
cumprirá seu mandato de quatro anos; mas se quiser, tem cacife para ser senador
O governador Carlos Brandão (sem partido) e seu Governo estão bem na avaliação dos maranhenses. De acordo com pesquisa do instituto Quaest, contratada pelo Grupo Mirante, o desempenho administrativo do governante é aprovado por nada menos que 71% dos entrevistados. No contrapeso, 23% disseram que não aprovam sua gestão, enquanto 6% não souberam ou não quiseram responder. Os números encontrados pela Quaest, que ouviu 1.404 pessoas no período de 15 a 20 de outubro em todo território estadual, mostram que a gestão de Carlos Brandão tem o aval de larga maioria em todas as regiões do Maranhão.
Na Ilha de Upaon Açu, incluindo São Luís, o governador Carlos Brandão também está bem na foto, sendo aprovado por 58% dos entrevistados contra 38% que declararam não aprovar sua gestão. Um resultado para ser comemorado, se levado em conta o fato de que, de um modo geral, o ilhéu, em especial o ludovicense, tem fama de rebelde e, de fato, costuma torcer o nariz para gestores em levantamentos dessas natureza.
Na sua investigação sobre avaliação do governador Carlos Brandão, a Quaest foi além e perguntou aos entrevistados “Como o Maranhão está indo?” As respostas bateram com a avaliação geral, já que 61% responderam que o estado encontra-se “Na direção certa”, contra 31% que responderam que está “Na direção errada”, enquanto 8% não souberam ou não quiseram responder.
Na mesma toada, a pesquisa seguiu em frente perguntando se, no momento, o Maranhão está “melhorando”, encontra-se “parado” ou está “piorando”. A essa indagação 55% avaliaram que o estado está “melhorando”, 32% acham que está “parado”, e 10% disseram que está “piorando”.
A Quest dividiu o Maranhão em quatro regiões e quis saber como o governador Carlos Brandão é visto em cada uma delas, tendo encontrado diferentes resultados. No Norte do estado, 71% aprovam e 21% desaprovam o Governo. No Oeste, 73% aprovam e 23% não aprovam. No Leste, 73% aprovam e 21% não aprovam. E no Sul do Maranhão, 79% disseram aprovar a gestão, enquanto 16% responderam que não aprovam.
A pesquisa Quaest apurou que, ao mesmo tempo em que o governador Carlos Brandão tem aprovação acima dos setenta pontos percentuais, a avaliação do Governo do Estado é mais comedida. Nesse item, o Governo estadual é avaliado positivamente por 46%, como regular por 35% e como negativo por 12% dos entrevistados.
O governador Carlos Brandão consegue manter um padrão de avaliação quase que homogêneo em todo o território estadual, com percentuais de avaliação muito elevados. A explicação pode estar no fato de que ele deu ao seu Governo forte viés municipalista, levando obras civis – pontes, estradas, pavimentação urbana, áreas de lazer, entre outras – para todos os 217 municípios, dando também abrangência estadual a programas sociais de largo alcance, como o Restaurante Popular – com 201 unidades já implantadas em mais de 180 municípios -, e o Maranhão sem Fome – que está beneficiando milhares de famílias, para citar apenas duas ações abrangentes.
O governador tem obtido muitos recursos da união por conta do seu bom relacionamento com o presidente Lula da Silva (PT), assim como uma arrojada política de atração de investimentos nas mais diversas áreas, como, por exemplo, o complexo industrial da Inpasa, implantado em Balsas para a produção de proteína vegetal e combustível.
Não é sem razão, portanto, mesmo sob fogo cerrado da oposição na Assembleia Legislativa, que não lhe dá trégua, que as pesquisas de opinião sobre a corrida eleitoral do ano que vem o tem colocado como detentor do maior número de intenções de voto para o Senado, mesmo depois de ter anunciado sua disposição de permanecer no Governo até o final do seu mandato. O que explica também o desempenho do secretário Orleans Brandão (MDB), por ele escolhido como pré-candidato à sua sucessão.
