dos procuradores se “impressiona” com o teor dos documentos e chega a sugerir que o procurador geral Valdênio Caminha poderia ser preso. Outras declarações fortes são feitas no diálogo virtual mantido pelos dois, que podem estar encrencados ou podem sair ilesos do episódio pela via administrativa. Mas como o caso tem forte viés político, os dois procuradores já figuram nos bastidores com o pivores de uma crise.  

PONTO & CONTRAPONTO

Duarte Jr. assume coordenação da Bancada Maranhense e amplia a força do seu mandato

Entre Márcio Jerry, Márcio Honaiser, Eliziane Gama,
Weverton Rocha e Ivan Júnior, Duarte Jr. assume a
coordenação da Bancada Maranhense

O deputado federal Duarte Jr. (PSB) é o novo coordenador da Bancada do Maranhão no Congresso Nacional. Ele atuará como elo entre os deputados e senadores que integram a representação e a máquina administrativa federal no sentido de viabilizar os pleitos já formalizados. Eleito por unanimidade, em reunião realizada na terça-feira (01), Duarte Jr. sucede à senadora Eliziane Gama (PSD), que cumpriu mandado de um ano, como manda a regra.

Ao assumir o comando da Bancada Maranhense, o deputado Duarte Jr. reforça expressivamente a sua condição como um dos parlamentares mais atuantes da Bancada Maranhense. Isso porque há duas semanas ele fora eleito presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas Deficientes. Essa Comissão foi criada em 2015 por parlamentares com deficiência e hoje tem papel fundamental no debate e na formulação de políticas nessa área.

Ao assumir a Comissão, Duarte Jr. elencou três prioridades: elaboração do Código Brasileiro de Inclusão, com o objetivo de reuniu em um só texto as várias leis brasileiras voltadas para esse público; a criação da Casa da Mãe Atípica, nos moldes da Casa da Mulher Brasileira; e a deflagração de um movimento destinado a derrubar o veto presidencial ao PL 5332/23, que dispensava perícia a pessoas com deficiência permanente.

No comando da Coordenação da Bancada Maranhense no Congresso Nacional e na presidência da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas Deficientes, o deputado Duarte Jr. amplia largamente o peso do seu mandato na Câmara Federal.

Osmar Filho propõe e Alema aprova concessão de honraria a Paulo Victor

Paulo Victor receberá homenagem
proposta por Osmar Filho

Apontado no meio político como um eficiente articulador, tanto que está no exercício do terceiro mandato presidencial, o presidente da Câmara Municipal de Sãs Luís, vereador Paulo Victor (PSB), continua surpreendendo, ora por suas iniciativas, ora por iniciativa de aliados.

Ontem, por exemplo, a Assembleia Legislativa aprovou Projeto de Resolução proposto pelo deputado Osmar Filho (PDT) e que concede ao presidente do parlamento ludovicense a Medalha do Mérito Legislativo Manoel Beckman, a mais alta honraria do Poder Legislativo estadual a pessoas reconhecidas pelos serviços prestados ao Maranhão.

A iniciativa do experiente deputado Osmar Filho tem alguns detalhes curiosos. Começa com o fato de a Medalha ser concedido a um vereador que trabalha para chegar à Assembleia Legislativa no ano que vem, ou seja, um concorrente. Além disso, o deputado Osmar Filho é casado com a vereadora Clara Gomes (PSD), alinhada ao prefeito Eduardo Braide, de quem o vereador Paulo Victor é o adversário mais ranzinza.

Como se vê, o vereador-presidente Paulo Victor tem a capacidade de construir pontes até onde aparentemente não parece possível. Não pesem razão que ele está há três mandatos consecutivos na presidência do Poder Legislativo da Capital.

São Luís, 02 de Abril de 2025.

Declaração de Kassab torna praticamente certa a candidatura de Braide aos Leões em 2026

Eduardo Braide é prioridade no PSD
e aposta alta de Gilberto Kassab

A declaração do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de que o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) será candidato ao Governo do Estado em 2026, e na condição de “candidato fortíssimo”, definiu, pelo menos por enquanto, o formato do embate pela sucessão do governador Carlos Brandão (PSB). Esse embate se dará entre o atual vice-governador, Felipe Camarão (PT), que a partir de quatro de abril do ano que vem será governador, e o atual prefeito da Capital, Eduardo Braide, que concorrerá na condição de ex-prefeito. A menos que surja um fenômeno absolutamente imprevisto, a tendência é a de que não haja ameaça aos dois, uma vez que os demais aspirantes ao Palácio dos Leões são, até agora, o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), já que nenhum outro nome se declarou disposto a entrar na disputa.

