Declaração de Kassab torna praticamente certa a candidatura de Braide aos Leões em 2026

Eduardo Braide é prioridade no PSD
e aposta alta de Gilberto Kassab

A declaração do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de que o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) será candidato ao Governo do Estado em 2026, e na condição de “candidato fortíssimo”, definiu, pelo menos por enquanto, o formato do embate pela sucessão do governador Carlos Brandão (PSB). Esse embate se dará entre o atual vice-governador, Felipe Camarão (PT), que a partir de quatro de abril do ano que vem será governador, e o atual prefeito da Capital, Eduardo Braide, que concorrerá na condição de ex-prefeito. A menos que surja um fenômeno absolutamente imprevisto, a tendência é a de que não haja ameaça aos dois, uma vez que os demais aspirantes ao Palácio dos Leões são, até agora, o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), já que nenhum outro nome se declarou disposto a entrar na disputa.

Se o vice-governador Felipe Camarão for confirmado candidato, a candidatura do prefeito Eduardo Braide ao Palácio dos Leões, se vier a ser confirmada por ele próprio, produzirá a grande polarização na corrida sucessória. De um lado estará o candidato petista, liderando a aliança situacionista numa chapa que terá o governador Carlos Brandão (PSB) como candidato ao Senado, tendo ainda o apoio do presidente Lula da Silva (PT), e de outro, um conjunto de forças oposicionistas, que vão da ala progressista liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD), candidata à reeleição, passando pelo centro e chegando à direita mais dura.

Não há dúvida de que a declaração do presidente nacional do PSD tem lastro e retrata o cenário do momento da corrida sucessória no Maranhão. Saído recentemente de uma reeleição em turno único, na qual obteve 75% dos votos fazendo oposição do Governo do Estado, e aparecendo em todas as pesquisas como favorito para governador, Eduardo Braide pode ser apontado como a maior expressão política do campo oposicionista, principalmente por ser um político diferenciado. Essa condição é mostrada, por exemplo, pela maneira como ele lida com a Câmara Municipal, onde tem o apoio de no máximo nove dos 31 vereadores. Mais do que isso, pela gestão elogiada até por adversários.

Político que pensa e calcula cada passo que dá, Eduardo Braide certamente está medindo todos os prós e contras para deixar o comando da Prefeitura de São Luís, a maior e mais importante cidade do Maranhão, para entrar numa guerra “de vida ou morte” na seara política. O quadro do momento, em que é apontado como favorito na corrida aos Leões, pode sofrer alterações quando a aliança governista confirmar e assumir de vez a candidatura do vice-governador Felipe Camarão. Esse movimento decisivo da Situação lhe dará condições para tomar a decisão final sobre ser ou não ser candidato.

A julgar pelo andar da carruagem sucessória, o prefeito Eduardo Braide dispõe das condições para ser candidato ao Governo do Estado, com amplas chances de se dar bem. Se decidir sair mesmo, deixará a Prefeitura nas mãos confiáveis da vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD), que está se preparando tecnicamente para o desafio de substituir o chefe.

Ao mesmo tempo em que navega nas águas do favoritismo, o prefeito Eduardo Braide sabe que enfrentará um candidato forte. Felipe Camarão é jovem, tem carisma, conhece o Maranhão na palma da mão, contará com um lastro partidário e vai concorrer como governador em busca da reeleição, tendo o governador Carlos Brandão e o presidente Lula da Silva na guerra pelo voto. Além disso, tanto o prefeito de São Luís quanto o vice-governador têm no ex-prefeito Lahesio Bonfim um fator de preocupação, exatamente por tratar-se de um candidato que pode desequilibrar um dos lados.

O fato é que a declaração entusiasmada do presidente nacional do PSD reforçou fortemente o projeto de candidatura do prefeito de São Luís ao Palácio dos Leões.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão entrega obras rodoviárias importante na Ilha

Carlos Brandão, Larissa brandão (de chapéu), Eudes barros e Iracema Vale
na inaguração da nova rodovia de Raposa

O governador Carlos Brandão avançou domingo, na Ilha de Upaon Açu, na demonstração de que 2025 é o “ano da colheita”, também definido por ele como “o melhor ano” do seu Governo, ao inaugurar três obras, duas Rodoviárias e uma social.

A primeira obra rodoviária: a nova estrutura do Retorno do Olho D´Água/Araçagy, na interseção da Avenida São Luís Rei de França com a Avenida dos Holandeses (MA-203), que vai resolver, por muitos anos, o gargalo que se formava na área, causando enormes e incômodos engarrafamentos, principalmente em horários de pico e nos domingos e feriados com a movimentação nas praias da região.

A outra obra rodoviária: a requalificação da MA-203 (Estrada da Raposa) onde foram realizados serviços ao longo de 11,69 quilômetros da rodovia, a partir do viaduto Neiva Moreira até o cais da cidade de Raposa. Ali foram executadas obras de urbanização, sinalização e alargamento da pista, que tinha 6,4 metros de faixa de rolamento e conta agora com 12,8 metros de largura, sendo 2 metros para acostamento e 1,2 metro para a ciclofaixa, aumentando a mobilidade na região.

E para completar o pacote de benefícios, o governador entregou 25 carrinhos do programa “Minha Renda Praia” a vendedores que atuam na região.

Ao entregar as obras, o governador Carlos Brandão (PSB) assinalou que são investimentos necessários para melhorar o padrão de vida na região e a ligação de São Luís com Raposa. E destacou: “O turismo em Raposa está crescendo muito e mais pessoas têm visitado a cidade por causa das suas belezas naturais, em busca das rendas, do artesanato, dos passeios de barco. Por isso, precisamos dar a infraestrutura necessária para que a cidade continue se desenvolvendo”.

E chamou mais uma vez a atenção para a sua maior obra rodoviária na de Ilha de Upaon Açu: a Avenida Metropolitana, cujas obras haviam sido inspecionadas no sábado. “Vistoriamos o primeiro trecho da Avenida Metropolitana, que vai do Funil, na BR-135, até o bairro São Raimundo. Esse trecho será inaugurado em breve. E vamos seguir com a obra, contornando toda a região do aeroporto de São Luís e seguindo até São José de Ribamar, passando por pontos importantes, como: a Expoema e a Uema. Esta com certeza será a maior obra de infraestrutura viária da Grande Ilha”, assinalou.

Brandão liderou uma comitiva plural, com petista, socialistas e até bolsonaristas

Nas inaugurações de domingo, tendo ao lado a primeira-dama Larissa Brandão, que passou a participar mais intensamente desses atos, o governador Carlos Brandão cumpriu a agenda no Olho D`Água e em Raposa acompanhado de uma comitiva politicamente expressiva.

A lista abre com o vice-governador Felipe Camarão (PT), que participou de todos os atos exibindo sorriso largo e dando a impressão de que segue firme para ser governador e candidato à reeleição. A presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), ela também em clima de total descontração, em que pesem as tensões relacionada à ADIN que questiona a sua reeleição para presidente da Casa em tramitação na Suprema Corte.

O prefeito de Raposa, Eudes Barros (PL), que não era do grupo ligado ao Palácio dos Leões, foi enfático nos elogios e nos agradecimentos ao governador pelos benefícios que o município ganhará com a nova rodovia.

Num grupo em que o 1º vice-presidente da Assembleia legislativa, deputado Antônio Pereira (PSB) fazia gestos ao eleitorado da Ilha, chamou a atenção uma dupla de bolsobaristas roxos, o deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) e o suplente de deputado federal no exercício do mandato Allan Garcez, que apareceu com novo visual: usa agora uma barba branca, que lembra a do presidente Lula da Silva (PT).

São Luís, 01 de Abril de 2025.

Brandão tem exatamente um ano para decidir como será o cenário da sua sucessão

Carlos Brandão seguirá na sua intensa rotina de trabalho,
que poderá terminar ou não daqui a exatamente um ano e três dias, quando sairá ou ficará no cargo

Daqui a exatamente um ano e três dias, no 3 de abril de 2026, o Maranhão saberá, com certeza absoluta, como será a disputa pelo Governo do Estado, e a chave dessa informação, que norteará o eleitorado maranhense, será uma só: a renúncia, ou não, do governador Carlos Brandão (PSB) para disputar uma cadeira de senador, passando as chaves do Palácio dos Leões ao vice-governador Felipe Camarão (PT), que buscará a reeleição. A decisão do governador de sair para encarar as urnas ou permanecer e cumprir o mandato até o final será o diapasão sob o qual o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo) e eventuais outros candidatos ajustarão os seus projetos de candidatura.

Na grande aliança comandada pelo governador Carlos Brandão o clima no momento é de distensão, depois de meses de tensão causada pelo racha na base governista, devido a desavenças entre brandonistas e dinistas. Essa mudança no ambiente governista vem aos poucos dando forma a uma chapa com Felipe Camarão para o Governo e Carlos Brandão para o Senado. Esse projeto, que nasceu nas montagens para as eleições de 2022, chegou a ser descartado em meio ao clima de afastamento do governador Carlos Brandão do ex-senador e atual ministro da Suprema Corte, Flávio Dino, mas movimentações recentes indicam que há um processo de reconciliação em andamento, que deve desembocar na montagem da chapa Camarão/Brandão.

