Todos os posts de Ribarmar Correa

Em visita a Codó, Brandão avança na política de distensão para recompor a base governista

No clima de boa vontade em Codó, no lançamento
da pedra Fundamental da ponte sobre o Rio
Itapecuru, uma imagem emblemática: o
governador Carlos Brandão ao lado do deputado
Francisco Nagib e do prefeito Chiquinho da FC,
que usava um boné do Governo Brandão

A sexta-feira (2) foi um dia diferenciado na agenda de “entregas e anúncios” do governador Carlos Brandão (PSB). É que a maratona municipalista se deu em Codó, um dos maiores e mais importantes municípios maranhenses, governado por Chiquinho da FC, um poderoso empresário espantosamente filiado ao PT, juntamente com o filho, o deputado estadual Francisco Nagib, que é do PSB, partido do governador, mas que está situado num grupo de oposição na Assembleia Legislativa. Uma situação absolutamente inusitada, criada nas eleições municipais de 2024, porque o Palácio dos Leões apoiou a candidatura do então prefeito, José Francisco (PSDB), à reeleição. A eleição do neopetista Chiquinho da FC resultou no seu afastamento da aliança governista. A presença do governador em Codó, na sexta-feira, e o ambiente amistoso com que foi recebido, sinalizaram com clareza que, se não foram cortadas, as arestas que separam os dois grupos estão com os seus dias contados.

Por mais complexa que seja a situação, a reaproximação do grupo dominante de Codó com a aliança governista faz todo sentido. Começa com o fato de que o prefeito Chiquinho da FC é do PT, partido que é linha de frente na base governista e que tem como principal referência o vice-governador Felipe Camarão (PT), que, se as águas políticas correrem pelo leito natural, será o sucessor do governador Carlos Brandão, e nessa condição, candidato à reeleição em 2026, numa aliança em que o atual governador será candidato ao Senado. Por mais que alguns tentem explica-lo, o afastamento do prefeito de Codó e seu grupo do Palácio dos Leões não faz sentido algum.

Pelo que foi informado, partiu do governador Carlos Brandão a iniciativa de incluir Codó na sua agenda, com base no argumento de que o município, por sua posição geopolítica e econômica, é muito maior e mais importante do que as diferenças que separavam Governo e Prefeitura. Tanto que ali, ao lado do prefeito Chiquinho da FC e do deputado estadual Francisco Nagib, em clima de total descontração, o governador Carlos Brandão reinaugurou o Parque Ambiental Trizidela, uma área de lazer e esporte importante para o município, e lançou a pedra fundamental da construção de uma ponte sobre o rio Itapecuru, que interligará o município com a MA-026, um investimento de R$ 51 milhões.

O clima de boa vontade recíproca chegou ao ponto de que, ao anunciar a construção da ponte, destacando os seus benefícios para Codó e para a região, o governador Carlos Brandão ouviu do prefeito Chiquinho da FC, que usava boné com a marca do Governo estadual, a seguinte declaração: “O governador vai ficar marcado na história de Codó. Nosso agradecimento em nome dos 117 mil habitantes da cidade. Serei eternamente grato por essa grande obra, que não é de 1 milhão, mas de mais de 50 milhões de reais. Um verdadeiro presente para a sociedade codoense”.

A visita do governador Carlos Brandão não sela de vez a reintegração do prefeito Chiquinho da FC e do deputado Francisco Nagib à base governista, mas ninguém duvida de que foi um passo gigantesco nessa direção e que a conclusão do processo só dependerá da boa vontade dos dois grupos. E nesse contexto o vice-governador Felipe Camarão, que tem relação plena com as lideranças codoenses, terá papel decisivo na costura que levará ao fim todas as divergências, segundo a previsão de uma fonte com trânsito no Palácio dos Leões.

A visita a Codó foi emblemática, pois com esse movimento, o governador Carlos Brandão entra de vez na linha da conciliação, atuando para trazer de volta a plenitude da aliança governista. E com a vantagem de que está encontrando nos dissidentes sinais claros de boa vontade com a reconciliação, como foi o caso do prefeito Chiquinho da FC, que poderá incluir o Palácio dos Leões no seu roteiro entre Codó e Brasília.

PONTO & CONTRAPONTO

Governador avisa que vai entregar o bastão para a “pessoa certa”, mas só decidirá no ano que vem

Carlos Brandão em Governador Luiz Rocha: eleições só no ano que vem

Na mesma sexta-feira em que visitou Codó e abriu caminho para uma relação institucional e – quem sabe? – política, com o prefeito neopetista Chiquinho da FC, o governador Carlos Brandão (PSB) visitou também Governador Luiz Rocha. Só que ali, onde também entregou e anunciou obras, numa festa promovida pelo prefeito José Orlanildo (PSDB), o governador mandou um recado direito e sem rodeios à classe política, especialmente os segmentos que o pressionam para definir candidaturas a 17 meses das eleições.

 – O que o povo tá querendo saber agora é de obra. O povo não tá querendo saber de eleição agora. Eleição é em 26 – disparou Carlos Brandão, em tom firme e enfático.

Ele avisou que no momento oportuno reunirá prefeitos e vereadores para conversar sobre eleições e candidaturas. E mandou outro recado, igualmente claro, especificamente sobre candidatura à sua sucessão. Sem sinalizar se será candidato ao Senado ou cumprirá o mandato até o fim, o governador apertou mais uma vez o seu gatilho verbal:  

– A gente precisa eleger alguém que dê continuidade ao nosso trabalho. O Maranhão não pode retroceder, tem que continuar avançando. Tem algumas coisas que não vai dar tempo de eu inaugurar. É muito importante a gente entregar para a pessoa certa, a pessoa que realmente possa conduzir e dar continuidade. Estou muito tranquilo, em 2026 a gente reúne, senta e vê qual destino melhor para o nosso estado.

E sem soltar qualquer pista sobre se já tem essa pessoa, Carlos Brandão reafirmou que eleições e corrida sucessória, só no ano que vem.

Firme na Sintra, Bandeira encara aumento no volume de obras

Aparício Bandeira: trabalho
dobrado na Sinfra

Quem apostou na saída do engenheiro e ex-prefeito de Vitorino Freire, Aparício Bandeira, do comando da importante Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), perdeu feio. Ele está mais firme do que nunca à frente da máquina mais poderosa da engrenagem movida pelo Governo do Estado.

No final do ano passado, por volta de novembro, correu rumor de que o comandante da Sinfra estaria na iminência de deixar o cargo. O tempo passou, Aparício Bandeira continuou trabalhando de sol a sol, e ninguém mais falou no assunto. Se houve alguma coisa nesse sentido, ela foi resolvida sem alarde.

O fato é que Aparício Bandeira vem dobrando a sua jornada de trabalho com o volume de obras físicas que o governador Carlos Brandão vem anunciando em todo o estado e que pretende entregar até abril do ano que vem, quando, tudo indica, renunciará para se candidatar ao Senado. A ponte sobre o rio Itapecuru, anunciada sexta-feira em Codó, é um exemplo de item dessa agenda desafiadora.

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Em Tempo: A Coluna alcança hoje, orgulhosamente, um número emblemático: 3030 edições.

São Luís, 04 de Maio de 2025.

Comando da Federação PP/UB no MA sairá de um acerto entre André Fufuca, Pedro Lucas e Juscelino Filho

André Fufuca, Pedro Lucas Fernandes e Juscelino
Filho farão acordo pelo comando
da Federação PP/UB no Maranhão

Por conta das muitas correntes que abriga e das diferenças que tem o desafio de superar, a recém fundada Federação PP/UB, que reúne os partidos Progressistas e União Brasil, decidiu iniciar sua existência dividindo o poder com dois presidentes, o senador Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (UB), que farão uma gestão compartilhada até que, ajustados os procedimentos e alinhada a convivência, o novo mamute partidário possa eleger um presidente. Antes, porém, terá de resolver as gestões estaduais, devendo já escolher presidente para cada estado. No Maranhão, a Federação PP/UB tem três deputados federais – André Fufuca (PP), atual ministro do Esporte; Pedro Lucas Fernandes (UB), atual líder do partido na Câmara Federal; e Juscelino Filho (UB), ex-ministro das Comunicações. Não há sinalização ainda a respeito de como os três vão alinhavar a relação, que deve resultar na escolha de um deles para comandar a Federação, que nasceu para defender também os interesses de cinco deputados estaduais, 46 prefeitos e um grande número de vereadores, e terá peso nas montagens para as eleições de 2026.  

