A decisão da Câmara Federal de mandar arquivar o pedido do Ministério Público Federal para investigar o presidente Michel Temer (PMDB) por conta da suspeita de corrupção passiva causou duas reações na seara política do Maranhão. De um lado, o Grupo Sarney festejou o desfecho como uma vitória e deve aproveitar o embalo para definir, a partir de agora, seus candidatos e suas estratégias para as eleições do ano que vem. De outro, o governador Flávio Dino (PCdoB) e o movimento que lidera receberam o resultado com um sentimento de derrota, mas não exatamente como uma tragédia. Os votos da bancada maranhense refletiu a posição de cada uma das duas forças políticas. A banda sarneysista da bancada deu a maioria de votos favoráveis a ao presidente: Sarney Filho (PV), Aluízio Mendes (PTN), Hildo Rocha (PMDB), João Marcelo (PMDB), Júnior Marreca (PEN), Juscelino Filho (DEM), André Fufuca (PP), Victor Mendes (PSD), Cléber Verde (PRB), e a esses votos se somaram os de deputados independentes, como Pedro Fernandes (PTB) e José Reinaldo Tavares (PSB), totalizando 11 votos a favor do presidente. No contrapeso, o grupo ligado ao governador Flávio Dino somou sete votos fechados: Rubens Jr, (PCdoB), Zé Carlos (PT), Waldir Maranhão (PP), Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PPS), Luana Costa (PSB) e Deoclídes Macedo (PDT).
Com o afastamento do presidente Michel Temer da ameaça de degola, o PMDB ganha fôlego nacionalmente e redobra seu poder de fogo no Maranhão. O fortalecimento do PMDB no estado significa exatamente que o Grupo Sarney pode ampliar sua presença no comando de órgãos federais importantes no estado, o que representa poder político, como também a permanência de deputado federal Sarney Filho no Ministério do Meio Ambiente – ele deve ser renomeado hoje para o cargo. Os dois senadores do grupo, Edison Lobão e João Alberto, ambos do PMDB, devem ampliar sua influências na esfera federal, o que deve ocorrer também com os deputados federais sarneysistas, como Hildo Rocha, por exemplo, que funcionou como ponta de lança na guerra política travada nos bastidores da Câmara Federal. Esse reforço no cacife do Grupo Sarney será todo canalizado para as eleições do ano que vem, que devem ter a ex-governadora Roseana Sarney como candidata ao Palácio dos Leões.
No movimento liderado pelo governador Flávio Dino, a vitória do presidente Michel Temer é vista como uma derrota, mas não exatamente como uma tragédia política. Na avaliação de um prócer do movimento partidário governista, a sobrevivência e o consequente fortalecimento político do presidente da República deverão motivar as esquerdas a se unirem cada vez mais para canalizar suas forças no projeto de turbinar a candidatura do ex-presidente Lula da Silva (PT) ao comando do País nas eleições de 2018. Esse projeto deverá se refletir no fortalecimento da candidatura do governador Flavio Dino à reeleição, incentivando também a caminhada dos seus candidatos ao Senado – até agora só o deputado federal Weverton Rocha tem seu projeto senatorial em franca evolução.
É improvável que o cenário previsto com a permanência de Michel Temer no comando do País seja desenhado imediatamente, com o lançamento de candidaturas nos próximos dias. O Grupo Sarney tem experiência suficiente para aguardar o amadurecimento dessa realidade sem dar a largada numa campanha eleitoral a 14 meses da votação. Mas é fato de que nos bastidores do sarneysismo essas definições já estão sendo alinhavadas e que o foco principal é a candidatura de Roseana Sarney a Governo do Estado. A ex-governadora já teria admitido a interlocutores informais que está disposta a enfrentar o governador Flpavio Dino na corrida eleitoral.
No Palácio dos Leões a principal decisão está tomada: o governador Flávio Dino é candidato irreversível à reeleição. Com a definição, o governador afasta definitivamente a ideia de participar de um projeto eleitoral nacional, como, por exemplo, sair candidato a vice-presidente da República na chapa de Lula da Silva. A lógica que move o grupo do governador se baseia no fato de que ele é bem avaliado, tem trajetória limpa e realiza um Governo reformador, o que lhe dá autoridade e gás para entrar na corrida com a certeza da vitória nas urnas.
