Arquivos mensais: janeiro 2018
A Coluna será atualizada neste Domingo, 07/01/2018.
Othelino assume o comando do Legislativo usando a prudência e pedindo paciência e compreensão aos seus pares
O Poder Legislativo como instituição não pode parar, e deve seguir em frente primando pelo princípio do equilíbrio interno e pela harmonia nas relações com o Poder Executivo e o Poder Judiciário, formando com eles o tripé que sustenta a democracia. Foi motivado por essa equação que o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), na faixa dos 40 anos, assumiu, formalmente, a presidência da Assembleia Legislativa, sucedendo o deputado Humberto Coutinho (PDT), que faleceu domingo (1º). Além da pesada tarefa de chefiar um Poder, Othelino Neto tem agora a obrigação de comandá-la como uma Casa política, composta por diversas correntes partidárias e onde diferenças e interesses se chocam a todo momento, alimentando o permanente embate entre Governo e Oposição. Seu maior desafio é presidir a Assembleia Legislativa depois de três anos de gestão de um líder da estatura do deputado Humberto Coutinho, que se tornou uma rara unanimidade na condução do Poder.
Jornalista e economista por formação, servidor público – é concursado do Tribunal de Contas do Estado -, e político nascido nas teias do movimento estudantil, Othelino Neto vem construindo uma carreira surpreendente, que o fez militante do PV, do qual foi um dos fundadores no Maranhão, foi secretário de Estado do Meio Ambiente no Governo José Reinaldo Tavares, foi suplente de deputado e efetivado em 2013, e deputado eleito em 2014, sendo eleito e reeleito também 1º vice-presidente da Alema. Com o agravamento do estado de saúde do presidente Humberto Coutinho, o 1º vice foi assumindo gradativamente as responsabilidades de comandar a Casa como presidente interino.
Um dos quadros mais ativos da aliança liderada pelo governador Flávio Dino, Othelino Neto vinha sendo voz frequente e posicionada no combate à oposição sarneysista no plenário da Assembleia Legislativa. Com um discurso pausado, bem articulado, e permeado de frases duras para atingir fundo os adversários, sem elevar o tom de voz nem se exceder em agressividade. O orador Othelino Neto sempre disse o necessário para incomodar os atacantes oposicionistas. Cioso do que deve ser o discurso parlamentar, sempre manteve a linha, evitando que o embate duro, mas civilizado, resvalasse para a agressão pessoal a quem quer que fosse. Nesse contexto, em que pese a seus corajosos contra-ataques às investidas da Oposição sarneysista, mantem relacionamento afável com todos os deputados. E com esse ânimo, consegue estabelecer o diálogo nas situações mais tensas, mostrando que aprendeu, à sua maneira e ao seu estilo, a separar diferenças politicas de conflitos parlamentares, como fez sempre o ex-presidente Humberto Coutinho.
Othelino Neto assume o comando do Poder Legislativo num momento especialmente delicado, pois além de suceder o experimentado gigante político Humberto Coutinho, há menos de um mês o parlamentar perdeu o pai, o renomado jornalista Othelino Filho, que era também sua referência pessoal e seu conselheiro político. Ciente dos desafios que se aproximavam com o agravamento da saúde do presidente Humberto Coutinho, o presidente em exercício vestiu a capa da coerência, calçou as sandálias da humildade e assumiu progressivamente a postura da moderação. E na entrevista coletiva que concedeu após o ato formal de investidura no cargo, o novo presidente do Poder Legislativo pediu “paciência e compreensão”. Avisou que a instituição não será submetida a mudanças traumáticas, e que os ajustes, se necessários, serão feitos progressivamente.
Politicamente, o grande desafio do presidente Othelino Neto é comandar a Mesa e cumprir a pauta, principalmente por se tratar de um ano eleitoral. Ele terá de ser o mediador dos duros embates que certamente serão travados e o principal interlocutor do governador Flávio Dino em nome da Casa, usando discernimento e habilidade para desarmar bombas e construir consensos. Tem plena consciência de que não será nada fácil, mas já tem experiência suficiente para saber que se as regras forem usadas, sua presidência pode ser bem sucedida, e sua estrada, longa e cheia de percalços. É fato que a partida de Humberto Coutinho deixou um enorme espaço para o surgimento de uma nova liderança no parlamento. A oportunidade está com o jovem deputado do PCdoB.
PONTO & CONTRAPONTO
Fábio Macedo assume a 1ª vice-presidência e Rafael Leitoa se torna deputado titular
Marcado pela discrição, devido ao fato de a instituição encontrar-se ainda sob o impacto da morte do presidente Humberto Coutinho, o ato de formalização do deputado Othelino Neto como presidente do Poder Legislativo aconteceu sem pompa, na sala da Presidência, no Palácio Manoel Beckman.