É nesse contexto que o prefeito de São Luís trabalha para viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado, tendo como força propulsora os bons resultados da sua gestão e uma reeleição em um só turno, que o catapultou para a primeira linha da corrida sucessória estadual e já na condição de favorito. E com um dado diferenciado: tendo o ex-prefeito Lahesio Bonfim, pré-candidato declarado como segundo colocado, à frente, portanto, do vice-governador Felipe Camarão, conforme todas as pesquisas feitas até agora sobre a corrida sucessória. A partir de agora, a máquina política comandada pelo governador Carlos Brandão deve começar a atuar para viabilizar esse projeto.

O governador Carlos Brandão e o vice-governador Felipe Camarão têm de resolver o quanto antes se entram ou não na corrida às urnas, uma vez que são políticos de grupos, tendo uma legião de candidatos a senador, a deputado federal e a deputado estadual aguardando ansiosamente as suas definições para poderem levar em frente os seus projetos eleitorais, muitos deles condicionados à composição da chapa majoritária. Com a chapa Camarão/Brandão, a situação para os candidatos a senador (Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PSD), André Fufuca (PP) e outros aspirantes) será uma, mas sem ela, o quadro muda drasticamente, afinal, muitos apostam alto na relação com os líderes dos grupos aos quais pertencem.

No contraponto, o prefeito Eduardo Braide encontra-se numa situação confortável, uma vez que ser ou não ser candidato ao Governo do Estado é decisão rigorosamente pessoal, porque não envolve o futuro de todo um grupo. A sua trajetória política, marcada por surpreendentes sucessos eleitorais, com sucessivas eleições e reeleição, vem mostrando isso com clareza. Portanto, com a chapa majoritária situacionista ou sem ela, o prefeito é um candidato forte. O mesmo ângulo de visão se aplica às candidaturas de Lahesio Bonfim e Roberto Rocha, que dificilmente serão seguidos por exércitos de candidatos proporcionais.

Ciente de que tem nas mãos o poder de moldar o cenário da corrida pelo voto e cacife para movimenta-lo, o governador Carlos Brandão tem 368 dias para avaliar, medir, pesar e finalmente decidir o seu passo mais importante em relação ao processo eleitoral que se aproxima.

PONTO & CONTRAPONTO

Registro

Repórter Tempo Nº 3000

O painel de imagens traduz um pouco do novo Maranhão, com a ascensão de Flávio
Dino, de Carlos Brandão e de Iracema Vale, de novas lideranças como André Fufuca,
Juscelino Filho e Pedro Lucas Fernandes, Eduardo Braide, Felipe Camarão, Roberto
Costa e Paulo Victor, Weverton Rocha, Ana Paula e Eliziane Gama e Sónia Guajajara,
a força dos Lençóis, a importância do CLA, a bela cultural do Barrica,
o constrangimento do Judiciário e a movimentação do Legislativo

Repórter Tempo alcança hoje a sua 3000ª edição. Nascida no dia 25 de fevereiro de 2015 com o objetivo e a pretensão de ser um espaço dedicado ao jornalismo interpretativo, um passo além do registro meramente factual, a Coluna escalou e superou todos os obstáculos da grande transição na comunicação planetária.

Fundada no esforço de buscar sentido e explicação na fórmula jornalística primordial do “que”, “quem”, “quando”, “onde”, “como” e “porque”, a Coluna dedicou os seus 10 anos de existência ao universo da política partidária e das relações entre os Poderes no Maranhão desde os primeiros passos do Governo Flávio Dino (PCdoB/PSB) até aqui, no ano decisivo do Governo Carlos Brandão (PSB), registrando os ecos da difícil, mas sólida, consolidação da democracia no Brasil a partir da realidade maranhense.

Nesse período, a Coluna registrou a mais espetacular e consistente virada na política maranhense, com a derrocada de velha ordem expressada pelo sarneysismo, que teve os seus muitos anos de poder, e a ascensão de uma nova geração, representada pelo governador Flávio Dino, com a transição sendo completada pelo governador Carlos Brandão, que no ano que vem passará o bastam para a novíssima geração da política estadual. Contas feitas por dados registrados no Facebook, WhatsApp e Instagram indicam que as 2.999 edições foram acessadas 4,5 milhões de vezes, o que para o seu titular é uma vitória, principalmente se levado em conta o fato de que não se trata de um blog de informações factuais.

Movida pelos pilares jornalísticos da verdade e da ética, Repórter Tempo registrou, com base na sua lógica, os mais diferentes fatos, situações e realidades que julgou importantes nesse período. E o fez respeitando as regras da isenção e do pluralismo, sem tomar partido – salvo em casos especialíssimos -, cuidando para preservar a integridade e os direitos dos protagonistas da cena política maranhense. E resistiu tenazmente à tentação de enveredar pelos tortuosos caminhos da política nacional, só o fazendo em casos muitos especiais e relacionados ao cenário maranhense.

Além disso, a Coluna se aventurou no precioso e desafiador campo da cultura, registrando, com os olhos do jornalismo curioso, comentários despretensiosos sobre livros importantes da rica literatura maranhense, como o registro dos 50 anos do clássico “Norte das Águas”, de José Sarney sobre o Maranhão profundo, e o definitivo “Quatrocentona”, do poeta Luiz Augusto Cassas sobre São Luís, por exemplo. E produzindo, com ouvidos atentos e atrevidos, impressões escritas sobre alguns discos de importância fundamental na música maranhense, como os irretocáveis “Camapu”, de Cesar Teixeira, “Contradições”, de Chico Maranhão, os três primeiros itens da nova safra de Josias Sobrinho, e “Milhões de Uns”, de Joãozinho Ribeiro.

Repórter Tempo se orgulha do trabalho que vem realizando, muitas vezes se valendo do valioso e hoje imprescindível material produzido pelo jornalismo virtual maranhense, formado por uma ativa blogosfera, parte dela pautada na excelência noticiosa. E pretende seguir na mesma trilha, sem fugir aos rigores da ética, às exigências da isenção e ao compromisso com a qualidade.

E sem esquecer o principal, Sua Excelência, o leitor.

São Luís, 30 de Março de 2025.

Weverton mostrou em Barreirinhas que trabalha para ser parceiro de Brandão na corrida ao Senado

Weverton Rocha: suor e votos em Barreirinhas na festa por nova ponte

O que era visto com reservas por alguns observadores começa a ganhar corpo no tabuleiro do  jogo pelas duas cadeiras no Senado da República que serão disputadas nas eleições do ano que vem: o governador Carlos Brandão (PSB) já é visto no meio político e fora dele como nome favorito para uma delas e caminha para ser o parceiro ideal para os que disputam a segunda vaga, no caso os senadores Eliziane Gama (PSD), Weverton Rocha (PDT) e o deputado federal e atual ministro do Esporte André Fufuca (PP) – que também foi à Barreirinhas -, podendo entrar no jogo também nomes como os deputados federais Detinha (PL), Pedro Lucas Fernandes (União) e Juscelino Filho (União), atual ministro das Comunicações. Outros nomes podem despontar nos próximos meses, mas a avaliação dominante até aqui é que a disputa pelas cadeiras na Câmara Alta dificilmente sairá desse grupo de pré-candidatos.

Um exemplo dessa complexa equação ocorreu quinta-feira em Barreirinhas, onde o governador Carlos Brandão comandou uma grande festa popular para inaugurar uma ponde de concreto de 240 metros sobre o Rio Preguiças, para integrar a região dos Lençóis Maranhenses. Ali desembarcou também para participar da festa o senador Weverton Rocha como integrante da comitiva, pouco parecendo o parlamentar que em 2022 rompera com o então governador Flávio Dino (PSB) e disputou o Governo do Estado com o sucessor dele, Carlos Brandão, que ganhou no 1º turno, tendo o senador ficado em terceiro lugar, iniciando a segunda etapa do seu mandato senatorial com um discurso fortemente oposicionista. À medida que Carlos Brandão foi consolidando seu Governo, alcançando expressivos índices de aprovação e montando uma ampla rede de apoio nos municípios, Weverton Rocha foi revendo o seu discurso e sua posição oposicionista.

Misturado à massa popular que se mobilizou para a festa de inauguração, apesar do calor causticante da manhã ensolarada, o senador Weverton Rocha, suando forte, gravou um vídeo no qual exalta a obra e declara que é hora de recompor a união que ele rompeu. “O espírito é mais ou menos esse: de conclusão, de união, hora de chamar todos e fazer continuar esse trabalho a favor do Maranhão”, declarou o senador, num nítido movimento para se tornar o companheiro do governador Carlos Brandão, que foi o epicentro das atenções dos milhares de pessoas que foram à festa de inauguração.

Assim como Eliziane Gama, Weverton Rocha sabe que tem pela frente o enorme desafio da reeleição, e as pesquisas o aconselham a jogar para ter o governador Carlos Brandão como parceiro numa dobradinha pelas duas a vagas. Isso porque as contas que tem feito lhe mostram que corre o sério risco de ficar para trás se vier a optar por um embate direto com o mandatário maranhense por uma das vagas. O senador pedetista tem a avaliação segundo a qual suas chances de reeleição são reais, mas que também o ministro André Fufuca – se entrar como tem dito – será um concorrente capaz de alterar o seu favoritismo, porque irá para as urnas com o apoio total do seu partido, podendo também ser o parceiro de Carlos Brandão.

A incursão política do senador Weverton Rocha em Barreirinhas aponta claramente que ele decidiu trabalhar para construir uma ponte que o leve de volta à aliança governista e à condição de “companheiro de chapa” do governador Carlos Brandão. O mandatário – que ainda não disse se será candidato, mas até as pedras de cantaria da Praia Grande sabem que ele irá para a disputa -, segue seu curso comandando o Governo e inaugurando obras, preparando, sim, a base da sua candidatura, em chapa com o vice-governador Felipe Camarão (PT), que é tida como certa por nove entre dez observadores da cena política do Maranhão.