PONTO & CONTRAPONTO
José Reinaldo vota contra a orientação do PSB e Waldir Maranhão contraria o PP
Dois votos – um a favor e outro contra o presidente Michel Temer – poderão ter desdobramentos nos passos dos seus autores. O deputado federal José Reinado Tavares voltou a “peitar” o PSB votando a favor do presidente, contrariando a orientação do partido. Na mesma linha, o deputado federal Waldir Maranhão contrariou frontalmente o PP ao dizer “não” ao relatório aprovado favorável ao presidente.
José Reinaldo votou várias vezes contra a orientação do PSB, o que tornou sua situação complicada dentro do partido. Começou por votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deixando furiosa a cúpula do PSB. Depois, foi voto enfático a favor da reforma trabalhista, enfezando mais ainda a direção do partido. O voto de ontem a favor do presidente Michel Temer pode ter sido a pá de cal nas suas relações com o PSB, tornando impossível a sua permanência no partido. Os três votos o distanciaram também do Palácio dos Leões, complicando as suas relações com o governador Flávio Dino e tornando praticamente inviável o aval do chefe do Executivo a sua candidatura a senador.
O caso de Waldir Maranhão é igual, mas o seu problema é com o PP, no qual já foi peixe grande e atualmente é um filiado qualquer. Em conflito com o Partido desde que, a pedido do governador Flávio Dino, votou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando a bancada pepista votou em massa pela deposição da residente. Waldir Maranhão aprofundou o fosso que o separa do PP quando, como presidente da Câmara Federal, tentou anular o processo de impeachment, quando perdeu a presidência do partido no Maranhão. Para complicar ainda mais a situação, Waldir Maranhão contrariou o PP ao votar contra a Reforma Trabalhista e selou seu destino ontem, quando votou contra o relatório, quando a bancada havia fechado questão a favor do residente Michel Temer.
Se vier a romper definitivamente com o PSB, o que parece ser irreversível, José Reinado poderá entrar no DEM ou no PSDB. Por seu turno, se deixar o PP, o que são quase favas contadas, Waldir Maranhão poderá embarcar no PT, com o aval de Luka da Silva.
Marcos Caldas de volta à Assembleia Legislativa para rebater ataques da Oposição
O controvertido e ousado Marcos Caldas (PSDB) está de volta à Assembleia Legislativa. Com uma história que inclui alguns dias na condição de governador do Maranhão, o parlamentar – que na atual legislatura é suplente e assumiu no ano passado na vaga do deputado Alexandre Almeida, situação que se repete desde ontem, quando o deputado de Timon saiu de licença por 121 dias. Marcos Caldas é um parlamentar que não travas na língua, sendo conhecido pelos embates com adversário em plenário. No ano passado, ele fora escalado com o objetivo de “pegar pesado” com os adversários do Governo, tendo travado tensos bate-bocas com a deputada Andrea Murad (PMDB). E a julgar pelos rumores que correm nos bastidores, volta à Casa com a mesma disposição, tendo ele próprio admitido no seu pronunciamento de chegada. O deputado Marcos Caldas foi recebido e saudado pelo deputado Vinícius Louro (SD), líder do Bloco Parlamentar Democrático na Assembleia Legislativa do Maranhão, que lhe deu as boas vindas em nome de todos os deputados integrantes do grupo. Marcos Caldas se une aos demais integrantes bloco de apoio ao governo: Josimar de Maranhãozinho (PR), Léo Cunha (PSC), Sérgio Frota (PSDB), Carlinhos Florêncio (PHS) e ao líder Vinicius Louro (PR).
São Luís, 02 de Agosto de 2017.
Roseana Sarney vai pegar uma Taca tão grande que ela vai passa um mês de cama e esses Deputado traidor não vão mais se eleger pode apostar
Essa alem de imbecil e´analfabeta !!
O povo do Maranhão vai varrer esses corruptos e jogar na lata de lixo.