Difícil imaginar que licenciado para comandar o Ministério do Esporte, tendo sua vaga ocupada pelo suplente bolsonarista Allan Garcês, o deputado André Fufuca tenha condições de assumir a direção do braço maranhense da Federação PP/UB. Principalmente se levado em conta o fato de que ele trabalha com o desafio de viabilizar sua candidatura ao Senado. O problema é que dentro da Federação existem vozes que estão cobrando a saída do PP e do UB da base de apoio do Governo Lula da Silva (PT), começando pela entrega dos ministérios, entre eles o do Esporte, em que André Fufuca é membro destacado da ala que não concorda com a entrega dos ministérios, defendendo a permanência dos atuais ministros do PP e UB. Se vier a deixar o ministério, o que é improvável, poderá vir a comandar a Federação no Maranhão.

Por sua vez, mesmo sabendo que o comando estadual da Federação é muito importante, o deputado Pedro Lucas Fernandes não sinaliza qualquer interesse em assumir o comando da entidade partidária no estado. Para ele, o mais importante é permanecer na liderança do UB na Câmara Federal, onde comanda uma enorme massa de poder, influenciando até sobre bolada milionária de emendas cujos destinos dependem da decisão dos líderes de bancada. Mesmo não havendo ainda uma negativa categórica sobre o assunto, é lógico e lícito supor que o deputado Pedro Lucas Fernandes não abrirá mão do poder que tem hoje em Brasília para assumir o comando do braço estadual da Federação no Maranhão.

Por fim, mesmo com todos os indícios apontando na sua direção, o deputado Juscelino Filho enfrenta dificuldades para assumir o comando da Federação PP/UB no estado, se isso for do seu interesse. E a explicação é simples, começando pelo fato de que, ao contrário de André Fufuca e Pedro Lucas Fernandes, que são alinhados do governador Carlos Brandão (PSB), Juscelino Filho milita em campo adversário ao governador Carlos Brandão, ainda que não seja um oposicionista declarado. Além do mais, se vier a apoiar o governador ao Senado, em chapa com o vice-governador Felipe Camarão (PT), Juscelino Filho terá de optar para a segunda vaga entre André Fufuca, que é da Federação, e o senador Weverton Rocha (PDT), de quem é politicamente próximo. Em resumo, não será fácil para o ex-ministro das Comunicações comandar a Federação PP/UB no Maranhão.

Como é sabido, a política comporta os mais surpreendentes arranjos, e não há dúvida de que os chefes e articuladores da Federação PP/UB encontrarão um meio-termo para resolver o comando do gigante partidário no Maranhão. Mas essa fórmula terá de ser o resultado de um acordo feito entre André Fufuca, Pedro Luca Fernandes e o próprio Juscelino Filho.

PONTO & CONTRAPONTO

Saída de Lupi reduz a influência de Weverton Rocha no Ministério da Previdência

Com saída de Lupi, Weverton tem
poder reduzido na Previdência

O senador Weverton Rocha (PDT) trabalhou duramente nas últimas 72 horas nos bastidores do poder em Brasília. Primeiro na inglória tentativa de segurar o presidente nacional do seu partido, Carlos Lupi, no comando do Ministério da Previdência. E depois, diante da impossibilidade da permanência de Carlos Lupi no cargo, tentar emplacar um aliado como substituto.

O senador perdeu na primeira tentativa, uma vez que Carlos Lupi não segurou a onda e foi mandado para casa. E no caso da escolha do substituto, Wolney Queiroz, que foi deputado federal várias vezes pelo PDT, era secretário-geral do Ministério da Previdência e foi promovido. Não era exatamente a preferência do senador, maranhense, mas diante da gravidade do escândalo e do risco de o PDT sair chumascado no caso, ele preferiu apoiar a escolha do presidente Lula da Silva (PT).

Do alto do seu cacife como senador e do poder de fogo como líder da bancada do PDT no Senado, Weverton Rocha continuará influente no Ministério da Previdência, mas sem o espaço que tinha com o ministro Carlos Lupi.

Deputado ligado à pesca pode ter recebido milhões da fraude no INSS

Edson Araújo sob suspeita

Como estava escrito nas estrelas, o escândalo da fraude dos descontos milionários de dinheiro de aposentados por meio de entidades corporativas criminosas, chegou ao fumacento e suspeitíssimo universo das colônias de pescadores do Maranhão.

O deputado estadual Edson Araújo (PSB) foi citado na investigação da Polícia Federal como suposto beneficiário de R$ 5,4 milhões oriundos da ação criminosa. Segundo o site de notícia Metrópoles, essa bolada teria chegado às contas do parlamentar no período de maio de 2023 a maio de 2024, por meio da Colônia de Pescadores do Estado do Maranhão.

O dinheiro foi repassado à Colônia pela Confederação Brasileira de Trabalhadores na Pesca e Aquicultura, que arrancou nada menos que R$ 99 milhões das contas de pescadores aposentados do INS, repassando parte dessa dinheirama a braços estaduais, como a Colônia de Pescadores do Maranhão controlada por Edson Araújo.

Como é sabido, Edson Araújo é um dos manda-chuva do setor pesqueiro, o que lhe assegura milhares de votos a cada eleição. Ele tem o controle de inúmeras associações e sindicatos que abrigam milhares e milhares de pescadores – muitos deles nunca sequer viram um anzol ou uma rede de pesca na vida.

Em Tempo: a revelação feita pelo Metrópoles sobre o suposto recebimento de milhões por Edson Araújo no escândalo do INSS causa incômodo ao ao PSB e ao Palácio dos Leões, uma vez que ele é secretário de Estado.

São Luís, 03 de Maio de 2025.

Se confirmar rompimento com Governo, PL ampliará oposição na Assembleia Legislativa

Josimar de Maranhãozinho sinalizou rompimento
usando Fabiana Vilar como porta-voz do PL

Se o rompimento do PL, controlado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, com o governador Carlos Brandão (PSB), for fato consumado, como noticiaram ontem a jornalista Carla Lima, na TV Mirante, e parte da blogosfera, situações imprevistas poderão ocorrer na Assembleia Legislativa, onde o desenho da relação situação/oposição será alterado, pelo menos formalmente. Nesse novo ambiente, os seis deputados do PL – Fabiana Vilar, Cláudio Cunha, Aluízio Santos, João Batista Segundo, Solange Almeida e Pará Figueiredo – se somarão aos sete parlamentares já situados na oposição – Fernando Braide (PSD), Othelino Neto (Solidariedade), Francisco Nagib (PSB), Carlos Lula (PSB), Rodrigo Lago (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB) e Ricardo Rios (PCdoB) – formando uma frente com 13 deputados no campo da oposição ao Governo no parlamento estadual, que é composto por 42 parlamentares. Esse novo desenho deverá levar o governador Carlos Brandão a refazer as suas contas e redefinir suas estratégias na convivência com o Poder Legislativo.

O posicionamento duro da deputada Fabiana Vilar, que representa o comando do PL na bancada estadual, em relação à influência do deputado já cassado Hemetério Weba (PP) em hospital do interior. Ele cobrou com veemência que a Assembleia Legislativa encerre o mandato de Hemetério Weba e convoque a suplente Helena Duailibe (PL) para a vaga. O tom do discurso da deputada do PL no caso do hospital foi de insatisfação com o Governo, o que reforça a informação sobre o ainda suposto rompimento. Antes disso, a bancada do PL se posicionou na contramão do Governo estadual na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, em novembro do ano passado. Os cinco votos do partido foram decisivos para o resultado de 21 a 21, tendo o pleito sido vencido pela presidente Iracema Vale (PSB) pelo critério da maior idade.

Nesse contexto, vale também observar que não será fácil para o comando do PL induzir os seus deputados estaduais a assumir postura oposicionista em relação ao Governo do Estado. É difícil, por exemplo, supor que o deputado Aluízio Santos, marido da prefeita Belezinha (PL), de Chapadinha, se posicione abertamente contra o governador Carlos Brandão. O mesmo se pode dizer em relação ao deputado Batista Segundo, que foi segundo na corrida à Prefeitura de Pinheiro, e que quando assumiu como titular na vaga aberta por Juscelino Marreca (PRD), atual prefeito de Santa Luzia, declarou apoio total ao governador Carlos Brandão. Mais difícil ainda é imaginar postura antigovernista no Pará Figueiredo, cuja permanência na Assembleia Legislativa depende exclusivamente da boa vontade do Palácio dos Leões.

A regra básica da existência de qualquer Governo é ampliar ao máximo a sua base de apoio e evitar a formação de uma oposição forte. O governador Carlos Brandão é pragmático o suficiente para manter Josimar de Maranhãozinho e seu grupo no seu ciclo de relações. Isso porque, mesmo se tratando de um grupo político controverso, que se movimenta sob pressão de diversas denúncias de corrupção, o braço maranhense do PL, controlado com mão de ferro por Josimar de Maranhãozinho é muito maior e mais poderoso do que os seus seis representantes no parlamento estadual. O partido é formado por quatro deputados federais, que atuam via de regra em sintonia, 40 prefeitos eleitos em 2024 e uma penca de cerca de três centenas de vereadores, segundo os cálculos de um dos chefes do partido. Ou seja, uma força política nada desprezível.

