Apoio de Eduardo Braide injeta gás político no projeto de poder de Weverton Rocha

 

Eduardo Braide declarou apoio a Weverton Rocha 

Não causou surpresa a declaração de apoio do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (sem partido), à pré-candidatura do senador Weverton Rochas (PDT) ao Palácio dos Leões. Ele confirmou tendência construída no segundo turno da eleição para a Prefeitura da Capital em 2020, quando recebeu o apoio do chefe pedetista após a derrota do candidato dele, o deputado Neto Evangelista (DEM), no primeiro turno. O anúncio reforça expressivamente o projeto de candidatura do senador Weverton Rocha, que, com o apoio do prefeito Eduardo Braide, fecha o circuito da Ilha de Upaon Açu avalizado pelos prefeitos dos seus dois maiores colégios eleitorais: São Luís, com cerca de 700 mil eleitores, e São José de Ribamar, com mais de 100 mil. Falta agora saber o grau de envolvimento que o prefeito Eduardo Braide terá na pré-campanha e na campanha do senador Weverton Rocha, o que definirá com precisão o significado da expressão “meu candidato”. Mas, independentemente dessa definição, a declaração do prefeito ludovicense injetou enorme quantidade de combustível no foguete “sem ré” do senador pedetista, acirrando mais ainda a disputa com o governador Carlos Brandão (PSB), candidato à reeleição.

O prefeito de São Luís não é um aliado qualquer nessa corrida ao Governo do Estado, comanda o maior e mais importante município do Maranhão, no qual uma fatia expressiva do eleitorado tende a seguir sua orientação. Sem compromisso partidário depois que deixou o Podemos, Eduardo Braide adotou a cautela e o pragmatismo de sempre para analisar cuidadosamente o cenário eleitoral de São Luís. De cara, já estava claro que ele dificilmente comporia com o governador Carlos Brandão, a começar pelo fato de ser ele o candidato apoiado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado, e por ter como um dos aliados mais ativos o deputado estadual Duarte Jr. (PSB), hoje, de longe, o maior adversário político e eleitoral do prefeito de São Luís, que inclusive vem sinalizando que disputará a Prefeitura com o atual prefeito em 2024.

Nesse cenário, o pré-candidato do PSC, Lahesio Bonfim, não tem raízes em São Luís e, até onde é possível enxergar, não guarda qualquer relação política com o prefeito de São Luís. E o ex-prefeito de dois mandatos de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., pré-candidato do PSD, faz campanha para passar quatro anos no Palácio dos Leões, mas se não der, tentará fazer nova escala no Palácio de la Ravardière no pleito municipal de daqui a dois anos. Devido às circunstâncias desse contexto, por mais distantes que estejam politicamente, apoiar o projeto de poder de Weverton Rocha é o caminho natural do prefeito Eduardo Braide.

Na hipótese da eleição do senador pedetista em outubro, e na de que o prefeito ludovicense seja reeleito em 2024, qualquer avaliação levará à conclusão de que essa relação terá prazo de validade: 2026. Se estiver no cargo, Weverton Rocha certamente tentará a reeleição; se for reeleito em 24, Eduardo Braide reunirá as condições para ser candidato a governador em 26. Se não for eleito, e na hipótese da eleição de Carlos Brandão, Weverton Rocha chegará em 2026 dividido entre encarar uma disputa com o governador de então e candidato à reeleição Felipe Camarão, e o já naquele momento ex-prefeito Eduardo Braide. Esse optar por tentar a reeleição, terá pela frente ninguém menos que o já então ex-governador Carlos Brandão. Esse conjunto de possibilidade explica em parte o empenho do senador pedetista de chegar ao Palácio dos Leões em outubro.

Mas o que vale mesmo é o cenário de agora, no qual o senador Weverton Rocha, que se mantém estacionado no patamar que vai de 20 a 25% das intenções de voto, reforça seu poder de fogo político com o aval do prefeito de São Luís.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

PSD procura nome de impacto para vice de Edivaldo Jr.

O comando da campanha do ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr., candidato a governador pelo PSD, teria iniciado consultas para definir seu companheiro de chapa. Conduzido pelo presidente do partido no Maranhão, deputado federal Edilázio Jr., e coordenado pelo deputado estadual César Pires, o processo de consultas visaria escolher uma mulher para compor a chapa. De acordo com a fonte, nada vazou ainda sobre o assunto, embora já se saiba que a intenção dos chefes do PSD é escolher um nome que cause impacto.

 

Evento reúne profissionais da comunicação para esclarecer sobre condutas vedadas no período eleitoral

Entre Tarcísio Araújo e Alexandre Pereira, Sílvia Tereza abre a reunião de trabalho

Os sistemas de comunicação – TV, rádio, jornais, revistas e portais virtuais – dos Poderes do Estado terão de passar por reajustes de modo a darem continuidade às suas funções de disseminar informações no período de 02 de Julho a 02 de Outubro. É o caso da Assembleia Legislativa, que tem um Complexo de Comunicação e diversos canais de informação e seus profissionais que agora, por causa do período eleitoral, terão de se ajustar às regras que balizarão a área durante a campanha eleitoral. A atualização desse contexto se deu na Assembleia Legislativa nesta semana, na reunião de trabalho sobre o tema “Condutas Vedadas e Lei das Eleições”.

O evento reuniu na mesa o procurador-geral do Poder Legislativo, Tarciso Araújo, e o subprocurador geral do Estado, Alexandre Cavalcante Pereira, sob a mediação das diretora-adjunta de Comunicação, jornalista Sílvia Tereza, que definiu o evento como “extremamente importante”, por conta do objetivo de orientar os profissionais da Casa para que possam se adequar às regras da lei eleitoral, no que diz respeito às condutas vedadas ao longo dos três meses antes do pleito de outubro”, disse Silvia Tereza.

Informações importantes:

Deve haver uma distinção do que é propaganda eleitoral e matéria de cunho institucional, não sendo permitida a primeira no período vedado.

A lei se mostra muito mais rígida quanto ao uso de bens móveis e imóveis do poder público no período de campanha, que deve ser respeitado o princípio da isonomia, para que detentores de mandato que esteja no exercício do mandato não leve vantagem na disputa.

O parlamentar não pode deixar de divulgar seu trabalho, desde que suas mensagens não tenham conotação de cunho politiqueiro, deixando implícito o pedido de voto.

Matérias divulgadas pelo site institucional e as outras plataformas do Legislativo, anteriores ao período vedado, podem permanecer, desde que sejam acrescidas as datas de sua publicação.

Tarciso Araújo e Alexandre Pereira deram alguns exemplos já destacados em jurisprudências do TSE e responderam às indagações de jornalistas, radialistas e editores que participaram da reunião de trabalho. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa)

São Luís, 24 de Junho de 2022.

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