Se depender do senador Weverton Rocha, o seu partido, o PDT, não formará uma federação com o PSB para as eleições municipais de 2024, só admitindo esse tipo de aliança entre as duas agremiações para as eleições gerais de 2026. Com esse posicionamento, o senador, que preside o partido no Maranhão e é atualmente um dos – se não o – mais influentes membros da cúpula nacional da legenda brizolista, praticamente descarta uma composição como PSB no estado para as eleições municipais do ano que vem. Isso indica que o PDT provavelmente se manterá distanciado da aliança liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB), podendo se aliar de novo ao prefeito Eduardo Braide (PSD), que deve buscar a reeleição, montar um grupo com grupos da direita bolsdonarista ou, o que é mais improvável nesse contexto, lançar candidatos nas grandes cidades, a começar por São Luís.
O argumento contrário à federação PDT/PSB já para as eleições municipais, avalia que o PDT seria engolido pelo PSB, que hoje acumula uma enorme passa de poder, a começar pelo fato de que ter o governador do Estado e a presidente e ¼ da Assembleias Legislativa. “Isso é muito poder”, avaliou o senador Weverton Rocha, para quem o PDT sairia gravemente enfraquecido. Para ele, o partido deve estar livre de uma aliança dessa natureza para poder dialogar com outras correntes, incluindo o prefeito Eduardo Braide sobre a sucessão em São Luís, com o prefeito Assis Ramos (Republicanos) sobre a corrida sucessória em Imperatriz, e ainda com o prefeito Júlio Matos (PL) sobre a guerra pela Prefeitura de São José de Ribamar.
A julgar por suas declarações descartando unir o PDT ao PSB em federação já para as eleições municipais, o senador Weverton Rocha parece inclinado a tentar repetir a fórmula de 2020, quando jogou todo o peso do seu mantado senatorial e do PDT como partido para fazer o maior número possível de prefeitos. E assim chegar a 2026 politicamente cacifado para bancar sua candidatura ao Palácio dos Leões, numa provável disputa com o atual vice-governador Felipe Camarão (PT), que naquele ano deverá ser governador em busca da reeleição, ou tentar renovar o mandato de senador, disputando diretamente com o governador Carlos Brandão (PSB) ou com a senadora Eliziane Gama (PSD). E nesse cenário possível, federar o PDT com o PSB agora não é, na sua visão, um bom acerto político.
Nesse contexto, a corrida para a Prefeitura de São Luís é um fator decisivo para os planos futuros do senador Weverton Rocha e do seu partido como um todo. Para começar, fazer uma aliança pontual, de conveniência óbvia, com o prefeito Eduardo Braide (PSD) não parece ser o melhor caminho. Isso porque o resultado do que fora “plantado” de 2020, que visava fartura de votos em 2022, foi excelente para o prefeito, mas um completo desastre para o senador, que foi triturado em São Luís, onde esperava receber uma votação capaz de levar a disputa para um segundo turno entre ele e o governador Carlos Brandão, tendo acontecido exatamente o inverso.
O senador Weverton Rocha, com a experiência já acumulada, sabe que o controle político e administrativo de São Luís, ou pelo menos ter um aliado forte no comando do maior colégio eleitoral do Maranhão é fundamental para qualquer projeto político de abrangência estadual, como é o caso da renovação de mandado senatorial ou de chegar ao do Palácio dos Leões. E diante dos tombos que ele e seu partido têm sofrido na Capital, onde deu as cartas, direta ou indiretamente, durante as três últimas décadas, sabe que ambos se encontram um momento decisivo, que não podem errar no próximo passo, sob pena de caírem num abismo sem retorno.
É claro que sendo a política a arte do diálogo, não existe nela o que não seja possível. No caso do senador Weverton Rocha e do PDT no atua contexto, o problema é decidir com quem dialogar e qual a margem de concessão que pode fazer para a construção de um acordo que produza bom resultado nas urnas de 2024, e, claro, tenha desdobramentos em 2026.
PONTO & CONTRAPONTO
Brandão volta a Brasília para reunião com Lula sobre segurança nas escolas
Nem bem retornou da longa e exaustiva viagem à China integrando a comitiva do presidente Lula da Silva (PT), o governador Carlos Brandão desembarca hoje em Brasília para uma reunião importante e decisiva com o presidente da República: definir uma política eficiente de segurança nas escolas e creches, que estão se tornando espaço de tensão e medo por causa de ataques assassinos tresloucados.
O governador lava na pasta um diagnóstico e um elenco de propostas, elaborados, a seu pedido, durante sua viagem pelo governador em exercício Felipe Camarão (PT), que é também secretário estadual de Educação e conhece bem o assunto. De acordo com o próprio governador, o objetivo da reunião – para a qual estão convidados todos os governadores -, “é desenvolver estratégias conjuntas de promoção da paz e combate a discursos de ódio nas escolas do Maranhão e do Brasil.
O que for decidido em Brasília será instituído imediatamente no Maranhão.
Vetos não mudam a essência do Plano Diretor e devem ser mantidos
Não há tensão forte entre a Câmara Municipal e o prefeito Eduardo Braide (PSD), depois de ele ter vetado alguns itens do novo Plano Diretor, sancionado no início da semana que passou. Por recomendação da Procuradoria Geral do Município, comandada pelo advogado Bruno Duailibe, o prefeito vetou pontos que se chocavam com a Lei Orgânica do Município, o que poderia resultar em questões judiciais futuras, com desgastes de tempo e recursos e ainda dificuldades administrativas para a Prefeitura.
De acordo com a Prefeitura, nenhum artigo essencial e importante foi vetado. Os itens retirados são todos dispensáveis.
Houve, é verdade, algum incômodo com os vetos. Mas eles foram devidamente explicados ao experiente e esclarecido presidente em exercício da Câmara Municipal, vereador Francisco Chaguinhas (Podemos), que participou da solenidade de sanção da lei que institui o Plano Diretor. Os vetos serão discutidos pela Câmara em breve, provavelmente com discussões inflamadas. Mas dificilmente a maioria dos vereadores derrubará os vetos, já que, segundo um advogado bem informado ouvido pela Coluna, eles estão bem fundamentados.
Em meio ao entusiasmo pela inauguração de 300 obras nos primeiros 100 dias do seu novo Governo e à boa repercussão da sua viagem à China integrando a comitiva do presidente Lula da Silva (PT), o governador Carlos Brandão (PSB) reassume neste Domingo o comando do Estado embalado por uma notícia que lhe dá motivos para comemorar: ele é o sétimo governador mais popular do País e o segund0 entre os nordestinos. É mostra o Índice de Popularidade Digital (IPD), calculado pela empresa de pesquisa e consultorias Quest, que faz a medição diariamente e agora calculou a média dos primeiros 100 dias dos novos governos e de governos reeleitos. Como sétimo, o governador do Maranhão integra o time dos “10 mais” do ranking liderado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Entre os nordestinos, o maranhense só perde para a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), que ocupa o 1º na região e o 2º no plano nacional.
Não pouca coisa, não, porque, além dos dois primeiros, à frente do governador do Maranhão estão o mineiro Romeu Zema (Novo), o gaúcho Eduardo Leite (PSDB), o paraense Helder Barbalho (MDB) e o catarinense Jorginho Melo (PL). Mas, em contrapartida, está à frente do fluminense Cláudio Costa (PL), do capixaba Renato Casa Grande (PSB) e do goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), todos com elevado índice de popularidade nos seus estados. Essa situação dá ao dirigente maranhense uma posição na linha de frente do ranking de popularidade entre os 26 governadores brasileiros.
A popularidade do governador Carlos Brandão no universo digital, segundo o IPD da Quest, é o reflexo natural de um governante que vem surpreendendo aliados e adversários pelo uso equilibrado do que os especialistas chamam de inteligência política. Ele foi o secretário de Estado eficiente, o deputado federal (dois mandatos) produtivo, o vice-governador (sete anos e três meses) correto e atuante e agora, como governador reeleito vem fazendo uma gestão positiva, até aqui sem nenhum “porém”. No campo político, tem atuado como um grande conciliador, usando a unidade como objetivo político num estado em que as correntes têm dificuldade em fazer composições. Não é unanimidade política, mas administra hoje uma aliança de largo alcance, que lhe assegura governabilidade sem tremores.
A popularidade tem a ver com postura de Carlos Brandão como governante, exemplificada em três situações. Na tentativa de golpe em 8 de janeiro, o governador do Maranhão se posicionar aberta e enfaticamente contra os atos terroristas praticados pela extrema-direita bolsdonarista em Brasília. Durante o Carnaval, o governador participou dos grandes momentos da festa, se comportando como cidadão comum. No drama social causado pelas enchentes, o governador se fez presente, não só administrado ações de apoio aos desabrigados em mais de 60 municípios, como também foi duas vezes pessoa às áreas mais críticas, uma delas ciceroneando o presidente Lula da Silva, que atendeu ao seu convite para ver de perto os estragos causados pelas enchentes.
Pessoalmente, Carlos Brandão vem substituindo, sem açodamento, o político discreto, que evitava exposição excessiva, atuando num chefe de Estado expansivo, presente, alegre, que canta e dança dependendo do evento, mas que fala sério, e às vezes duro, quando a situação exige. Essa postura tem aproximado o governador das pessoas, contribuindo para uma relação sem maiores dificuldades. Assim, vai construindo uma imagem política com todos os ingredientes que chamam a atenção do cidadão e aumentam a sua popularidade, a ponto de estar situado entre os 10 governadores mais populares, ocupando um honroso sétimo lugar, segundo levantamento da Quest nas redes digitais, um território que não costuma ser simpático aos políticos de um modo geral.
