Cidadão usou o voto para mandar recado duro aos extremistas que ameaçam a democracia

Eleitor disse não aos extremistas de direita e de esquerda

As eleições no Maranhão mostraram que o centro, tanto na vertente à direita quanto à esquerda, foi o grande vencedor do pleito municipal. Mais do que isso, o radicalismo de direita e também o de esquerda foram simplesmente rejeitados nas urnas, tendo a esmagadora maioria do eleitorado dito, em tom elevado, que não quer conversa nem com um nem com outro. Esse recado, enfático, foi dado a correntes ligadas ao PSTU, PSOL, PCB e às partes mais radicais de PT e PCdoB e, ao mesmo tempo, à banda extremada do bolsonarismo encrostada em partidos como o PL, Republicanos, PRTB. Novo e PMB. O resultado trazido à tona pelas urnas mostrou que a mensagem mandada pelo eleitorado inclui a sugestão para que essas correntes movidas a extremismos devem repensar suas posturas e calibrar as suas atuações se não quiserem ser varridas do mapa político-partidário do país em eleições vindouras.

O melhor exemplo disso foi evidenciado nas eleições ocorridas em São Luís e Imperatriz, os dois maiores colégios eleitorais do Maranhão, os quais, juntos, totalizam quase 1 milhão de eleitores. Nesses dois colégios os candidatos produzirem painéis com o espectro ideológico que vai da extrema direita à extrema esquerda. E o resultado foi revelador da rejeição aos extremos. Pela extrema direita, candidatos de PRTB, PMB, Novo foram simplesmente rejeitados pelo eleitorado, tendo o mesmo acontecido com xiitas da extrema esquerda, que nada conseguiram com seus discursos raivosos.

Em São Luís, os candidatos da esquerda mais extremada – PSOL, que teve como candidato o professor, advogado e jornalista Franklin Douglas, e o PSTU, cujo candidato foi o professor e servidor público Saulo Arcangeli – sofreram uma rejeição vexatória, com seus representantes recebendo pouco mais de 2%, somados. Ambos fizeram questão de deixar claro, ao longo da campanha, que não estavam interessados na Prefeitura de São Luís, mas simplesmente alimentar um discurso que perde consistência a cada eleição. O objetivo de ambos como candidato a prefeito foi “vender” o plebiscito que perguntou ao eleitor se ele concorda ou não com a implantação do transporte coletivo gratuito para estudantes. O eleitor votou no plebiscito, mas ignorou ostensivamente os candidatos do PSOL e do PSTU.

Da mesma maneira, a direita radical, que teve o deputado estadual Wellington do Curso (Novo), e a extrema-direita cujo candidato foi o deputado estadual Yglésio Moises (PRTB) foram duramente rejeitadas nas urnas. Wellington do Curso atuou como representante de uma direita que não nem é nem cabeça, saída dos extratos mais primários do Exército e que também não soube expressar as ideias conservadores do Novo. Já o deputado Yglésio Moises, que assimilou como poucos os ideais reacionários do bolsonarismo, recebeu um sonoro “não” do eleitorado, mesmo tendo conseguido a proeza de trazer o líder dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a São Luís. E o recado maior: São Luís reelegeu Eduardo Braide (PSD), um político moderado de centro-direita não afeto a extremismos.

O exemplo de Imperatriz também foi claro: o eleitorado preferiu Rildo Amaral (PP), um político de centro, que manteve o discurso equilibrado e com ele derrotou Mariana Carvalho (Republicanos), um exemplar acabado da direita radical, que defende os “ideais” do bolsonarismo, como armar a população, criminalizar o aborto e outras pautas de costume.

Os próximos tempos dirão se o recado das urnas foi assimilado ou não pelos grupos que se movem pelos extremos e que são fatores de risco para a democracia, haja vista o 8 de Janeiro de 2023.

PONTO & CONTRAPONTO

Dia do Servidor: Brandão pega no batente, anuncia benefícios e inaugura escola em Chapadinha

Entre a prefeita Belezinha (PL), o vice Felipe Camarão (PT), o secretário Aparício
Bandeira e o deputado Aluízio Santos (PL), o governador Carlos Brandão (PSB, após
reinaugurar escola, exibe ordem de serviços para outras obras em Chapadinha

O governador Carlos Brandão (PSB) não folgou no feriado do Dia do Servidor Público. Ele aproveitou a data para anunciar a nomeação de servidores concursados para diversas áreas do Governo e um pacote de benefícios adicionais para o quadro funcional do Estado. Além disso, Carlos Brandão foi a Chapadinha, onde inaugurou o Centro de Ensino Otávio Vieira Passos, escola da rede estadual reformada e ampliada para receber 1.200 alunos em dois turnos, entre outros benefícios para a cidade, como a construção de duas quadras esportivas no município

O pacote dirigido aos servidores, Carlos Brandão anunciou a nomeação de 12 veterinários, quatro engenheiros agrônomos e 24 técnicos de fiscalização e 15 auxiliares para a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged).  E autorizou a nomeação de 25 novos analistas e técnicos administrativos para o Instituto de Previdência dos Servidores do Maranhão (IPREV).