O governador Carlos Brandão conhece esse xadrez político e sabe o caminho para evitar um rompimento. Afinal, além da tranquilidade do seu Governo na relação com o Poder Legislativo, ele tem alinhavado o projeto de se tornar senador da República e não faz muito sentido abrir mão de um aliado como o PL, que tem influência em nichos importantes do eleitorado. A animosidade da deputada Fabiana Vilar – que, vale lembrar, foi secretária de Agricultura no primeiro Governo Flávio Dino – pode ser aplacada com um bom acordo de governança, que garanta ao grupo representado pela deputada o espaço de poder que ele reivindica.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão afina relação com a Federação PP/União

Antonio Rueda e Carlos Brandão: “Boa conversa”

Traquejado no jogo político, sabendo como se movimentam as forças políticas do país nesse momento, o governador Carlos Brandão (PSD) não perdeu tempo e, passando por Brasília, visitou Antonio Rueda, um dos chefes da Federação PP/União Brasil, formalizada há poucos dias. Com a sua vivência, Carlos Brandão sabe o novo grupamento partidário que pode mexer profundamente com o tabuleiro da política nacional, com reflexos na esfera estadual.

No caso do Maranhão, a Federação PP/União Brasil tem peso nada desprezível: os deputados federais André Fufuca (PP), Pedro Lucas Fernandes (União) e Juscelino Filho (União).  E com o diferencial de que o primeiro é ministro do Esporte e quadro influente da cúpula nacional do PP; o segundo é o atual líder do União Brasil na Câmara Federal, e o terceiro acabou de deixar o Ministério das Comunicações, com força na cúpula do União Brasil.

André Fufuca, que é pré-candidato ao Senado, tem relação estreita com o governador Carlos Brandão, sendo inclusive apontado como provável parceiro dele numa dobradinha para o Senado. Pedro Lucas Fernandes também cultiva boa e sólida relação com o Palácio dos Leões. Juscelino Filho não integra a base de apoio do Governo, mas também não é um opositor agressivo. Ao contrário, tem pregado o lançamento de uma chapa com o vice-governador Felipe Camarão (PT) para o Governo e o governador Carlos Brandão para o Senado.

Na conversa com Antonio Rueda, que preside o União Brasil e divide o comando da Federação com o senador piauiense Ciro Nogueira, comandante do PP, o governador Carlos Brandão atualizou a relação com a nova potência partidária.

Paulo Victor atua para ter Beto Castro como sucessor

Beto Castro tem o apoio de Paulo Victor

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), caminha para consumar o seu projeto de fazer o seu sucessor. Ele é pré-candidato à Assembleia Legislativa e pretende passar o bastão ao colega e atual 2º vice-presidente, vereador Beto Castro (Avante).

O aspirante a presidente do parlamento ludovicense já está em campanha aberta e, até aqui, obteve a declaração aberta de voto de sete colegas. O último a fazê-lo foi Otávio Soeiro (PSB), que na sessão de quarta-feira (30/04) ocupou a tribuna para fazer a declaração de apoio.

A Câmara de São Luís tem 31 vereadores. O candidato Beto Castro sai na frente com oito votos – incluindo o dele próprio. O seu provável adversário, vereador Marquinhos (União Brasil), que lançou sua candidatura em fevereiro, não recebeu até aqui nenhuma intenção de voto. O mesmo aconteceu com a atual 1ª vice-presidente, vereadora Concita Pinto (PSB), que até aqui fez apenas uma discreta declaração manifestando a intenção de se candidatar, mas que não foi em frente até agora.

É claro que alguma água ainda vai rolar por sob essa ponte, mas pelo que está sendo desenhado, não será em volume suficiente para reverter o que está decidido até aqui.

São Luís, 02 de Maio de 2025.

Nomeado vice-líder do Governo, Jerry amplia espaço da bancada maranhense na Câmara Federal

Márcio Jerry, Pedro Lucas Fernandes, Rubens Júnior
e André Fufuca: destaques na bancada federal

A nomeação do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) para o posto de vice-líder do Governo manteve o espaço diferenciado de quatro integrantes da bancada maranhense na Câmara Federal. Ali já pontificam os deputados Pedro Lucas Fernandes, que assumiu há pouco a liderança da bancada do União Brasil; Rubens Jr. (PT), que é vice-líder do PT e um dos mais atuantes membros da bancada petista; e André Fufuca (PP), atual ministro do Esporte. Há tempos a representação maranhense na Câmara Baixa não tinha um número tão expressivo de parlamentares em postos importantes no Congresso Nacional, onde o senador Weverton Rocha ocupa a liderança do PDT na Casa.

Publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União, a nomeação do deputado Márcio Jerry para vice-líder do Governo tem dois vieses. O primeiro é uma manifestação de reconhecimento do presidente Lula da Silva (PT) ao trabalho que o parlamentar vem realizando na defesa dos projetos e da imagem do Governo como líder da bancada do PCdoB. E o outro é o fato de ser Márcio Jerry um político de larga experiência nesse meio de campo, desde sua intensa atuação como líder estudantil, passando pelo assessoramento direto do prefeito de São Luís, Edivaldo Jr., entre 2012 e 2014, e o comando da campanha de Flávio Dino em 2014, e a direção das áreas de Comunicação Social, Articulação Política e Cidades no primeiro Governo dinista.

Eleito deputado federal em 2018, Márcio Jerry foi voz intensa e dura como opositor do Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu a reeleição em 2022 e passou a ser um dos esteios da bancada governista na Câmara Federal, com forte atuação no plenário e nas comissões da Câmara Federal. Ao nomeá-lo vice-líder do Governo, o presidente Lulas da Silva, que o tem como aliado fiel e da linha de frente, sinaliza claramente que o quer como um dos articuladores da base governista, e também como quadro talhado para o enfrentamento com a oposição.

– Recebo com responsabilidade essa missão (…). Vamos seguir firmes na construção de consensos e no diálogo democrático com todas as bancadas – declarou o parlamentar ao comentar a nomeação. Ele, que já foi líder do PCdoB, sabe exatamente o que deve fazer como vice-líder, que é substituir eventualmente o líder e ajuda-lo na articulação com outras bancadas e no diálogo – sempre muito difícil – com a oposição, principalmente em relação a temas que marcam as diferenças políticas e ideológicas.  

A rigor, como vice-líder o deputado Márcio Jerry vai dar continuidade, agora com mais intensidade e abrangência, ao trabalho que já vem realizando como integrante da base governista, que por ser minoritária, enfrenta enormes desafios para viabilizar os pleitos propostos pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional. A isso se soma o fato de que um bom desempenho na vice-liderança pode ser decisivo para o seu projeto de reeleição em 2026.

Nesse trabalho, Márcio Jerry poderá, em algum momento, enfrentar o líder do União Brasil, deputado Pedro Lucas Fernandes, que abriu mão do Ministério das Comunicações para continuar na liderança do União Brasil, agora federado com o PP e que tende a se portar como oposição. E nessa atividade, o vice-líder terá a parceria de outro vice-líder governista, o deputado petista Rubens Jr., que vem sendo apontado pela sua competência parlamentar e o seu preparo técnico, fruto da sua sólida formação na área do Direito. Terá como aliado o ministro do Esporte André Fufuca, que pertence à ala da Federação PP/União Brasil identificada com o Governo e pretende permanecer no ministério até em 2025.

A atuação destacada dos quatro parlamentares não pode ser considerada como exceção. Afinal, a bancada maranhense na Câmara Federal conta com outros quadros diferenciados, como os deputados Duarte Jr. (PSB), que preside a comissão que cuida dos interesses de pessoas com deficiência, o deputado Hildo Rocha (MDB), conhecido pela sua produção legislativa, e o deputado Aluísio Mendes (Republicanos), pela sua forte atuação na seara oposicionista.

PONTO & CONTRAPONTO       

Yglésio Moises se lança ao Senado, mas sua meta verdadeira é não ficar sem mandato

Yglésio Moises: pré-candidato
a senador em 2026

Não surpreendeu o anúncio do deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) se lançando pré-candidato ao Senado em 2026, na esteira dos números de uma pesquisa sobre a corrida senatorial feita nos quatro municípios de Upaon Açu, na qual ele aparece entre os cinco mais votados, alcançando até 20 pontos percentuais numa das quatro simulações em que foi incluído.