Se o vice-governador Felipe Camarão for confirmado candidato, a candidatura do prefeito Eduardo Braide ao Palácio dos Leões, se vier a ser confirmada por ele próprio, produzirá a grande polarização na corrida sucessória. De um lado estará o candidato petista, liderando a aliança situacionista numa chapa que terá o governador Carlos Brandão (PSB) como candidato ao Senado, tendo ainda o apoio do presidente Lula da Silva (PT), e de outro, um conjunto de forças oposicionistas, que vão da ala progressista liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD), candidata à reeleição, passando pelo centro e chegando à direita mais dura.

Não há dúvida de que a declaração do presidente nacional do PSD tem lastro e retrata o cenário do momento da corrida sucessória no Maranhão. Saído recentemente de uma reeleição em turno único, na qual obteve 75% dos votos fazendo oposição do Governo do Estado, e aparecendo em todas as pesquisas como favorito para governador, Eduardo Braide pode ser apontado como a maior expressão política do campo oposicionista, principalmente por ser um político diferenciado. Essa condição é mostrada, por exemplo, pela maneira como ele lida com a Câmara Municipal, onde tem o apoio de no máximo nove dos 31 vereadores. Mais do que isso, pela gestão elogiada até por adversários.

Político que pensa e calcula cada passo que dá, Eduardo Braide certamente está medindo todos os prós e contras para deixar o comando da Prefeitura de São Luís, a maior e mais importante cidade do Maranhão, para entrar numa guerra “de vida ou morte” na seara política. O quadro do momento, em que é apontado como favorito na corrida aos Leões, pode sofrer alterações quando a aliança governista confirmar e assumir de vez a candidatura do vice-governador Felipe Camarão. Esse movimento decisivo da Situação lhe dará condições para tomar a decisão final sobre ser ou não ser candidato.

A julgar pelo andar da carruagem sucessória, o prefeito Eduardo Braide dispõe das condições para ser candidato ao Governo do Estado, com amplas chances de se dar bem. Se decidir sair mesmo, deixará a Prefeitura nas mãos confiáveis da vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD), que está se preparando tecnicamente para o desafio de substituir o chefe.

Ao mesmo tempo em que navega nas águas do favoritismo, o prefeito Eduardo Braide sabe que enfrentará um candidato forte. Felipe Camarão é jovem, tem carisma, conhece o Maranhão na palma da mão, contará com um lastro partidário e vai concorrer como governador em busca da reeleição, tendo o governador Carlos Brandão e o presidente Lula da Silva na guerra pelo voto. Além disso, tanto o prefeito de São Luís quanto o vice-governador têm no ex-prefeito Lahesio Bonfim um fator de preocupação, exatamente por tratar-se de um candidato que pode desequilibrar um dos lados.

O fato é que a declaração entusiasmada do presidente nacional do PSD reforçou fortemente o projeto de candidatura do prefeito de São Luís ao Palácio dos Leões.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão entrega obras rodoviárias importante na Ilha

Carlos Brandão, Larissa brandão (de chapéu), Eudes barros e Iracema Vale
na inaguração da nova rodovia de Raposa

O governador Carlos Brandão avançou domingo, na Ilha de Upaon Açu, na demonstração de que 2025 é o “ano da colheita”, também definido por ele como “o melhor ano” do seu Governo, ao inaugurar três obras, duas Rodoviárias e uma social.

A primeira obra rodoviária: a nova estrutura do Retorno do Olho D´Água/Araçagy, na interseção da Avenida São Luís Rei de França com a Avenida dos Holandeses (MA-203), que vai resolver, por muitos anos, o gargalo que se formava na área, causando enormes e incômodos engarrafamentos, principalmente em horários de pico e nos domingos e feriados com a movimentação nas praias da região.

A outra obra rodoviária: a requalificação da MA-203 (Estrada da Raposa) onde foram realizados serviços ao longo de 11,69 quilômetros da rodovia, a partir do viaduto Neiva Moreira até o cais da cidade de Raposa. Ali foram executadas obras de urbanização, sinalização e alargamento da pista, que tinha 6,4 metros de faixa de rolamento e conta agora com 12,8 metros de largura, sendo 2 metros para acostamento e 1,2 metro para a ciclofaixa, aumentando a mobilidade na região.

