A declaração do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) de que será o seu grupo, e não ele isoladamente, quem escolherá o pré-candidato ao Governo do Estado, funcionou como uma forte pisada no freio em relação ao senador Weverton Rocha, pré-candidato do PDT, cujos aliados, visivelmente entusiasmados, já davam o apoio como favas contadas. Com a manifestação, feita em live na noite de segunda-feira, o parlamentar admitiu pela primeira vez que está fora da corrida aos Leões, mas, ao contrário era esperado no meio político, ele não só não bateu martelo sobre o nome a ser apoiado, como também resolveu consultar o seu grupo, assegurando que o pré-candidato que terá o seu apoio será o que os aliados escolherem. Se, de fato, Josimar de Maranhãozinho abrir mão do seu poder de decisão e permitir os integrantes do seu grupo discutam as pré-candidaturas e se posicionem em relação a uma delas, pode acontecer de tudo, podendo a escolha recair sobre qualquer um dos pré-candidatos, incluindo, claro, o senador Weverton Rocha e o governador Carlos Brandão (PSB).
O que o deputado federal Josimar de Maranhãozinho chama de seu grupo é a soma de ele e mais três deputados federais, cinco deputados estaduais, 40 prefeitos que seu partido elegeu – entre eles Júlio Matos (PL), de São José de Ribamar, e Rigo Teles (PL), de Barra do Corda, por exemplo -, além de um expressivo número de vereadores. Trata-se de um grupo com peso político e eleitoral, que, se atuar unido e bem articulado, pode ter papel importante no desempenho do candidato que vier a apoiar. Tanto que no meio político é corrente a certeza de que todos os pré-candidatos querem o apoio do grupo por ele comandado, independentemente da sua condição de investigado por corrupção e outras bandalheiras, e de mais importante aliado de proa do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Maranhão.
Para escolher um dos pré-candidatos, Josimar de Maranhãozinho e seu grupo terão de resolver uma série de questões que, se não bem resolvidas, poderão melar qualquer acordo. A primeira delas é o fato de o PL por ele comandado ser o partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição, o que obriga a ele e seu grupo se alinharem automaticamente à campanha do presidente da República no Maranhão. Se esse fato vier a pesar mesmo, dificilmente o grupo chefiado pelo presidente do PL apoiará, por exemplo, o governador Carlos Brandão, que está alinhado à campanha do ex-presidente Lula (PT), nem o senador Weverton Rocha, que se encontra ainda em cima do muro em relação ao pré-candidato do seu partido, Ciro Gomes (PDT), e ao líder petista. Nesse tabuleiro de pré-candidatos, restam-lhe Edivaldo Holanda Jr., cujo partido, o PSD, ainda não se definiu na corrida presidencial; e Lahesio Bonfim (PSC), que poderia ser o chamado “caminho natural”, mas por quem Josimar de Maranhãozinho não nutre “um real” de simpatia.
Nos bastidores, todos sabem que Josimar de Maranhãozinho tem simpatia pela pré-candidatura do governador Carlos Brandão à reeleição. Os dois dialogam sem problemas, já conversaram diversas vezes, inclusive em meio à informação segundo a qual entre 10 e 15 dos 40 prefeitos em tese controlados pelo chefe do PL já teriam lhe comunicado que apoiarão o projeto de reeleição do chefe do Poder Executivo, que espera o apoio desse grupo. Uma eventual aliança com o senador Weverton Rocha se dará mais no campo da conveniência, uma vez que os dois não nutrem simpatia política um pelo outro, mas entre eles poderá ser firmado um acordo que inclua, por exemplo, a vaga de vice. Weverton Rocha tem incentivado seus aliados a propalarem a possível aliança, mas ele próprio tem sido cauteloso sobre o assunto. O mesmo se dá com Josimar de Maranhãozinho.
O fato é que, ao admitir que está fora do páreo e jogar para o grupo a escolha do pré-candidato, Josimar de Maranhãozinho passou uma borracha no que estava rascunhado e abriu caminho para um desenho imprevisível, que pode ligar sua turma ao PDT, ao PSB, ao PSD ou até mesmo ao PSC.
PONTO & CONTRAPONTO
Dino diz que Moro “assassina o Direito”
O ex-governador Flávio Dino (PSB), ex-juiz federal, volta e meia dá lições de Direito ao ex-juiz federal Sérgio Moro. A mais recente, em tom de “puxão de orelha”, foi “ministrada” ontem. O roteiro mais uma vez envolveu o ex-presidente e pré-candidato a presidente Lula da Silva (PT).
Irritado com questionamentos acerca do seu domicílio eleitoral, um dos itens do imbróglio em que se transformou seu início de carreira política, Sérgio Moro resolveu reagir atirando contra o ex-presidente Lula da Silva. Ele escreveu: “Ressalvo que as condenações de LL não foram anuladas por erros da primeira instância, mas, sim, por erros da última instância. A corrupção na Petrobras foi profunda e LL não foi inocentado no mérito por ninguém”. E acrescentou como que reclamando que “a candidatura de um condenado em 3 instâncias seja tratada com naturalidade”.
Flávio Dino não deixou por menos, e disparou na direção do ex-chefe da Lava Jato e ex-“menino de ouro” do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL): “É constrangedor ver um colega ex-juiz federal dedicar-se a assassinar o Direito em tweets. Falar em “inocentar no mérito?” Que maluquice é essa? E agora dizer que existem “condenações em 3 instâncias” contra Lula? E a declaração de nulidade?”
