PDT e DEM caminham para selar acordo em torno da candidatura de Neto Evangelista em São Luís

 

Weverton Rocha, Carlos Lupi, Neto Evangelista e Juscelino Filho: aliança em SL

É verdade que são ainda os primeiros movimentos e que a maioria dos seus protagonistas encontra-se ainda na condição de candidato a candidato, mas a julgar pelos últimos fatos – entre eles as entrevistas do deputado federal Eduardo Braide (Podemos) e a saída do deputado estadual Duarte Júnior do PCdoB, por exemplo -, a articulação PDT/DEM em torno da virtual candidatura do deputado estadual democrata Neto Evangelista ganha a aparência de favas contadas e dá a impressão de que a guerra pela Prefeitura de São Luís começa a definir seus exércitos. O encontro que reuniu ontem em Brasília Neto Evangelista, o deputado federal Juscelino Filho (chefe maranhense do DEM), o senador Weverton Rocha (senhor inconteste do PDT no Maranhão) e Carlos Lupi (presidente nacional do PDT) praticamente selou a aliança, dando origem a uma candidatura politicamente forte e com indiscutível potencial   eleitoral. É provável que essa parceria venha a incluir outras legendas, mas só a soma de PDT e DEM é suficiente para a realização de um projeto eleitoral que, no caso, está sendo desenhado para que as eleições municipais sejam o primeiro e decisivo passo de um objetivo político bem mais ambicioso.

A aliança PDT/DEM reúne quatro ingredientes essenciais para viabilizar um projeto de conquistar a Prefeitura de São Luís. O primeiro é o deputado Neto Evangelista como cabeça de chapa: jovem, ludovicense da gema, nascido e crescido na agitada seara política da Capital e hoje um político bem-sucedido. O segundo é a soma da força política e eleitoral do PDT com a estrutura do DEM, que gera uma chapa com capilaridade eleitoral, militância aguerrida e pode ganhar impulso com um bom tempo de campanha no rádio e na TV. O terceiro é o fato de a Prefeitura estar hoje sob o comando do segundo mais importante expoente do PDT no Maranhão, o bem avaliado prefeito Edivaldo Holanda Júnior. E o quarto é que tanto Neto Evangelista, quanto o PDT e o DEM e seus líderes são componentes importantes da grande aliança comandada no estado pelo governador Flávio Dino (PCdoB), o que para muitos é uma grande vantagem do ponto de vista político e eleitoral.

É claro que isso não significa que a fatura esteja liquidada. Muito ao contrário. O momento ainda é o dos arranjos para uma disputa está sendo desenhada para ser renhida, dura e de desfecho imprevisível.

Político jovem, mas já com a experiência de raposas como foi seu pai – o ex-vereador e ex-deputado estadual João Evangelista, que presidiu a Câmara de São Luís por dois mandatos e a Assembleia Legislativa também por dois mandatos –, Neto Evangelista sabe que, mesmo com o suporte político e logístico que a aliança PDT/DEM possa lhe dar, o sucesso da empreitada eleitoral vai depender muito, e decisivamente, do seu desempenho como candidato. Sua tarefa nesse processo será mostrar ao eleitorado que tem condições de transformar São Luís, e para isso terá de se mostrar mais competente mais confiável do que candidatos definidos e prováveis como Eduardo Braide, Rubens Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Duarte Júnior (ainda sem partido), Jeisael Marx (Rede),Yglésio Moises (ainda sem partido), Adriano Sarney (PV) e Carlos Madeira (Solidariedade), todos aparentemente dispostos a jogar pesado para suceder ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

Num contexto mais amplo, a aliança PDT/DEM reserva a Neto Evangelista o desafio de conquistar espaço para o grande embate de 2022 envolvendo a sucessão do governador Flávio Dino, para o qual o chefe maior do PDT, senador Weverton Rocha, está se preparando com afinco, e isso inclui a eleição do maior número possível de prefeitos em outubro. E é evidente que o sucesso desse projeto depende muito – mas muito mesmo! – da eleição de um aliado fiel para a Prefeitura de São Luís. Neto Evangelista sabe disso, topou a parada e se repara para ir à luta.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Josimar de Maranhãozinho ignora pancadas de Gastão Vieira e reforça o PL com Paulo Marinho Jr.