E para completar o pacote de benefícios, o governador entregou 25 carrinhos do programa “Minha Renda Praia” a vendedores que atuam na região.

Ao entregar as obras, o governador Carlos Brandão (PSB) assinalou que são investimentos necessários para melhorar o padrão de vida na região e a ligação de São Luís com Raposa. E destacou: “O turismo em Raposa está crescendo muito e mais pessoas têm visitado a cidade por causa das suas belezas naturais, em busca das rendas, do artesanato, dos passeios de barco. Por isso, precisamos dar a infraestrutura necessária para que a cidade continue se desenvolvendo”.

E chamou mais uma vez a atenção para a sua maior obra rodoviária na de Ilha de Upaon Açu: a Avenida Metropolitana, cujas obras haviam sido inspecionadas no sábado. “Vistoriamos o primeiro trecho da Avenida Metropolitana, que vai do Funil, na BR-135, até o bairro São Raimundo. Esse trecho será inaugurado em breve. E vamos seguir com a obra, contornando toda a região do aeroporto de São Luís e seguindo até São José de Ribamar, passando por pontos importantes, como: a Expoema e a Uema. Esta com certeza será a maior obra de infraestrutura viária da Grande Ilha”, assinalou.

Brandão liderou uma comitiva plural, com petista, socialistas e até bolsonaristas

Nas inaugurações de domingo, tendo ao lado a primeira-dama Larissa Brandão, que passou a participar mais intensamente desses atos, o governador Carlos Brandão cumpriu a agenda no Olho D`Água e em Raposa acompanhado de uma comitiva politicamente expressiva.

A lista abre com o vice-governador Felipe Camarão (PT), que participou de todos os atos exibindo sorriso largo e dando a impressão de que segue firme para ser governador e candidato à reeleição. A presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), ela também em clima de total descontração, em que pesem as tensões relacionada à ADIN que questiona a sua reeleição para presidente da Casa em tramitação na Suprema Corte.

O prefeito de Raposa, Eudes Barros (PL), que não era do grupo ligado ao Palácio dos Leões, foi enfático nos elogios e nos agradecimentos ao governador pelos benefícios que o município ganhará com a nova rodovia.

Num grupo em que o 1º vice-presidente da Assembleia legislativa, deputado Antônio Pereira (PSB) fazia gestos ao eleitorado da Ilha, chamou a atenção uma dupla de bolsobaristas roxos, o deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) e o suplente de deputado federal no exercício do mandato Allan Garcez, que apareceu com novo visual: usa agora uma barba branca, que lembra a do presidente Lula da Silva (PT).

São Luís, 01 de Abril de 2025.

Brandão tem exatamente um ano para decidir como será o cenário da sua sucessão

Carlos Brandão seguirá na sua intensa rotina de trabalho,
que poderá terminar ou não daqui a exatamente um ano e três dias, quando sairá ou ficará no cargo

Daqui a exatamente um ano e três dias, no 3 de abril de 2026, o Maranhão saberá, com certeza absoluta, como será a disputa pelo Governo do Estado, e a chave dessa informação, que norteará o eleitorado maranhense, será uma só: a renúncia, ou não, do governador Carlos Brandão (PSB) para disputar uma cadeira de senador, passando as chaves do Palácio dos Leões ao vice-governador Felipe Camarão (PT), que buscará a reeleição. A decisão do governador de sair para encarar as urnas ou permanecer e cumprir o mandato até o final será o diapasão sob o qual o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo) e eventuais outros candidatos ajustarão os seus projetos de candidatura.

Na grande aliança comandada pelo governador Carlos Brandão o clima no momento é de distensão, depois de meses de tensão causada pelo racha na base governista, devido a desavenças entre brandonistas e dinistas. Essa mudança no ambiente governista vem aos poucos dando forma a uma chapa com Felipe Camarão para o Governo e Carlos Brandão para o Senado. Esse projeto, que nasceu nas montagens para as eleições de 2022, chegou a ser descartado em meio ao clima de afastamento do governador Carlos Brandão do ex-senador e atual ministro da Suprema Corte, Flávio Dino, mas movimentações recentes indicam que há um processo de reconciliação em andamento, que deve desembocar na montagem da chapa Camarão/Brandão.