Em Tempo: O índice, que vai de 0 a 100, é calculado por meio de um algoritmo de inteligência artificial que coleta e processa 152 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipédia e Google. O governador obteve 23,7%.
PONTO & CONTRAPONTO
PCdoB visita Camarão e reafirma apoio total ao Governo Brandão
Uma visita ao governador em exercício Felipe Camarão (PT), na sexta-feira, alimentou a base política que dá suporte ao Governo Carlos Brandão: a cúpula maranhense do PCdoB, encabeçada pelo presidente estadual do partido, deputado federam Márcio Jerry. Acompanharam o presidente do PCdoB os deputados estaduais Rodrigo Lago, Júlio Mendonça e Ana do Gás, além de diversos líderes e dirigentes do partido.
Na conversa, que transcorreu descontraída, o presidente Márcio Jerry reafirmou o total apoio do PCdoB ao Governo liderado pelo governador Carlos Brandão (PSB), do qual o partido faz parte como aliado e integrante da federação que uniu PSB, PT, PCdoB e PP na corrida às urnas. O governador em exercício Felipe Camarão destacou essa relação e disse que o PCdoB foi importante e decisivo para a vitória da chapa liderada pelo governador Carlos Brandão e o tendo como vice. “Se estamos nesta cadeira, eu e o governador Carlos Brandão, é porque tivemos a ajuda do PCdoB nessa trajetória”, disse o governador em exercício.
Márcio Jerry disse ainda que o PCdoB se manterá fiel à aliança que mantém hoje com o Governo do Maranhão com o mesmo afinco com que apoia o Governo do presidente Lula da Silva (PT).
Lira nomeia Roseana para função inócua
Anunciada com alguma a designação da deputada federal Roseana Sarney (MDB) para coordenar as ações federais em relação em favor dos desabrigados pelas enchentes no Maranhão. Tudo bem, a parlamentar conhece a situação como poucos, uma vez que a viveu treze vezes nos mais de treze anos em que governou o Maranhão. O problema é que a tal coordenação, para a qual foi designada por decisão do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-RN), é inócua, à medida que a coordenadora pouco ou nada pode fazer para otimizar as tais ações.
Além disso, a bancada maranhense já tem um coordenador, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), que já deve estar se movimentando nessa direção. E para completar, o Governo do Estado tem hoje um político atuante, o deputado estadual licenciado Othelino Neto (PCdoB), no comando da Representação do Governo do Maranhão em Brasília e cuja função é exatamente atuar para que os interesses do Maranhão em Brasília sejam defendidos e viabilizados nas diversas áreas do Governo Federal.
Em resumo, é pouco provável que a deputada federal Roseana Sarney tenha alguma coisa de concreto para realizar da boa vontade nessa função informal. Com a experiência acumulada, a deputada federal, ela poderia ser designada para funções legislativas efetivas. Seria muito mais coerente e proveitoso.
São Luís já tem traçado o roteiro do seu desenvolvimento urbano para os próximos anos, o Plano Diretor, debatido, revisado e aprovado há algumas semanas pela Câmara Municipal, depois de uma tramitação de seis anos, e sancionado ontem pelo prefeito Eduardo Braide (PSD), em ato solene no Palácio de la Ravardière. O Plano Diretor dá à Prefeitura de São Luís os instrumentos para a formulação de políticas, programas e projetos nos mais diversos aspectos da vida urbana, como infraestrutura e mobilidade, assim como disciplina o uso do solo, tanto no complexo urbano quanto na zona rural. Sua entrada em vigor é, sem dúvida um marco, corretamente classificado como “histórico” pelo presidente em exercício do parlamento municipal, Câmara Municipal, vereador Francisco Chaguinhas (Podemos).
Parte essencial do Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001), o Plano Diretor dá à Prefeitura de São Luís as diretrizes que podem levar a Capital rápida e seguramente a uma agenda de desenvolvimento sustentável, porque sugere a adoção de instrumentos indispensáveis, como a instalação do Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, e propõe a elaboração de um Código Municipal de Meio Ambiente e de um Plano Municipal de Arborização, entre outras medidas saudáveis para a vida na cidade. São Luís, por suas características especiais de cidade litorânea e depositária de um precioso acervo arquitetônico colonial a ser preservado, precisa de um balizamento que só um Plano Diretor abrangente pode oferecer.
Nos seus 208 artigos – 40 a mais do que a versão anterior, que tinha 168 –, o novo Plano Diretor parece enxergar, finalmente, São Luís como uma cidade especial, vocacionada, que abriga 1,2 milhão de habitantes, espalhados em mais de 800 bairros e uma zona rural movimentada, é circulada para os 500 mil veículos, amarga um desafiador déficit habitacional e convive duramente com um número expressivo de problemas e situações complicadas. Tudo isso precisa urgentemente da mão forte do Poder Público municipal por meio de ações planejadas, que só um Plano Diretor, com diretrizes macro e inteligentes, pode garantir.
Criado em 2006, por meio da Lei nº 4.669/2006, o Plano Diretor de São Luís, durante a estão do prefeito Tadeu Palácio (PDT), tendo entre suas regras básicas a exigência de ser revisado a cada 10 anos. A primeira revisão, portanto, deveria acontecer em 2016, mas não aconteceu. Os prefeitos desse período – o próprio Tadeu Palácio (2002/2008), João Castelo (PSDB) (2009/2012) e Edivaldo Holanda Jr. (2013/2020) -, focados em projetos fora das diretrizes, pouca atenção deram ao Plano Diretor. Tanto que em 2016, quando deveria ocorrer a primeira revisão, o prefeito Edivaldo Holanda Jr. não fez a articulação necessária para que a Câmara Municipal de então cumprisse a regra e o revisasse. Além disso, polêmicas pontuais e intervenções do Ministério Públicos contribuíram para retardar o processo.
Quando o prefeito Eduardo Braide assumiu, em janeiro de 2021, encontrou o Plano Diretor adormecido na Câmara Municipal. O processo de revisão foi retomado em meados de 2021 em meio a uma intensa disputa. Foi preciso que vereadores experientes como Chico Carvalho, Astro de Ogum (PCdoB), Francisco Chaguinhas (Podemos) Gutemberg Araújo (PSC), somassem forças com novas lideranças, estimulassem o então presidente Osmar Filho (PDT) a promover a retomada da revisão. Foram meses de reuniões, audiências públicas, debates, discussões que envolveram a Câmara Municipal até o impasse do final de 2022. O ritmo mudou com a posse do presidente Paulo Victor (PCdoB), que em janeiro deste ano criou uma Comissão Representativa e determinou a retomada imediata e urgente da revisão.
O resultado da ação firme do presidente Paulo Victor saiu no dia 13 de março, quando a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, o novo Plano Diretor de São Luís, sete anos depois do prazo previsto em lei. O documento foi entregue dias depois ao prefeito Eduardo Braide, que usou parte do tempo legal para avaliar as mudanças, para decidir se sancionaria o projeto aprovado na sua totalidade, ou o vetaria parcial ou integralmente. O Plano Diretor revisado e aprovado pela Câmara Municipal foi sancionado integralmente pelo prefeito, que agora conta com um instrumento adequado para planejar sua gestão.
No ato da sanção, o prefeito Eduardo Braide declarou: – “Hoje é um dia histórico e a espera de muitos anos acabou. A partir de hoje, São Luís tem seu novo Plano Diretor para garantir um crescimento ordenado da cidade, um plano que chega para destravar uma série de ações que a cidade precisava realizar com respeito ao meio ambiente, compromisso com o desenvolvimento sustentável, política de habitação social e ocupação ordenada, entre outras ações que darão uma nova vida à cidade de São Luís”.
Presente ao ato, o presidente em exercício da Francisco Chaguinhas, completou: “É uma iniciativa que entrará para a história, pois mudará para melhor o processo de desenvolvimento da nossa cidade”.
Os dois dirigentes acertaram em cheio.
PONTO & CONTRAPONTO
Violência: mudança de posição do Twitter mostra que o Brasil agora tem Governo
O Twitter retirou da plataforma 100 perfis indicados pela Polícia Federal como sendo de pessoas que disseminam mensagens de violência nas escolas ou suspeitos fazê-lo. A medida tomada pela empresa representou uma mudança radical de posição cerca de 24 horas depois que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, editou, na quarta-feira, portaria com um pacote de decisões duras contra os criminosos da internet e as plataformas que se recusarem a cumpri-las. Até o anúncio das medidas, o Twitter vinha se recusando a retirar tais perfis, alegando o risco de estar sofrendo restrições à liberdade de informação.
A mudança de postura da plataforma hoje controlada pelo bilionário Elon Musk – um sujeito saudavelmente visionário, mas muito arrogante – indica com clareza que o poder das redes tem limite e que esse limite aparece quando um país como o Brasil tem um Governo sério e decide cumprir as suas leis. Isso ficou claro nas palavras do ministro Flávio Dino, que anunciou as medidas sem bravatas, com um discurso sereno, mas firme, deixando bem claro que, com base nas leis vigentes no Brasil, o Governo decidiu adotou a política de restringir ao máximo o uso das redes sociais, entre elas o Twitter, por disseminadores do discurso de ódio e fomentadores de violência nas escolas.
Atualmente ocorre, em todos os continentes, uma ampla, tensa e dramática discussão sobre até deve ir a liberdade de tráfego de informações e opiniões nas redes sociais, hoje sem dúvida o maior e menos controlado espaço de circulação do que há de bom de ruim em matéria de informação em todo o planeta. Há países, como a exemplar Nova Zelândia, que já avançaram. A maioria, entre eles o Brasil, ainda se debate na polêmica. Enquanto isso, as redes se empoderam, e em busca de lucros gigantescos, tentam garantir a “liberdade” que tantos danos estão causando à sociedade.