“Estamos ainda num momento de tristeza e muito pesar, com o falecimento do presidente Humberto, mas esse rito formal tinha que ser feito, mas como ele era sempre preocupado que a Assembleia continuasse seu ritmo e sua rotina, agora vamos dar prosseguimento ao belo trabalho que foi feito por ele. Não só internamente, mantendo a harmonia entre os deputados de diferentes correntes, que são marcas características de um Parlamento, mas trabalhando principalmente para ajudar a melhorar a vida dos maranhenses, porque é à população que devemos a maior satisfação”, assinalou.
O ato marcou também a efetivação de do deputado Fábio Macedo no cargo de 1º vice-presidente; Josimar de Maranhãozinho (PP) na 2ª vice e Adriano Sarney (PV) na 3ª vice, por ordem de sucessão natural, deixando em aberta a 4ª vice-presidência. Na mesma oportunidade, Rafael Leitoa (PDT) se tornou deputado efetivo na vaga de Humberto Coutinho, abrindo vaga de suplente que foi assumida por Fernando Furtado (PCdoB), porque o titular Neto Evangelista (PSDB) continua como secretário de Estado de Desenvolvimento Social.
Posse administrativa e sem convites atraiu governador em exercício e 1º vice da Câmara Federal
O que seria um mero ato administrativa, para o qual não houve convite, a formalização do deputado Othelino Neto na presidência da Assembleia Legislativa e dos ajustes na composição da Mesa Diretora e do Plenário acabou se transformando num ato político de expressão. No comando interino do Governo do Estado, Carlos Brandão (PRB) fez questão de comparecer. E aproveitou para declarar, num discurso informal não previsto, que foi “prestigiar a posse do amigo Othelino, mesmo nesse momento triste – mas a vida tem que continuar -, e desejar sucesso muito grande e contribuir para o sucesso de sua gestão”.
E mesmo em meio ao recesso parlamentar, deputados estaduais e federais se deslocaram para o Palácio Manoel Beckman para respaldar a posse do novo presidente. Além do governador em exercício Carlos Brandão, compareceram o deputado federal André Fufuca (PP) – que exerce o importante cargo de 1º vice-presidente da Câmara Federal -, o deputado federal e ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido mas em vias de ingressar no DEM), e os deputados estaduais Marco Aurélio (PCdoB), Roberto Costa (PMDB), Rafael Leitoa (PDT), Glaubert Cutrim (PDT), Cabo Campos (DEM), Zé Inácio (PT), Adriano Sarney (PV), Levi Pontes (PCdoB), Ricardo Rios (SD), Graça Paz (PSL), Ana do Gás (PCdoB), Josimar de Maranhãozinho (PP) e Paulo Neto (PSDC).
São Luís 04 de Janeiro de 2018.
Flávio Dino inicia 2018 em alta e confirmando o protagonismo que assumiu e manteve durante 2017
O governador Flávio Dino (PCdoB) começou 2018 como terminou 2017: o protagonista do cenário político e da disputa pelo poder no Maranhão. Essa posição foi reforçada por uma informação divulgada no dia 2 pelo portal G1, o braço virtual do sistema Globo: o governador do Maranhão ocupa o 1º lugar entre todos os governadores brasileiros no cumprimento de 92% das suas promessas de campanha – ver mais na seção Ponto & Contraponto. A posição política e administrativa do governante maranhense ficou bem definida nas entrevistas-balanço que ele concedeu ao longo do mês de dezembro a diversos meios de comunicação, incluindo o jornal Folha de S. Paulo e o Jornal Pequeno. Em todas as elas, o governador Flávio Dino foi demonstrou serenidade, equilíbrio e firmeza e coerência na abordagem dos temas que dominaram todas as conversas com a imprensa – política partidária, eleições locais e nacionais, economia e resultados de Governo –, não deixando qualquer margem de dúvida sobre suas afirmações e informações. O bate-rebate mais abrangente foi travado com a equipe do JP, liderada pelo editor-chefe Lourival Bogéa. E sua frase mais contundente – apesar da aparente suavidade – foi na resposta que deu ao ser indagado sobre como acha que será a eleição tendo a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) como candidata:
– Acho que será uma eleição mais emocionante. Eu gosto de fortes emoções. Alguém que torce pelo Botafogo tem que gostar de emoções fortes… Acho que é uma eleição mais (…) nítida, muita clara, muito fácil de fazer o contraste. Então, será uma eleição saborosa, eu diria.