É nesse contexto que o prefeito de São Luís trabalha para viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado, tendo como força propulsora os bons resultados da sua gestão e uma reeleição em um só turno, que o catapultou para a primeira linha da corrida sucessória estadual e já na condição de favorito. E com um dado diferenciado: tendo o ex-prefeito Lahesio Bonfim, pré-candidato declarado como segundo colocado, à frente, portanto, do vice-governador Felipe Camarão, conforme todas as pesquisas feitas até agora sobre a corrida sucessória. A partir de agora, a máquina política comandada pelo governador Carlos Brandão deve começar a atuar para viabilizar esse projeto.

O governador Carlos Brandão e o vice-governador Felipe Camarão têm de resolver o quanto antes se entram ou não na corrida às urnas, uma vez que são políticos de grupos, tendo uma legião de candidatos a senador, a deputado federal e a deputado estadual aguardando ansiosamente as suas definições para poderem levar em frente os seus projetos eleitorais, muitos deles condicionados à composição da chapa majoritária. Com a chapa Camarão/Brandão, a situação para os candidatos a senador (Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PSD), André Fufuca (PP) e outros aspirantes) será uma, mas sem ela, o quadro muda drasticamente, afinal, muitos apostam alto na relação com os líderes dos grupos aos quais pertencem.

No contraponto, o prefeito Eduardo Braide encontra-se numa situação confortável, uma vez que ser ou não ser candidato ao Governo do Estado é decisão rigorosamente pessoal, porque não envolve o futuro de todo um grupo. A sua trajetória política, marcada por surpreendentes sucessos eleitorais, com sucessivas eleições e reeleição, vem mostrando isso com clareza. Portanto, com a chapa majoritária situacionista ou sem ela, o prefeito é um candidato forte. O mesmo ângulo de visão se aplica às candidaturas de Lahesio Bonfim e Roberto Rocha, que dificilmente serão seguidos por exércitos de candidatos proporcionais.

Ciente de que tem nas mãos o poder de moldar o cenário da corrida pelo voto e cacife para movimenta-lo, o governador Carlos Brandão tem 368 dias para avaliar, medir, pesar e finalmente decidir o seu passo mais importante em relação ao processo eleitoral que se aproxima.

PONTO & CONTRAPONTO

Registro

Repórter Tempo Nº 3000

O painel de imagens traduz um pouco do novo Maranhão, com a ascensão de Flávio
Dino, de Carlos Brandão e de Iracema Vale, de novas lideranças como André Fufuca,
Juscelino Filho e Pedro Lucas Fernandes, Eduardo Braide, Felipe Camarão, Roberto
Costa e Paulo Victor, Weverton Rocha, Ana Paula e Eliziane Gama e Sónia Guajajara,
a força dos Lençóis, a importância do CLA, a bela cultural do Barrica,
o constrangimento do Judiciário e a movimentação do Legislativo

Repórter Tempo alcança hoje a sua 3000ª edição. Nascida no dia 25 de fevereiro de 2015 com o objetivo e a pretensão de ser um espaço dedicado ao jornalismo interpretativo, um passo além do registro meramente factual, a Coluna escalou e superou todos os obstáculos da grande transição na comunicação planetária.

Fundada no esforço de buscar sentido e explicação na fórmula jornalística primordial do “que”, “quem”, “quando”, “onde”, “como” e “porque”, a Coluna dedicou os seus 10 anos de existência ao universo da política partidária e das relações entre os Poderes no Maranhão desde os primeiros passos do Governo Flávio Dino (PCdoB/PSB) até aqui, no ano decisivo do Governo Carlos Brandão (PSB), registrando os ecos da difícil, mas sólida, consolidação da democracia no Brasil a partir da realidade maranhense.

Nesse período, a Coluna registrou a mais espetacular e consistente virada na política maranhense, com a derrocada de velha ordem expressada pelo sarneysismo, que teve os seus muitos anos de poder, e a ascensão de uma nova geração, representada pelo governador Flávio Dino, com a transição sendo completada pelo governador Carlos Brandão, que no ano que vem passará o bastam para a novíssima geração da política estadual. Contas feitas por dados registrados no Facebook, WhatsApp e Instagram indicam que as 2.999 edições foram acessadas 4,5 milhões de vezes, o que para o seu titular é uma vitória, principalmente se levado em conta o fato de que não se trata de um blog de informações factuais.