O Brasil, onde nos últimos anos o próprio Governo estimulou o “liberou geral”, por ser, ele próprio, a maior fonte do discurso do ódio, estimulador de violência em todos os níveis, a situação chegou a um nível crítico, precisando de um freio forte e urgente. E o freio veio com o novo Governo, por meio de um ministro da Justiça e Segurança Pública que conhece as leis, tem ampla noção do que são as redes sociais e que decidiu, legalmente, colocar a casa em ordem. Inicialmente abriu diálogo com as redes e pediu colaboração. Como ela não veio, decidiu aplicar a lei, prevendo inclusive o banimento do País das que não se enquadrarem nas regras, que em nada ferem a liberdade e a autonomia das redes.
O resultado foi a mudança de atitude do Twitter, que parece ter entendido de vez que o Brasil tem um Governo sério.
Iracema apoia campanha de entidades empresariais a favor dos desabrigados
As principais entidades empresariais maranhenses entraram de vez no esforço para minimizar o sufoco por que passam as muitas famílias desabrigadas enchentes em dezenas de municípios do Maranhão, movimentando a campanha “S.O.S Enchente: Empresa Solidária”. Foram entregues cerca de 15 mil cestas básicas, 60 mil rolos de papel higiênico, além de itens como colchões, cobertores, vestimentas, produtos de higiene pessoal, água mineral, entre outros produtos, para auxiliar as famílias atingidas.
A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), participou do ato resultante da campanha “S.O.S. Enchentes: Empresa Solidária”, promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio), no Multicenter Sebrae. A campanha tem a parceria do Governo do Estado e de diversas entidades empresariais.
Na sua fala a chefe do Poder Legislativo elogiou a campanha destacando o seu alcance: “A campanha visa minimizar o sofrimento e os prejuízos das famílias atingidas pelas fortes chuvas em dezenas de municípios maranhenses. Em nome da Assembleia Legislativa, parabenizo todos os empresários envolvidos nessa importante e fraterna iniciativa, que, de forma muito eficiente, arrecadou inúmeros donativos para o nosso povo”.
Representando o governador Carlos Brandão (PSB), que incentivou a campanha, e o governador em exercício Felipe Camarão (PT), o secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, agradeceu à classe empresarial. “Estão sempre sensíveis e dispostos a ajudar nos momentos adversos que o Maranhão enfrenta, somando aos esforços do governo”, assinalou.
“Política é a arte do diálogo, eu não fecho as portas pra ninguém, pra aqueles que querem o bem da cidade”. Com a declaração, dada em entrevista ontem, no Palácio de la Ravardière, no ato em que sancionou o novo Plano Diretor, o prefeito Eduardo Braide (PSD) deu mais um passo na sua cuidadosa estratégia de preparar o lastro político do seu projeto de reeleição. Mais aberto do que o habitual, sinalizando estar trabalhando com horizonte político promissor, o prefeito de São Luís confirmou que já iniciou conversas com partidos sobre possíveis alianças. Ele admitiu que o fator político poderá influenciar na reforma administrativa que está iniciando e que resultados dessa movimentação deverão ser anunciados nos próximos dias.
Sobre a reforma administrativa, que implicará na mudança de comando de secretarias, o prefeito Eduardo Braide foi pragmático, explicando que isso é normal na metade de qualquer mandato. Ele já iniciou o processo de mudanças na Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte – saiu Diego Baluz e assumiu Diego Pereira – e na Secretaria de Governo – saiu Enéas Fernandes e entrou Emílio Murad. Outras mudanças serão feitas com base na sua convicção sobre a necessidade de revisar com frequência o funcionamento da máquina administrativa, de modo a torna-la cada vez mais ajustada ao projeto de Governo.
As motivações das mudanças em curso, porém, vão além do mero ajuste administrativo. O próprio prefeito Eduardo Braide surpreendeu admitindo que já começa a se movimentar no campo político com o objetivo de viabilizar o seu projeto de reeleição. E, mais do que isso, declarou que o ingrediente político vai pesar na reforma administrativa. Isso significa dizer que alguns secretários poderão ser indicados por aliados políticos, que naturalmente estarão no seu arco de alianças para construir o suporte eleitoral que precisará para chancelar sua permanência no comando político e administrativo da Capital. Cauteloso como sempre, não revelou com quem está conversando, informando apenas que as conversas nessa direção estão em andamento.
Um dos políticos maranhenses mais pé no chão da atualidade, Eduardo Braide conhece como poucos o tabuleiro político estadual, com know how nas filigranas dessa área na Capital. Tem clareza de que a Prefeitura de São Luís encabeça a lista de objetivos do Palácio dos Leões. Esse interesse aumentou depois que o governador Carlos Brandão (PSB) venceu a eleição batendo, com boa vantagem, o senador Weverton Rocha com a influente militância do PDT, e o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. com o lastro de oito anos no comando da cidade. Nas avaliações feitas no “núcleo duro” do Governo, há quem aposta que um candidato governista pode virar o jogo.
Mas se, por um lado, o prefeito Eduardo Braide pode enfrentar concorrência dura na corrida à reeleição, por outro, qualquer outro candidato que decida enfrenta-lo encontrará um candidato difícil de ser batido. E é nesse cenário que se movimentam o deputado federal Duarte Jr. (PSB), o presidente licenciado da Câmara Municipal e atual secretário estadual de Cultura Paulo Victor (PCdoB) e o próprio ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr., para citar três possibilidades concretas de candidatura. Daí não poder ser descartada uma aliança entre o prefeito de São Luís e o governador do Estado.
Não é sem razão, portanto, que o prefeito Eduardo Braide já começa a se movimentar efetivamente para construir o lastro político necessário para consolidar o seu projeto de reeleição. E essa construção deve passar por uma conversa com o governador Carlos Brandão que, como ele, aposta alto na conversa que pode resultar em acordos e alianças.
PONTO & CONTRAPONTO
Poderes se unem para combater as ameaças de violência nas escolas
Uma grande mobilização no Poder Executivo e na Assembleia Legislativa está em curso com o objetivo de montar, com urgência, um programa que garanta segurança nas escolas maranhenses contra a onda de violência como que tirou a vida de quatro crianças numa creche de Blumenal (SC), há duas semanas.
No Poder Executivo, o governador em exercício Felipe Camarão (PT), que é também secretário de Estado de Educação, encontra-se coordenando o trabalho de um grupo de especialistas com o objetivo de montar esse programa. Ele atende a um pedido do governador Carlos Brandão (PSB), feito antes de embarcar para a China. O governador em exercício quer apresentar o projeto tão logo o titular desembarque de volta a São Luís.
Na Assembleia Legislativa, a Comissão de Educação, Desporto, Ciência e Tecnologia presidida pelo deputado Ricardo Arruda (MDB), se reuniu ontem para discutir o tema e definir um posicionamento em relação às ameaças de violência em escolas maranhenses em diversas regiões, feitas em redes sociais. A pauta recebeu o apoio do vice-presidente Leandro Bello (Podemos) e dos integrantes Carlos Lula (PSB), Janaína Ramos (Republicanos), Júlio Mendonça (PCdoB), Aluízio Santos (PL), Zé Inácio (PT) e Hemetério Weba (PP). Na reunião, eles decidiram fazer um movimento ampliado, com a participação de representantes da Secretaria de Educação, de pais de alunos, da Secretaria de Segurança e outros setores que tenham alguma relação com o problema.
A proposta do governador em exercício Felipe Camarão ao governador Carlos Brandão será conhecida no início da semana que vem e será submetida ao crivo da Comissão de Educação e o aval do Ministério da Justiça, que financiará as medidas a serem colocadas em prática.
Assembleia apoia a Campanha da Fraternidade, que neste ano defende combate à fome
A Assembleia Legislativa abraçou ontem a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo trema é “Fraternidade e Fome”. Esse posicionamento foi declarado pela presidente do Poder Legislativo, Iracema Vale (PSB), ao presidir sessão especial alusiva à edição deste ano da principal campanha realizada pela Igreja Católica. Iniciativa do deputado Roberto Costa do MDB, a sessão contou com a presença do arcebispo de São Luís, Dom Gilberto Pestana, e do secretário chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, representando o governador em exercício Felipe Camarão (PT).
“A Assembleia Legislativa, neste momento, se propõe não só a fazer uma sessão especial e uma reflexão sobre o tema, mas a acolher a Campanha da Fraternidade como causa importante para ser solucionada no Maranhão”, declarou, enfática, a presidente da Assembleia Legislativa, para quem todos os esforços são necessários para acabar contra a fome que hoje afeta 30 milhões de brasileiros. E enfatizou que a política de segurança alimentar em curso no Maranhão é exemplo para o resto do País. “O Maranhão, hoje, é referência na implementação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, resultado da experiência exitosa dos restaurantes populares e outras iniciativas do Governo do Estado”, acrescentou Iracema Vale.
O deputado Roberto Costa disse que a sessão especial é uma demonstração de que o Parlamento Estadual tem preocupação e compromisso com o tema, que incomoda a todos e precisa ser debatido de forma prioritária. “A gente tem procurado fazer ações e políticas públicas, por meio da Assembleia, que possam diminuir o sofrimento da população em relação à fome. Quando trazemos para cá esse sentimento, inclusive que a Igreja carrega dentro do seu tema principal hoje, fortalece muito mais a luta de todos nós”, enfatizou o emedebista.