Um dos políticos mais inteligentes, ativos e controversos na sua geração, que nasceu no centro-esquerda como militante do PDT, Yglésio Moises, que está no segundo mandato, vem protagonizando a mais impressionante migração político-ideológica, deixando a seara esquerdista para se tornar um militante infatigável da direita radical, integrante destacado da corrente bolsonarista.

E nessa toada se tornou um crítico feroz do Supremo Tribunal Federal, partidário enfático da interpretação de que o 8 de janeiro de 2023 foi coisa de vândalos infiltrados e defendendo a mais pura inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe de estado, que para ele é apenas uma invenção da esquerda.

É com esse perfil que ele se lança pré-candidato ao Senado, atuando para ser escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como o representante maior do bolsonarismo no Maranhão, rivalizando com o ex-senador Roberto Rocha (sem partido), que é candidato a governador, mas pode disputar a senatória.

Ele sabe que entre numa disputa com pouquíssimas chances de sucesso, à medida que na corrida às duas vagas de senador estão o governador Carlos Brandão, os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD), o ministro do Esporte André Fufuca (PP) e o ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Mobiliza).

Nesse contexto, uma verdade se impõe: o que realmente o deputado Yglésio Moises não quer é ficar sem mandato.

Braide mantém silêncio obstinado sobre pesquisas e corrida aos Leões

Eduardo Braide

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) tem no silêncio sobre seus próximos passos políticos uma das melhores e mais eficientes ferramentas da sua bem-sucedida carreira política. A atitude de se manter calado até onde a conveniência determina, independentemente do que está acontecendo à sua volta, chega a ser extremada.

Ele não deu uma palavra sequer sobre as oito pesquisas divulgadas nos últimos seis meses dando conta da sua indiscutível liderança nas preferências do eleitorado em relação à corrida ao Governo do Estado.

Nem o levantamento mais recente, do instituto Prever, sobre as tendências do eleitorado da Ilha de Upaon Açu, que o apontou com 74% das intenções de voto, nada menos que 67 pontos percentuais à frente do vice-governador Felipe Camarão, que recebeu sete pontos percentuais, o animou a comentar o cenário da corrida sucessória.

Há quem aposte que o prefeito de São Luís é candidato já decidido, mas que só falará sobre o assunto a partir de janeiro do ano que vem.

Em Tempo: a Coluna se congratula com todos os trabalhadores do Brasil, em especial os maranhenses.

São Luís, 1º de Maio de 2025.

Federação PP/União nasce com força para ocupar espaço amplo na política do Maranhão

André Fufuca, Pedro Lucas Fernandes, Juscelino Filho,
Amanda Gentil e Allan Garcez integram a
Federação PP/União Brasil criada ontem

Se nasceu para redesenhar o mapa político-partidário brasileiro, alterando fortemente o equilíbrio das forças no Congresso Nacional, com 109 deputados federais e 33 senadores, a Federação PP/União Brasil, formalizada nesta terça-feira em Brasília, chega para impactar expressivamente o cenário político do Maranhão. Para começar, tem quatro deputados federais – Pedro Lucas Fernandes (UB), que é o líder da bancada do União na Câmara Federal; Juscelino Filho (UB), Amanda Gentil (PP) e Allan Garcez (PP) -, o ministro do Esporte – André Fufuca, que é deputado federal pelo PP -, cinco deputados estaduais, um do União Brasil, Neto Evangelista, e quatro do PP Arnaldo Melo, Catulé Jr. (PP), Júnior França (PP),  e Hemetério Weba (PP) -, 46 prefeitos – entre eles os de Imperatriz, Rildo Amaral (PP), de Caxias, Gentil Neto (PP), e o de Santa Inês, Felipe dos Pneus (PP) -, além de pelo menos três centenas de vereadores. Trata-se, portanto, de uma força com poder de fogo para influenciar os rumos da política maranhense a partir desse momento.

Essa massa partidária potencialmente poderosa vai precisar, primeiro, de um líder. Os nomes mais destacados no momento são André Fufuca (PP) e Pedro Lucas Fernandes, que se encontram mergulhados em agendas que quase não lhes deixam tempo para cuidar das suas bases. O primeiro é ministro do Esporte e pré-candidato a senador, enfrentando agora a dúvida sobre a sua permanência ou não no Governo – ele disse à Coluna que vai defender a permanência no Governo, mesmo sabendo que parte dessa Federação quer se posicionar na Oposição. Sua permanência no Ministério do Esporte vai depender da posição que a Federação vai tomar nas próximas semanas em relação ao Palácio do Planalto.

Por seu turno, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que há duas semanas abriu mão de ser ministro das Comunicações para continuar na liderança do União na Câmara Federal, estancando uma crise que poderia desmontar de vez o partido já marcado por uma profunda divisão interna. Dificilmente terá tempo para se dedicar à organização do partido e da Federação no Maranhão. A deputada Amanda Gentil é jovem e ativa, mas lhe falta a experiência necessária, ainda que ela tenha como mentor o competente ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PP), atual secretário de Estado da Agricultura.

Essa tarefa deverá sobrar para o deputado federal Juscelino Filho, ex-ministro das Comunicações. O seu único “porém” é não ter alinhamento com o Palácio dos Leões, embora pregue a unidade política defendendo as candidaturas do vice-governador Felipe Camarão (PT) ao Governo e a do governador Carlos Brandão ao Senado

Para atuar como um partido, a Federação PP/União vai precisar alinhar o discurso dos seus representantes na Assembleia Legislativa, que atualmente se movimenta na base do “cada um por si”, não havendo sintonia partidária nos deputados do PP – Arnaldo Melo, Catulé Jr., Júnior França e Hemetério Weba – que, vale lembrar, está com o mandato cassado e deverá ser substituído nos próximos dias pela suplente Helena Duailibe (PP). Além disso, os três deputados do PP devem criar também uma sintonia com o representante do União, o deputado Neto Evangelista, atual líder do Governo no parlamento estadual.

Mesmo que quase todos os seus integrantes sejam afinados com o governador Carlos Brandão, à medida que os dois partidos integram a base de sustentação do Governo, existe divergência em relação ao Senado. O ministro André Fufuca, a deputada Amanda Gentil e o líder Pedro Lucas Fernandes mantêm sintonia fina com o Palácio dos Leões, enquanto o agora ex-ministro das Comunicações, deputado Juscelino Filho, embora não faça oposição ostensiva, não tem o mesmo alinhamento com o Governo, caso também do deputado Allan Garcês, bolsonarista roxo, e que mantém relações cautelosas e nada efusivas com o Palácio dos Leões.

O fato é que, a exemplo do que acontece no plano nacional, o Maranhão político está vendo o nascimento de um gigante partidário, que primeiro terá de se organizar e definir um perfil bem nítido, para depois dizer a que veio. E o primeiro passo será se posicionar com clareza suficiente. Afinal, além de quatro deputados federais para reeleger, terá o desafio de emplacar um representante na bancada maranhense no Senado.

PONTO & CONTRAPONTO

Bancada da Federação terá de se alinhar por candidatura ao Senado

André Fufuca espera o apoio Juscelino Filho
e Pedro Lucas Fernandes para o Senado

Na vasta e desafiadora pauta que vai enfrentar no Maranhão, a Federação PP/União terá de fazer um esforço muito grande para chegar a um consenso interno em relação à disputa para o Senado.

Por tudo o que foi dito até agora, os quatro deputados federais titulares – André Fufuca, Pedro Lucas Fernandes, Juscelino Filho e Amanda Gentil – fecham com a quase certa candidatura do governador Carlos Brandão a uma das vagas na Câmara Alta.

Mas em relação à segunda vaga, o nó está dado dentro da Federação, e precisa ser desatado. É que o deputado e atual ministro André Fufuca caminha para ser candidato da Federação a senador, já tendo de cara o apoio incondicional da colega dele Amanda Gentil.

A pergunta que se faz é a seguinte: os deputados Juscelino Filho e Pedro Lucas Fernandes, que são do União Brasil, apoiarão a candidatura de André Fufuca para a segunda vaga?

Não é segredo para ninguém que até agora o deputado Juscelino Filho, que integra a ala oriunda do DEM no União Brasil, que tem um alinhamento antigo com o PDT, tende claramente a apoiar a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) à reeleição.

Os próximos movimentos dirão como essa equação será resolvida, inclusive com o posicionamento do deputado Pedro Lucas Fernandes em relação à vaga de senador pleiteada por André Fufuca.

Cassação de Hemetério Weba começa a causar tensão e constrangimento na Alema

A situação do deputado Hemetério Weba (PP) está criando um foco de tensão e constrangimento na Assembleia Legislativa. Ele está judicialmente cassado, sem nenhuma brecha para recorrer com alguma possibilidade de salvar o mandato. E decidiu se licenciar para tratamento de saúde.