PONTO & CONTRAPONTO
Dino ordena a realização de campanhas para orientar cidadão sobre a execução de emendas
O ministro Flávio Dino, da Suprema Corte, disparou mais um míssil de alto poder contra os esquemas que desviam recursos de emendas parlamentares. Ele determinou que o Governo da União e o Congresso Nacional elaborem e veiculem campanhas publicitárias que orientem a população no sentido de acompanhar a aplicação dos recursos das emendas parlamentares, fulminando as caixas pretas que eram as emendas pix.
De acordo com a sua orientação, as campanhas devem ser exibidas em emissoras comerciais e na internet, entre dezembro de 2025 e março de 2026, e também em todos os veículos de comunicação públicos – TV Brasil, Agência Brasil, Voz do Brasil, TV Brasil, Agência Brasil, Voz do Brasil, TV Senado, TV Câmara e TV Justiça.
Flávio Dino justificou a medida argumentando que os cidadãos só podem fiscalizar a aplicação dos recursos se tiverem “capacidade de localizar, compreender e utilizar as informações públicas referentes às emendas parlamentares”.
E acrescentou: “Nesse contexto, impõe-se um esforço consistente de letramento digital, capaz de reduzir a assimetria informacional que exclui aqueles que não dominam os meios de busca, sob pena de a transparência permanecer meramente formal e, portanto, inoperante como instrumento de controle democrático”.
Por determinação do ministro, o Portal da Transparência da União foi reformulado para concentrar informações sobre a aprovação e a execução das emendas. As campanhas devem explicar como usar a plataforma. Os conteúdos e a frequência das inserções serão definidos pelas equipes responsáveis no Executivo e no Legislativo, segundo a decisão.
O ministro Flávio Dino também mandou notificar os Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios para que enviem ao STF, até o dia 31 de dezembro de 2025, atos normativos sobre transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares aprovadas por deputados estaduais, deputados distritais e vereadores. O prazo foi fixado em complemento à decisão que, na semana passada, estendeu aos Estados e municípios as mesmas regras de transparência definidas para repasses federais.
Com a mudança das regras, as investigações em curso pela Polícia Federal em busca de recursos que entraram no ralo da corrupção proporcionada pelas emendas pix, e agora o estímulo para que o cidadão acompanhe a aplicação desses recursos, evitando que ocorram esquemas e desvios.
Flávia Berthier ataca Lula e leva invertida de Paulo Victor
A vereadora Flávia Berthier (PL) se viu ontem em situação desconfortável no plenário da Câmara Municipal, onde entrou errada ao fazer um agressivo aparte ao vereador petista Jonathas Soares, do Coletivo Nós, que destacava a ação de estadista do presidente Lula da Silva (PT) na condução da crise com os EUA e os avanços alcançados na economia.
Bolsonarista roxa, e visivelmente incomodada com o fracasso retumbante da estratégia criminosa do deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) de jogar o presidente Donald Trump contra as instituições e a economia do Brasil, com a imposição do tarifaço, Flávia Berthier pediu aparte e criticou a fala do vereador.
A vereadora disse que o presidente Lula da Silva não a representa, criticou o atual Governo da União e acrescentou, repetindo um surrado jargão da extrema-direita: “Quem mais se alegrou na eleição do presidente Lula foi dentro dos presídios”.
Nem bem concluiu o ataque infeliz, a vereadora tomou uma invertida do presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB) que, sem alterar a voz, reagiu afirmando que seu filho festejou a vitória de Lula da Silva. E prosseguiu afirmando que ele e seus familiares comemoraram a vitória do líder petista “e não fazem parte de presídios”.
Diante da reação do presidente Paulo Victor, Flávia Berthier tentou contra-atacar afirmando que não dissera que apenas em presídios houve comemoração. Mas, ato contínuo, tomou outra invertida do presidente Paulo Victor, que alcançou o ex-presidente Jair Bolsonaro: “E hoje, quem está preso dentro de casa é o presidente de Vossa Excelência”, referindo-se ao ex-mandatário, que está em prisão domiciliar, condenado a 27 anos por golpismo.
Não foi um bom momento para a porta-voz da família Bolsonaro em São Luís.
São Luís, 29 de Outubro de 2025.