O tom dessa resposta – na qual se podem identificar vários vieses, mas nenhuma agressividade reprovável – dominou toda a entrevista ao JP, durante a qual Flávio Dino se mostrou um chefe de Estado e de Governo tranquilo, seguro do que está fazendo, e com nítida aparência de quem está em paz com a sua consciência como gestor. Mostrou-o também com os pés firmes no chão no que diz respeito ao político que se prepara para a guerra em busca da reeleição, portanto, no pleno controle da situação. Nesse aspecto, o seu estado de ânimo é o oposto do que vêm demonstrando seus adversários já assumidos, a começar pela ex-governadora Roseana Sarney, que alinhava um discurso destinado a minimizar os méritos de Flávio Dino como gestor, insistindo na tese segundo a qual as grandes obras do atual Governo foram planejadas e iniciadas no Governo anterior. Bem avaliado em todas as pesquisas e líder nos levantamentos sobre intenção de voto, o governador vem resistindo bem aos esforços de vozes do Grupo Sarney e do senador Roberto Rocha (PSDB) – que tem sido duro nas críticas ao Governo – de apresentá-lo como “incompetente”, “perseguidor”, e por aí vai.
Na entrevista ao JP – concedida antes da avaliação publicada pelo G1 -, o governador Flávio Dino quebrou o silêncio em relação à postura oposicionista do senador Roberto Rocha, mas se limitou a afirmar, categoricamente, que não sabe por que o então aliado rompeu a aliança política que os ligava: “Realmente não sei te explicar, porque a gente era aliado político, não éramos amigos, também não éramos inimigos, mas ele, de repente, começou a me tratar como inimigo, do nada”. E foi enfático ao afirmar que nada aconteceu para que Roberto Rocha se tornasse seu adversário. A resposta do governador não resolverá esse mistério, já que também o senador até aqui não ofereceu uma versão factual convincente para o rompimento.
Valorizada pelo fato de que não foi uma “conversa de compadres”, a entrevista ao JP levou o governador Flávio Dino a colocar em pratos limpos sua relação com o PT e o ex-presidente Lula da Silva. Contrariando críticos e adversários políticos, defende enfaticamente o direito de o ex-presidente Lula ser candidato a presidente, avaliou que não será fácil se a condenação foi confirmada – a decisão sobre o recurso contra a condenação a nove anos de cadeia sairá no dia 24 -, e sugere que o ex-presidente deve queimar até o último recurso. E foi além ao esclarecer sua relação com o líder petista, e o fez com uma franqueza que outro político dificilmente usaria para tratar de assunto juridicamente tão controverso e politicamente tão delicado: “Tenho conversado com o ex-presidente Lula. Não me considero amigo pessoal dele. Porque amigo pra mim é uma coisa bem singular: amigo é quem vai na casa da gente, a gente visita na casa dele. O presidente Lula é para mim, hoje, um aliado político, como eu sou do PT, em termos estaduais. Agora, o que Lula vai fazer em 2018 realmente eu não faço a menor ideia”.
Nas respostas dadas à equipe do JP, Flávio Dino mostrou-se um governante e líder político absolutamente seguro das posições que defende, e consciente de que será o alvo principal dos seus concorrentes ao Palácio dos Leões, mas certo também de que será osso duro de roer e que pode reunir munição para disparar contra-ataques política e eleitoralmente letais. A informação do G1 dando conta de que ele é o primeiro em cumprimento de promessas, com 92%, é um diferencial que vai pesar nesse embate.
PONTO & CONTRAPONTO
Levantamento do G1 coloca Dino como o governante mais eficiente do País
O levantamento do portal G1 com todos os Estados mostra que governador Flávio Dino é o campeão em cumprimento de compromissos de campanha. Segundo o G1, que pertence ao Grupo Globo, faltando um ano para o encerramento do seu mandato, Flávio Dino já cumpriu integralmente ou está cumprindo 92% dos compromissos assumidos com o eleitorado em 2014.
Ao completar o primeiro ano de gestão, em 2015, Flávio Dino havia cumprido integralmente 12 compromissos, e dez estavam em andamento. Em 2016, foram 15 cumpridos integralmente e 14 em andamento. Agora, ao fim de 2017, foram 22 cumpridos integralmente e 12 estão em andamento.
Do total de 37 compromissos assumidos com o eleitorado na campanha eleitoral, portanto, o governador do Maranhão já cumpriu ou está cumprindo 34, de acordo com o levantamento do G1, o que equivale a 92% dos compromissos honrados em três anos.
Entre eles, está implementar o Bolsa Escola, aumentar a rede de ensino em tempo integral, reformar e recuperar as escolas do Estado, aumentar o número de médicos no Maranhão, aumentar o número de policiais, dar utilidade social à Casa de Veraneio do governador com a instalação da Casa de Apoio Ninar e criar a Secretaria de Transparência e Controle.
Cálculo feito pelo G1 mostrou que o percentual alcançado pelo governador Flávio Dino está bem acima da média nacional, que é de 60%. Os Governos que mais se aproximam do Maranhão são os de Rondônia (85%), Goiás (82%), Ceará (80%) e São Paulo (75%).