Ontem, a deputada, Fabiana Vilar (PL), cobrou, da tribuna, a declaração de vacância da cadeira ocupada pelo parlamentar, para permitir a posse da 1ª suplente, Helena Duailibe. Ela inclusive reclamou da influência que Hemetério Weba está mantendo num hospital na região do Turi, cobrando providências do Palácio dos Leões.

Fabiana Vilar, do PL, criticou duramente Hemetério Weba

Hemetério Weba foi criticado por
Fabiana Vilar; Yglésio Moises fez ponderação

O deputado Yglésio Moises (PRTB), por sua vez, foi buscar na ética argumentos para criticar deputados que estão cobrando providências da Mesa da Assembleia Legislativa no sentido de resolver, de uma vez por todas, o imbróglio criado na Casa com a cassação do parlamentar. Para ele, deputado não deve agir contra mandato de colega.

Diante do quadro de tensão, que já se torna constrangimento, uma vez que a cassação do deputado Hemetério Weba já é fato consumado na Justiça, a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), fez um pronunciamento defendendo a posição da Mesa Diretora e esclarecendo que todas as providências em relação ao caso estão sendo tomadas. A presidente pediu calma e cautela, assegurando que a Mesa cumprirá as decisões judiciais, mas sem açodamento e rigorosamente dentro das regras.

São Luís, 30 de Abril de 2025.

Pesquisa: Braide lidera com folga na Grande Ilha, com pouco espaço para adversários

Eduardo Braide lidera seguido de Felipe
Camarão, Orleans Brandão e Lahesio Bonfim

A pesquisa do instituto Prever sobre a corrida ao Palácio dos Leões na Ilha de Upaon Açu – São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa -, que concentra quase um milhão de eleitores pode ter sido até aqui o mais contundente recado do eleitorado dessa região sobre suas intenções para as eleições do ano que vem. A opção de 74,7% dos entrevistados pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), contra 7,1% pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), 5,7% pelo secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB) e 2,7% pelo ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo) é um forte indicador de que, mesmo que venha a perder parte expressiva desse cacife ao longo da campanha, o prefeito da Capital reúne as condições políticas necessárias para sair da Ilha com força suficiente para sustentar o seu projeto. Os números da pesquisa – que foi realizada no período de 8 a 17 de abril, ouviu 1003 eleitores e tem margem de erro de 3%, – são muito expressivos.

Uma avaliação dos percentuais de um levantamento feito na Ilha de Upaon Açu neste momento exige alguns cuidados e não pode ser visto como sendo o cenário de outubro de 2026, daqui a 16 meses, portanto. Mas também não se pode estimar que a opção nítida pelo prefeito de São Luís não se mantenha. Eduardo Braide surfa na crista da onda de prestígio que angariou com uma boa gestão e com uma reeleição acachapante em turno único, que o arremessou naturalmente para a linha de frente da corrida ao Palácio dos Leões. Assim, ele não precisará fazer grande esforço para ter a maioria do eleitorado da região metropolitana. O que lhe interessa agora é o que os demais concorrentes, a começar pelo vice-governador Felipe Camarão, farão para reverter esse cenário.

Essa equação começa com o fato de que, embora o prefeito de São Luís não tenha dito até aqui uma palavra afirmativa de que está na disputa, não existe, no meio político ou fora dele, quem duvide da sua candidatura. Ou seja, ser ou não candidato só depende dele próprio, porque até o comando nacional do seu partido já bateu martelo determinando que ele será candidato. E ele vem mantendo silêncio sobre o assunto – não diz que é candidato, mas também não diz que não é -, alimentando uma estratégia eficiente, à medida que nesse momento comporta-se com “indiferença” em relação ao tema o que é bem mais produtivo do que baixar a guarda e entrar no tiroteio da guerra prévia.

A situação do vice-governador Felipe Camarão é exatamente o oposto. Ele quer ser candidato e já manifestou essa intenção várias vezes. O problema é que, mesmo sendo um produto político de São Luís, não pode afirmar-se candidato sem que o governador Carlos Brandão (PSB) anuncie que vai mesmo pleitear uma cadeira no Senado. Sem esse anúncio, feito de maneira categórica e irreversível, o vice-governador permanecerá com seus movimentos limitados, sem a tração política necessária para entrar de cabeça na corrida pelo voto. Até porque as pesquisas têm mantido o emedebista Orleans Brandão como opção, alimentando ainda a possibilidade – que a Coluna considera inexistente – de o governador Carlos Brandão permanecer no cargo até o final do mandato e faça a opção pelo sobrinho. Ou seja, o vice-governador só poderá agir para tentar virar o jogo quando esse nó for inteiramente desatado.

O ex-prefeito Lahesio Bonfim dificilmente avançará no eleitorado da Ilha de Upaon Açu, como vem sendo demonstrado nos diferentes levantamentos feitos até aqui, que o apontam com poder de fogo na região central do estado.

Em resumo, o levantamento do instituto Prever, indica com clareza uma tendência que tem tudo para ser mantida, mesmo que venha a sofrer forte desidratação num duro embate do prefeito de São Luís com o vice-governador – que será governador em busca da reeleição –  durante a campanha.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão tem vantagem na corrida ao Senado na região metropolitana de São Luís

Carlos Brandão lidera disputa ao Senado
com Weverton Rocha e Eliziane Gama

Ao investigar a corrida ao Senado na Região Metropolitana de São Luís, ou seja, na Ilha de Upaon Açu, o instituto Prever encontrou uma realidade muito clara.  Numa série de simulações, incluindo nomes que não serão candidatos, como o deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) e o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União), três nomes se destacaram como os que de fato têm condições de disputar as duas cadeiras: o governador Carlos Brandão (PSB), o senador Weverton Rocha (PDT) e a senadora Eliziane Gama (PSD).

Estimulado a optar por dois nomes em quatro simulações, o eleitor metropolitano ouvido na pesquisa escolheu o governador Carlos Brandão em três delas (26,2%, 24,5% e 29,5%), em três dobradinhas com o senador Weverton Rocha (27,1%, 26,7% e 33%). A senadora Eliziane Gama, que estranhamente só foi incluída em apenas uma simulação – enquanto o deputado Yglésio Moises foi incluído nas quatro – apareceu na liderança (23,5%), à frente do senador Weverton Rocha (22,8).

Ou seja, se nada mudar, e dificilmente mudará, o governador Carlos Brandão tem cacife para sair da Grande Ilha como forte candidato a uma das vagas na Câmara Alta.

Ana Paula entrega equipamento em Pedro do Rosário

Ana Paula Lobato e Toca Serra testando
escavadeira em Pedro do Rosário

Aparentemente afastada da área de conflito em que o seu marido, deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) mantém guerra aberta contra o governador Carlos Brandão (PSB), a senadora Ana Paula Lobato (PDT) vai se movimentando discretamente no cenário político estadual.

A senadora pedetista desembarcou domingo em Pedro do Rosário – um dos menores municípios do Maranhão – onde entregou ao prefeito Toca Serra (PCdoB) uma retroescavadeira, equipamento muito utilizado em obras de infraestrutura em áreas urbanas.

Numa fala direta, Ana Paula Lobato explicou que o equipamento é o resultado de uma articulação feita por ela no Governo da União. “Esta retroescavadeira representa uma conquista do nosso mandato com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional”, declarou a senadora  

E sem esconder o entusiasmo, prometeu ao prefeito Toca Serra que vai continuar articulando para beneficiar o município na Esplanada dos Ministérios, onde tem bom trânsito como senadora que integra a base de apoio do Governo Lula da Silva (PT).

São Luís, 29 de Abril de 2025.

PSB consolida Brandão no seu comando para definir os rumos da aliança nas eleições de 26

Carlos Brandão confraterniza com lideranças e
convidados, fala aos militantes e incentiva
Eliziane Gama e André Fufuca na corrida ao Senado

Com a força política de partido que tem o governador do Estado, a presidente das Assembleia Legislativa, um deputado federal, 10 deputados estaduais, 19 prefeitos e mais de 250 vereadores, o braço maranhense do Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou, neste sábado (26), o seu XVI Congresso Estadual, no qual o seu comando saiu da condição de Comissão Provisória para se tornar Diretório Estadual, com todos os poderes e prerrogativas. O governador Carlos Brandão, que já presidia a Comissão Provisória, foi eleito presidente do Diretório Estadual, o que lhe assegura pleno controle sobre os destinos da legenda no Maranhão. Realizado no Auditório Fernando Falcão, da Assembleia Legislativa, o XVI Congresso Estadual do PSB foi marcado pela presença de representantes do MDB, PP, PSD, PRD, PSDB, Podemos, entre outros partidos que integram a aliança que dá sustentação ao Governo do Maranhão.

