Partido de Bolsonaro tenta encontrar candidatos para disputar sucessão em São Luís e Imperatriz

 

Chico Carvalho filia Tadeu Palácio como pré-candidato a prefeito e troca ideias com o prefeito Assis ramos, de Imperatriz

Por mais que alguns políticos e observadores insistam em avaliar para menos os movimentos do PSL em busca de espaço para disputar as prefeituras de São Luís e de Imperatriz, é fato incontestável que o partido do presidente Jair Bolsonaro está cumprindo uma agenda ativa, muito provavelmente orientado pelo braço político do Palácio do Planalto. A filiação do ex-prefeito Tadeu Palácio, que manifestou disposição de devolver ao cabide, pelo menos temporariamente, o jaleco de oftalmologista para entrar na briga pelo Palácio de la Ravardière, e a incursão do presidente do partido, vereador Chico Carvalho (SL) em Imperatriz, onde trocou impressões sobre com o prefeito Assis Ramos, que migrou recentemente do MDB para o DEM e é candidatíssimo à reeleição, são evidências claras de que os objetivos do PSL nas eleições são muito mais amplos do que se imagina. E confirmam integralmente registro da Coluna em edição recente, mostrando, com base na revelação da colunista Dora Kramer, de Veja, segundo a qual o Palácio do Planalto vai colocar em prática um projeto de jogar todo o peso político do Governo Bolsonaro para eleger prefeitos em capitais e grandes municípios, como é o caso de São Luís e Imperatriz no Maranhão.

É evidente que são mínimas as chances de o PSL se tornar um partido forte no Maranhão, com cacife para lançar candidatos de peso em São Luís e em Imperatriz. O mesmo pode-se dizer em relação a municípios importantes, como Caxias, Timon, Codó, Bacabal, Santa Inês, Pedreiras, Chapadinha e Coroatá, onde a legenda praticamente não existe e nem se tem notícia de políticos com alguma influência e algum potencial eleitoral com disposição para encarar o desafio eleitoral apresentando-se como candidatos do Palácio do Planalto.

No caso de São Luís, o PSL é um partido fraco, com apenas dois vereadores, mas sem qualquer traço de militância nem potencial de crescimento. Com exceção do ex-prefeito Tadeu Palácio, que está fora de circulação há mais de uma década e perdeu quase todo o seu cacife eleitoral depois que deixou o PDT, os nomes que até agora manifestaram intenção de entrar na briga para a sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), não têm base eleitoral nem lastro político que indique algum potencial para sair do traço. O coronel de pijamas Ribamar Monteiro, atual chefe do Departamento de Patrimônio da União (DPU) no Maranhão é uma caricatura política, que não desperta interesse nem nos bolsonaristas mais animados. O médico Allan Garcês, que participou ativamente da campanha de Jair Bolsonaro no Maranhão, ainda não disse o que pretende de fato, havendo quem confirme que ele é pré-candidato, como também que diga que dificilmente ele deixará o cargo importante que ocupa no terceiro escalão do Ministério da Saúde para entrar numa disputa com os deputados federais Eduardo Braide (Podemos) e Rubens Jr. (PCdoB) e os deputado estaduais Duarte Jr. (PCdoB), Neto Evangelista (DEM) e Doutor Yglésio (PDT).

Ciente da quase impossibilidade de eleger o prefeito de São Luís, o comando do PSL não descarta a participação de um nome do partido como candidato a vice em chapa de um candidato forte.

A mesma situação de aplica a Imperatriz. Na conversa com o prefeito Assis Ramos, Chico Carvalho fez todo tipo de sondagem, inclusive a possibilidade de o PSL indicar o vice na chapa liderada pelo democrata. Isso porque, mesmo que consiga um nome para ser o candidato do partido, este dificilmente terá alguma chance numa disputa envolvendo o prefeito Assis Ramos, o deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), e os ex-prefeitos Ildon Marques (PP) e Sebastião Madeira (PSDB).