Negado por Sarney, veto a Pedro Fernandes pode causar o desfecho de um tiro no pé
Se pretendeu fragilizar o poder de fogo político e eleitoral do governador Flávio Dino impedindo que o deputado federal Pedro Fernandes (PTB) assumisse o Ministério do Trabalho e Emprego e, no cargo, atuasse para fortalecer o líder do PCdoB, o ex-presidente José Sarney (MDB) pode ter cometido um monumental erro de cálculo. Certamente concebida para ser discreta, sem ecos para o público, como é o estilo da velha e tarimbada raposa, a operação para inviabilizar a nomeação do parlamentar petebista ganhou uma dimensão muito maior do que o ex-presidente esperava. E ganhou forma de peso incômodo quando, após Pedro Fernando contar para o Brasil inteiro que foi vetado por ele, José Sarney veio a público negar, com um discurso enfático, mas pouco convincente, o seu envolvimento direto no episódio, que também tirou mais uma lasca da já combalida credibilidade do presidente Michel Temer (MDB). Isso porque ninguém acreditou na sua versão. Todas as notas, reportagens e comentários feitos nos mais diversos canais de informação do País – jornais, TVs, rádios, portais e blogs – bateram forte na mesma tecla: Pedro Fernandes foi vetado por José Sarney, por causa do governador Flávio Dino. Ontem, o Jornal Nacional colocou uma pá de cal na versão do ex-presidente da República ao abrir sua edição com o apresentador afirmando, enfática e categoricamente, que José Sarney vetou Pedro Fernandes por causa de Flpavio Dino, não deixando mais qualquer margem de dúvida sobre essa versão. E a conclusão dominante é a de que o ex-presidente tem a exata noção do poder de fogo do governador e vai fazer o que estiver ao seu alcance, mesmo prejudicando um político do quilate do deputado federal Pedro Fernandes, que já foi seu aliado por muitos anos, e que mesmo na Oposição, sempre o tratou com muito respeito. O assunto será certamente tratado durante a campanha eleitoral, e é fácil antever que o bônus político e eleitoral será dividido entre o deputado e o governador.
São Luís, 3 de Janeiro de 2018.
Indicação de Pedro Fernandes para o Ministério do Trabalho foi atingida por uma demonstração de força nada republicana
Primeiro a surpresa, depois, perplexidade. Foram esses os sentimentos que atingiram milhares e milhares de maranhenses ao serem informados de que o deputado federal Pedro Fernandes não será mais nomeado ministro do Trabalho porque, mesmo indicado unanimemente pela bancada do PTB, teria sido, segundo o próprio parlamentar, vetado pelo ex-presidente José Sarney (PMDB). O motivo: Pedro Fernandes, que durante décadas foi aliado do Grupo Sarney, decidiu seguir outro rumo e integrar a aliança liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Por meio de assessores, o ex-presidente José Sarney negou enfaticamente a interferência, mas todos os indícios apontam no sentido de que a restrição foi manifestada e aceita pelo presidente da República, causando um enorme constrangimento na bancada federal do PTB, que recebeu do Palácio do Jaburu um pedido para substituir o parlamentar maranhense.
Está mais que claro que Pedro Fernandes foi vetado, e todos os sinais indicam que esse veto partiu do Grupo Sarney. Nenhum argumento técnico ou ético motivou o presidente a mudar a indicação do PTB. Para começar, no campo político o deputado Pedro Fernandes e seu partido têm sido aliados corretos do presidente Michel Temer, pagando preço político alto por ter votado contra a sua decapitação nas duas vezes em que ele esteve com a cabeça na guilhotina da Câmara Federal. Além disso, Pedro Fernandes votou a favor da reforma Trabalhista e vem defendendo com firmeza a da Previdência e outras matérias polêmicas propostas pelo Governo, correndo o sério risco de sofrer desgaste eleitoral. Pedro Fernandes é considerado um dos quadros mais corretos, honestos, ativos e eficientes da Câmara Federal, onde exerce o quinto mandato como um dos três deputados mais assíduos, participando de praticamente 100% das seções e votações. Por fim, tecnicamente Pedro Fernandes é um engenheiro civil de larga experiência, com sólida formação técnica, que inclui estudos sobre a realidade trabalhista no Brasil, que é a base ideológica, doutrinária e programática do seu partido, o PTB, fundado por Getúlio Vargas. Ninguém duvida, portanto, de que ele seria um bom ministro, plenamente afinado com as orientações do Palácio do Planalto.
E não bastassem esses argumentos, Michel Temer e Pedro Fernandes foram colegas de Câmara Federal, se conhecem muito bem. Tanto que, conforme informações de bastidores, o presidente Michel Temer teria festejado a indicação de Pedro Fernandes para o cargo, tendo inclusive marcado a data da sua posse para esta quinta-feira (4).