Ao formalizar o Diretório Estadual do PSB e assumir o seu comando como presidente, o governador Carlos Brandão pode ter colocado ponto final na especulação segundo a qual ele estaria avaliando a possibilidade de migrar com seu grupo para outro partido, provavelmente o MDB, hoje comandado pelo seu irmão, Marcus Brandão, e ao qual pertence o seu braço direito na política municipalista, Orleans Brandão, apontado por muitos como seu candidato ao Governo no caso de uma ruptura que o leve a cumprir o seu mandato até o final, abrindo mão de disputar o Senado na condição de favorito a uma das cadeiras.

“Juntos, vamos construir um partido não focado na quantidade, mas na qualidade, com bons gestores e lideranças que estejam determinados a caminhar conosco buscando melhores índices, melhores políticas e melhor qualidade de vida para nosso povo”, declarou o governador no seu discurso, no qual defendeu também a manutenção da aliança partidária que lidera, tendo sido fortemente aplaudido pelo deputado federal socialista Duarte Jr.

A consolidação do seu comando no PSB e o seu discurso no sentido de preservar a aliança foi muito aplaudida pelos presentes, em especial por aliados como o prefeito de Bacabal e presidente da Famem Roberto Costa, que é voz de peso no MDB; pelo ministro do Esporte, André Fufuca, que representou o PP focando sua candidatura ao Senado; pela senadora Eliziane Gama (PSD), que vem trabalhando para fortalecer sua posição no grupo em busca da reeleição, entre outros nomes de peso da política estadual.

Aliada de primeira hora no projeto partidário, a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, que no auge das tensões dentro do grupo chegou a flertar com o MDB, se posicionou definitivamente como quadro de ponta da agremiação socialista. E na sua fala destacou a força do partido sob o comando do governador Carlos Brandão: “Sob a liderança do nosso presidente do partido e governador Carlos Brandão temos o compromisso com a construção de um Maranhão mais justo, participativo e alinhado pelo bem do nosso estado. Vamos caminhar juntos, com união, força e harmonia em prol do nosso objetivo”.

A consolidação do governador Carlos Brandão e seu grupo no PSB reafirma a sua posição em relação ao Governo do presidente Lula da Silva (PT), podendo favorecer a aliança com o PT em torno da candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT) à sucessão estadual em 2026, numa chapa em que o chefe do Executivo e do PSB seja candidato ao Senado. Nos bastidores do Congresso, muitas conversas faziam circular a certeza de que, ao contrário do que muitos imaginaram há até pouco tempo, o governador Carlos Brandão teria decidido se desincompatibilizar em abril do ano que vem, passando o Governo para o vice Felipe Camarão.

O que ficou claro mesmo durante o evento foi que, independentemente de qualquer especulação quanto ao seu futuro, o governador Carlos Brandão tem agora o comando efetivo do PSB, o que lhe dá segurança para traçar os rumos do grupo em relação às eleições gerais de 2026. 

Em Tempo: o Congresso Estadual é preparatório ao Congresso Nacional, que será realizado em outubro, em Brasília.

PONTO & CONTRAPONTO

Juscelino Filho mostra desenvoltura, foca na reeleição e na sua defesa na Justiça

Juscelino Filho entre Froz Sobrinho (TJ),
José Sarney e Carlos Brandão na
homenagem ao ex-presidente

Quem pensa que a saída do Ministério das Comunicações e a condição de réu que lhe foi imposta pela Justiça por suposto desvio de emendas por ele enviadas a Vitorino Freire, fragilizou o deputado federal Juscelino Filho (União), está redondamente enganado.

Depois de participar intensamente das articulações para se tornar líder da bancada da agremiação na Câmara Federal – só não se tornou líder porque o deputado Pedro Lucas Fernandes abriu mão do ministério para permanecer na liderança -, o parlamentar participou na linha de frente da festa de aniversário (95 anos) do ex-presidente Jose Sarney (MDB), na última quinta-feira (24).

Coube a ele conduzir o ato de lançamento do selo dos Correios comemorativo aos 40 anos da redemocratização do Brasil, sob o comando do então presidente José Sarney. A decisão de editar o selo foi dele no período em que foi ministro das Comunicações.

Aos amigos mais próximos, Juscelino Filho lamentou ter de deixar o Ministério das Comunicações, onde vinha se conduzindo bem. Mas disse que como deputado terá tempo de intensificar seu trabalho parlamentar, de olho na reeleição, e cuidar da sua defesa, manifestando convicção de que será inocentado.

Tem agora tempo de sobra para fazer as duas coisas.

Aluísio Mendes esclarece que Roberto Rocha não está no Republicanos, como foi especulado

Roberto Rocha

Recentemente, durante alguns dias, o ex-senador Roberto Rocha, que é pré-candidato declarado ao Governo do Estado, foi dado como filiado ao Republicanos. A Coluna tentou esclarecer o assunto com o próprio ex-senador, mas não conseguiu contata-lo, e acabou embarcando na informação de terceiros.

No sábado, ao conferir que Roberto Rocha não participou da festa de aniversário do partido, como seria natural com um filiado da sua estatura, a Coluna indagou sobre o assunto com o presidente regional da agremiação, deputado federal Aluísio Mendes.

O presidente do Republicanos disse desconhecer tal informação, e emendou: “Nesse momento essa filiação não existe”. E completou afirmando que ela não tem a mínima condição de vir a existir. Isso confirma que a informação era falsa.

Diante disso, o ex-senador Roberto Rocha, que vem aparecendo em quarto lugar nas pesquisas que incluem seu nome para o Governo do Estado – não será candidato pelo Republicanos.

São Luís, 27 de Abril de 2025.

Republicanos faz aniversário sinalizando apoio a Braide, Brandão e Fufuca em 26

Eduardo Braide, André Fufuca e Iracema Vale: a direita, o centro e a esquerda
bem recebidos por Marcos Pereira e Aluísio Mendes na festa do Republicanos

Autoproclamado o “verdadeiro partido conservador” no atual painel partidário maranhense, repetindo fielmente a linha pregada pelo seu comando nacional, o braço do Republicanos no Maranhão, hoje comandado pelo deputado federal Aluísio Mendes fez uma festa para comemorar os seus 20 anos de existência. Com a presença do presidente Marcos Pereira, o evento reuniu representantes das principais forças políticas do estado, como a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), que representou o governador Carlos Brandão (PSB); o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que lidera as intenções de voto na corrida ao Governo do Estado, e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), nome forte na disputa por uma das cadeiras no Senado em 2026.

Com um deputado federal, uma deputada estadual, 19 prefeitos e uma penca de vereadores espalhados pelo estado, o Republicanos no Maranhão vem se movimentando para se firmar como um segmento mais light da direita, declarando-se conservador, mas tentando se afastar da turma que prega retrocessos institucionais. Trilha, assim, na linha do PP, do PSD e do União Brasil, integrando a banda mais democrática do Centrão. O deputado Aluísio Mendes, que não esconde que tem um pé no bolsonarismo, mas tem mostrado que não pertence à ala mais radical da corrente comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na sua linha de ação para consolidar o partido no Maranhão, o presidente do Republicanos faz o contraponto natural ao PT, mas mantém diálogo permanente com o PSB, podendo apoiar a candidatura do governador Carlos Brandão ao Senado, caso ele venha a ser candidato. O melhor exemplo foi a participação da deputada-presidente Iracema Vale na festa do partido representando o governador e, nesse sentido, o próprio partido. “É uma alegria prestigiar esse momento ao lado do deputado Aluísio Mendes, grande parceiro dos municípios da minha região e de todo o Maranhão. O partido Republicanos tem cumprido um papel fundamental na construção de pautas que aproximam a política das necessidades reais da população”, declarou Iracema Vale.

Nas suas manifestações, o prefeito Eduardo Braide fez elogios à ação do partido, que tem como parceiro político, e pelo que está rascunhado até aqui, o terá como aliado na corrida ao Governo do Estado. O deputado Aluízio Mendes já declarou várias vezes que o Republicanos poderá ser um dos aliados do virtual candidato do PSD ao Palácio dos Leões. O vínculo do PSD com o Republicanos em São Luís ficou mais forte na corrida à prefeitura, na qual se posicionou em apoio à bem-sucedida candidatura do prefeito à reeleição.  

E nesse contexto, todos os sinais emitidos até agora, incluindo as manifestações feitas na festa de aniversário do partido, indicam que, numa aliança com o PP, a exemplo do que acontece no plano nacional, o braço do Republicanos no Maranhão deverá apoiar a candidatura do ministro André Fufuca a uma cadeira no Senado da República. O ministro participou da festa de aniversário da legenda, sendo festivamente recebido pelos presidentes regional e nacional.