Responsável pela campanha no Maranhão, Dom Gilberto Pastana explicou que o principal objetivo da campanha é sensibilizar não só a Igreja, mas toda a sociedade para que, juntos, enfrentem o flagelo da fome. Ele também destacou o papel da Assembleia Legislativa na aprovação de projetos de lei e iniciativas para a diminuição da fome, sobretudo, das famílias carentes. “A solidariedade humana é essencial. Aquilo que o Senhor pede que façamos é ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’”, assinalou
Na mesma linha, o secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, afirmou que o Governo do Estado tem feito a sua parte para tirar milhares de maranhenses desta situação de vulnerabilidade. “No momento em que muitos maranhenses estão desabrigados e passando necessidades, o Governo do Estado, mostrando enorme empatia, tem levado comida para as famílias, distribuindo cestas básicas e refeições já prontas dos restaurantes populares. Seguiremos trabalhando em prol desta causa”, garantiu.
Também prestigiaram a sessão especial os deputados Ricardo Arruda (MDB), Janaína Ramos (Republicanos), Carlos Lula (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB), Ricardo Rios (PCdoB), Francisco Nagib (PSB), Mical Damasceno (PSD), Júnior Cascaria (Podemos), Rodrigo Lago (PCdoB), Aluizio Santos (PL), Davi Brandão (PSB) e Fernando Braide (PSD).
Ao assumir o comando interino do Governo do Estado, ontem, o vice-governador Felipe Camarão (PT) consolidou de vez o processo de normalidade política por que vem passando o Maranhão desde as eleições de 2014, quando o governador Flávio Dino, eleito pelo PCdoB, interrompeu um ciclo tumultuado em que vice-governadores foram tratados pelo titular como inimigos, jogados no isolamento e na obscuridade durante seus mandatos. A renovação que tornou o cenário político maranhense mais civilizado fez com que o vice-governador Carlos Brandão, eleito pelo PSDB, cumprisse suas funções durante sete anos e três meses, sem ranhuras com o governador Flávio Dino, que assumiu e agora mantenha a mesma relação com seu vice, Felipe Camarão (PT), um advogado de 41 anos que representa a novíssima geração de políticos do Maranhão.
Felipe Camarão será governador por cinco dias, tempo da viagem do governador Carlos Brandão à China, integrando a comitiva do presidente Lula da Silva (PT), em busca de investimentos para o Maranhão. Ele próprio avisou, ao tomar posse, que vai trabalhar pela normalidade do Governo durante esse período. Sua juventude e sua reconhecida competência como gestor funcionam como garantia de que a máquina pública e a base política do Governo estarão em mãos seguras e devidamente credenciadas. A sua condição de vice lhe dá a certeza de que daqui a exatos três anos ele deverá assumir como governador titular e, a exemplo do atual chefe do Poder Executivo, será testado nas urnas com o objetivo de renovar o mandato. Felipe Camarão dá continuidade ao ciclo de normalidade iniciado em 2015, quando vice-governadores deixaram de ser ameaça aos titulares.
O ciclo de marginalização dos vice-governadores começou com a morte, em janeiro de 1982, do general Arthur Carvalho, vice do Governador João Castelo, abrindo caminho para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ivar Saldanha, que assumiu em abril e governou até a posse do governador eleito naquele ano, Luiz Rocha, em 1983.
Luiz Rocha, teve como vice o engenheiro João Rodolfo, cunhado de João Castelo, que se elegeu senador. João Castelo rompeu com o então senador José Sarney e com o governador Luiz R0cha. A conta desse rompimento caiu no colo do vice-governador João Rodolfo, a quem Luiz Rocha impôs um duro e implacável ostracismo, com direito a apenas uma sala com secretárias e alguns assessores sem função. Luiz Rocha governou todo o mandato, sem permitir que João Rodolfo assumisse uma única vez.
Eleito em 1986, o governador Epitácio Cafeteira teve o ex-deputado federal João Alberto Souza como vice. Mas deixou claro, desde o início, que não lhe daria força e não tinha interesse em dividir os espaços de poder. João Alberto “segurou a onda”, fazendo de tudo para evitar conflito. No início der 1988, o então presidente José Sarney enviou o governador Epitácio Cafeteira à Coreia do Sul, como “embaixador plenipotenciário do Governo do Brasil”, numa viagem que durou duas semanas. João Alberto assumiu o Governo, tomou algumas decisões, cuja maioria foi ostensivamente revista na volta do governador. Em 1988, João Alberto se licenciou ao cargo de vice-governador e se elegeu prefeito de Bacabal, cargo que renunciou em 1990 para assumir o Governo com a renúncia de Epitácio Cafeteira para disputar o Senado. Ele não queria passar o Governo para João Alberto, estimulando um “golpe” armado por seus aliados na Assembleia Legislativa para afastar o sucessor e entregar o bastão para o então presidente, deputado Ivar Saldanha. João Alberto governou 11 meses sem passar o cargo a Ivar Saldanha.
Houve um hiato no Governo Edson Lobão, que manteve um bom relacionamento com o seu vice, Ribamar Fiquene, que o substituiu várias vezes e a quem passou o cargo em abril de 1994, quando se candidatou ao Senado. Ribamar Fiquene governou sem atropelos até a posse de Roseana Sarney, em janeiro de 1995, tendo como vice o ex-ministro dos Transportes José Reinaldo Tavares, que foi reeleito em 1998. No auge da sua popularidade, pré-candidata à presidência da República, Roseana deixava claro que não queria José Reinaldo como seu sucessor. Mas o Caso Lunus, em março de 2002, destruiu o sonho presidencial, levando-a a renunciar para disputar o Senado. José Reinaldo assumiu o Governo, se reelegeu e rompeu com o grupo Sarney em 2003, isolando completamente o seu vice, Jura Filho, que chegou a ser proibido, na marra, de ter acesso ao próprio gabinete, no Palácio Henrique de la Rocque.
Jackson Lago, que derrotou Roseana Sarney em 2026, teve como você Luís Carlos Porto, com quem teve boa convivência, não havendo registro entre eles. Só que em 2009, a Justiça cassou Jackson Lago e Luís Carlos Porto, dando a vitória de 2006 a Roseana Sarney, que tinha João Alberto como vice, com quem se deu bem até 2010, quando concorreu à reeleição, tendo agora como vice petista Washington Oliveira, que assumiu várias vezes e deixou o cargo para assumir cadeira no Tribunal de Contas do Estado, tendo o papel de vice sido assumido pelo então presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, que comandou o Governo nos últimos 15 dias de mandato, tendo passado o cargo para o governador eleito Flávio Dino, no dia 1º de janeiro de 2015, tendo como vice Carlos Brandão.
A posse encerrou o ciclo de isolamento dos vice-governadores, consolidado com a posse de Felipe Camarão no comando interino do Governo do Estado.
PONTO & CONTRAPONTO
Dino deu outro “baile” na bancada bolsonarista em Comissão da Câmara
Mais uma vez a bancada bolsonarista roeu tijolo ao tentar colocar o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) em situação desconfortável na Câmara Federal. Dessa vez foi na Comissão de Segurança Pública, onde o ministro foi ontem atendendo convite para falar sobre quatro itens relacionados à área. A banda bolsonarista da Comissão, formada na maioria por deputado de origem policial – delegados, agentes, cabos, sargentos, capitais, etc… – ensaiou ao máximo um roteiro mais uma vez fraco, inconsistente, descabido, sem pé nem cabeça. E, a exemplo do que aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça, encontraram pela frente um ministro absolutamente preparado e bem informado, sereno, que desmontou todas as perguntas que a situação permitiu em meio à balbúrdia consentida pelo visível despreparo do presidente da Comissão, deputado bolsonarista Sanderson (PL-RS), que se revelou incapaz de impor qualquer autoridade à turma bolsonaristas.
Bagunça à parte, analisando-se o conteúdo aproveitável da patética sessão, Flávio Dino mais uma vez deu um “baile”, respondendo a contento aos questionamentos malfeitos pelos deputados bolsonaristas. Mostrou que tem plena noção de onde está e que sabe o que está fazendo. Sua segurança e inteligência nas respostas desnorteou mais uma vez deputados bolsonaristas mais afetados, que perderam as estribeiras. Esse destempero dos deputados do PL foi duramente combatido pelos deputados Duarte Jr. (PSB), Rubens Jr. (PT) e Márcio Jerry (PCdoB), que se manifestaram enfaticamente todas as vezes que algum bolsonarista tentou passar dos limites.
Por incapacidade de impor algum controle nos seus pares, o presidente da Comissão, visivelmente atordoado, encerrou intempestivamente a reunião. Sem qualquer argumento para atacar o ministro, que se surpreendeu com o encerramento da reunião, os bolsonaristas tentaram camuflar o fracasso do seu plano de atingir Flávio Dino chamando-o de “fujão”. Não fez sentido e por isso não colou.
Assembleia aprova mais cargos de defensor público e mais justiça para os mais necessitados
A Assembleia Legislativa garantiu ontem que seja dado mais um passo importante para a ampliação e fortalecimento da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA). Em sessão comandada pela presidente Iracema Vale (PSB), os deputados aprovaram o Projeto de Lei nº 424/2022, proposto pela própria DPE, que dispõe sobre a criação de cargos na carreira de defensor público.
Com a ampliação do quadro de defensores, o Projeto amplia o caminho para a interiorização da DPE, garantindo que a ação dos defensores chegue em todas as regiões.
Para quem não sabe ou não se lembra, a Defensoria Pública do Estado é um órgão garante aos pobres e desvalidos o direito à Justiça, por meio de uma advocacia especializada e gratuita. Ao aprovar a criação de novos cargos de defensor público, o parlamento maranhense deu mais um passo na direção da modernidade.