Movida pelos pilares jornalísticos da verdade e da ética, Repórter Tempo registrou, com base na sua lógica, os mais diferentes fatos, situações e realidades que julgou importantes nesse período. E o fez respeitando as regras da isenção e do pluralismo, sem tomar partido – salvo em casos especialíssimos -, cuidando para preservar a integridade e os direitos dos protagonistas da cena política maranhense. E resistiu tenazmente à tentação de enveredar pelos tortuosos caminhos da política nacional, só o fazendo em casos muitos especiais e relacionados ao cenário maranhense.

Além disso, a Coluna se aventurou no precioso e desafiador campo da cultura, registrando, com os olhos do jornalismo curioso, comentários despretensiosos sobre livros importantes da rica literatura maranhense, como o registro dos 50 anos do clássico “Norte das Águas”, de José Sarney sobre o Maranhão profundo, e o definitivo “Quatrocentona”, do poeta Luiz Augusto Cassas sobre São Luís, por exemplo. E produzindo, com ouvidos atentos e atrevidos, impressões escritas sobre alguns discos de importância fundamental na música maranhense, como os irretocáveis “Camapu”, de Cesar Teixeira, “Contradições”, de Chico Maranhão, os três primeiros itens da nova safra de Josias Sobrinho, e “Milhões de Uns”, de Joãozinho Ribeiro.

Repórter Tempo se orgulha do trabalho que vem realizando, muitas vezes se valendo do valioso e hoje imprescindível material produzido pelo jornalismo virtual maranhense, formado por uma ativa blogosfera, parte dela pautada na excelência noticiosa. E pretende seguir na mesma trilha, sem fugir aos rigores da ética, às exigências da isenção e ao compromisso com a qualidade.

E sem esquecer o principal, Sua Excelência, o leitor.

São Luís, 30 de Março de 2025.

Weverton mostrou em Barreirinhas que trabalha para ser parceiro de Brandão na corrida ao Senado

Weverton Rocha: suor e votos em Barreirinhas na festa por nova ponte

O que era visto com reservas por alguns observadores começa a ganhar corpo no tabuleiro do  jogo pelas duas cadeiras no Senado da República que serão disputadas nas eleições do ano que vem: o governador Carlos Brandão (PSB) já é visto no meio político e fora dele como nome favorito para uma delas e caminha para ser o parceiro ideal para os que disputam a segunda vaga, no caso os senadores Eliziane Gama (PSD), Weverton Rocha (PDT) e o deputado federal e atual ministro do Esporte André Fufuca (PP) – que também foi à Barreirinhas -, podendo entrar no jogo também nomes como os deputados federais Detinha (PL), Pedro Lucas Fernandes (União) e Juscelino Filho (União), atual ministro das Comunicações. Outros nomes podem despontar nos próximos meses, mas a avaliação dominante até aqui é que a disputa pelas cadeiras na Câmara Alta dificilmente sairá desse grupo de pré-candidatos.

Um exemplo dessa complexa equação ocorreu quinta-feira em Barreirinhas, onde o governador Carlos Brandão comandou uma grande festa popular para inaugurar uma ponde de concreto de 240 metros sobre o Rio Preguiças, para integrar a região dos Lençóis Maranhenses. Ali desembarcou também para participar da festa o senador Weverton Rocha como integrante da comitiva, pouco parecendo o parlamentar que em 2022 rompera com o então governador Flávio Dino (PSB) e disputou o Governo do Estado com o sucessor dele, Carlos Brandão, que ganhou no 1º turno, tendo o senador ficado em terceiro lugar, iniciando a segunda etapa do seu mandato senatorial com um discurso fortemente oposicionista. À medida que Carlos Brandão foi consolidando seu Governo, alcançando expressivos índices de aprovação e montando uma ampla rede de apoio nos municípios, Weverton Rocha foi revendo o seu discurso e sua posição oposicionista.

Misturado à massa popular que se mobilizou para a festa de inauguração, apesar do calor causticante da manhã ensolarada, o senador Weverton Rocha, suando forte, gravou um vídeo no qual exalta a obra e declara que é hora de recompor a união que ele rompeu. “O espírito é mais ou menos esse: de conclusão, de união, hora de chamar todos e fazer continuar esse trabalho a favor do Maranhão”, declarou o senador, num nítido movimento para se tornar o companheiro do governador Carlos Brandão, que foi o epicentro das atenções dos milhares de pessoas que foram à festa de inauguração.