O problema é que a senadora Eliziane Gama e o ministro André Fufuca trabalham na mesma direção.

PONTO & CONTRAPONTO

Eliziane tem pauta cheia na corrida para viabilizar reeleição

Eliziane Gama: pauta de itens para reeleição

Enquanto o senador Weverton Rocha (PDT) trabalha para se reconciliar plenamente com a base governista liderada pelo governador Carlos Brandão (PSB), a senadora Eliziane Gama (PSD) se movimenta para montar o painel político-eleitoral com o qual pretende viabilizar sua corrida à reeleição.

Ela confirma sua permanência no PSD, mas não deixa claro se apoiará a provável candidatura do prefeito Eduardo Braide (PSD) ao Governo do Estado. Isso porque, pelo menos até aqui, os seus movimentos a levam à base da possível pré-candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT). Ele pode também mudar de partido e resolver de vez essa pendência.

A senadora trabalha também para conquistar o maior apoio possível da massa eleitoral evangélica, que bandeou para a extrema-direita, aderindo ao bolsonarismo. Ela foi quase satanizada por algumas vozes evangélicas durante a CPI da Covid, da qual foi relatora.

Eliziane Gama se movimenta também para estreitar ainda mais a sua relação com o Governo do presidente Lula da Silva (PT), o qual apoiou integralmente até aqui, inclusive como vice-líder no Congresso Nacional e tendo sido cotada para ser ministra.

O leque de ajustes que a senadora precisa resolver é amplo, mas ninguém duvida da capacidade de trabalho e da competência política da senadora para colocar sua candidatura nos trilhos.

Movimento de ex-deputados para somar cacifes eleitorais ganha corpo

Wendell Lajes, Fábio Braga, Marcos Caldas,
Raimundo Cutrim, Helena Duailibe, Jota
Pinto, Adelmo Soares (de gravata) e
Rogério Cafeteira: união por vagas na Alema

Os ex-deputados estaduais que estão se mobilizando para entrarem juntos em um partido com o objetivo de conquistar pelo menos duas cadeiras na Assembleia Legislativa podem ter acertado em cheio. Juntos, eles reúnem um respeitável baú de votos, que somados numa mesma legenda podem garantir, sim, pelo menos dois mandatos.

O movimento, formalizado num almoço na semana passada, chamou a atenção, principalmente na Assembleia Legislativa, onde parlamentares trabalham pela reeleição e não veem com bons olhos uma iniciativa política que funciona como uma ameaça aos seus projetos de renovação de mandato.

Nomes como Wendel Lajes, Fábio Braga, Marcos Caldas, Adelmo Soares, Raimundo Cutrim, Jota Pinto, Helena Duailibe, Rogério Cafeteira, Leonardo Sá, César Pires, Betel Gomes, além de Gardênia Castelo (filha) e Sérgio Frota.

Depois de várias rodadas de conversa, nas quais avaliaram os pós e contra da iniciativa e optando por lava-la em frente, os ex-deputados se debruçam agora na decisão na qual não podem errar: a escolha do partido ao qual se filiarão.

Resolvido o item filiação partidária, o resto será um por si e Deus por todos.

São Luís, 29 de Março de 2025.

Coluna de O Globo mostra Dino como opção da esquerda para 26 se Lula não for candidato

Expressões do ministro Flávio Dino no julgamento
da denúncia sobre tentativa de golpe

“A estrela sobe: Flávio Dino e a possibilidade de ser o nome da esquerda a disputar a Presidência

As recentes intervenções do ministro Flávio Dino no julgamento dos golpistas no STF fizeram subir sua cotação como eventual nome da esquerda para disputar a Presidência em 2026, em alguns nichos políticos. O maranhense de 56 anos, que arquiteta seus votos com anotações feitas à mão, fez a alegria dessa turma ao dizer, por exemplo, que há alguns militares golpistas que ´são mais apaixonados por suas armas do que por seus cônjuges`. Mas é claro que a bola está com Lula, mesmo tendo 81 anos em 2026. É ele quem vai decidir se será ou não candidato. Mesmo se não concorrer, pode optar por uma pessoa mais próxima e do PT, como o ministro Fernando Haddad, que concorreu à Presidência em 2018. Além disso, Dino pode ficar mais 19 anos no STF e se aposentar em 2044. Em tempo: numa entrevista recente à repórter Bianca Gomes, do ´Estadão`, o marqueteiro Pablo Nobel, que trabalhou na campanha de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo e de Javier Milei no segundo turno das eleições argentinas, apontou Flávio Dino como o melhor nome da esquerda para 2026: ´Ele é articulado, ágil no debate e forte nas redes, e a passagem pelos Três Poderes também pesa a favor`. É. Pode ser”.

A nota tem a assinatura do experiente e acreditado jornalista Anselmo Góis e publicada em sua coluna na versão on line do jornal fluminense O Globo expressa com fidelidade os rumores que correm nos bastidores da política nacional, começando pelos gabinetes de Brasília. Nesse ambiente, onde já se fala abertamente na corrida ao Palácio do Planalto, o ministro Flávio Dino desponta, de fato, como o nome mais credenciado da esquerda democrática para enfrentar o bolsonarismo em 2026, na hipótese de o presidente Lula da Silva (PT), já com 80 anos e sem um sucessor definido para a liderança do PT. São notas, reportagens e editoriais, sobre o potencial do ministro para ser candidato a presidente muitos a favor, outros exibindo uma neutralidade pouco crível e outros mostrando nariz torcido. Mas todos, sem exceção, reconhecem no ministro um dos quadros mais destacados do cenário político nacional.

A cotação do ex-juiz federal, ex-deputado federal, ex-governador do Maranhão, ex-senador da República, avaliado com grau máximo em todas essas atividades, teve seu cacife político reforçado como ministro da Justiça, quando o destino lhe deu o desafio de enfrentar o 8 de janeiro de 2023, uma semana após assumir o cargo, tendo ele dado uma demonstração cabal de competência como gestor e de comprometimento institucional. Sua escolha para a Corte Suprema levou alguns dos seus “adversários” a apostar alto na sua fragilidade como constitucionalista. Perderam, porque o ministro vem dando seguidas demonstrações de vasta cultura jurídica e de coragem institucional, como ficou demonstrado no caso das emendas parlamentares, em que ele desmontou a grande caixa preta, por onde passaram bilhões e bilhões de reais sem padrinhos nem destino conhecidos, apesar da fúria dos chefões do Congresso Nacional.

A explicação mais forte para registros como o do colunista de O Globo é simples: não existe, no cenário político nacional, nenhum quadro da nova geração que se equipare ao ministro Flávio Dino em conhecimento, experiência e talento político. Isso ficou cabalmente demonstrado quando, na condição senador licenciado e ministro da Justiça, ele deu cara e discurso político ao Governo Lula da Silva. Os seus embates com a nata oposicionista em audiências no Congresso Nacional, enfrentando principalmente a agressiva oposição bolsonarista, revelaram um preparo técnico e político que nenhum membro do Governo mostrou.

A nota do colunista O Globo é reveladora, motivada pelo desempenho e postura do ministro no julgamento da denúncia que tornou réus os suspeitos de tramar o golpe de estado que impediria a posse do Governo Lula da Silva, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu núcleo, com forte argumentação jurídica, fortalecida por um denso e rico discurso político-institucional. E guarda nas suas entrelinhas o que pode ser visto como uma tendência que começa a ganhar corpo.

Os próximos meses serão decisivos para que esse norte se confirme ou não.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão inaugura ponte de 244 metros que liga Barreirinhas à região dos Lençóis

A nova ponte tomada pelo povo na festa de
inauguração, com Carlos Brandão
festejado e reforçando laços com Iracema Vale,
Vinícius Vale e Orleans Brandão

Em meio a uma traumática crise no sistema rodoviário por causa do desgaste das pontes, o Governo do Estado quebrou esse clima de pessimismo dando a Barreirinhas e ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses uma ponte de concreto com 240 metros de comprimento e 10,35 metros de largura sobre o Rio Preguiças, reforçando sua integração com o resto do mundo. A obra, que custou R$ 30 milhões, foi entregue ontem pelo governador Carlos Brandão (PSB), acompanhado da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), numa festa cívica que reuniu milhares de barreirinhenses, liderados pelo prefeito Vinícius Vale (MDB), que recebeu convidados de toda a região polarizada pelo parque.

Com estruturas metálicas de quase 400 toneladas, a ponte é dotada de pista de rolamento para grandes e pequenos veículos, ciclofaixa e passeio para pedestres, a ponte é o mais importante ponto de ligação da área urbana de Barreirinhas com as vias de acesso aos Lençóis. Essa integração rodoviária, além de facilitar a movimentação da população local e regional, ganha o peso de um grande reforço no deslocamento de turistas do mundo inteiro que visitam o mais e mais importante item natural do turismo maranhense e nacional.

Eternizada como Ponte Prefeito Chico Pedro – homenagem ao ex-prefeito Francisco Monroe da Conceição, um dos grandes incentivadores do desenvolvimento de barreirinhas como polo turístico e falecido em 2012 -, a ponte foi entregue por um entusiasmado governador Carlos Brandão, que a definiu como um sonho que agora é uma realidade, “um marco para Barreirinhas, conectando zona urbana e rural, beneficiando 15 mil moradores e impulsionando o turismo nos Lençóis Maranhenses, que desde o ano passado são Patrimônio Natural da Humanidade. Essa obra traz mais mobilidade, segurança e desenvolvimento, se tornando, agora, um dos nossos principais cartões-postais do estado”.