Flávio Dino fala com autoridade sobre e os tropeços jurídicos de Sérgio Moro. Eles ingressaram na magistratura federal pelo mesmo concurso, com o detalhe de que Flávio Dino foi aprovado em 1º lugar e Sérgio Moro em 16º.
Flávio Dino foi um juiz correto, sem nenhuma mancha na sua carreira. Além disso, conquistou o respeito da sua categoria, tendo se elegido presidente da Associação dos Juízes Federais, uma das entidades mais atuantes e respeitadas da magistratura brasileira. Deixou a magistratura pela porta da frente para entrar na política, elegeu-se em deputado federal em 2006, tendo sido apontado como um dos melhores quadros da Câmara Federal entre 2007 e 2010, destacado como legislador, principalmente como relator de vários projetos importantes, entre eles o da Lei da Ficha Limpa. Concorreu sem sucesso à Prefeitura de São Luís em 2008 e ao Governo do Estado em 2010, mas foi consagrado ao ser eleito governador no primeiro turno em 2014, e reeleito em 2018, também em turno único. Fez um governo marcado pela correção e pela eficiência e é favorito na disputa ao Senado.
Depois de anos sem expressão na magistratura, Sérgio Moro criou o grande filão da Lava Jato, no qual se projetou como paladino da luta contra a corrupção. Só que nessa função atropelou a lei, desrespeitou direitos, abusou do seu poder e jogou tudo por terra ao deixar a magistratura para se tornar ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, em quem o pretendeu dar um golpe para se tornar nome forte para a presidência da República. Jair Bolsonaro percebeu o jogo e criou as condições para que ele pedisse demissão. Tentou viabilizar sua candidatura a presidente, mas nenhum partido quis lhe dar a vaga. Caminha para um já visível ocaso político.
Macedo faz Podemos sair da “gaveta” e se tornar o partido viável
Até três meses atrás na condição de partido com potencial para ser o grande suporte do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, no seu projeto de chegar ao Governo do Estado em oposição ao grupo atualmente no poder estadual, o Podemos deu uma guinada e apoiará a pré-candidatura do governador Carlos Brandão (PSB) ao Governo do Estado e a do ex-governador Flávio Dino (PSB) ao Senado. Agora comandado pelo deputado estadual Fábio Macedo, o partido foi turbinado com uma série de filiações de peso, entre elas a do ex-prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, a do suplente de deputado federal Dr. Elizabeth, o suplente de deputado estadual Jota Pinto, o vereador Marcial Lima, ex-líder do Governo na Câmara Municipal, entre outros líderes.
Antes visto como um político sem muito futuro, devido principalmente a problemas de natureza pessoal, o deputado Fábio Macedo vem surpreendendo com o um operador político ativo, tendo conseguido transformar o Podemos num partido competitivo: “Quando recebemos o partido, já tínhamos uma representação na Câmara, mas éramos completamente desconhecidos no estado. Eu sempre digo que pegamos um partido na gaveta e, em apenas cinco dias, com todo esforço, montamos uma chapa com 42 pré-candidatos a deputado estadual e 19 pré-candidatos a deputado federal”.
Seu entusiasmo faz todo sentido.
São Luís, 18 de Maio de 2022.
Polítco ruim? Vamos tirar.
Sobretudo se nivelar a arte e a cultura e a educação por baixo como a religião, cujo nome é Petismo, fez e faz…
O Brasil precisa urgente voltar a qualidade de sua vida diária boa. Educação nas Escolas. Ter músicas realmente boas no dia a dia. E bons hospitais. O Brasil precisa urgente voltar a qualidade de sua música.
PT venera a Indústria Cultural. Melhor para dominar. Literatura e alta cultura é de que o Brasil necessita a tempo nas nossas escolas e na educação das curuminhas. E de música boa. Esteticamente boa. A frente de tudo a qualidade de 1ª. Estética. O Jogo de Cartas da Educação Infantil: Seria o bom gosto nas escolas. Tal qual Tarkovsky. Ou como o cinema antigo (de qualidade brasileiro). Eis: 1º lugar educação dos mais jovens, para se ter solidez no futuro próximo. Necessitamos muito de bons hospitais. E escolas boas para os curumins. Precisamos de alta-cultura. Alta literatura; Kafka, Drummond, Dostoievski, Machado de Assis, Aluísio Azevedo do Maranhão.
De arte autônoma. E educação verdadeira nas escolas dos pequenos. O que não houve. O Brasil vive consequência de nosso passado político bem atual (2 décadas). Fome, falta de moraria, atraso, breguices, escolas ruins, falta de hospitais: concreto… O resto são frasinhas® poderosas: Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica: A “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©. Nada se fez em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso.
Apenas propagandas e propagandas e publicidade. Frasinhas. Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT®?
Apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”).
Apenas signos dessubstancializados. Sem corporeidade. Aqui a superficialidade do PETISMO®: Signos descorporificados. Sem substância. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda pura. O PT é truculento PT = desonra. Ignomínia. Indigno. Poluição. Realidade crua.
“Assim como alguém pode reconhecer o rastro tortuoso de uma cobra, eu reconheço o rastro tortuoso de um vigarista como o Lula.
Cara Martha Hirsch, respeito sua opinião sobre a política cultural do governo do presidente Lula (PT), que, acredito, seja sincera. Gostaria de conhecer também sua opinião sobre a política cultural do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Fico no aguardo.