O pacote foi mais generoso, uma vez que o governador anunciou ainda para novembro a antecipação da correção de gratificações, progressões e adicionais para os professores da rede estadual, firmando ainda o compromisso de em breve estender esses benefícios para outras categorias. Carlos Brandão anunciou também investimentos em equipamentos para garantir melhores condições de trabalho, acessibilidade e inclusão nos prédios pertencentes ao Estado, de modo a tornar o ambiente de trabalho mais funcional e inclusivo.

No ato dos anúncios, o governador declarou: “Nosso governo expressa sua mais sincera gratidão a cada servidora e servidor público que, com dedicação e empenho, contribui diariamente para o progresso do Maranhão. Sabemos que nosso estado é grande e próspero. E é por isso que estamos ampliando nossos quadros, a fim de oferecer serviços melhores aos cidadãos e contribuir com uma melhor qualidade de vida no trabalho”.

Catulé Jr. vai levar para a Assembleia Legislativa o espírito aguerrido de político caxiense

Catulé Jr. vai representar Caxias
na Assembleia Legislativa

A chegada de Catulé Jr. (PP) à Assembleia Legislativa no dia 1º de Janeiro próximo devolve a Caxias a ventura de ter um deputado estadual genuíno da terra gonçalvina. Ele substituirá o deputado Rildo Amaral (PP), eleito prefeito de Imperatriz, de quem é o 1º suplente.

Filho do vereador reeleito Catulé (Antônio José Bittencourt Albuquerque), que, vem fazendo história na política da Princesa do Sertão Maranhense, Catulé Jr. (Antônio José Bittencourt Albuquerque Jr.), que é militante político desde a adolescência, seguindo os passos do pai, e tem sido incansável na luta pelo voto, sem, no entanto, haver conseguido a tão batalhada eleição.

Agora, como ele próprio se manifestou usando Eclesiastes, chegou a sua hora, com a vaga aberta com a eleição de Rildo Amaral na Princesa do Tocantins.

A ascensão de Catulé Jr. é mais que justa, a começar pelo fato de que ele saiu das urnas com nada menos que 34.487 votos, votação bem maior que a de vários deputados titulares, o que lhe credencia a chegar com a autoridade de eleito, para ser o único deputado genuinamente caxiense: nasceu em Caxias, mora em Caxias, é eleitor de Caxias e tem base política em Caxias. E mais do que isso, tem o espírito político aguerrido do pai, outro caxiense ranheta.

Catulé Jr. não chegará ao parlamento estadual como um neófito em política, mas como um político jovem que já conhece as entranhas do grande tabuleiro do poder. Isso porque já foi secretário de Estado de Turismo, o que lhe deu vivência no jogo do poder.

E não será surpresa se vier a cumprir à risca a promessa de fazer desse meio mandato a obra parlamentar de um mandato inteiro.

Em Tempo: Atualmente, Caxias é dignamente representada na Assembleia Legislativa pelas deputadas Cláudia Coutinho (PDT), que tem domicílio eleitoral em Matões, e Daniela Gidão (PSB), eleitoralmente domiciliada em Presidente Dutra.

São Luís, 29 de Outubro de 2024.

Rildo Amaral obtém vitória maiúscula e vai comandar Imperatriz

Rildo Amaral: vitória robusta em Imperatriz

Imperatriz: o deputado estadual Rildo Amaral (PP) foi eleito prefeito em 2º turno com 81.942 votos válidos (55,11%), derrotando a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos), que recebeu 66.752 votos (44,89%). Foram 1.638 (1,08%) votos em branco e 1.927 (1.27%) votos nulos. E nada menos que 48.840 (24,29%) eleitores imperatrizenses não foram votar, uma abstenção acima da média, repetindo a da primeira rodada.

A vitória robusta de Rildo Amaral, que ganha assento na távola das referências como líder maior do segundo maior e mais importante município do Maranhão, produz dois desdobramentos. O primeiro é a possibilidade real de Imperatriz sair do charco administrativo e financeiro em que se encontra, para retomar o seu perfil de município rico e de futuro largo.  E o segundo é que o resultado da disputa consolida fortemente o novo desenho do mapa geopolítico do Maranhão no qual o governador Carlos Brandão (PSB) lidera a aliança com o maior número de prefeitos; pode também sacramentar o projeto senatorial do ministro do Esporte André Fufuca (PP), e reforça a posição do deputado estadual Antônio Pereira (PSB) com a eleição de Carol Pereira (11), sua mulher, vice-prefeita.

A eleição de Rildo Amaral foi o resultado de uma bem-montada equação política, que começa com a escolha dele próprio como candidato. Professor da área de educação física, envolvido com política comunitária, que se tornou um político experiente, com três mandatos de vereador e que está no segundo de deputado estadual, integrante da base do Governo e com forte presença na vida de Imperatriz. Lançado com o aval do ministro André Fufuca, que lidera o seu partido no Maranhão, ele soube viabilizar sua candidatura ao contar também com o apoio do experiente ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), que tem credibilidade e conhece as entranhas eleitorais da antiga Vila do Frei.