Lembrando que a estrutura interligará o centro urbano de Barreirinhas a 19 povoados, foi efusivamente comemorada pelo prefeito Vinícius Vale: “Essa ponte é um sonho sendo realizado graças à parceria com o Governo do Maranhão, um governo municipalista. A gente finalmente está entregando nossa tão sonhada ponte”.

Carlos Lula defende decisão do Supremo sobre golpe e Yglésio reage xingando Lula

Carlos Lula aprovou a decisão do Supremo
e Yglésio Moises só xingou Lula da Silva

Tímida a repercussão na Assembleias Legislativa da decisão as Corte Suprema de tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu grupo sob a acusação de haverem tramado um golpe de estado para impedir a posse do presidente, eleito Lula da Silva (PT). Duas manifestações apenas sobre o tema, uma do deputado dinista Carlos Lula (PSB) e outra do deputado bolsonarista roxo Yglésio Moisés (PRTB).

Carlos Lula, que é conhecido como estudioso do Direito, e que tem lastro sólido como conhecedor da Constituição, fez um discurso enfático, mas equilibrado, em defesa da decisão do STF de tornar réus o ex-presidente e o seu grupo.

Como nítido senso de justiça, o deputado Carlos Lula alertou para o fato de que a decisão não é ato de vingança, mas sim um passo necessário na defesa da Constituição e da democracia.

– O STF não agiu por revanche, nem por ideologia. Cumpriu seu dever. A decisão é um gesto de respeito à Constituição, ao Estado Democrático de Direito e ao povo brasileiro – declarou Carlos Lula.

O parlamentar chamou a atenção para palavras do ministro Flávio Dino sobre os impactos violentos de um golpe de Estado, lembrando que é um ataque à democracia, afeta diretamente a liberdade, a esperança e até a vida de milhares de brasileiros.

– Golpes matam. Matam sonhos, matam direitos, e não raras vezes, matam pessoas – assinalou, lembrando que o golpe de 1964 não matou no dia seguinte, mas os anos que vieram foram de mortes, torturas, perseguições e desaparecimentos. A gente não pode esquecer – enfatizou.

Por sua vez, o deputado Yglésio Moisés, que costuma fazer longos discursos atacando a esquerda, principalmente o PT, e defendendo o bolsonarismo, tratou do assunto com alguns xingamentos ao presidente Lula da Silva (“bandido”, “ladrão”, e por aí vai) no final de um pronunciamento em que atacou fortemente a Justiça do Maranhão.

São Luís, 28 de Março de 2025.  

Anistia para golpistas: dos deputados maranhense já definidos, maioria é contra

Dos já decididos, Allan Garcez e Josivaldo JP são a
favor da anistia aos golpistas, enquanto Hildo Rocha,
Márcio Jerry, Rubens Júnior, Ivan Júnior
e Aluísio Mendes são contra

Resolvido o destino da primeira denúncia sobre envolvimento na tentativa de golpe de estado, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, por sua 1ª Turma, de tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu grupo mais próximo, que, daqui a alguns meses, poderão ser condenados a até 40 anos de cadeia ou serem absolvidos, as atenções se voltam agora para o projeto da anistia que a banda bolsonarista do Congresso Nacional tenta emplacar para livrar os participantes do fatídico 8 de janeiro de 2023. O jornal O Estado de S. Paulo fez um levantamento para identificar a posição dos 513 deputados federais em relação ao projeto, e o resultado foi: 190 favoráveis, 126 contra e 104 ficaram no muro. Entre os 18 deputados maranhenses, dois disseram ser a favor do projeto de anistia, cinco disseram ser contrários, cinco não quiseram responder e seis simplesmente não retornaram ao chamado de O Estadão.

Os dois favoráveis à anistia para os golpistas de 8 de janeiro são os deputados Allan Garcês e Josivaldo JP. O primeiro é de extrema-direita e bolsonarista “raiz”, que está no exercício do mandato na vaga do deputado André Fufuca, atual ministro do Esporte. O segundo é de direita, mas não exibe o grau dessa posição ideológica, sendo claro que joga para agradar ao eleitorado bolsonarista na região Tocantina.

Contra o projeto de anistia para os golpistas se posicionaram os deputados Hildo Rocha (MDB), que junta a posição do partido com sua convicção pessoal contra os planos golpistas da direita bolsonarista; Ivan Júnior (União), suplente de centro-direita recém-chegado à Câmara Federal; Márcio Jerry (PCdoB) é contra por convicção pessoal e segue a linha geral da esquerda da qual o seu partido é parte histórica; Rubens Júnior (PT) é contra o projeto por convicção pessoal e em alinhamento com a posição do PT; e Aluísio Mendes (Republicanos), que é de direita, integra a ala menos radical do bolsonarismo, mas defende a ordem institucional.

Os deputados que não quiserem responder à pesquisa formam um grupo política e ideológicamente plural, que vai do centro à extrema-direita. A deputada Detinha (PL) é de direita, faz parte da nata do PL, mas não fecha com o radicalismo bolsonarista. Duarte Júnior (PSB) manifesta independência em relação ao partido, que já se posicionou contra a anistia. Júnior Lourenço (PL) segue a linha de independência em relação ao bolsonarismo; Márcio Honaiser (PDT) surpreende, uma vez que o seu partido já está posicionado contra a anistia para os golpistas do 8 de janeiro; e Pedro Lucas Fernandes (União), atual líder da bancada federal do partido, tem posição definida, mas não quer externa-la ainda.

Os seis deputados que não retornaram à provocação de O Estadão formam um grupo predominantemente de centro-direita, que tem dúvidas em relação ao projeto de anistia. Amanda Gentil (PP), por exemplo, é uma jovem parlamentar identificada com a democracia; Cléber Verde (MDB) é um parlamentar experiente, identificado com a democracia plena, que é a posição do seu partido; Fábio Macedo (Podemos) é posicionado à direita democrática, deve seguir o seu partido; Josimar de Maranhãozinho (PL) é de direita, mas não segue a cartilha golpista do bolsonarismo; Marreca Filho (PRD) deve seguir a linha do seu partido; e Pastor Gil (PL) é da direita dura pregada pela ala bolsonarista da Assembleia de Deus.

É claro que entre os que não quiseram responder e os que não retornaram estão deputados com suas convicções formadas a favor e contra a anistia e os que ainda, embora seja lógico supor que boa parte esteja sobre o muro da indefinição. Assim como os já posicionados, esses parlamentares sabem que, nesse caso, uma anistia é uma faca de dois gumes, que pode dar aos anistiados uma consciência democrática, mas também pode lhes dar munição para continuar tentando quebrar a ordem e mergulhar o Brasil de novo numa ditadura, como pediram seus cartazes.

No momento, vale o registro de que a maioria não aprova a polêmica proposta de perdão.

Em Tempo: as posições dos deputados federais foram inicialmente divulgadas pelo bem informado Blog do John Cutrim.

PONTO & CONTRAPONTO

Flávio Dino fechou seu voto lembrando que “ditadura mata”

Flávio Dino votando na sessão da 1ª Turma

Muito comentado o voto com que o ministro Flávio Dino recebeu a denúncia da Procuradoria Geral da República e o voto do ministro-relator Alexandre de Moraes que tornaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e seu grupo mais próximo, réus por tentativa de golpe de estado.

Com a autoridade de ministro da Justiça que montou a resistência e o combate ao movimento golpista de 8 de janeiro, o ministro Flávio Dino acatou, literal e integralmente, o voto do ministro-relator e fundamentou sua posição com uma série de argumentos, sendo que dois chamaram mais a atenção.

No primeiro, ele concorda totalmente com o fundamento segundo o qual houve, sim, uma tentativa de golpe no Brasil, tramado pelo presidente Jair Bolsonaro, que em vez de reconhecer a derrota nas urnas, passar o comando do País ao presidente eleito Lula da Silva (PT) e se preparar para 2026, preferiu mergulhar na instabilidade, e diante do fracasso do plano golpista, fugiu para Miami, refúgio dos ricos brasileiros nos EUA.

O outro argumento do ministro se baseou no fato de que quando as defesas se manifestaram, nenhum advogado dos acusados contestou a afirmação de que houve tentativa de golpe. Todos eles reconheceram que o regime democrático foi gravemente ameaçado por planos golpistas, mas que seus constituintes não participaram deles.

E no final, o ministro fez uma advertência: “Ditadura mata!”

Fato ocorrido em hospital mostrou como Roberto Costa quer a gestão pública de Bacabal

Roberto Costa joga
duro contra desvios

Se algum bacabalense tinha alguma dúvida quanto a seriedade do prefeito Roberto Costa (MDB), o episódio ocorrido recentemente num hospital da rede municipal foi um recado direto e preciso de como o serviço público tem de funcionar sob sua gestão. O relato foi feito por ele próprio numa reunião posterior com servidores municipais.

Ao chegar ao Hospital Socorrão, numa ação de inspeção, o prefeito Roberto Costa deparou com a seguinte situação: uma mãe teria sido orientada por um médico do hospital a realizar uma tomografia em seu filho numa clínica particular, quando o hospital tem condições de realizar o exame gratuitamente.

Diante do fato, revelador de um crime cometido por um servidor contra um cidadão, o prefeito Roberto Costa reagiu, indignado, primeiro fazendo um pix no valor do exame (R$ 426,00) em favor da mulher e mandou um recado direto, que não deixou nenhuma dúvida: “Profissional que trabalhar na Prefeitura de Bacabal e não respeitar a população, não ficará na gestão do prefeito Roberto Costa”.