A viagem do presidente Lula da Silva (PT) ao Maranhão, no domingo (9), atendendo a pedido do governador Carlos Brandão (PSB), para ver de perto os estragos feitos pelas cheias em cidades ribeirinhas, em especial na região do Médio Mearim, como Pedreiras, Trizidela do Vale e Bacabal, por exemplo, produziu resultado muito além do importante do apoio solidário material a milhares de pessoas atingidas. Pelo que ficou claro, o presidente reafirmou a aliança política do PT com o PSB no Maranhão, deixando claro que tem no estado uma das mais sólidas bases de apoio político em todo o País. Mais do que isso: que mantém sólida a aliança com o governador Carlos Brandão e com o senador licenciado Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Os discursos e declaração foram todos nessa linha, incluindo uma manifestação expressa nesse sentido, feita pelo ministro Flávio Dino.
O primeiro elo dessa corrente está no fato de que o presidente Lula da Silva tem no Maranhão uma das suas bases a eleitorais proporcionalmente mais fortes, como demonstram os números de todas as eleições presidencial que disputou. A começar pela do ano passado, quando saiu das urnas maranhenses com mais de 60% dos votos nos dois turnos. Logo, o apoio às famílias atingidas pelas cheias está mais do que justificado. Nessa aliança não cabem o senador Weverton Rocha (PDT), que não mais integra o grupo, nem o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), cuja participação no Governo é o resultado de um acerto com o seu partido e nada tem a ver com a política maranhense.
O presidente da República poderia ter visitado o Ceará, por exemplo, que também sofre duramente com enchentes e é governado pelo PT. Mas optou a marcar presença no Maranhão, um dia antes de falar ao País pela passagem dos seus 100 dias de Governo, e a dois dias de embarcar para uma histórica viagem às China, levando na comitiva o governador Carlos Brandão, a senadora Eliziane Gama (PSD) e o deputado federal Cleber Verde (Republicanos). O presidente deixou essa situação muito clara no discurso que que fez no aeroporto regional de Bacabal, que não contou com a presença do senador Weverton Rocha nem do ministro Juscelino Filho, (PT) que hoje são aliados do Governo do PT, mas nas eleições foram aliados das forças que apoiaram a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A força da aliança PT/PSB no Maranhão estará simbolizada ainda mais fortemente hoje, quando, na ausência do governador Carlos Brandão, o Governo do Estado será comandado interinamente pelo vice-governador Felipe Camarão, atualmente o nome mais destacado do PT no Maranhão. Politicamente ligado ao ministro Flávio Dino e muito afinado com o governador Carlos Brandão, de quem é secretário de Educação, Felipe Camarão se transformou no grande trunfo do PT no Maranhão. E se tudo correr como está roteirizado, assumirá o Governo em abril e se candidatará à reeleição em 2026 numa dobradinha com Carlos Brandão, que disputará uma das vagas do Senado, com fortes chances de se darem bem nas urnas.
Por mais que se tente separa-la da equação política, que foi motivada por um drama de natureza social, a viagem do presidente Lula da Silva ao Maranhão no domingo produziu também o reflexo de que a aliança PT/PSB no Maranhão está mais forte do que nunca. E com um dado que ratifica tal conclusão: o presidente Lula da Silva, o governador Carlos Brandão e o ministro Flávio Dino foram festejados pelos desabrigados, apesar do sufoco dos desabrigados, que viram neles o apoio de que precisavam.
PONTO & CONTRAPONTO
Especial
Cesar Teixeira rompe de novo a Aleluia disparando mais um testamento de Judas
Fiel a uma tradição de quase quatro décadas, o compositor e poeta Cesar Teixeira rompe a Aleluia disparando mais um Testamento de Judas. E como não poderia deixar de ser, o terraplanismos, o contrabando de joias sauditas, as lágrimas de mercúrio dos Ianomâmi, o Viagra e a cloroquina dos militares, a “fuga” de Jair Bolsonaro para os EUA, carnaval e mais um modelo de calçola para a Patativa, eterna musa do Testamento. Segue o testamento em versos versão 2023 do Judas que encarna o que há de melhor no espírito crítico e debochado de um ludovicense raiz:
Esse enredo foi sussurrado durante a campanha eleitoral, ganhou força com o resultado das eleições, passou a ser falado discreta mas intensamente depois da posse do dia 1º de janeiro, e ontem, em Governador Nunes Freire, o prefeito Josemar da Serraria (PSB), num palanque de inauguração, na presença do governador Carlos Brandão (PSB), deu forma definitiva ao projeto: “De já, de pronto, você tem a palavra do prefeito de Governador Nunes Freire e do povo de Governador Nunes Freire: daqui a três anos, provavelmente, nós teremos as eleições para senador, e são duas vagas para o Maranhão, e eu tenho certeza que uma das vagas será deste grande governador”. Além do impacto natural que devem ter causado na seara política e até mesmo em amplos segmentos do eleitorado, a declaração do prefeito de Governador Nunes Freira disparou forte sinal de alerta em alguns gabinetes importantes do Maranhão em São Luís e em Brasília.
A empolgada manifestação de Josimar da Serraria soou para muitos com a primeira chamada para a largada da corrida às duas vagas maranhenses no Senado a serem disputadas em outubro de 2026, daqui a três anos e sete meses. Em princípio, os senadores Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT), se não resolverem seguir outro rumo, são candidatos naturais à reeleição. A se confirmar a entrada do governador Carlos Brandão no páreo, as chances de um deles serão reduzidas pelo menos à metade. Isso se não surgirem outros nomes com cacife, como o deputado federal André Fufuca (PP) ou o deputado federal Juscelino Filho (União Brasil), entre outras possibilidades que aqui e ali surgem nos bastidores.
Na sua fala, o prefeito de Governador Nunes Freire confirmou o quer a Coluna vem sinalizando há tempos: “O senhor já pode contar com isso, você já saiba de pronto, que eu já trabalho em minhas discussões com isso”. Ou seja, prefeitos e outras lideranças já têm a corrida às urnas em 2026 nas suas pautas, conversando no seu ambiente e fora dele, para definir posições para o Governo e para o Senado. Em todas as conversas, a candidatura do governador Carlos Brandão a uma das vagas de senador já vista como prego batido e ponta virada, independentemente de restarem pouco menos de três anos para a sua desincompatibilização, e três anos e sete meses para as eleições gerais.
O governador Carlos Brandão tem esse projeto muito bem delineado, tratando com o cuidado e o pragmatismo que a empreitada senatorial exige. Até agora ele não disse nem sim nem não ao ser indagado sobre o assunto. No caso, o silêncio é um forte indicador de que o projeto existe e está de pé, mas que ainda é cedo para falar sobre ele. O governador conhece bem todas as cautelas que se deve ter em relação a um projeto dessa envergadura, principalmente diante do fato de que os ocupantes das duas cadeiras têm a tentativa de reeleição como primeira opção.
Para consolidar e viabilizar esse projeto, o governador Carlos Brandão tem dois desafios. O primeiro é fazer um bom Governo, no nível do que foi compromissado durante a campanha. Os primeiros movimentos indicam que ele vai trabalhar duro para justificar o crédito quer lhe foi dado pelo eleitorado. O segundo é vencer as eleições municipais que serão realizadas daqui a 19 meses, formando uma ampla e sólida base política e eleitoral nos municípios. A julgar pela unidade municipalista que formou na eleição da Famem, não há dúvida de que será expressivo o número de aliados que sairão das urnas. Aliados seus apostam em bons resultados em São Luís e em Imperatriz, por exemplo.
É verdade que ainda é um pouco cedo para se definir candidaturas majoritárias para a corrida eleitoral de 2026. Mas o discurso do prefeito de Governador Nunes Freire mostrou que nos círculos mais fechados da política, os nomes já estão sendo postos, e, pelo menos até aqui, o de Carlos Brandão e, de longe, o mais forte.
PONTO E CONTRAPONTO
A pedido de Brandão, Lula sobrevoará áreas afetadas por enchentes no Maranhão
O presidente Lula da Silva (PT) conhecerá hoje a situação em que se encontram os mais de 60 municípios atingidos pelas cheias dos rios que cortam as suas regiões. Ele atendeu à solicitação do governador Carlos Brandão. Os dois e o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, sobrevoarão a região do Médio Mearim, onde é crítica a situação de Pedreiras, Trizidela do Vale e Alto Alegre, tomadas pelo rio Mearim, e onde o cenário é mais grave. O sobrevoo alcançar outros municípios, entre eles Bacabal, onde o presidente e o governador concederão entrevista coletiva tão logo retornem da vistoria. Nas diversas regiões onde municípios foram inundados existem quase oito mil famílias afetadas, com cerca de 35 mil pessoas desabrigadas.
Na conversa com a imprensa, que ocorrerá no aeroporto regional de Bacabal, o presidente Lula e o governador Carlos Brandão farão um relato da situação e deverão anunciar pedidas e recursos para ajudar os desabrigados e as prefeituras das cidades afetadas.
Após a vistoria, o presidente Lula da Silva seguirá para Brasília. O governador Carlos Brandão seguirá para a Capital do País, de onde embarcará para a China, terça-feira, na comitiva do presidente da República.
ESPECIAL
TV Assembleia estreia nova programação voltada para mostrar e debater o Maranhão
Num tempo em que, a exemplo do que acontece em todo o planeta, a comunicação de massa no Maranhão está vivendo as turbulências de uma transformação radical, em meio à qual os veículos de comunicação tradicionais, em especial a televisão, tentam se reinventar para enfrentar a concorrência dos portais de notícia e das controversas e incontroláveis redes sociais, a TV Assembleia, braço jornalístico do Poder Legislativo, faz a diferença com sua programação.
