Rildo Amaral lidera em Imperatriz, mas deve disputar segundo turno com Josivaldo JP

Em cima: Rildo Amaral, Josivaldo JP e Mariana
Carvalho; embaixo: Nilson Takashi,
Marco Aurélio e Justino Filho

Se a eleição para a Prefeitura de Imperatriz fosse realizada agora, haveria segundo turno, que seria disputado pelo deputado estadual Rildo Amaral (PP) e pelo deputado federal Josivaldo JP (PSD). Foi o que apontaram os números da pesquisa da empresa AR7 Pesquisas Inteligentes, divulgados ontem. Rildo Amaral lidera com 37,5% das intenções de voto, seguido de Josivaldo JP com 31,7%. Atrás deles estão a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos) com 16,5%, Nilson Takashi (Novo) com 2,8%, Marco Aurélio (PCdoB) com 2,5% e Justino Filho (PMB) com 0,8%. Nenhum, brancos e nulos com 2,8% e indecisos com 5,3%.

Contratado pelo bem situado blog do jornalista Jorge Aragão, o levantamento feito pela AR7 Pesquisas Inteligentes parece ter trazido à realidade a disputa irracional montada por outros levantamentos ao longo de pelo menos três semanas. A liderança de Rildo Amaral faz sentido, como também a posição de Josivaldo JP, que em alguns momentos alcançou a dianteira. A entrada forte de Mariana Carvalho na corrida tirou do páreo o publicitário Nilson Takashi, que, numa das pesquisas apontadas como forjada, apareceu com 14%, assim como conteve o possível avanço de Marco Aurélio. Agora, todos os sinais indicam que há razoabilidade nos números encontrados pela pesquisa da AR7.

Os números divulgados ontem têm base lógica. Apoiado pelo ministro André Fufuca, que comanda do PP no Maranhão, o candidato Rildo Amaral esteve na liderança desde os primeiros levantamentos, realizados ainda no ano passado. Seu favoritismo foi ameaçado com a entrada do deputado federal Josivaldo JP, que chegou na corrida com disposição. Os dois estavam medindo forças quando Imperatriz alcançou o patamar de 200 mil eleitores e entrou para o time de cidades nas quais a eleição é decidida em dois turnos, caso nenhum dos candidatos obtenha 50% dos votos mais um no primeiro turno.

Com a mudança, os candidatos foram obrigados a alterar radicalmente as suas estratégias de campanha. Se no sistema anterior o objetivo era obter qualquer vantagem, por menor que fosse, para se eleger, no novo sistema eles se viram diante da seguinte situação: conseguir metade dos votos mais um e se eleger em um só turno, ou ser um dos dois mais votados no primeiro turno e se preparar para ter mais de 50% dos votos e sair vencedor no segundo turno. Assim, o segundo maior e mais importante município do Maranhão, com quase 300 mil habitantes, teve mudado seu status, passando a contar com prefeitos representativos, uma vez que são eleitos com mais de 50% dos votos.

O cenário encontrado pela pesquisa AR7 Pesquisas Inteligentes confirma a tendência inicial de disputa entre o deputado estadual Rildo Amaral, de centro-direita, e o deputado federal Josivaldo JP, de direita, mas sem radicalismo. Tentando alcançar os dois, Mariana Carvalho está sendo embalada pelo seu viés bolsonarista, com crescimento inicial forte, mas que perdeu impulso, mantendo-se na terceira colocação, com 16% das intenções de voto – pelo menos até aqui, sem gás para chegar ao segundo turno.

A pesquisa quis saber do eleitor sua escolha no segundo turno. A maioria (19,8) disse preferir Rildo Amaral; em segundo lugar escolheu Josivaldo JP (17%), e escolheu Mariana Carvalho como terceira opção (13,8%). Nesse caso, levando-se em conta o fato de a margem de erro ser de 3,99%, surge aí um empate técnico, o que sugere que muita água ainda vai rolar na disputa tocantina.

Em Tempo I: A pesquisa ouviu 600 eleitores em Imperatriz, entre os dias 5 e 8 de setembro, tem margem de erro de 3,99 pontos percentuais, para mais ou menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-05026/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Deputados maranhenses não embarcam na cilada golpista contra Alexandre de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes, do STF