E em seguida determinou a realização de uma sindicância para apurar o episódio. Avisando que sua gestão praticará a regra de “tolerância zero” com qualquer tipo de desvio de conduta funcional.

Quem conhece Roberto Costa um pouco mais sabe que ele não tergiversa em situações como essa. Costuma resolver no ato, doa a quem doer.

São Luís, 27 de Março de 2025.

Iracema mostra firmeza e acredita que Supremo confirmará sua eleição de presidente da Alema

Descontraída, Iracema Vale entregou exemplares da nova
edição da Constituição do Maranhão aos deputados;
no registro com o deputado Osmar Filho (PDT)

Cem dias depois de ter sido reeleita para um novo mandato de dois anos como presidente da Assembleia Legislativa, eleição que resultou empatada (21 a 21) e desempatada pelo critério da maior idade, que lhe favoreceu por ser mais velha que o concorrente – o deputado Othelino Neto (Solidariedade) – , a deputada Iracema Vale (PSB) está no exercício pleno do cargo. Sua permanência, no entanto, está condicionada a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), impetrada no Supremo Tribunal Federal, por meio da qual o partido do deputado Othelino Neto contesta o resultado questionando o critério da maior idade como fator de desempate. Na Suprema Corte, a relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, com o aval da PGE e CGU, reconheceu o critério como constitucional, validando o resultado da eleição. O primeiro ministro a votar, Alexandre de Moraes, manifestou restrição ao critério, mas reconheceu a validade da eleição. O segundo, Dias Toffoli, suspendeu o julgamento com um pedido vistas, com prazo até meados de junho para se manifestar.

Foi nesse contexto, mais tensionado ainda pelo julgamento, pela 1ª Turma da Suprema Corte, da denúncia que poderá tornar réus, por tentativa de golpe de estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua turma, ou inocentá-los, que a presidente Iracema Vale conversou ontem com jornalistas sobre a pendência em relação à sua eleição. Ela surpreendeu pela segurança com que tratou do assunto e pela consciência de que poderá festejar a confirmação do pleito ou encarar um revés. Tranquila e manifestando consciência de que está no epicentro de um tornado político cuja motivação vai muito além da eleição em si, a presidente da Assembleia Legislativa aguarda uma decisão favorável, não acreditando que haja mudança na eleição.

– Eu sinceramente não acredito em mudança do resultado da eleição. Mas, de qualquer forma, garanto que estou muito tranquila quanto a isso, seja qual for a decisão do Supremo – declarou a presidente, com a segurança de quem está sustentada em lastro jurídico denso. E nesse estado de ânimo, ela acrescentou, avisando que está na luta usando os fatos: o critério da maior idade para desempate em eleição presidencial na Assembleia Legislativa é legítimo e está previsto no Regimento Interno da Casa desde 1991. E é para mostrar esse argumento que ela tem mantido audiências com ministros da Suprema Corte – aguarda, por exemplo, a definição de data para conversar com o ministro Flávio Dino.

Enquanto isso, em meio à ponte-aérea São Luís/Brasília, onde atua para colocar as coisas nos seus devidos lugares, a presidente Iracema Vale trabalha para que esse clima de forte expectativa não influa no funcionamento do Poder Legislativo, que segue a sua rotina no campo institucional: “Sigo trabalhando, do jeito que vocês sabem como trabalho: ouvindo as pessoas, fazendo a boa política. Seja como presidente, ou como deputada, eu seguirei atuando da mesma forma”.

Iracema Vale não está só nesse campo de batalha político. Além dos demais membros da Mesa Diretora, ela conta com um grande número de deputados, tendo ainda o aval do governador Carlos Brandão, que preside o seu partido, o PSB. Ao longo do processo, várias agremiações partidárias lhe declararam apoio ingressando na ação como amicus curiae – PSB, MDB, Republicanos e União Brasil. Ou seja, a presidente da Assembleia Legislativa tem usado sua experiência, habilidade e coragem política nesse embate.

Ela sabe que seu principal adversário, o deputado Othelino Neto, joga com força e aposta alto nesse desfecho, que pode manter o Poder Legislativo no curso atual de alinhamento institucional com o Poder Executivo ou mudar radicalmente os rumos da instituição, com desdobramentos políticos imprevisíveis, e principalmente no que diz respeito às eleições gerais do ano que vem. Isso porque, dependendo do cenário político a ser montado em 2026, a presidência da Assembleia Legislativa terá peso decisivo.

PONTO & CONTRAPONTO

Brandão tem recebido estímulos de prefeitos para ser candidato ao Senado

Carlos Brandão: estimulado por prefeitos
a se candidatar a senador em 2026

O governador Carlos Brandão (PSB) caminha para uma situação em que dificilmente deixará de ser candidato a senador. É que por onde ele passa, já começa a ouvir manifestações isoladas, mas expressivas, o apontando como nome forte para a Câmara Alta.

Mas o ponto forte dessa motivação são os prefeitos com os quais conversa, tanto em encontros informais, em eventos formais e em audiências. A quase totalidade dos dirigentes municipais tem dito que se ele for candidato terá o apoio deles.

Carlos Brandão vem amadurecendo nitidamente o projeto de disputar uma cadeira no Senado da República, que tem sido o destino natural dos governadores bem-sucedidos. Por conta de diferenças com parte da sua base, ele chegou a pensar em permanecer no Governo até o final do mandato, mas de umas semanas para cá, sem fazer declarações, vem emitindo sinais claros de que o seu caminho deve ser uma chapa tendo o vice-governador como candidato a governador, e ele a um mandato senatorial.

Os estímulos que vem recebendo de prefeitos têm sido uma forte injeção de ânimo, que vem mudando a posição inicial do governador em relação ao pleito do ano que vem

Movimentação de Felipe Camarão acende luz amarela para Eduardo Braide

Felipe Camarão e Eduardo Braide: movimentação e sinal de alerta

A movimentação do vice-governador Felipe Camarão (PT), que passou a participar da agenda do governador Carlos Brandão em São Luís e no interior, assumindo a condição de pré-candidato ao Governo do Estado, acendeu luz amarela no gabinete principal do Palácio la Ravardière, onde o prefeito Eduardo Braide (PSD) monta o seu projeto de candidatura.

Até aqui líder nas pesquisas feitas para medir a corrida ao Palácio dos Leões, o prefeito de São Luís sabe que sua liderança se deveu em parte ao cacife que conseguiu pela reeleição acachapante, e em parte por conta de uma fase nebulosa do vice-governador Felipe Camarão, que agora está virando o jogo e entrando para valer na corrida sucessória.

A perspectiva de aliados do vice-governador prevê que as próximas pesquisas ainda trarão o prefeito de São Luís na liderança, mas poderão trazer o vice-governador escalando numa curva de crescimento.

A declaração do experiente ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa (PDT), afirmando que se Felipe Camarão não sentar na cadeira de governador, Eduardo Braide pode vencer a eleição, foi vista no meio político como um alerta que o grupo governista deve levar em contas. Principalmente o vice-governador Felipe Camarão, que não esconde sua animação com a o novo cenário.

São Luís, 26 de Março de 2025.

Federação Brasil Esperança muda comando e reforça coro por chapa com Camarão e Brandão

Entre Francimar Melo (PT) e Márcio Jerry (PCdoB),
Adriano Sarney assume o comando
da Federação Brasil Esperança no Maranhão

A passagem de comando no braço maranhense da Federação Brasil Esperança (PT/PV/PCdoB), com a saída do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e a ascensão do ex-deputado estadual Adriano Sarney (PV) ao posto de presidente, mais do que um mero movimento de rodízio na burocracia partidária, determinado por um acordo nacional, representou o posicionamento desses três partidos em relação à corrida sucessória, sendo eles declaradamente favoráveis à formação de uma chapa tendo o vice-governador Felipe Camarão (PT) como candidato a governador e o chefe do Executivo Carlos Brandão (PSB) concorrendo a uma cadeira no Senado da República. Eles reforçam uma tendência que começou a ganhar força nas últimas semanas, sinalizando que está em curso um processo de superação das diferenças que afastaram o governador Carlos Brandão do ex-senador Flávio Dino, atual ministro do STF. A senha para esse novo ambiente foram as reiteradas declarações do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB) afirmando que seu projeto é ser deputado federal, descartando entrar na briga pelo Palácio dos Leões.

Além de mostrar que estão afinados no plano geral, os três partidos deixaram no ar o recado segundo o qual vão entrar em campo agora, trabalhando pela viabilização política da chapa Camarão/Brandão, e também correndo em busca de viabilidade eleitoral para os seus candidatos a deputado federal e deputado estadual. Atualmente, existe um enorme desequilíbrio entre PT, PV e PCdoB. O primeiro saiu das urnas de 2022 apenas com o vice-governador, um deputado federal, sem nenhum deputado estadual. O PV maranhense não elegeu ninguém naquele pleito. O PCdoB levou a melhor, elegendo um deputado federal e cinco deputados estaduais, salvando a lavoura da Federação Brasil Esperança. O projeto cristalizado ontem tem como objetivo a eleição de representantes dos três partidos em 2025.