A nova grade programática, lançada segunda-feira (03), contém 11 itens, lança novos programas, ajusta programas consagrados e dinamiza os tradicionais. Essas mudanças estão sendo comandada pela competente e experiente jornalista Jaqueline Heluy, que assumiu a Diretoria de Comunicações em fevereiro, que recebeu da presidente Iracema Vale (PSB) carta branca para inovar e desde então vem dedicando os esforços da sua tarimbada equipe para tornar mais dinâmica e informativa a programação da TV Assembleia.
O carro-chefe da programação é o telejornal Assembleia em Foco”, levado ao ar de segunda às sextas-feiras em duas edições, a primeira às 13h, com apresentação de Ronald Segundo, e a segunda às 18h, com Ely Coelho. E os informativos importantes sobre as atividades do parlamento: “Tira-Dúvidas Legislativo”, de segunda a sexta-feira (durante a programação), com produzido e apresentado pelas jornalistas Ananda Fontenele e Adriane Paiva. E o informativo “Explica Comissões”, de segunda a sexta-feira (durante a programação).
Um dos carros-chefes da programação, o “Café com Notícias”, levado ao ar de segunda a sexta-feira, às 9h, sob a condução da competente jornalista Elda Borges, ganhou nova dinâmica, como ficou demonstrado nas primeiras cinco edições. Foram entrevistados o deputado Rodrigo Lago (PCdoB) – 1º vice-presidente da AL, que mostrou o preparo e a visão aberta da nova geração de parlamentares; o deputado Júlio Mendonça (PCdoB),que ganhou o desafio de presidir a Comissão de Meio Ambiente; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Estado, coronel Célio Roberto de Araújo, sobre as providências de apoio a desabrigados das enchentes; o padre Gutemberg Feitosa, pároco da Igreja São Maximiliano Kolbe, do Vinhais, sobre a simbologia da Semana Santa, e o deputado Leandro Bello (Podemos), um dos mais ativos entre os novos integrantes do parlamento.
Outro destaque da grade é o programa “Toda Mulher”, levado ao ar às quartas-feiras, sob a condução da jornalista Karla Bianca. Na primeira edição, o programa marcou época ao entrevistar a deputada Ana do Gás (PCdoB), que no terceiro mandato é considerada uma referência de como a mulher pode atuar forte na pública. Política já experiente, que atua intensamente nas articulações de bastidor, Ana do Gás se movimenta como represente das suas bases eleitorais e como legisladora, com projetos que visam sobre tudo fortalecer a posição da mulher. “Uma mulher bem informada, bem esclarecida, vai conseguir perceber o ciclo de violência em que vive e vai poder rompê-lo”, assinalou Ana do Gás durante a entrevista.
Uma novidade com o peso da inovação é “Contraplano”, programa em formato de mesa redonda, ancorado pelo jornalista Fábio Cabral, com a participação de três convidados para discutir temas diversos. Outros destaques são “Dentro da Área”, atração esportiva semanal apresentada pelos jornalistas Gregório Dantas e Ana Tereza, sempre às segundas-feiras, às 20h, e séries como “Tesouros do Maranhão”, com produções especiais sobre a história, as belezas e as raízes culturais do estado, às 12h; 16h e 19h30; e “Maranhão e suas Maravilhas”, que reúne cliques fotográficos retratando as belezas maranhenses.
“É uma nova programação, pensada e produzida a partir de um planejamento cuidadoso e abrangente, que contemplará o cidadão com mais notícias do nosso Parlamento, informações do dia a dia do estado e debates sobre os temas em evidência na comunidade. Um trabalho feito por uma equipe competente e dedicada, que há anos já vivencia as produções na Casa”, ressalta a diretora de Comunicação da Assembleia, Jacqueline Heluy.
A programação da TV Assembleia pelo canal aberto digital 9.2 (TV aberta), Maxx TV (canal 17) e Sky (canal 309).
Em meio à pobreza programática das TVs abertas, a TV Assembleia é uma rica opção de bons programas sobre o Maranhão.
Quinto maior colégio eleitoral e um dos municípios mais importantes do Maranhão por sua tradição política e cultural, Caxias é um dos melhores exemplos de como o governador Carlos Brandão (PSB) se movimenta para construir a base do seu projeto de unidade política no estado. Isso ficou nitidamente evidenciado ontem, durante visita ao município, onde inaugurou obras importantes na companhia dos líderes das duas correntes que controlam a seara política caxiense. A primeira é a liderada pelo prefeito Fábio Gentil (Republicanos) e tem como representantes a deputada federal Amanda Gentil (Republicanos) e a deputada estadual Daniella Gidão (PSB). A outra é o Grupo Coutinho, hoje comandado pela ex-deputada Cleide Coutinho e que tem como representante a deputada estadual Cláudia Coutinho (PDT). O governador mantém laços fortes com esses dois braços, e conversa com outras forças em ação, que tentam se fortalecer na Princesa do Sertão.
A costura política de Carlos Brandão em Caxias foi feita durante o Governo José Reinaldo (2002/2006), quando ele, então chefe da Casa Civil, construiu sua candidatura à deputado federal, tendo o apoio firme do deputado Humberto Coutinho e seu grupo. Meses antes das eleições, por meio de um grande acordo, avalizado pelo então governador José Reinaldo Tavares (PDS), Carlos Brandão abriu mão do apoio do Grupo Coutinho em favor do então ex-juiz federal Flávio Dino, candidato a deputado federal pelo (PCdoB). Carlos Brandão (PSDB) se elegeu em 2006 e se reelegeu em 2010. Em 2014, a chapa liderada por Flávio Dino tendo Carlos Brandão como vice venceu a disputa pelo Governo do Estado.
Em 2016, os dois seguiram caminhos diferentes em Caxias. Flávio Dino apoiou o prefeito Leo Coutinho, que tentava a reeleição pelo Grupo Coutinho, enquanto Carlos Brandão apoiou o vereador Fábio Gentil, que venceu a eleição contra todo o poder dos Coutinho naquele momento. De lá para cá, a aliança Brandão/Gentil se consolidou, ao mesmo tempo em que o governador trabalhou para manter fortes os seus laços de antes com o Grupo Coutinho. A articulação funcionou a contento, e o resultado veio com o apoio dos dois grupos à candidatura do já governador Carlos Brandão à reeleição em 2022. Com um dado que chamou a atenção: Cleide Coutinho e Claudia Coutinho eram filiadas ao PDT. Cleide Coutinho saiu do partido para apoiar Carlos Brandão e Flávio Dino; Cláudia Coutinho, por conta da amarração partidária, declarou apoio ao candidato do PDT, Weverton Rocha, seguindo a orientação do seu marido, Ferdinando Coutinho (PDT), prefeito de Matões. Passadas as eleições, ambos declararam apoio ao Governo Carlos Brandão, unificando a posição do grupo nas Princesa do Sertão.
A visita de ontem a Caxias foi reveladora do novo ambiente político em Caxias. O governador Carlos Brandão cumpriu uma intensa agenda de inaugurações e eventos na companhia dos líderes dos dois grupos num clima de total descontração, não tendo sido registrado um só momento de incômodo ou constrangimento de qualquer lado. O anfitrião, prefeito Fábio Gentil, assim como suas aliadas, a deputada federal Amanda Gentil e a deputada estadual Daniella Gidão, interagiu com a deputada estadual Cláudia Coutinho e também com a ex-deputada Cleide Coutinho como velhos conhecidos, todos animados em torno do governador, que por sua vez não escondia o sorriso largo com a soma dos grupos em torno do seu projeto político.
É claro que nem tudo é consenso quando se trata, por exemplo, da corrida para a sucessão do prefeito Fábio Gentil, que naturalmente tem um nome no bolso do colete, bem como Cláudia Coutinho – entronizada como herdeira do grupo – também deve ter o seu. O Palácio dos Leões, por sua vez, trabalha para juntar as forças em torno de um nome. Essa construção não é fácil, à medida que envolve interesses, mágoas ancestrais e um desenho do futuro, que envolve a participação do ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o senador Weverton Rocha, que certamente vai querer atuar no espaço que lhe restou no município que respira política.
Em Tempo: Em clima festivo, o governador Carlos Brandão ontem as seguintes obras em Caxias: Piscina do Ponte, um dos locais mais aprazíveis da cidade; Revitalização da Beira Rio, ponto de atração às margens do Itapecuru; Praça e Quadra Poliesportiva no Residencial Eugênio Coutinho, homenagem ao pai do líder Humberto Coutinho; UEM José Gentil Rosa – ex-deputado estadual e pai do prefeito Fábio Gentil – no Residencial Santa Terezinha, e Delegacia Civil no Ponte. O governador participou da entrega do Cartão de Transporte Universitário a estudantes, e da Procissão do Fogaréu, o ponto alto da programação da Semana Santa na Terra der Gonçalves Dias.
PONTO & CONTRAPONTO
Clima em Timon ainda é de situação e oposição
O trabalho de unidade política levado a cabo pelo governador Carlos Brandão encontra resistência em alguns municípios. É o caso de Timon, o quarto maior colégio eleitoral do Maranhão, onde ele esteve horas antes de seguir para Caxias. Ali, ele detém hoje o apoio da maioria dos grupos políticos, liderados pelo deputado estadual Rafael Leitoa (PSB), pelo deputado estadual Leandro Bello (Podemos) e pela ex-prefeita e ex-deputada estadual Socorro Waquim. Mas tem como adversário o Grupo Leitoa, formado pelos ex-prefeitos Chico Leitoa e Luciano Leitoa, que controlaram o PSB e hoje são filiados ao PDT e aliados ao senador Weverton Rocha. Os Leitoa, que romperam com o deputado Rafael Leitoa por ele se manter aliado a Carlos Brandão, têm ainda o controle da Prefeitura por meio da prefeita Dnair Veloso, eleita pelo PSB, mas hoje filiada ao PDT.