Assim como Eliziane Gama, Weverton Rocha sabe que tem pela frente o enorme desafio da reeleição, e as pesquisas o aconselham a jogar para ter o governador Carlos Brandão como parceiro numa dobradinha pelas duas a vagas. Isso porque as contas que tem feito lhe mostram que corre o sério risco de ficar para trás se vier a optar por um embate direto com o mandatário maranhense por uma das vagas. O senador pedetista tem a avaliação segundo a qual suas chances de reeleição são reais, mas que também o ministro André Fufuca – se entrar como tem dito – será um concorrente capaz de alterar o seu favoritismo, porque irá para as urnas com o apoio total do seu partido, podendo também ser o parceiro de Carlos Brandão.

A incursão política do senador Weverton Rocha em Barreirinhas aponta claramente que ele decidiu trabalhar para construir uma ponte que o leve de volta à aliança governista e à condição de “companheiro de chapa” do governador Carlos Brandão. O mandatário – que ainda não disse se será candidato, mas até as pedras de cantaria da Praia Grande sabem que ele irá para a disputa -, segue seu curso comandando o Governo e inaugurando obras, preparando, sim, a base da sua candidatura, em chapa com o vice-governador Felipe Camarão (PT), que é tida como certa por nove entre dez observadores da cena política do Maranhão.

O problema é que a senadora Eliziane Gama e o ministro André Fufuca trabalham na mesma direção.

PONTO & CONTRAPONTO

Eliziane tem pauta cheia na corrida para viabilizar reeleição

Eliziane Gama: pauta de itens para reeleição

Enquanto o senador Weverton Rocha (PDT) trabalha para se reconciliar plenamente com a base governista liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB), a senadora Eliziane Gama (PSD) se movimenta para montar o painel político-eleitoral com o qual pretende viabilizar sua corrida à reeleição.

Ela confirma sua permanência no PSD, mas não deixa claro se apoiará a provável candidatura do prefeito Eduardo Braide (PSD) ao Governo do Estado. Isso porque, pelo menos até aqui, os seus movimentos a levam à base da possível pré-candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT). Ele pode também mudar de partido e resolver de vez essa pendência.

A senadora trabalha também para conquistar o maior apoio possível da massa eleitoral evangélica, que bandeou para a extrema-direita, aderindo ao bolsonarismo. Ela foi quase satanizada por algumas vozes evangélicas durante a CPI da Covid, da qual foi relatora.

Eliziane Gama se movimenta também para estreitar ainda mais a sua relação com o Governo do presidente Lula da Silva (PT), o qual apoiou integralmente até aqui, inclusive como vice-líder no Congresso Nacional e tendo sido cotada para ser ministra.

O leque de ajustes que a senadora precisa resolver é amplo, mas ninguém duvida da capacidade de trabalho e da competência política da senadora para colocar sua candidatura nos trilhos.

Movimento de ex-deputados para somar cacifes eleitorais ganha corpo

Wendell Lajes, Fábio Braga, Marcos Caldas,
Raimundo Cutrim, Helena Duailibe, Jota
Pinto, Adelmo Soares (de gravata) e
Rogério Cafeteira: união por vagas na Alema

Os ex-deputados estaduais que estão se mobilizando para entrarem juntos em um partido com o objetivo de conquistar pelo menos duas cadeiras na Assembleia Legislativa podem ter acertado em cheio. Juntos, eles reúnem um respeitável baú de votos, que somados numa mesma legenda podem garantir, sim, pelo menos dois mandatos.

O movimento, formalizado num almoço na semana passada, chamou a atenção, principalmente na Assembleia Legislativa, onde parlamentares trabalham pela reeleição e não veem com bons olhos uma iniciativa política que funciona como uma ameaça aos seus projetos de renovação de mandato.

Nomes como Wendel Lajes, Fábio Braga, Marcos Caldas, Adelmo Soares, Raimundo Cutrim, Jota Pinto, Helena Duailibe, Rogério Cafeteira, Leonardo Sá, César Pires, Betel Gomes, além de Gardênia Castelo (filha) e Sérgio Frota.

Depois de várias rodadas de conversa, nas quais avaliaram os pós e contra da iniciativa e optando por lava-la em frente, os ex-deputados se debruçam agora na decisão na qual não podem errar: a escolha do partido ao qual se filiarão.

Resolvido o item filiação partidária, o resto será um por si e Deus por todos.

São Luís, 29 de Março de 2025.