No plano majoritário, o braço maranhense da Federação Brasil Esperança trabalha com a lógica e se incorpora a um movimento que começa de fato a ganhar força em torno do vice-governador Felipe Camarão e do governador Carlos Brandão, repetindo a bem-sucedida fórmula de 2014 e 2018, com a chapa Flávio Dino/Carlos Brandão, eleita duas vezes no 1º turno. Para os chefes da Federação, a começar pelo presidente do PT, Francimar Melo, essa chapa é o caminho natural desses partidos e mais nove agremiações partidárias que formam a base de sustentação do governador Carlos Brandão, que comanda o poderoso braço do PSB no estado.

O coro pela chapa Camarão/Brandão ganha força a cada semana, já tendo um volume expressivo de apoiadores. Na semana passada, por exemplo, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), que apoiou a candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) em 2022, declarou que, mesmo não pertencendo ao grupo mais próximo do Palácio dos Leões, apoia a chapa tendo o governador como candidato a senador e o seu vice a governador. Manifestação no mesmo sentido foram feitas pelo ministro do Esporte, André Fufuca (PP), que trabalha para viabilizar sua candidatura a uma das vagas de senador, já tendo declarando que espera fazer dobradinha com o governador Carlos Brandão.

A chave desse projeto está nas mãos do governador Carlos Brandão, que é, de fato, o detentor das condições políticas para decidir os rumos da sua própria sucessão: é bem avaliado, comanda um Governo bem-sucedido e tem uma relação bem ajustada com a grande maioria dos prefeitos. Ele ainda não se pronunciou, mas o gesto de colocar o vice-governador Felipe Camarão na ciranda governistas de atos e inaugurações é um forte indicador de que deve seguir o caminho natural de fazer o sucessor e passar oito anos em Brasília como senador da República. Analistas de diversas tendências avaliam que sua permanência no Governo seria o fim da sua carreira, que até aqui tem sido linear e bem-sucedida em todos os aspectos.

Os líderes da Federação Brasil Esperança no Maranhão sabem o que estão fazendo quando defendem o “caminho natural” para a sucessão no estado.

PONTO & CONTRAPONTO

Ex-prefeito prevê vantagem de Braide em 2026 se Camarão não assumir o Governo

Luciano Leitoa: previsão
lógica para 2025

Repercutiu nos bastidores políticos a declaração do ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa (PDT), segundo a qual o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), pode ser eleito governador em 2026 se o vice-governador Felipe Camarão não assumir o Governo, concorrendo à reeleição no cargo.

Para ele, que faz oposição ao governador Carlos Brandão e conhece bem o cenário político estadual, principalmente a região Leste, onde atua, se o chefe do Executivo não renunciar em abril do ano que vem para se candidatar ao Senado, não passando o cargo para o vice-governador, o cenário se tornará favorável ao prefeito de São Luís. Vale lembrar que as pesquisas feitas até aqui para identificar as tendências para 2026 apontam o prefeito da Capital na liderança com vantagem expressiva.

O prefeito de São Luís nada declarou ainda sobre se será ou não candidato. Ele se reelegeu em turno único, com mais de 70% dos votos, e protagonizou alguns movimentos: o apoio à candidata bolsonarista Mariana Carvalho, do Republicanos, em Imperatriz e a decisão que o levou ao comando estadual do PSD.

Do ponto de vista da lógica avaliando o cenário do momento, o ex-prefeito de Timon faz uma previsão coerente. O problema é que a tendência dessa corrida sucessória é evoluir exatamente para o que ele prevê como obstáculo para Eduardo Braide.

Supremo decide hoje se transforma Bolsonaro em réu por trama golpista

Jair Bolsonaro terá futuro
definido pelo STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá seu futuro definido hoje pelo Supremo Tribunal Federal. Os 11 ministros da Corte Suprema decidirão se recebem ou não a volumosa e explosiva denúncia contra o ex-mandatário e uma penca de assessores, na qual são acusados de tramar um golpe de estado, cujo ponto alto foi a manifestação de 8 de janeiro de 2023, com a invasão e depredação das sedes dos três Poderes, em Brasília, por manifestantes bolsonaristas que passaram meses acampados numa praça pedindo que as Forças Armadas tomassem o poder na marra.

Baseadas na delação do tenente-coronel Cid, que durante quatro anos como ajudante de ordem, foi os olhos, os ouvidos e homem da mais absoluta confiança do então presidente da República, e nas investigações da Polícia Federal, a denúncia da Procuradoria Geral da República reúne provas robustas.

Elas mostram que nos dois últimos anos do Governo Bolsonaro o Palácio do Planalto foi transformado num ninho golpista, no qual foram tramadas toda sorte de armação para evitar a volta do presidente Lula da Silva (PT) ao poder pelo voto direto, o que aconteceu, apesar dos esforços. Além disso, os “gênios” do projeto de golpe chegaram ao delírio criminoso de planejar o assassinato do presidente Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte.

O golpe não foi dado porque os comandantes do Exército e da Aeronáutica não fecharam com o projeto golpista, que foi apoiado pelo comandante da Marinha, que agora nega tudo, apesar das provas irrefutáveis.

Se a denúncia, que é consistente, for aceita pela Suprema Corte, o ex-presidente Jair Bolsonaro será transformado em réu e responderá a processo que pode levá-lo para a cadeia daqui a alguns meses. Se a denúncia não for aceita, será arquivada e o ex-presidente e sua turma ficará livre para continuar tramando.

Atenção: o acatamento ou não da denúncia da Procuradoria Geral da República nada tem a ver com a inelegibilidade do ex-presidente, que foi decidida por maioria na instância maior da Justiça Eleitoral. Culpado ou inocente, Jair Bolsonaro continuará inelegível.

São Luís, 25 de Março de 2025.

Brandão aponta 2025 como “o ano da colheita” e cumpre maratona de inaugurações a caminho de 2026

Carlos Brandão inaugurando o 183º Restaurante
Popular, urbanização em Buritirana, pavimentação
em Imperatriz e na homenagem a José Sarney

Numa das suas declarações mais emblemáticas feitas no início do ano, mais precisamente no discurso que pronunciou na Assembleia Legislativa, na abertura do ano legislativo, no dia 2 de fevereiro, o governador Carlos Brandão (PSB) disse que 2025 será “o melhor ano do seu Governo”, porque será “o ano da colheita”. De lá para cá, decorridos quase dois meses, o governante maranhense tem cumprido uma agenda frenética de eventos e inaugurações nas mais diversas regiões do estado. A última semana, iniciada no sábado (15), na Região Tocantina, Carlos Brandão encarou uma maratona que incluiu a entrega de novos espaços e equipamentos científicos para a UemaSul, a festiva inauguração em Buritirana do 183º Restaurante Popular, avançando no compromisso de levar esse programa aos 217 municípios – hoje já alcançou 163. Acompanhado da primeira-dama Larissa Brandão, o governador participou das duas noites do Lava-Pratos de Imperatriz, que atraíram multidões na simbólica Avenida Bernardo Saião.

O dado a mais dessa agenda, que fez muita diferença no foco político da ação governamental, foi a presença de um animado vice-governador Felipe Camarão (PT) na comitiva, composta também pelo chefe da Casa Civil Sebastião Madeira (PSDB), o experiente ex-prefeito de Imperatriz, e do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), o mais ativo integrante do núcleo político do Governo, os quatro muito bem cotados para as eleições do ano que vem. Na sua maratona, o governador entregou parte da sua agenda ao vice-governador, que recebeu a incumbência de representa-lo em inaugurações importantes em Montes Altos, Campestre do Maranhão, Ribamar Fiquene e Davinópolis, numa relação que está turbinando o potencial político e eleitoral do virtual candidato à sua sucessão. Na sexta-feira, ainda em São Luís, Felipe Camarão fora escalado para inaugurar, em nome do governador, uma quadra esportiva e um auditório no Colégio Militar Tiradentes I, enquanto o mandatário entregava duas novas escolas na região da Estiva. Junto com o vice-governador estava o secretário de Assuntos Municipalistas.

Na segunda-feira, o governador desembarcou cedo em Barreirinhas, acompanhado da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), e do prefeito Vinícius Vale (MDB), onde entregou um necessário e providencial Centro de Hemodiálise, reduzindo o vaivém de ambulâncias na região. Na terça-feira, depois de compromissos em São Luís, Carlos Brandão embarcou para Brasília, onde cumpriu compromissos políticos e administrativos, e participou, na Câmara Federal, como convidado especial, da homenagem ao ex-presidente José Sarney (MDB) como o grande condutor da transição do País da ditadura militar para a democracia, há 40 anos. Ainda em Brasília, cumpriu agenda em ministérios, e declarou apoio à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. De volta a São Luís, Carlos Brandão dedicou a sexta-feira a uma intensa agenda de audiências com prefeitos, que começou às 9h e terminou por volta das 21h, com rápido intervalo para o almoço.

O intenso trabalho do Governo nas mais diversas áreas e nas mais diversas regiões do estado tem uma associação lógica com as relações políticas, que têm como foco as eleições de 2026. O governador Carlos Brandão trabalha com um olho nos bons resultados administrativos e com outro nas urnas do ano que vem. E quando convoca o vice-governador Felipe Camarão, emite sinais de que está disposto a colocar em marcha a ideia original da chapa Camarão/Brandão, em sintonia com o presidente Lula da Silva (PT) e a fatia dinista do seu grupo, com a qual está estremecido, mas com nítida possibilidade de realinhamento.

Com as finanças ajustadas, sem maiores problemas de caixa, o governador Carlos Brandão está colocando em marcha uma locomotiva cuja primeira parada se se dará em 3 de abril do ano que vem, quando ele decidirá se passa ou não comando ao seu sucessor. Os primeiros movimentos indicam que ele pensa seriamente em passar oito anos em Brasília como senador da República. Tem cacife para isso.