O argumento usado para justificar o veto foi o de que aqui na sua base política, o PTB está alinhado ao governador Flávio Dino, pelo fato de o vereador por São Luís Pedro Lucas Fernandes (PTB), exerce o cargo de Secretário de Articulação Metropolitana do Governo do Estado. A versão mais corrente, confirmada pelo próprio Pedro Fernandes, foi a de que, insatisfeito por ter um adversário seu no Maranhão sendo nomeado ministro de Estado, resolveu melar a escolha fazendo chegar sua insatisfação ao presidente Michel Temer. Politicamente fragilizado, e certamente não querendo ter um José Sarney no seu encalço, o presidente da República sucumbiu ao reclame do velho cacique e resolveu amargar o constrangimento de descartar um aliado correto e decente e desagradar a uma bancada inteira para atender a um capricho político absolutamente desarrazoado, aparentemente motivado apenas pela necessidade de exibir poder.
O argumento da aliança de Pedro Fernandes com o governador Flávio Dino não se sustenta, uma vez que outros partidos aliados do presidente estão afinados com o governador Flávio Dino. Um deles é o DEM, que declarou apoio ao governador, inclusive com o aval do seu quadro mais importante, o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia. O outro é o PP, cujo presidente regional, deputado André Fufuca, 1º vice-presidente da Câmara Federal e aliado de proa do Palácio do Planalto, selou uma aliança com o governador Flávio Dino o mundo não desabou. O PRB, que está se fortalecendo sob o comando do deputado federal Cléber Verde, é afinado com o Governo Michel Temer e mantém uma aliança firme com o Governo do PCdoB. Ou seja, o argumento meramente partidário não se sustenta.
Restam, portanto, poucas dúvidas de que a indicação do deputado federal Pedro Fernandes para o cargo de ministro do Trabalho foi atingida por uma mera e nada republicana demonstração de força.
PONTO & CONTRAPONTO
ADEUS
Funeral de Humberto Coutinho mobiliza líderes políticos e comove milhares de caxienses
O funeral do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT) traduziu corretamente o seu tamanho pessoal e político. As personalidades presentes, tendo à frente o governador Flávio Dino (PCdoB), o agora presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), o vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Lourival Serejo, representando o Poder Judiciário, e o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, secretários de Estado e líderes, empresariais, sindicais e comunitários, demonstraram, em suas manifestações, que estavam ali para reverenciar um cidadão que se destacou como líder político, médico e empresário e que, tivesse ganhado um pouco mais de tempo, estaria agora no epicentro da disputa pelas duas cadeiras do Senado.
Humberto Coutinho partiu com dignidade e com despedidas justas. No adeus coletivo, dominado por um profundo e visível sentimento de respeito, foi marcado por lágrimas, música e muitas palmas. Foi como autoridades, amigos, familiares, aliados e a população de Caxias se despediram dele ontem, durante o velório realizado no Ginásio da Facema e no cortejo que percorreu as principais ruas e avenidas da cidade.
A comoção veio à tona durante a missa de corpo presente. E transbordaram quando o governador Flávio Dino e a Dra. Cleide Coutinho fizeram discursos emocionantes. “Pela primeira vez, em 11 anos, eu chego aqui e Humberto Coutinho não estava me esperando. Jamais pensei que um dia eu ia assinar um decreto oficial em homenagem a esse grande homem”, disse Flávio Dino, sem conseguir conter as lágrimas. Ele acrescentou que o presidente Humberto Coutinho era um homem leal. “Humberto foi muito leal comigo”, afirmou, se dirigindo a Dra. Cleide e declarando que “você pode contar comigo, Caxias pode contar comigo. A maior homenagem que podemos dar é uma salva de palmas ao amigo Humberto Coutinho”.
Cleide Coutinho lembrou que Humberto Coutinho lhe disse, em São Luís, que o maior presente que poderia receber seria morrer em Caxias. “Agradeço a sua gentileza, que fez com que isso acontecesse perto dos amigos e da sua família”, disse reportando-se ao governador Flávio Dino.
Visivelmente comovido, o prefeito Fábio Gentil disse que o nome de Humberto Coutinho ficará fincado na história de Caxias. “Ele era um ser humano de coração extraordinário, foi um político que contribuiu muito para o crescimento de Caxias. Os frutos por ele plantados continuarão a ser regados. É uma perda irreparável”, disse o prefeito. “Eu perdi um grande amigo. Ele entrou na política junto comigo e fará muita falta”, disse Gastão Vieira.
Cortejo
Durante todo o percurso do cortejo as pessoas acenavam dando adeus a Humberto Coutinho. A cidade parou para acompanhar a passagem do cortejo. Um dos momentos mais marcantes aconteceu em frente à Casa de Saúde e Maternidade onde os funcionários fizeram uma linda homenagem a Humberto Coutinho, cantando a música ‘Como é grande o meu amor por você’. Em frente à Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão (Facema), também foi prestada homenagem especial. Em seguida, o cortejo passou pela TV Sinal Verde, Avenida Senador Alexandre Costa, Estação Rodoviária, Coheb, seguindo para o bairro do Itapecuruzinho, onde ocorreu o sepultamento em capela da família, que fica ao lado do Cemitério Olaria.