Na visita de ontem a Timon, as imagens mostram o governador Carlos Brandão e seus aliados em clima de descontração, enquanto a prefeita Dnair Veloso não conseguiu esconder seu desconforto na condição de anfitriã.
Nos bastidores, porém, há quem afirme que as conversas para construir a unidade política em Timon estão avançando.
Convite de Lula para ir à China turbina “volta por cima” de Cleber Verde
Depois de um longo período de enormes dificuldades, atropelos e muito sofrimento, em larga medida causados pelo brutal assassinato dos seus pais, numa fazenda em Turiaçu, em junho de 2020, o deputado Cléber Verde (Republicanos) começa a ver a luz brilhar no fim do túnel. Primeiro foram os convites para ele mudar de partido, depois que perdeu o controle do Republicanos no Maranhão para o deputado federal Aluísio Mendes. Agora foi um inesperado convite para integrar a comitiva do presidente Lula da Silva (PT) na viagem à China, na próxima semana, na qual seguirão o governador Carlos Brandão e a senadora Eliziane gama (PSD). Uma fonte ligada ao parlamentar disse à Coluna que Cléber Verde está se preparando para dar a volta por cima, para recuperar o seu lugar entre os deputados federais eleitos com mais de 100 mil votos.
Quando se candidatou a vice-governador em 2014, na chapa liderada pelo então ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB), o então deputado federal Carlos Brandão (PSDB) tinha um objetivo bem definido, que não alardeou, mas também não escondeu: ser governador do Maranhão. Sete anos e três meses depois, no dia 03 de abril de 2022, o bastão lhe foi entregue com permanência garantida de nove meses no cargo, e o desafio de se reeleger e ganhar o seu próprio Governo. Nos nove meses de mandato em 2022, enfrentou um problema de saúde que o tirou do b atente por mais de 40 dias, enfrentou sete candidatos, reelegeu-se em um só turno, assumiu o novo mandato em 1º de janeiro e na segunda-feira, 03 de abril de 2023, completou seu primeiro ano de poder efetivo.
O Carlos Brandão discreto, meio sisudo, de sorriso raro, cuidadoso nas palavras e nos movimentos, cioso da sua posição de nº 2 na hierarquia do Poder Executivo, foi substituído pelo Carlos Brandão que, ao assumir a condição de titular, aos poucos abriu o sorriso e adotou o aperto de mão, o tapinha nas costas e a conversa franca para se comunicar politicamente. Agora, tendo o controle total do seu mandato, sem sombra para cobri-lo, nem adversário para cutucá-lo, o governador Carlos Brandão inicia uma contagem regressiva de 1090 dias para cumprir os seus compromissos de campanha na desafiadora seara da gestão e manter forte a estrutura política que montou comandando a aliança partidária que herdou do agora senador Flávio Dino (PSB), hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e até onde a vista pode alcançar, o seu maior parceiro político.
Diferentemente de boa parte dos governadores, Carlos Brandão vive uma situação diferenciada, a começar pelo fato de que recebeu um Governo bem armado, eficiente, realizador e bem cuidado. Logo nos primeiros meses da sua gestão, ele deu mostras claras de que manteria a máquina nesse diapasão, tendência que foi mantida no seu primeiro ano de poder efetivo: bom equilíbrio fiscal e contas em dia, a começar pela mais importante delas, os salários dos servidores. Na mesma pisada, tem mantido de pé, no mesmo ritmo, programas de importância superlativa, como, por exemplo, os Restaurantes Populares, que hoje estão em 168 municípios e deverão chegar aos 217 até o final deste ano. Os programas arrojados nas áreas de saúde, educação e infraestrutura não sofreram qualquer descompasso. O Portal das Transparência foi até ampliado.
Carlos Brandão ambiciona dar um passo muito mais largo, projetando um reforço radical na economia do Maranhão. Quando vice, foi escalado durante anos para garimpar investimentos dentro e fora do Brasil. Sabe, portanto, o que está dizendo quando alimenta o sonho da refinaria, da siderúrgica, de investimentos em pesca e no turismo. Aposta alto na parceria com o Governo Lula da Silva (PT) e exibe convicção de que os chineses, por exemplo, investirão no Maranhão. Tem dito que dificilmente inaugurará um complexo industrial no seu mandato, mas afirma que se deixar o processo em andamento, se dará por satisfeito.
No campo político, o governador Carlos Brandão surpreendeu a quem não percebeu seus eficientes movimentos antes de assumir o comando. Nascido no PSDB, acabou no PSB, e aliado com o PT e o PCdoB. Durante a campanha da reeleição, com o aval do ex-governador Flávio Dino e o apoio de raposas veteranas como o ex-governador José Reinaldo Tavares, os ex-prefeitos Sebastião Madeira (Imperatriz) e Luís Fernando Silva (São José de Ribamar), que hoje formam o “núcleo duro” do seu Governo, e ainda novas lideranças, como a deputada Iracema Vale (PSB), campeã de votos, construiu uma base com a qual triturou adversários nas urnas. O desempenho eleitoral associado às boas condições do seu Governo lhe permitiu criar um ambiente político com poucos adversários.
Os próximos três anos serão decisivos para manter o cenário de agora, podendo consolidá-lo ou não. A julgar pelo que protagonizou até aqui, tem condições de entregar ao seu sucessor, o jovem vice-governador Felipe Camarão (PT), no dia 03 de abril de 2026, um Maranhão em forte movimento como o que recebeu um ano atrás.
PONTO & CONTRAPONTO
Problemas com cotas femininas podem mudar perfil da Assembleia
Uma guerra político-partidária de “vida ou morte” está sendo travada em torno dos processos sobre suposta burla de cotas destinadas a mulheres nas eleições passadas. A decisão está nas mãos do Supremo Tribunal Federal. Na linha de tiro estão os deputados Wellington do Curso (PSC), Neto Evangelista (União Brasil) e Fernando Braide (PSD). Vivendo a tensa expectativa de ganhar cadeira na Assembleia Legislativa estão os suplentes Inácio Melo (PSDB), Edson Araújo (PSB) e César Pires (PSD).
Se a mudança for consumada, produzirá impacto forte na base política do prefeito Eduardo Braide, que terá o irmão fora da Assembleia Legislativa. O deputado Wellington do Curso, visto por todos como um “resistente”, por haver ganhado o terceiro mandato lutando contra tudo e contra todos. E se alcançar o deputado Neto Evangelista, a Assembleia Legislativa perderá um quadro importante da nova geração de políticos maranhenses.
Por outro lado, a mudança, se houver, será muito comemorada pela senadora Eliziane Gama (PSD), uma vez que o seu consorte, Inácio Melo (PSDB), assumirá uma cadeira no parlamento estadual. Edson Araújo, homem forte do setor pesqueiro e hoje secretário do Governo Carlos Brandão, voltará à Assembleia Legislativa para cumprir o quinto mandato. O mesmo acontecerá com César Pires, um quadro parlamentar de excelência retornará à Casa.
Será uma decisão de impacto no cenário político estadual.
Vereador quer criar frente parlamentar contra a fome em São Luís
Tramita na Câmara Municipal proposta da criação de uma Frente Parlamentar de Combate à Fome. A proposição, já formalizada na forma de projeto de resolução pelo vereador Ribeiro Neto (Mais Brasil), tem como foco principal cidade de São Luís, hoje com 1,2 milhão de habitantes e vista como um mosaico de problemas sociais, a começar pela insegurança alimentar.
A ideia principal do vereador Ribeiro Neto é abrir um grande debate sobre a situação alimentar do habitante de São Luís, principalmente depois das enormes dificuldades surgidas com a pandemia da Covid-19 e suas consequências econômicas e sociais. O vereador propõe discussão sobre o tema em seminários, fóruns, audiências e eventos afins, bem como avaliação de políticas públicas de distribuição de alimentos e programas de avaliação do estado nutricional de crianças das creches e escolas da rede municipal de ensino.
Ribeiro Neto fundamenta a iniciativa: “Essa Frente Parlamentar vai proporcionar o mais importante dos direitos, que é a alimentação e à qual todo cidadão deve ter garantida, pelo princípio da dignidade humana. Isso será garantido com a efetiva participação dos vereadores, a fim de contribuir para a discussão, aprimoramento a criação de formas de cooperação entre órgãos públicos e privados, com a finalidade de implementar políticas públicas de combate à fome”.
Em Tempo: O vereador Ribeiro Neto não está levando em conta o arrojado programa de segurança alimentar do Governo do Estado, que mantém seis restaurantes populares em São Luís, que atendem milhares de pessoas de baixa renda a cada dia.
Nos seus dois meses de existência efetiva, a nova Assembleia Legislativa quebrou tabu elegendo a deputada Iracema Vale (PSB) primeira mulher para presidi-la, discutiu intensamente as várias questões que envolve a mulher, abriu um debate de longo prazo sobre as causas da pobreza renitente no Maranhão, mobilizou parte dos deputados para o transtorno anual das enchentes e atuou em completa sintonia com o Poder Executivo, comandado pelo governador Carlos Brandão (PSB). Por outro lado, individualmente, os deputados fizeram uso intenso da tribuna para registrar demandas que muitos consideram sem importância, mas que para eles têm importância fundamental para comunidades, muitas vezes esquecidas, mas que viram neles a esperança de alcançar aquele benefício. Vários deputados, por exemplo, pediram obras urgentes para a MA-006, uma das rodovias mais importantes do Maranhão, que ligo o Norte ao Sul do estado, tendo outros pedidos recuperação de diversas BRs e MAs em diferentes regiões. Houve quem propusesse a carteira de vacinação atualizada para acesso ás escola pública, e quem transformasse em bandeira “fila zero” nas estações de ferryboats, e ainda uma proposta de tornar lei o acesso a medicamentos à base de canabidiol.