Paulo Marinho Jr. e Josimar de Maranhãozinho emolduram o notório Waldemar Costa Neto. chefe absoluto do PL nacional 

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho não para. Ontem, menos de 24 horas depois de ter sido alvejado por bordoadas verbais do suplente de deputado federal no exercício do mandato Gastão Vieira, numa reação a suposta investida para controlar o braço maranhense do PROS, Josimar de Maranhãozinho roubou de novo a cena ao anunciar a filiação do vice-prefeito de Caxias, Paulo Marinho Jr., no PL, por ele controlado com mão de ferro no Maranhão. Não foi uma resposta a Gastão Vieira, mas uma demonstração de que sua ação objetivando ampliar o seu lastro político-partidário não tem limite.

O peixe fisgado ontem, em ato avalizado pelo chefão do partido, o notório ex-deputado federal paulista Waldemar Costa Neto, não é pouco coisa. Além do poder de fogo que representa como vice-prefeito de Caxias, o quarto maior e mais importante colégio eleitoral do Maranhão, com larga chance de reeleição, ele é hoje o representante maior do grupo liderado na Princesa do Sertão e na região Leste por seu pai, o ex-prefeito e ex-deputado federal Paulo Marinho, que perdeu recentemente o controle do MDB no plano local.

Com a adesão de Paulo Marinho Jr. ao seu partido e, por via de desdobramento, ao seu projeto de disputar o Governo do Estado em 2022, Josimar de Maranhãozinho crava mais uma estaca na base do seu palanque. Ele já controle os braços maranhenses do PL e do Avante, dois deputados federais (Júnior Lourenço e Pastor Gildenemyr), quatro deputados estaduais (Detinha, sua mulher, Hélio Soares, Vinícius Louro e Leonardo Sá) e uma penca de prefeitos e vereadores, e parece disposto a aumentar esse cacife.

 

Othelino Neto e Thaíza Hortegal batem forte nas empresas que exploram o serviço de ferryboat

Othelino Neto e Thaíza Hortegal fazem duras críticas ao serviço de ferryboat no MA

O choque entre dois ferryboats, ocorrido terça-feira na Baía de São Marcos e que causou pânico em centenas de passageiros, entre eles crianças, repercutiu fortemente na Assembleia Legislativa, com manifestações enfáticas do presidente da Casa, deputado Othelino neto (PCdoB) e que tem fortes vínculos com a Baixada Ocidental, e a deputada Thaíza Hortegal (PP), que é representante política da região e que tem sido exercido vigilância atenta sobre o sistema de travessia. Os dois acusaram as empresas responsáveis de negligência e irresponsabilidade e pediram que o caso seja alvo de uma investigação isenta e urgente. Ele defendeu a mobilização dos usuários para evitar

– É um absurdo o que acontece, a forma como essas duas empresas tratam os consumidores, os usuários desse transporte – disparou. E lembrou: “Já cheguei a viver uma situação em que, uma vez embarcando com minha esposa e meus dois filhos, eles conseguiram embarcar minhas crianças e me deixar de fora do ferry, só para se ter ideia do nível de desrespeito com os usuários”. E acrescentou: “A travessia, que requer maior segurança aos passageiros, é realmente algo desalentador”. Por fim, defendeu a licitação para a contratação de novas empresas prestadoras desse serviço.

No mesmo tom, a deputada Thaíza Hortegal (PP), que é usuária frequente do serviço como representante da Baixada, disparou chumbo grosso contra as empresas que exploram o serviço de ferryboat no Maranhão: “Nós, que somos usuários desse transporte, não suportamos mais colocar as nossas vidas em risco, não aguentamos mais pagar por um preço que é o mais caro do Brasil e, ainda assim, o que tem a pior qualidade de serviço”.

São Luís, 06 de fevereiro de 2020.

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