Homenagens
O Maranhão político perdeu um grande, um grande líder, um conciliador muito admirado por todos. Essa foi declaração uníssona entre os políticos presentes ao funeral do presidente Humberto Coutinho.
Além do governador Flávio Dino e do prefeito Fábio Gentil, o presidente do Poder Legislativo, deputado Othelino Neto – ainda comovido com a perda do pai, o jornalista Othelino Filho, declarou: “É com o sentimento de tristeza que estamos aqui na despedida de Humberto Coutinho que deixa um vácuo muito grande na política do Maranhão”.
“É uma grande perda para o Estado. Humberto foi um grande amigo, um companheiro. O Maranhão perde um grande político, um ser humano excelente e que tinha um coração de ouro”, acentuou a deputada Francisca Primo (PCdoB). “É uma tristeza muito grande. Ele foi um grande líder e um pai para todos os deputados. É uma perda muito grande para todos nós. Peço a Deus que o coloque em um bom lugar. Ele fará muita falta”, disse Glauberth Cutrim (PDT). “O Maranhão está em luto. Caxias perde o seu grande herói. Nós sentimos muito a morte do presidente Humberto”, acentuou o deputado Cabo Campos (DEM). “É uma grande perda para todos nós. Ele era um bom homem, um bom pai de família, um bom amigo, um grande político não só para Caxias, mas para todo o Maranhão. Ele deixou a sua marca na história. Ele vai deixar muita saudade”, acentuou Ricardo Rios (SD), 1º secretário da Mesa da Assembleia Legislativa.
O deputado Alexandre Almeida (PSD) afirmou que, indiscutivelmente, Humberto Coutinho conseguiu, através de sua profissão como médico, transformar a vida de milhares de maranhenses, por isso ele se destacou na política. “Ele tinha a arte de ouvir, teve uma carreira muito destacada. Sujeito que vai fazer falta para a Assembleia, para o povo do Maranhão. Lamento e deixo o meu abraço e agradecimento pelo que ele representa para todos nós”. disse Alexandre Almeida. “Fica uma lacuna. É uma perda irreparável. Ele era uma pessoa que começou a dar o exemplo pela família. Ele tinha um bom relacionamento com toda Assembleia. É motivo de muita dor a sua partida. Peço a Deus que conforte a sua família e que o coloque em um bom lugar”, afirmou o deputado Eduardo Braide (PMN).
Cleomar Tema (Tuntum e Famem) faz homenagem ao amigo e líder Humberto Coutinho
“Ele deixa uma história de ousadia, lutas e conquistas. O meu amigo, o meu companheiro Humberto Coutinho deixa um grande legado para as gerações futuras do nosso Estado. Foi um grande e autêntico líder, um homem leal aos seus ideais, cumpridor de suas palavras e que, por todos os seus predicados, era extremamente respeitado, tanto pelos amigos como pelos adversários”. O resumo da personalidade política de Humberto Coutinho foi feito pelo prefeito de Tuntum e presidente da Famem, Cleomar Tema (PSB), ao comentar a perda daquele que foi o seu maior e mais importante parceiro politico e amigo desde que se aliaram em 1990.
Cleomar Tema não conseguiu esconder a forte emoção que lhe dominou ao comentar a perda. Lembrando que essa aliança se sustenta há três décadas, o presidente da Famem destacou que ele e Humberto Coutinho estiveram nas “trincheiras de luta” por todos esses anos. “Aprendi muito com o Humberto Coutinho, recebi muitas orientações dele e posso assegurar que foi um homem, um político e um pai de família extraordinário”, destacou.
Tema acrescentou que tanto a FAMEM, cuja nova sede leva o nome do ex-mandatário caxiense, como o município de Tuntum estão de luto oficial por três dias. Cleomar Tema ao afirmar que o Maranhão jamais esquecerá os ensinamentos daquele que ele considera um dos maiores políticos maranhenses. O prefeito de Tuntum e presidente da Famem divulgou nota de pesar, cujo teor é o seguinte:
Nota de Pesar
O presidente Cleomar Tema e toda a Diretoria da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) lamentam, com profundo pesar, o falecimento do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Humberto Coutinho, fato este ocorrido na noite de segunda-feira, dia 1º de janeiro de 2018, no município de Caxias.
Humberto Coutinho foi e sempre será referência na militância municipalista do estado do Maranhão, seja na condição de prefeito de Caxias, cidade que ele administrou por dois mandatos, seja pela sua trajetória de político que sempre defendeu o fortalecimento dos municípios.
Humberto Coutinho ficará guardado na memória de todos os prefeitos e prefeitas maranhenses. Seu nome e seu espírito de estadista continuarão honrando as lutas da Famem, cuja sede nova, inaugurada no mês passado, recebeu o nome de Casa do Municipalismo Humberto Coutinho.
À família e amigos, nossos sinceros sentimentos.