A atual bancada maranhense na Câmara Federal, formada pelos deputados federais Rubens Jr. (PT), Duarte Jr. (PSB), Aluísio Mendes (Republicanos), Márcio Jerry (PCdoB), Josivaldo JP (PSD), Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), Luciana Genésio (PDT), Marreca Filho (PRD), Pastor Gil (PL), Cléber Verde (MDB), Detinha (PL), Dr. Benjamim (União Brasil), Dr. Gonçalo (Podemos), Remy Soares (PP), Hildo Rocha (MDB), Josimar de Maranhãozinho (PL) e Allan Garcês (PL), deu uma demonstração de maturidade política e responsabilidade institucional ao rejeitar a patacoada bolsonarista de pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Os deputados maranhenses fizeram a leitura correta da cilada engendrada pelo ex-presidente e sua turma: criar uma situação de crise institucional no País, muito provavelmente pensando no objetivo que traçou quando planejou o 8 de Janeiro: plantar condições para a derrubada das instituições democráticas brasileiras e implantar um regime de exceção no qual o Poder Executivo controle o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Outra peça da armadilha é o projeto de lei que anistia os golpistas condenados pelos ataques ao coração institucional do Brasil no 8 de Janeiro.

Os deputados maranhenses – que representam um leque ideológico que vai da direita à esquerda – demonstram ter clara a noção de que o Brasil é institucionalmente forte e moderno e que a democracia garantida pela Constituição Cidadã é o nosso melhor caminho. Isso porque temos uma democracia que comporta a relação e a convivência dos contrários políticos e ideológicos, por mais difícil que elas sejam. Essa realidade não aceita nem tolera o golpismo nem qualquer projeto ditatorial.

Toda regra, porém, tem exceção: apenas um integrante da bancada assinou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes: o bolsonarista Allan Garcês, suplente de deputado federal no exercício do mandato, ocupando a vaga do atual ministro do Esporte, André Fufuca (PP). Sua atitude se destina muito mais a mostrar serviço ao chefe da sua corrente do que satisfazer a uma convicção institucional.

Por serem juízes em processos de impeachment, os senadores Ana Paula Lobato (PDT), Weverton Rocha (PDT) e Walter Camacho (PSD) não podem ser signatários do pedido. Mas os dois primeiros já deixaram claro que não embarcarão nesse movimento golpista disfarçado. O terceiro estaria “indefinido”.

Brandão vai se reunir com jovens em encontro sobre trabalho

Carlos Brandão no último encontro com jovens sobre programa de trabalho

Cerca de mil jovens de diferentes regiões do Maranhão se reunirão em São Luís, na sexta-feira (13), no 2° Encontro Estadual do Trabalho Jovem, programa voltado para a geração direta de oportunidades à nova geração de maranhenses. O objetivo central do Trabalho Jovem é inserir esses jovens no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, incentivar a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas (MEIs) no estado. Entusiasta do Trabalho Jovem, o governador Carlos Brandão (PSB) anunciou que vai participar do encontro, que além de jovens, reunirá empresários credenciados e colaboradores.

Dividido em dois eixos – estágio social e auxílio à contratação – o programa contempla jovens de 17 a 25 anos que estejam cursando o ensino médio, técnico ou superior.

O eixo estágio social, coordenado pela Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), oportuniza vagas de estágio remunerado em órgãos públicos estaduais e em empresas privadas. Nos órgãos públicos estaduais, as vagas são distribuídas por meio de sorteio. Os sorteados recebem bolsa no valor de R$ 550,00 e um auxílio-transporte de R$ 50,00, totalizando R$ 600,00 mensais. Atualmente, são mil jovens engajados.

Na iniciativa privada, as empresas credenciadas recebem um auxílio de R$ 600,00 por jovem contratado. Nessa vertente, foram oferecidas duas mil vagas em 2024. As empresas privadas têm abraçado o programa. Tanto que neste ano, com o lançamento do edital exclusivo para elas, 345 empresas de 54 municípios maranhenses mostraram-se interesse em receber os mais de 2 mil estagiários.

Responsável pelo Trabalho Jovem, o secretário de Indústria e Comércio, Júnior Marreca manifesta entusiasmo com a adesão das empresas: “Se temos empresas de vários ramos de atuação, logo temos mais opção de encaminhar os jovens para áreas nas quais eles se identificam. Mais importante é que os jovens maranhenses trabalhem gostando daquelas áreas. As chances de efetivação são grandes”.

O eixo Auxílio à Contratação, coordenado pela Secretaria do Trabalho e Economia Solidária (Setres), consiste no apoio financeiro às empresas, por cada novo emprego regido pela CLT. Nesta edição, foram inscritas 540 empresas, de 93 municípios. Dos mil jovens selecionados, 47% são mulheres, e 53% são homens, que atuarão nas mais variadas funções.

“O Trabalho Jovem tem a cara do governo Brandão que, incansavelmente, busca soluções para gerar trabalho e renda para os maranhenses, sem perder o foco no social”, diz o titular da Setres, Luiz Henrique Lula, representante do PT no Governo.

São Luís, 11 de Setembro de 2024.

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