O fato é que o partido do presidente Jair Bolsonaro está em ação para ocupar um lugar na corrida eleitoral de São Luís, seja com candidato a prefeito ou indicando o vice numa chapa qualquer, o mesmo acontecendo em Imperatriz. Com a experiência que acumulou, Chico carvalho sabe que o eleitorado na Capital é majoritariamente oposicionista, o que reduz drasticamente as chances de um eventual candidato planaltino.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Eliziane enquadra Bolsonaro e pede à PF que investigue suas declarações sobre queimadas

Eliziane Gama pede à Polícia federal que investigue declarações de Jair Bolsonaro sobre queimadas

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) se posicionou mais uma vez com firmeza crítica em relação a declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Ontem, ela reagiu indignada à suspeita levantada pelo presidente de que militantes de ONGs, com a conivência de governadores, estariam por trás das queimadas que estão tostando grande parte da Amazônia brasileira e causando espanto e preocupação em todo o planeta. Para começar, a senadora maranhense criticou duramente o presidente Jair Bolsonaro por fazer acusações tão graves sem apresentar qualquer prova, gesto por ela classificado   como irresponsável. Em entrevista ao Jornal Nacional, da rede Globo, Eliziane Gama informou que havia encaminhado ofício à Polícia Federal pedindo a apuração urgente das declarações do presidente da República, por considerá-las muito graves e por considerar absurdo o fato de um chefe de Estado fazer uma acusação desse quilate sem apresentar uma punica prova.

– Essa grave acusação precisa de uma resposta oficial das instituições. É inconcebível que a presidência da República ao invés de agir com firmeza contra as queimadas se esconda atrás de sandices e fakes. A Amazônia é vital para o Brasil e vital para o mundo – assinalou a senadora, que se firma cada vez mais como uma voz respeitada Senado da República

 

Preocupado com a tensão pré-eleitoral, Adelmo Soares pede menos conflitos e mais trabalho na AL

Adelmo Soares fez apelo aos deputados para reduzir o clima de tensão no plenário do Legislativo

O trecho final de um rápido discurso feito ontem pelo deputado Adelmo Soares (PCdoB) mediu bem o grau de tensão que vem afetando as relações no plenário da Assembleia Legislativa por conta das eleições municipais do ano que vem. Parlamentar com os pés no chão e com vocação conciliatória, Adelmo Soares tem operado com eficiência política, já sendo considerado um quadro de peso no grupo de proa da bancada governista.

No seu discurso, ele pontuou: “Quero deixar o meu apelo a esta Casa para que possa reinar o entendimento entre a gente. Nós somos pares e temos que ter o respeito um para com o outro, temos que ter o mínimo de sensibilidade para uma boa convivência. Para isso precisamos respeitar o espaço do outro e nunca imaginar no melindre de sempre achar que há um complô contra A ou contra B. Nós somos amigos, parceiros, nossa eleição será daqui a dois anos e meio, três anos, agora é hora de trabalhar em prol do Maranhão. Faço um apelo a esta Casa para que a gente possa trabalhar nesse sentido e as nossas divergências políticas sejam debatidas no campo político e não no campo pessoal”.

Não deu qualquer justificativa para tal comunicação, mas o tom ao mesmo tempo conciliador e preocupado evidenciou seu incômodo com os recentes embates no plenário envolvendo os deputados Duarte Jr. (PCdoB), Neto Evangelista (DEM) e Doutor Yglésio (PDT), todos candidatos a candidatos a prefeito de São Luís.

São Luís, 23 de Agosto de 2019.

Um comentário sobre “Partido de Bolsonaro tenta encontrar candidatos para disputar sucessão em São Luís e Imperatriz

  1. Quem apoiava abertamente a candidatura do Bolsonaro a presidência nesse país? Quantos eram os políticos de renome nacional que o apoiavam? Que grupo pertencia o atual presidente para vencer tal batalha? Quem era o PSL tempos atras ? Quem queria fazer parte desta Agremiação? Em São Luís o PSL só tem o Tadeu Palácio e dois vereadores os outros dois pretendentes do partido ao comando da cidade são meros coadjuvantes sem expressão e sem votos. A direção do partido tem que saber usar e manipular essa grande arma que está no seu poder,Tadeu.

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