PONTO & CONTRAPONTO

Nascimento iminente da Federação PP/União deve alterar o cenário partidário no Maranhão

André Fufuca, Juscelino Filho e Pedro Lucas
Fernandes: mais força se Federação
PP/União for confirmada

O mundo político maranhense está fazendo as contas sobre o que pode vir a ser a Federação que deve unir eleitoralmente o PP e o União Brasil. E os números iniciais dão forma a uma potência partidária e eleitoral, que começa com uma brigada formada por três deputados federais (André Fufuca [ministro do Esporte], Juscelino Filho [ministro das Comunicações] e Pedro Lucas Fernandes [líder do União na Câmara Federal], cinco deputados estaduais, nada menos que 47 prefeitos e pelo menos três centenas de vereadores.

Como se vê, será uma máquina político-partidária para ninguém botar defeito, a começar pelo fato de que reúne nada menos que os três deputados federais mais bem-sucedidos da atual bancada, dois deles ministros de Estado e um responde por uma das bancadas mais influentes da Câmara Federal. Os três são jovens, ativos e ambiciosos e miram o Palácio dos Leões, com legitimidade suficiente para isso. André Fufuca deve encarar a disputa por uma cadeira no Senado, enquanto Juscelino Filho e Pedro Lucas Fernandes, em princípio, vão tentar a reeleição.

Outro pilar que mostra a força dessa provável Federação são as prefeituras controladas por essas legendas. São 27 controladas pelo União, entre elas Santa Inês e Vitorino Freire, e 20 pelo PP, lista que começa por Imperatriz e segue por Caxias, para citar apenas as duas mais importantes. E os cinco deputados estaduais, se atuarem em sintonia política, formam uma bancada com respeitável poder de fogo.

Não é sem razão, portanto, que os ministros André Fufuca, que controla o PP estadual, e Juscelino Filho, que juntamente com o líder Pedro Lucas Fernandes, comanda o braço maranhense do União, não esconderam seu entusiasmo com a Federação cuja formação só depende de alguns detalhes.

Em princípio, se efetivamente montada, a nova máquina partidária fará parte da aliança comandada pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Caxias será palco de uma disputa dura, mas tem cacife para fazer até três deputados estaduais e dois federais

Cláudia Coutinho, Catulé Jr. e Daniella: luta dura
pelos votos caxienses, que podem reeleger os três

A ascensão do suplente Catulé Júnior (PP) como deputado titular, ocupando a vaga aberta por Rildo Amaral (PP), eleito prefeito de Imperatriz, mas representando o grupo de oposição local, deve alterar expressivamente o eixo da disputa para a Assembleia Legislativa em Caxias, que está representada também pelas deputadas Cláudia Coutinho (PDT), que representa o Grupo Coutinho, e Daniella (PSB), que atua em nome do Grupo Gentil.

Na visão de alguns observadores, será uma luta titânica pelos pouco mais de 100 mil eleitores da Princesa do Sertão. Os três são políticos apoiados por grupos bem estruturados, sendo que os dois primeiros têm a vantagem de serem da terra e contam com bases capilarizadas por apoiadores, familiares e amigos, enquanto a terceira, natural de Presidente Dutra, conseguiu construir um espaço com o apoio decisivo do seu principal apoiador.

Se bem trabalhado, com discursos corretos e posições identificadas com a cidade, que é diferenciada pela intensidade da sua vida política, o tamanho do eleitorado é suficiente para eleger até três deputados estaduais, dando um lastro potencial de 30 mil sufrágios para cada um. É claro que essa conta não vale, servindo apenas para mostrar que a cidade tem peso político e eleitoral suficiente para ter uma representação como a de agora, com três deputados.

Além disso, se as campanhas forem bem articuladas e se voltarem para o município, Caxias poderá eleger dois deputados federais, um pela associação dos grupos Gentil e Coutinho, que pode lançar a deputada federal Amanda Gentil à reeleição, e outro pela Oposição, hoje concentrada no Grupo Marinho, cujo líder, Paulo Marinho Jr. (PL), disputou a eleição de prefeito voto a voto com o vencedor Gentil Neto (PP).

Os próximos tempos mostrarão quem vai ser quem na corrida às urnas.

São Luís, 23 de Março de 2025.

Sarney foi o protagonista da semana em que o País comemorou os 40 anos do fim da ditadura militar

José Sarney recebe a placa de Davi Alcolumbre e
ocupa a tribuna do Senado. Carlos Brandão,
participou do ato na Câmara Federal, e José Sarney
recebe o diploma de homenageado do
presidente da Câmara Hugo Motta, na presença
do líder do União, Pedro Lucas Fernandes

Muitos fatos relevantes aconteceram no Brasil nos últimos dias. Com atraso de três meses, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União destinando R$ 58 bilhões para emendas parlamentares, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) se “exilou” nos EUA, o governador Carlos Brandão anunciou o pagamento dos servidores no pós-Carnaval, o ministro Juscelino Filho (Comunicações) reuniu a imprensa maranhense para fazer um balanço das atividades da pasta no Maranhão, o vice-governador Felipe Camarão (PT) e o secretário Orleans Brandão (Assuntos Municipalistas) deram uma demonstração pública de que começam a entrar em sintonia visando 2026, e por aí vai. Mas, em meio a tudo isso, a semana foi mesmo protagonizada pelo ex-presidente José Sarney (MDB), homenageado pelo presidente Lula da Silva, em ato no Palácio do Planalto na segunda-feira (17), e nas duas Casas do Congresso Nacional, na terça e na quinta-feira, como o grande condutor da transição da ditadura militar para a democracia nos 40 anos da volta do Brasil ao estado democrático de direito.

O ex-presidente da República foi reconhecido pelo Senado da República, que o saudou como o grande protagonista do processo de redemocratização, dedicando-lhe, na terça-feira (18), uma sessão especial e uma placa alusiva à condução do país naquele período tenso, mas que fechou com a promulgação da Constituição de 1988, feita pela Assembleia Nacional Constituinte convocada por ele em 1986. Na Casa onde exerceu cinco mandatos consecutivos, sendo que em quatro deles atuou como seu presidente e do Congresso Nacional, José Sarney discursou forte, exaltando o regime democrático e repudiando a ação politicamente nefasta dos órfãos já envelhecidos da ditadura militar.

O presidente da instituição, senador Davi Alcolumbre (União/AP), e quase uma dezena de senadores, a começar por Jorge Cajuru (PSB/GO), autor da iniciativa que propôs a homenagem, o saudaram, não só como o comandante efetivo da transição democrática, mas também pelos serviços prestados ao país e ao Congresso Nacional ao longo dos seus mais de 60 anos de atividade política formal. O Supremo Tribunal Federal participou do evento com o ministro Dias Toffoli, que na sua fala destacou o papel do ex-presidente no processo de redemocratização.

Na quarta-feira (19), José Sarney foi homenageado pela Câmara Federal, onde exerceu dois mandatos antes de se tornar governador do Maranhão em 1966. Ali, além do presidente Hugo Motta e líderes partidários, marcaram presença o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso – que no mesmo dia, à tarde, abriu a sessão da Suprema Corte fazendo registro da homenagem ao ex-presidente -, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, representando o presidente Lula da Silva (PT), e o governador Carlos Brandão (PSB), que foi chamado para a mesa como convidado de honra.

Houve, como é natural em política, vozes que tentaram minimizar a importância do ex-presidente no processo de redemocratização, esquecendo que o movimento pelo fim da ditadura só ganhou corpo quando o então senador José Sarney, que presidia a Arena, rompeu com o regime, renunciou ao posto e criou a Frente Liberal com o mineiro Aureliano Chaves e o pernambucano Marcos Maciel. Foi o seu movimento que fortaleceu a oposição ao regime num processo que culminou com a eleição do mineiro Tancredo Neves (MDB) pelo Colégio Eleitoral, tendo José Sarney como vice. Os poucos “opositores” de José Sarney nas comemorações dos 40 da volta da democracia no Brasil falaram em vão.

O ex-presidente da República entrou no fim de semana certamente exausto por conta da movimentação que encarou do alto dos seus 94 anos. Mas cumpriu a agenda com ânimo redobrado pela consciência de que fez a sua parte na construção de uma democracia forte, capaz de resistir e reagir a tentativas de desestabiliza-la como foi o 8 de Janeiro de 2023.

PONTO & CONTRAPONTO

Denúncia de agressão a mulher tirou Dalton Arruda da Assembleia Legislativa

Acusado de agressão à
mulher, Dalton Arruda
não ficou na Alema

A Assembleia Legislativa conseguiu se livrar de uma mácula que certamente a perseguiria como instituição pelo resto dos tempos. Sem alarde, e colocando as coisas nos seus devidos lugares, a presidente Iracema Vale (PSB) e outros membros da Mesa, ouvindo também as lideranças e a bancada feminina, articularam para que o 5º suplente de deputado estadual Dalton Arruda (PSD), não cobrisse a licença do deputado titular Eric Rocha (PSD).

Acusado de ter agredido a própria esposa, Dalton Arruda chegou ao plenário do Poder Legislativo depois de uma espantosa, fumacenta, inacreditável e extremamente suspeita cadeia de “desistências” dos suplentes César Pires (1º), Ricardo Seidel (2º, mas que é vereador em Imperatriz e atualmente exerce a função de secretário de Segurança do Município, não tendo interesse em assumir por 120 dias), e o terceiro suplente (a Coluna não conseguiu identificar), “sobrando” para Dalton Arruda, que assumiu, com pompa e circunstância.