Ao povo do Maranhão, homenagearemos, sempre, a memória de um homem íntegro, político fiel às suas convicções, e que sempre lutou e trabalhou pelo progresso de nosso estado.
Cleomar Tema
Prefeito de Tuntum e presidente da Famem
São Luís, 02 de Janeiro de 2018.
A morte de Humberto Coutinho causa perdas ao Legislativo, ao Governo, à classe política e à vida de Caxias
Caxias perdeu o seu maior e mais influente e carismático líder político neste século, a Assembleia Legislativa perdeu o seu presidente mais forte e agregador das últimas legislaturas, o governador Flávio Dino (PCdoB) perde o seu “co-piloto” e principal estabilizador político da sua nave governamental, a medicina perdeu uma importante referência como profissional e empresário da área, e os mais próximos perderam um amigo sincero para todas as horas. O que causou essas e outras perdas foi a morte do médico, empresário, líder político, ex-prefeito de Caxias, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho (PDT). Ele perdeu a guerra de quatro anos contra um agressivo câncer no intestino, contra o qual usou de todos os recursos médicos disponíveis. Sua partida, aos 71 anos, se deu no melhor momento da sua carreira política – chegou a ser apontado como pré-candidato a senador com largas chances de eleição -, abrindo um enorme vazio no universo da política maranhense e na sua família, da qual era chefe absoluto, dividindo essa liderança com a esposa, a médica e política Cleide Coutinho.
Humberto Coutinho foi uma personalidade fora dos padrões e acima da média. Com quase dois metros de altura, jeitão meio desengonçado e aparência carrancuda, parecia um personagem distante e inabordável. O médico cirurgião, no entanto, revelou-se um sujeito boa praça, afável e que com o tempo se tornou uma referência profissional, com nítida tendência ao messianismo, potencial que ele inteligentemente usou como plataforma para vivenciar sua maior paixão depois da esposa, parceira, amiga e guadiã Cleide Coutinho e seus filhos: a política. Tal paixão foi tão forte que depois de alguns anos de militância, aposentou o médico e deu vida integral ao político, como deputado estadual (cinco mandatos), prefeito de Caxias (dois mandatos), o que foi suficiente para chegar à presidência do Poder Legislativo por três anos consecutivos e ao Governo do Estado por quase uma semana, o que lhe permitiu, ainda que por tempo exíguo, realizar o sonho de todo político maranhense: sentar na cadeira principal do Palácio dos Leões.
O político Humberto Coutinho nasceu nas bases do Grupo Sarney, mas migrou para a Oposição quando os chefes do sarneysismo abraçaram seus adversários em Caxias, não lhe deixando outro caminho. Subestimado, Humberto Coutinho mostrou a sua força política exercendo mandato após mandato de deputado estadual e elegendo-se prefeito por dois mandatos. E o grito definitivo de independência que deu em relação ao Grupo Sarney aconteceu quando ele abraçou a bandeira do governador José Reinaldo Tavares em 2002, para em seguida tornar-se um dos artífices da histórica e espetacular vitória do médico e ex-prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT) no pleito de 2006. Naquela frenética corrida ao voto, abraçou o projeto e viabilizou a eleição do ex-juiz federal Flávio Dino para a Câmara Federal, apoiando sua candidatura ao Governo do Estado em 2010. Manteve sua posição inalterada, apesar do bombardeio adversário, e virou o jogo mais uma vez ao ter participação decisiva na vitória de Flávio Dino para o Governo do Estado em 2014, ganhando do novo líder estadual o carinhoso apelido de “co-piloto”. E foi com essa soma de experiência e força políticas que ele desembarcou de volta à Assembleia Legislativa em fevereiro de 2015 para ser eleito presidente do Poder quase que por unanimidade e sem qualquer discussão. Sua chegada ao comando do Poder Legislativo foi fruto de uma bem articulada campanha que comandou quando as urnas informaram sua volta ao Palácio Manoel Bequimão, embalado por grande votação.
No comando do Poder Legislativo, Humberto Coutinho se movimentou de tal modo que em pouco tempo se tornou referência, respeitado por aliados e por adversários dentro e fora da instituição parlamentar. Ali, aprimorou a regra política segundo todos os deputados, governistas e oposicionistas, receberiam rigorosamente o mesmo tratamento. E fez cumprir tal regra como uma espécie de princípio respeitado por todos. Na presidência, funcionou como ponte segura e confiável entre Oposição e Governo, intermediando negociações delicadas para destravar a tramitação e aprovação de matérias polêmicas propostas pelo Palácio dos Leões, e mediando conflitos internos entre deputados e promovendo entendimentos difíceis sobre temas complicados. E foi capaz de gestos absolutamente surpreendentes, como a visita que fez ao empresário João Abreu, preso por suspeita de envolvimento em suposto esquema de corrupção ocorrido no Governo Roseana Sarney, no qual ele foi secretário-chefe da Casa Civil.