Se não foi um evento massivo, a festa de 20 anos do Republicanos mostrou que, sob o comando do deputado federal Aluísio Mendes, o partido se movimenta para ocupar um espaço politicamente seguro no ambiente partidário maranhense – espaço que perdeu, por exemplo, com a saída do grupo liderado pelo ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, que levou junto a deputada federal Amanda Gentil, mas que o deputado Aluísio Mendes se desdobra para recuperar, levando em frente a estratégia de fortalecimento da legenda. E tudo indica que tem sinal verde do presidente nacional, Marcos Pereira, que fez questão de participar do ato comemorativo dos 20 anos do partido.

Em meio a uma série de fatos isolados ocorridos na festa, uma coisa ficou muito clara: o deputado Aluísio Mendes tem o aval integral do presidente Marcos Pereira.

PONTO & CONTRAPONTO

Depois de recusar o convite de Lula, Pedro Lucas diz que apoio do União em 26 não é certo

Pedro Lucas Fernandes

O pesado jogo de pressões que está em curso dentro do União Brasil fez o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que lidera a bancada na Câmara Federal, desse uma guinada expressiva na sua posição em relação ao Governo do presidente Lula da Silva (PT).

Primeiro, aceitou o convite do presidente para assumir o Ministério das Comunicações no lugar do colega de partido, Juscelino Filho. Mas imediatamente condicionou a aceitação do convite à escolha do seu substituto na liderança da bancada.

Dias depois, comunicou ao presidente que declinava do convite, preferindo permanecer como líder do União na Câmara Federal, um cargo politicamente muito mais poderoso e influente do que o de ministro das Comunicações. Agradeceu e pediu desculpas ao presidente da República, deixando no ar sua posição em relação ao Governo.

O fechamento da guinada veio nesta sexta-feira, quando, em entrevista, disse não ter certeza se o União apoiará a candidatura do presidente Lula da Silva à reeleição.

Isso depois de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, emplacar, em nome do União, o sucessor de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações.

Vale anotar que Davi Alcolumbre representa a ala do antigo DEM no União Brasil, enquanto Pedro Lucas Fernandes segue a cartilha do presidente Antônio Rueda, que mede forças dentro da agremiação com os oriundos do DEM e do PSL bolsonarista.

Pedro Lucas Fernandes viveu momentos de constrangimento, mas teve de encarar os fatos em nome da sobrevivência partidária.

Faz parte.

Josimar de Maranhãozinho diz em propaganda do PL que denúncia contra ele é “fake news”

Josimar de Maranhãozinho

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho vem dando mostras de que vive uma situação judicialmente complicada e está usando o espaço de propaganda do seu partido, o PL, para quebrar o peso das informações que têm sido divulgadas a seu respeito desde que foi tornado réu, juntamente com o seu colega de partido, deputado Pastor Gildenemir.

Na inserção mais recente, o chefe absoluto do PL maranhense mostra obras em diversos municípios como fruto de emendas parlamentares por ele destinada àqueles municípios.

Ele afirma que ele e seu partido estão sendo vítimas de “fake news”, manifestando também a certeza de que nada vai atingi-lo. Pelo que sustenta, a denúncia da PGR que o tornou réu, acatada pelo Supremo Tribunal Federal, acusando-o e ao seu colega de partido de haver desviado e negociado emendas, não é verdadeira.

Em resumo: na versão de Josimar de Maranhãozinho, a denúncia feita pelo então prefeito de São José de Ribamar, a apuração e o relatório da Polícia Federal e o relatório da PGR formam um roteiro de invenções.

São Luís, 26 de Abril de 2025.

Encontro de prefeitos mostra força municipalista de Brandão

Carlos Brandão, Roberto Costa, Orleans Brandão,
Eliziane Gama, Iracema Vale e Felipe Camarão
foram destaques no Encontro de Prefeitas
e Prefeitos realizado ontem

“Somos um Governo municipalista. Percorremos o estado ouvindo, conhecendo de perto as demandas de cada cidade. Assim estamos conseguindo avançar em todos os setores. Sempre com diálogo e parceria”. Com essa afirmação e o anúncio de R$ 150 milhões em investimentos na seara municipal feitos ao longo de um discurso forte, o governador Carlos Brandão (PSB) abriu ontem o Encontro de Prefeitas e Prefeitos do Maranhão, que reuniu também secretários e técnicos graduados de quase duas centenas municípios. Produto institucional e político de uma ação conjunta do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assuntos Municipalistas, com a Federação de Municípios do Maranhão (Famem), o evento lotou as dependências do Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana e mostrou o poder de articulação do presidente da entidade, Roberto Costa (MDB), prefeito de Bacabal, e do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, que é o braço e a voz do Palácio dos Leões nesse campo da ação governista.

Administrativamente, o Encontro de Prefeitas e Prefeitos do Maranhão, que termina hoje, ofereceu às novas gestões municipais, bem como atualizou as gestões renovadas, informações sobre procedimentos na relação com o Estado e a União, indicando fontes de recursos, possibilidades de convênios e de acesso a financiamentos, bem como liberou instruções sobre o aspecto legal de todos os contratos e acordos firmados pelos municípios com as duas esferas. Daí a presença de secretários e assessores graduados das prefeituras.

Com o lastro de quem adotou o municipalismo como o principal viés do Governo desde o primeiro momento da gestão iniciada em janeiro de 2023, cumprindo um compromisso da campanha de 2022, o governador Carlos Brandão incluiu esses encontros como item essencial nas suas pautas anuais, complementando a relação estreita que ele vem mantendo com prefeitos de todas as regiões e cores políticas e partidárias. Essa articulação tem sido feita com eficiência pela Secretaria de Assuntos Municipalistas, comandada por Orleans Brandão, que ao longo da gestão se consolidou também como o braço político do Palácio dos Leões.

A base da relação Governo com prefeituras ganhou, recentemente, um ingrediente mais forte com a eleição do prefeito de Bacabal, Roberto Costa, para a presidência da Famem. Estreitamente alinhado ao governador Carlos Brandão, e atuando como articulador da base governista também nas outras esferas de poder, Roberto Costa estreia forte como líder da base municipalista do Governo, com o objetivo claro e declarado de fortalecer a Famem melhorando a convivência institucional e política das lideranças municipais com o Governo do Estado.

Em meio a prefeitos, deputados federais, estaduais, e vereadores, o vice-governador Felipe Camarão (PT), que não tem papel formal no evento, participa discretamente, e com liberdade de ação para conversar no sentido de fortalecer laços com prefeitos já conhecidos e estabelecer bases de convivência com os líderes municipais ainda fora do seu campo de ação política. Felipe Camarão se move também pela perspectiva de assumir o comando do Governo em abril do ano que vem, caso o governador Carlos Brandão renuncie para ser candidato ao Senado.

O Encontro, avalizado institucional e politicamente pela presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), foi marcado ontem por resultados concretos de importância vital para o futuro dos municípios. Além de parcerias nas áreas de saúde e educação, Governo e Prefeituras firmaram o que pode ser o ato mais importante do evento: um acordo de cooperação para a criação do Comitê Institucional para a gestão e destinação dos Resíduos Sólidos, com foco na extinção dos lixões que ainda são manchas na maioria dos municípios, de modo que o Maranhão possa entrar na lista dos estados que estão avançando na solução desse problema. O acordo foi articulado pela Secretaria de Meio Ambiente, sob a coordenação do secretário Pedro Chagas com o apoio do Ministério Público do Estado (MPE), das Secretarias de Transparência e Controle (STC), Fazenda (Sefaz), Indústria e Comércio (Seinc), e da Famem, que teve papel decisivo na formulação do acordo.

O Encontro de Prefeitas e Prefeitos do Maranhão pode ser o último com essa dimensão sob o comando do governador Carlos Brandão, caso ele esteja, de fato, alinhavando sua candidatura à Câmara Alta.

PONTO & CONTRAPONTO

Só faltam dois votos para Iracema ter sua eleição validada

Nunes Marques deu o quarto voto
favorável a Iracema Vale

A presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), participou ontem de dois eventos com ânimo renovado. Pela manhã, ela foi linha de frente no Encontro de Prefeitas e Prefeitas, e à noite se fez presente na reunião que comemorou os 95 anos do ex-presidente José Sarney (MDB).

Sua já conhecida desenvoltura foi mais visível devido ao fato de haver sido informada de que o ministro Cássio Nunes, do Supremo Tribunal Federal, fortaleceu a tendência a seu favor no julgamento da ADIN por meio da qual o ex-presidente Othelino Neto (Solidariedade) questiona, por intermédio do seu partido, o desfecho da eleição para presidente da Assembleia Legislativa.

O ministro seguiu o voto da ministra-relatora Cármem Lúcia e afirmou, categoricamente, que o critério de desempate pala maioridade é constitucional, o que confirma a legalidade da eleição na qual Iracema Vale renovou o mandato presidencial.