Os pleitos formulados na tribuna e formalizados por indicações, requerimentos e projetos de lei mostraram com clareza que 37 dos 42 deputados chegaram à Casa propósitos iniciais definidos, como compromissos assumidos na conversa com eleitores durante a campanha. Esses pleitos apalavrados na guerra pel0 voto podem ser considerados compromissos cumpridos no0 primeiro momento, já que a luta dura começa agora para vê-los viabilizados. Os dados foram levantados por Repórter Tempo nas informações divulgadas pela eficiente Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa. E o resultado foi é o seguinte:
Abigail Cunha (PL): pediu reforma de escola estadual, com ampliação de biblioteca, e a implantação de um Parque de Exposição Agropecuária em Barra do Corda.
Arnaldo Melo (PP): além de investigar as causas da pobreza no Maranhão, pediu a recuperação da MA-034, e escola militar e restaurante popular em vários municípios.
Carlos Lula (PSB): propôs Projeto de Lei (PL) instituindo Política Estadual da 1ª Infância, defendeu a Carteira de Vacinação atualizada como condição para acesso à escola pública, cobrou a retomada da construção de 90 creches no estado, defendeu a expansão do ensino de tempo integral e quer criar pontos de apoio a entregadores em São Luís.
Cláudia Coutinho (PDT): defendeu mais investimentos em todas as áreas ligadas à saúde, cobrou a recuperação da rodovia Caxias-Aldeias Altas, pediu a implantação de uma agência do INSS em Caxias e uma clínica do programa “Sorrir” em Matões.
Andreia Rezende: (PSB): restaurante popular e policlínica no Maracanã.
Roberto Costa (MDB): pediu a imediata revisão do programa Minha Casa, Minha Vida em Bacabal, cobrou apoio a desabrigados de Bacabal, propôs a criação da Patrulha Maria da Penha e a revisão das diretrizes desse programa, e pediu um pacote de obras para Buriti Bravo.
Solange Almeida (PL): implantação de um shopping da criança em Santa Inês, e um programa de tratamento da endometriose.
Júnior Cascaria (Podemos): defendeu obras em diversos municípios e um programa de atendimento na área de saúde mental.
Júlio Mendonça (PCdoB): sugeriu a ampliação do programa de compras de agricultura familiar para restaurantes populares, e cobrou uma política de preservação do rio Itapecuru.
Ariston Pereira (PSB): pediu o asfaltamento de trechos da MA-271 e da MA-368, defendeu a implantação de uma unidade do Viva em Bacabeira, e um redutor de velocidade na rodovia que corta Sucupira do N0rte.
Francisco Nagib (PSB): em meio a várias manifestações pelo fortalecimento econômico do Maranhão, pediu o programa Mais Renda para Codó.
Rodrigo Lago (PCdoB): pediu a recuperação de rodovias no Médio Sertão, obras de pavimentação e drenagem em Paço do Lumiar, equipamento do Mais Renda para Matinha, obras na ponte de Viana, pavimentação da MA-245 e obras urbanas em Colinas e Governador Luiz Rocha.
Fernando Braide (PSD): defendeu obras para São Luís, destinou recursos de emendas para o Aldenora Bello e uma política de incentivo ao desenvolvimento econômico.
Mical Damasceno (PSD): recuperação da MA-006.
Leandro Bello (Podemos): pediu a ampliação da “malha aérea”, propôs a permanência de fisioterapeutas em maternidades pública e privadas, pediu um curso de radioscopia na Uema, denunciou o alto preço da água e a implantação de uma UPA em Timon, e indicou a pavimentação da MA-226, entre outros pleitos.
Janaína Ramos (Republicanos): cobrou obras urbanas, novas ambulâncias e a implantação de um Socorrão em Imperatriz e obras em Amarante.
Júnior França (PP): obras na MA-315 entre Bom Jardim e São João do Carú, centro de Hemodiálise em Santa Inês, reforma de escola em Santas Luzia, restaurante popular em Paulino Neves e viatura policial para Santas Luzia.
Neto Evangelista (União Brasil): destinou R$ 390 mil ao Aldenora Bello, fez a defesa da mulher e da criança e pediu a criação de uma Delegacia Especializada em Pessoas Deficientes.
Osmar Filho (PDT): pediu melhorias urbanas para Cajari e uma unidade do programa Mais Justiça para aquele município.
Ana d0 Gás (PCdoB): pediu equipamentos do programa Mais Renda para Santo Antônio dos L0pes.
Ricardo Arruda (MDB): pediu a recuperação da MA-006 e mais salas de aula para Formosa da Serras Negra.
Florêncio Neto (PSB): pediu o asfaltamento da MA-313, uma unidade do Hemomar na Assembleia Legislativa, restaurantes populares para seis municípios e uma política de combate ao bulling contra autistas.
Wellington do Curso (PSC): realização de concurso público pelo Governo do Estado e ampliação da Casa de Apoio Ninar.
Cláudio Cunha (PL): melhorias para a região do litoral, PL propondo “Fila Zero” nas estações de ferryboats, investimento em saúde segurança em Cururupu, ampliação do Hospital Regional e policlínica na Região Tocantina e a ligação rodoviária entre Anajatuba e Bacurituba.
Davi Brandão (PSB): pediu apoio aos desabrigados e a restauração da Estrada do Leite em Bacabal.
Edna Silva (Patriotas): restauração da BR-222 na região de Buriticupu.
Rafael Leitoa (PSB): PL propondo um programa de acesso a medicamentos à base de canabidiol e obras urbanas paras Timon.
Aluízio Santos (PL): pediu a ampliação do fornecimento de água pela Caema, um centro de Hemodiálise, e a transformação de um CAIC em escola de tempo integral em Chapadinha, e ainda a restauração da rodovia Chapadinha/Afonso Cunha.
Eric Costa (PSD): criticou e pediu o controle do preço da carne no Maranhão, propôs uma política de incentivos fiscais para empresas atacadistas, pediu um centro de Hemodiálise para Barra do Corda e um pacote de obras urbanas para Barra do Corda e Amarante.
Rildo Amaral (PP): propôs recapeamento asfáltico em diversos municípios, a começar por Imperatriz.
Viviane Silva (PDT): pediu obras urbanas em Balsas, a recuperação da MA-006 e obras no Hospital Municipal de Riachão.
Yglésio Moises: defendeu a implantação de uma ponte aérea entre São Luís e Imperatriz.
Juscelino Marreca (Patriotas): quer um centro de Hemodiálise em Barreirinhas e outro em Santas Luzia, um colégio militar em Turilândia, e apoio a produtores rurais de Nova Olinda.
Wemetério Weba (PP): pediu a reforma do centro administrativo de Junco do Maranhão.
PONTO & CONTRAPONTO
Weverton admite que faz “oposição responsável, ao Governo de Brandão
O senador Weverton Rocha (PDT) rascunhou, finalmente, sua posição no cenário político estadual. Afirmou quer não está fazendo “nenhum tipo de oposição irresponsável”, e que está “dando tempo ao tempo”, para ver “lá na frente como estarão “os atores que ganharam as eleições aqui no Maranhão”.
Se não está fazendo “nenhum tipo de oposição irresponsável”, e nada mais falou a respeito, a conclusão lógica é a de que está fazendo uma “oposição responsável”.
E isso ficou mais claro quando, ao comentar sobre a possibilidade de uma federação PSB/PDT, disse que essa é uma discussão que tem de vir do nacional para o estadual, sem chances de ser o contrário, por existirem ainda resquícios incômodos das eleições em que o governador Carlos Brandão se reelegeu em turno único e ele, então candidato do PDT, ficou em terceiro lugar.
O que fica claro nas declarações do senador Weverton Rocha é que, por mais que se esforce para mostrar o contrário, ele não assimilou o resultado, que foi resultado dos seus próprios movimentos.
Em Tempo: Na edição de ontem, a Coluna destacou o espaço ocupado pela bancada federal do Maranhão, mostrando quem é qual no tabuleiro da República. Por um lapso imperdoável, não registrou que o senador Weverton Rocha é vice-líder do Governo no Senado, missão para a qual foi convidado pelo próprio presidente Lula da Silva (PT). O autor pede desculpas ao senador e aos leitores.
Visita dos Holanda a Brandão pode ter sido mais do que apenas cortesia
O meio político foi surpreendido ontem com a visita do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Jr. (sem partido), acompanhado do pai, o ex-deputado estadual Edivaldo Holanda, ao governador Carlos Brandão, no Palácio dos Leões.
O governador Carlos Brandão divulgou o fato como um gesto de cortesia dos Holanda, acrescentando que os dois o parabenizaram pelo primeiro ano à frente do Governo do Maranhão e dialogaram sobre fatos e ações do Governo.
O gesto de cortesia pode estar recheado de intenções políticas. O tempo está passando, as eleições municipais já estão na pautadas, e Edivaldo Jr. tem pressa para definir um rumo.
Atropelado nas urnas de 22 por conta de um monumental erro de avaliação, o ex-prefeito, que permanece como um quadro promissor, pode estar se dando conta de que não irá a lugar algum em voo solo.
Para retomar a estrada da política, Edivaldo Jr. terá de costurar alianças. Vale lembrar que ele foi visto em público pela última vez na posse do vereador Paulo Victor (PCdoB) na presidência da Câmara Municipal, cumprimentando com entusiasmo o hoje secretário estadual de Cultura e potencial candidato a prefeito pela aliança liderada pelo governador Carlos Brandão.
O tempo vai dizer no que vai dar essa visita de cortesia.