O gigante político Humberto Coutinho chegou ao topo do poder fazendo política à maneira antiga, à base da conversa ao pé do ouvido, elevando ao extremo o valor da palavra e da confiança, nunca se deixando mover por interferências externas. Tanto que no meio político era apontado como o maior e mais correto cumpridor de acordos. Não lia jornal – salvo quando um assessor ou aliado da sua confiança lhe mostrava um texto que lhe interessaria -, quase não assistia TV nem se informava por outros canais eletrônicos, como rádio, portais e blogs, por exemplo. Informava-se pela conversa direta, alimentada por uma enorme teia de amigos e aliados. Vários interlocutores ouviram dele que seu maior prazer era sentar numa roda de conversa política. “É disso que eu mais gosto”, disse ao colunista em conversa informal.
Não surpreende, portanto, que a classe política esteja sob o impacto da perda de Humberto Coutinho, que atinge diretamente a população aguerrida e politicamente ativa de Caxias, uma terra que sabe brigar pelos seus ideais e que costuma referenciar seus líderes.
PONTO & CONTRAPONTO
Flávio Dino, José Joaquim Figueiredo e Othelino Neto lamentam a partida de Humberto Coutinho
A morte do presidente Humberto Coutinho impactou fortemente a classe política, reforçando com clareza o peso da sua presença no complicado xadrez da política maranhense. O governador Flpavio Dino, que tinha nele um aliado forte e confiável, depois de decretar luto oficial por sete dias e determinar que ele tenha funerais de Chefe de Estado, declarou, em tom fortemente comovido: “A perda do amigo leal é imensa e muito dolorosa”. E acrescentou: “Humberto Coutinho presidia a Assembleia Legislativa com eficiência e grande liderança, e exerceu o governo do Estado”.
Por sua vez, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, em nome dos demais membros da Corte, divulgou nota externando “profundo pesar pela perda do presidente da Assembleia Legislava”, ao mesmo em que se solidariza com a família do deputado, desejando conforto e serenidade em momento tão difícil de imensurável perda. “Toda a classe judiciária do Maranhão presta condolências e expressa os mais sinceros pêsames”, afirma o desembargador-presidente José Joaquim Figueiredo dos Anjos.
O presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PC do B), sobre quem recairá a responsabilidade de comandar o Poder Legislativo, afirmou que o Maranhão perde um de seus grandes líderes. Segundo ele, Humberto Coutinho era um homem de poucas palavras e um conciliador, mas que teve a coragem cívica de ser um dos grandes pilares de momentos relevantes da nossa política recente.
– Humberto foi fundamental na marcante eleição de governador do saudoso Jackson Lago (PDT) e foi avalista desse movimento histórico da construção de um Maranhão de todos nós, sob a liderança de seu aliado e estimado amigo Flávio Dino – disse o deputado Othelino Neto.
Também da Oposição saíram manifestações de pesar pela partida de Humberto Coutinho. Uma delas foi da ex-governadora Roseana Sarney, para quem “O Maranhão perde uma liderança política e um homem que lutou fortemente durante os últimos anos pelo restabelecimento de sua saúde. Ao longo de minha trajetória política, eu e Humberto Coutinho mantivemos uma relação de muito respeito”.
A trajetória bem sucedida de um médico que acabou se apaixonando pela política
Humberto Ivar Araújo Coutinho nasceu em 21 de agosto de 1946 no povoado Pedreiras, município de Matões. Formado em Medicina em 1970 pela Universidade Federal da Bahia, desde 1971 começou a exercer a profissão pelo então INSS em Caxias e na Casa de Saúde de Maternidade de Caxias, hospital que fundou juntamente com sua esposa, a médica e ex-deputada estadual Cleide Barroso Coutinho.
Iniciou sua carreira política em 1988 como vereador, o mais votado de Caxias, elegendo-se logo a seguir, em 1990, deputado estadual com reeleições sucessivas nos pleitos de 1994, 1998 e 2002. Em 2004, foi eleito prefeito da cidade de Caxias, sendo reeleito em 2008 com a maior votação dada a um candidato a prefeito na história da cidade.
Enquanto prefeito, indicou e apoiou a esposa Cleide Barroso Coutinho como candidata a deputada estadual que se elegeu em 2006 e se reelegeu em 2010. Todas as suas eleições sempre tiveram como base eleitoral as cidades de Caxias, Parnarama, São Domingos, Paraibano e Tuntum. Em 2014 foi votado também nas cidades de São Mateus, Aldeias Altas, Alexandre Costa e São João do Sóter.
Em 2014, “Dr. Humberto”, como era conhecido, retornou à Assembleia Legislativa como o deputado mais votado (67.982) da aliança que levou Flávio Dino ao Governo do Estado, o que lhe deu suporte para se eleger e se reeleger presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.
São Luís, 02 de Dezembro de 2018.