Decidido a refazer o seu voto ao mesmo tempo polêmico e confuso, o ministro Alexandre de Moraes, além de retirá-lo, pediu vistas, que pode durar 90 dias.

Com a retirada do voto por Alexandre de Moraes, faltam sete votos. Se dois deles confirmarem a tendência, a fatura será liquidada em favor da presidente, que poderá cumprir seu segundo mandato sem preocupação.

Escândalo no INSS causa desconforto para senador maranhense

Situação de Carlos Lupi causa
desconforto a Weverton Rocha

O escândalo dos descontos ilegais por entidades corporativas – sindicatos e associações – de salário de aposentados do INSS, que atingiu em cheio a gestão do chefão do PDT, Carlos Lupi, ministro da Previdência, está causando incômodo e certo constrangimento na política do Maranhão.

Explica-se: Carlos Lupi é ministro da Previdência com apoio integral do senador Weverton Rocha, que é hoje um dos cardeais do PDT, sendo, portanto, um dos principais avalistas da atual e agora combalida gestão do Sistema Previdenciário, abalado com a fraude milionária.

A demissão do presidente do INSS, Alexandre Stepanutto, foi um baque e tanto na posição de Carlos Lupi, que se declarou integralmente favorável pela nomeação, e não teve nenhuma condição de esboçar alguma reação. Além disso, o caso provocou o início de rumores de que o próprio Carlos Lupi estaria na corda bamba, o que, se for mesmo verdade, será uma situação desconfortável para o senador maranhense.

São Luís, 25 de Abril de 2025.

Pesquisa retrata o momento, mas margem de erro elevada joga dúvida sobre os números

Eduardo Braide, Lahesio Bonfim e
Felipe Camarão: percentuais sob dúvida

A Coluna tem como regra não questionar resultado de pesquisas sobre corrida eleitoral, mas não se furta de avaliar os números e as informações que elas trazem à tona sobre quem é quem na guerra pelo voto. O levantamento do instituto Vox Brasil Marketing e Pesquisa, divulgada na semana passada pelo respeitado e confiável blog do jornalista Diego Emir, apontando que, se a eleição para o Governo do Estado fosse agora, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), iria para as urnas com 31% das intenções de voto, seguido do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), com 22%, do vice-governador Felipe Camarão (PT) com 11%, do ex-senador Roberto Rocha com 9% e do secretário de Articulação com Municípios, Orleans Brandão (MDB) com 8%. Somados, ninguém, nulos e indecisos seriam 17%. Nesse contexto, chamaram a atenção a surpreendentemente elevada margem de erro de 4,5% e a reduzida abrangência geográfica do levantamento: 31 municípios.

Pelos números levantados, não há como negar que o prefeito Eduardo Braide – que não declarou ainda se será ou não candidato, e até por isso mesmo -, lidera a corrida até aqui com alguma folga, que já foi maior em levantamentos mais antigos.

Nas últimas pesquisas, o prefeito de São Luís oscilou para menos, chegando agora ao patamar de 31%, o que deverá funcionar como sinal de alerta. Mais ainda quando se observa que, conforme a margem de erro da Vox Brasil, ele pode chegar a 35%, mas também pode desabar para até 27%. Lahesio Bonfim, por sua vez, pode estar com até 27%, podendo também estar amargando até 17%. Simulações sobre a oscilação da margem de erro podem levar até um improvável empate técnico entre o prefeito e o ex-prefeito, ou separá-los por uma distância muito grande entre eles.

A mesma situação se dá entre Lahesio Bonfim e Felipe Camarão, se o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes chegar a 27% e o vice-governador cair para 7%, ou o contrário, com ex-prefeito de São Pedro dos Crentes caindo para 17% e Felipe Camarão subindo para 16%. Ou seja, a margem de erro elevada arranha a integridade da pesquisa por causa das situações politicamente curiosas e improváveis que ela rascunha com seus números. Num outro viés, Felipe Camarão pode estar a 6,5 pontos percentuais à frente de Roberto Rocha, como pode estar 3% atrás, se o ex-senador obtiver a margem de erro inteiramente a seu favor. O mesmo pode estar acontecendo em relação a Orleans Brandão.

Vale a indagação – que não é um questionamento! – sobre se 31 municípios sejam de fato representativos numa mostra em que foram ouvidos 1.050 eleitores. Afinal, está se falando de uma eleição para governador do Maranhão, na qual qualquer distorção do Vox Brasil pode valer o seu desfecho cujo prêmio é garantir ao eleito morar por quatro anos no Palácio dos Leões, com poder de vida ou morte sobre quase quatro mil empregos diretos na máquina pública e a gestão de um orçamento que já alcança R$ 30 bilhões.

Outra surpresa que causou estranhamento na pesquisa foi ter incluído o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal na lista dos “rejeitados”. Qualquer explicação não mudará o fato de que a inclusão significa uma tentativa de “queimar” o ministro, pois não tem a menor possibilidade de ele deixar o seu assento na Suprema Corte para tentar retornar ao Governo do Maranhão em 2026. Se o alvo da pesquisa Vox Brasil fosse a corrida ao Palácio do Planalto, a inclusão dele seria lógica, ainda que, mesmo sento citado aqui e ali como nome viável para o centro democrático e as esquerdas contra o centro conservador e os extratos radicais.

No mais, a pesquisa Vox Brasil fotografou corretamente um cenário prévio de uma corrida que só vai começar para valer depois do Carnaval do ano que vem.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão entrega 1ª etapa da Avenida Metropolitana, que vai mudar a mobilidade no interior da Ilha

Acompanhado de Felipe Camarão e diversos
políticos, Carlos Brandão
inaugura Avenida Metropolitana

O governador Carlos Brandão (PSB) entregou, na manhã de quarta-feira (23), uma das mais importantes das suas promessas de campanha: o primeiro trecho da Avenida Metropolitana, de 1,6 quilômetro, que liga a Vila Funil (BR-135) à Avenida Principal do Conjunto São Raimundo. A obra custou R$ 26,2 milhões e conta com três faixas de rolamento nos dois sentidos, abrigos para ônibus, calçadão em ambos os lados, ciclovia e canteiro central com iluminação. Esse trecho dará acesso a mais de 50 bairros.

No mesmo ato, o mandatário assinou ordem de serviço para o início da segunda-etapa, que ligará a Avenida Principal do São Raimundo ao Parque Independência, um trecho com 2,732 quilômetros; um segundo trecho, que ligará o Parque Independência à Uema, com 1,748 quilômetro; e da Avenida Guajajara ao Parque Independência, e o trecho final, de 3,397 quilômetros, que formarão um corredor viário de 10,8 quilômetros, a um custo de R$ 118 milhões.

A Avenida Metropolitana destrava de vez a limitação para a mobilidade de mais de 1 milhão de pessoas, como acentuou o próprio governador Carlos Brandão, que antes do ato público de inauguração, percorrer o primeiro trecho de bicicleta, acompanhado se auxiliares, avaliou a via como uma das obras estruturantes mais importantes do seu Governo.

Já em plena construção, a segunda etapa será concluída até meados do segundo semestre e o projeto inteiro estará concretizado até o início do ano que vem, segundo previsão do governador, confirmada tecnicamente pelo secretário de Infraestrutura, Aparício Bandeira.

Visivelmente entusiasmado com a obra, o governador Carlos Brandão comandou o ato de inauguração e foi acompanhado pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), a senadora Eliziane Gama (PSD), deputados estaduais e federais e vereadores da Capital.

Sarney, 95 anos

José Sarney: caminhando para um século

Um dos números de telefone mais cobiçados pela classe política, num espectro que vai da direita à esquerda, o que leva a um contato com o ex-presidente José Sarney (MDB) não parou um segundo ontem desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, todos para parabeniza-lo pelos seus 95 anos, comemorado em forma e perfeita lucidez.

Um dos políticos mais importantes do País no último século, José Sarney, que hoje é reconhecido por ter sido o presidente que conduziu, sem traumas, a transição do Brasil da ditadura militar para o Brasil da democracia plena, dando suporte decisivo para a Assembleia Nacional Constituinte, que lhe tirou um ano de mandato, mas entregou ao Brasil a Constituição Cidadã de 1988.

Hoje o decano da política brasileira, José Sarney é, de longe, o mais importante e sábio Conselheiro da Republica, a quem todos os políticos querem ouvir, principalmente nos momentos de crise.

Além do político, o ex-presidente é um dos expoentes da literatura brasileira contemporânea, sendo o decano das Academias Maranhense e Brasileira de Letras.

José Sarney será homenageado com uma reunião de amigos e familiares, à noite, no Convento das Mercês.

São Luís, 24 de Abril de 2025.