A reação não demorou, com várias denúncias veiculadas nas redes sociais, ganhando corpo com a mobilização da bancada feminina e a movimentação de grupos ligados aos direitos humanos, que se posicionaram junto à Mesa Diretora da Casa, pedindo não só a saída do deputado interino como também a cassação da sua condição de suplente.

Na contramão da esmagadora maioria, a deputada Mical Damasceno (PSD), defendeu Dalton Arruda, reconhecendo que ele agrediu a mulher, mas que agora “é um novo homem”. A posição da deputada, que é evangélica radical, bolsonarista de proa e defensora da submissão total da mulher ao “macho”, gerou duras críticas e até pedidos de cassação.

Ao mesmo tempo, o 1º suplente César |Pires surpreendeu o mundo tentando assumir o mandato, mas sua tentativa não vingou, uma vez que, diante da baita confusão, o titular Eric Costa decidiu suspender e reassumiu o mandato, despachando Dalton Arruda para casa.

Paulo Victor busca em Brasília apoio à prática de esportes em São Luís

Paulo Victor ganha apoio de André Fufuca

Depois de conseguir do governador Carlos Brandão (PSB) à medida que proíbe a circulação de veículos na Avenida Litorânea das 4h às 6h30 às segundas, quartas e sextas-feiras, para uso exclusivo de práticas esportivas, o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), foi além, dessa vez em Brasília.

Ele bateu às portas do Ministério do Esporte, onde foi recebido efusivamente pelo ministro André Fufuca. Na audiência, o presidente do parlamento ludovicense apresentou ao ministro uma série de pleitos, todos destinados a desenvolver o esporte amador em São Luís.

Foi uma conversa produtiva, segundo a sua avaliação, à medida que o ministro André Fufuca foi receptivo, tendo assumido o compromisso de viabilizar o que for possível. O vereador-presidente Paulo Victor retornou de Brasília certo de que, somando os benefícios já alinhavados com o Governo do Estado aos que vierem do Ministério do Esporte, a juventude de São Luís vai ter um ganho expressivo de incentivo à prática esportiva.

São Luís, 22 de Março de 2025.

Agora mais transparentes, emendas parlamentares são a tábua de salvação de grande parte da bancada

Bilhões de reais serão destinados a emendas parlamentares no Orçamento da União

Ao mesmo tempo em que impôs ao presidente Lula da Silva (PT) a obrigação de conseguir um superávit fiscal de R$ 15 bilhões, o Orçamento da União aprovado ontem pelo Congresso Nacional manteve praticamente intacto o poder de fogo de deputados federais e senadores no que diz respeito às emendas parlamentares, para as quais foram destinados nada menos que R$ 58 bilhões. A diferença é que, por causa da cruzada do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, as emendas foram retiradas de um labirinto que tornava impossível a identificação do parlamentar autor e, em alguns casos, nem mesmo a destinação dos recursos, tornando o processo mais transparente, com a identificação do “pai” e o rastreamento da dinheirama. Deputados e senadores vão movimentar mais dinheiro do que os ministérios da Educação e da saúde juntos.

Esse cenário mergulhou no alívio deputados federais e senadores, que depois de forte pressão, conseguiram manter um bolo de recursos monumental. Eles temiam que a crise causada pelas regras quase criminosas que norteavam o uso de emendas parlamentares, com a revelação de que muitas delas não chegavam ao destino com seu valor original, reduzisse drasticamente o montante destinado às emendas parlamentares. Isso porque, se tal ocorresse, pelo menos metade da bancada federal maranhense, incluindo deputados federais e senadores, estaria fora do jogo pela reeleição.

Com esses recursos, deputados federais deixaram de fazer política na verdadeira acepção do termo, que é legislar, fiscalizar, cobrar, criticar, denunciar e também apoiar governos. Antes do botim das emendas, deputados federais desembarcavam em São Luís às sextas-feiras, procuravam jornais e emissoras de rádio e de TV para dizer o que aconteceu ao longo da semana e, eventualmente, destacar ou criticar ações do Governo do Estado, porque era necessário e importante informar o eleitorado sobre sua atuação. Depois que passaram a ter acesso aos milhões de reais das emendas, congressistas se tornaram políticos distantes dos espaços de opinião, se comunicando apenas por redes sociais.

Esse novo modelo de parlamento criou tipos curiosos de parlamentar. Um exemplo: o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) é hoje conhecido no país inteiro como um poderoso negociador de emendas. É acusado de “comprar” emendas e passa-las adiante, mediante comissão, e por isso foi tornado réu pelo Supremo Tribunal Federal. Outro exemplo: o deputado federal Josivaldo JP (PSD) assombrou Imperatriz e cidades da região comandando calçamento de ruas e rasgando estradas vicinais, agindo como um verdadeiro prefeito. Existem prefeitos que apostam mais nas emendas dos deputados federais do que em investimentos do Governo do Estado e da própria União nos seus municípios. Aqui e ali estoura um escândalo, como foi o caso do deputado federal Juscelino Filho (União), hoje ministro das Comunicações, acusado pela Polícia Federal de desviar recursos de emendas que destinou a Vitorino Freire, onde sua irmã era prefeita. Ele nega enfaticamente.

Até agora não há notícia de que um parlamentar ou um prefeito tenha ido parar na cadeia por conta de desvio de recursos de emendas.

O fato é que a execução do Orçamento da União aprovado ontem vai garantir a permanência de boa parte da bancada no campo das boas graças dos prefeitos e, por via de desdobramento, do eleitorado, garantindo investimentos que certamente se transformarão em votos. Todos os deputados federais e senadores que formam a bancada maranhense, sem nenhuma exceção, têm nas emendas parlamentares o carro-chefe das suas campanhas. E pelo menos até aqui a maioria deles tem dado a destinação correta aos recursos, não havendo registro de denúncias além das que estão atingindo fortemente o deputado federal Josimar de Maranhãozinho.       

 Vale lembrar que, com a transparência assegurada pelas medidas do ministro Flávio Dino e pelas correções feitas pelo próprio Congresso Nacional, a situação é bem mais republicana.

 PONTO & CONTRAPONTO

Ato em escola militar reúne Felipe Camarão e Orleans Brandão em clima de harmonia

Felipe Camarão e Orleans Brandão:
sinal de unidade na base
governista em evento presenciado por Astro de Ogum

O evento foi simples: a inauguração de uma quadra esportiva e reforma do auditório do Colégio Militar Tiradentes I, com a presença de alguns secretários e do vereador Astro de Ogum (PCdoB). Mas ganhou um simbolismo político muito além do fato em si por conta da presença do vice-governador Felipe Camarão (PT) e do secretário extraordinário de Articulação Municipalista, Orleans Brandão (MDB). Os dois tiveram a honraria de descerrar placa, em perfeito clima de harmonia, levando o secretário de Articulação Política, Rubens Pereira, a registrar um fato como um ato político importante. E foi mesmo.

Foi uma demonstração cabal de que o vice-governador Felipe Camarão decidiu cuidar da própria vida reforçando seus laços políticos com o governador Carlos Brandão (PSB), criando assim as condições para que em abril do ano que vem o chefe do Executivo renuncie, o vice assuma e os dois formem chapa majoritária para disputar o Governo do Estado e uma das vagas no senado da República.

O secretário Orleans Brandão fez o que a situação permite: ocupou o lugar que o prestígio político lhe assegura, cacifando seu nome para disputar uma cadeira na Câmara federal, como ele próprio tem afirmado. Mas também operando com a expectativa de vir a ser candidato a governador numa traumática situação de racha na aliança governista.

O que chamou a atenção no evento corretamente exaltado por Rubão Pereira como uma demonstração de unidade e harmonia no Governo foi realmente esse clima. Primeiro a presença dos dois “concorrentes”, e depois o ambiente de descontração criado pelos dois, passando a impressão de que o projeto original está finalmente ganhando corpo.

E o que é mais importante: com o aval do governador Carlos Brandão.

Bira do Pindaré mantém distância da crise e mantém firme apoio a Brandão

Bira do Pindaré exibe a bandeira do Maranhão em evento sobre agricultura familiar na Codevasf

Em meio à crise que distancia brandonista e dinista, um nome de peso político tem se mantido afastado, preferindo cuidar da sua vida, o ex-deputado federal e atual secretário de Agricultura Familiar Bira do Pindaré, que presidiu o PSB no Maranhão até passar o bastão para o então governador Flávio Dino, que o repassou para o governador Carlos Brandão.

Alertado pelo amargo tropeço eleitoral de 2022, quando não conseguiu a reeleição para a Câmara Federal, Bira do Pindaré se afastou do rame-rame partidário, assumiu o comando da (SAF) e mergulhou no trabalho.

Ele se recusou a entrar nessa guerra, por entender que como membro de proa do PSB, sua obrigação partidária é contribuir para o sucesso do Governo do PSB. E tem feito isso trabalhando duro para cumprir as metas da pasta, visando o bom desempenho do Governo e, naturalmente, investindo no projeto de voltar à Câmara Federal em 2026.

Nesta semana, por exemplo, ele esteve em Brasília, onde participou, em Brasília, do I Workshop “Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Regional”, promovido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Codevasf. No evento foram apresenta ações, projetos e potencialidades da agricultura irrigada em estados que integram a área de atuação da Codevasf, a exemplo do Maranhão.

Quem o conhece garante que ele mantém ligação com o dinismo, mas não abre mão do compromisso que mantém com o governador Carlos Brandão, de quem é um dos auxiliares mais leais.

São Luís, 21 de Março de 2025.