Tanto no 1º quanto no 2º turno, Rildo Amaral fez uma campanha propositiva, embalada pelo slogan “Imperatriz vai renascer”, o que, associado à sua credibilidade pessoal e política, produziu o discurso que manteve a campanha, ao longo da qual evitou cair em armadilhas e tropeçar em declarações impróprias. Acertou na mosca.

Numa visão política mais ampla, ao ser eleito prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral, que é um político de centro-direita com os pés no chão, evitou que a “segunda capital” do Maranhão caísse nas mãos da extrema-direita que segue a cartilha golpista do bolsonarismo radical representado pela candidata Mariana Carvalho. Ela fez questão de mostrar esse perfil com os seus discursos durante a campanha ao receber o apoio pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de colocar no seu palanque figuras controversas como a senadora Damares Alves (PL-DF) e o ex-senador Roberto Rocha, que integram a falange bolsonarista maranhense. E foi exatamente por avançar nessa seara que ela recebeu o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e seu grupo e, por isso, foi desancada pelo presidente do seu partido e até então principal apoiador, o deputado federal Aluísio Mendes – inimigo figadal de Josimar de Maranhãozinho -, que dois dias antes da eleição a chamou de ingrata, desleal e sem caráter. Ela reagiu dizendo que estava sendo atacada porque decidiu “enfrentar o sistema”.

Com um histórico de quatro fracassos eleitorais – tentou ser deputada estadual, deputada federal e duas vezes prefeita -, Mariana Carvalho saiu da eleição sem a vitória, mas com um cacife eleitoral que, se bem administrado, poderá lhe dar a liderança da oposição e facilitar seu acesso à Câmara Federal. Para tanto, precisará resolver sua situação partidária, uma vez que depois do que aconteceu ela dificilmente permanecerá no Republicanos, pelo menos enquanto o partido estiver sob o controle do deputado federal Aluísio Mendes.

Ao estrear no seleto time de cidades que podem resolver suas eleições em dois turnos, Imperatriz deu um exemplo de maturidade política, realizando duas campanhas intensas, mas sem nenhum caso de violência.

Em Tempo: A Justiça Eleitoral do Maranhão deu um exemplo de eficiência ao Brasil: a votação, que ocorreu sem incidentes, foi encerrada às 17:00 horas, a primeira parcial foi divulgada às 17:02, e a eleição de Rildo Amaral foi confirmada às 17:29, com 98,9% dos votos apurados.

PONTO & CONTRAPONTO

Vitória de Rildo reforça a aliança comandada por Brandão

Carlos Brandão, André Fufuca e Sebastião
Madeira: fortalecidos com o desfecho da
eleição em Imperatriz

O resultado da eleição em Imperatriz, com a vitória maiúscula do deputado Rildo Amaral consolida, de fato, o desenho do novo mapa político do Maranhão, no qual o governador Carlos Brandão lidera a poderosa aliança partidária que reúne mais de 70% dos prefeitos eleitos e reeleitos. Para se ter uma ideia do poder de fogo desse grupo, o governador contará com aliados no comando de Imperatriz, Timon, Caxias, Bacabal, Pedreiras, Pinheiro, Barreirinhas, Paço do Lumiar, Santa Inês, Barra do Corda, Coroatá, Balsas, devendo contar também, um pouco mais à frente, com São José de Ribamar, por exemplo. É cacife suficiente para definir sua sucessão sem maiores problemas, inclusive se candidatando ao Senado.

O desfecho na antiga Vila do Frei turbinou consideravelmente o braço maranhense do PP e seu líder, o deputado federal e atual ministro do Esporte André Fufuca. Rildo Amaral foi o 30º prefeito eleito pelo PPno Maranhão, o que praticamente autoriza o ministro a tocar em frente o seu projeto de disputar uma cadeira no Senado, se possível na chapa do governador Carlos Brandão. O PP passa a comandar Imperatriz, e vai continuar comandando Caxias e Santa Inês, municípios estratégicos, o que o torna credenciado para pleitear o mandato senatorial.

O sucesso eleitoral do candidato do PP em Imperatriz é resultado também do trabalho intenso e eficiente do ex-prefeito Sebastião Madeira, responsável também pela ressurreição do PSDB no Maranhão. Com um lastro de quatro mandatos federais e dois de prefeito de Imperatriz, o atual chefe da Casa Civil do Governo do Estado atuou como articulador político da candidatura, principalmente na classe empresarial e lideranças independentes, e como conselheiro do candidato, para quem passou o melhor da sua experiência política e da sua vivência em matéria de disputa eleitoral na antiga Vila do Frei. Sebastião Madeira sai desse processo politicamente robustecido.

Derrota de Mariana Carvalho arrastou Bolsonaro e seus aliados

Mariana Carvalho e Jair Bolsonaro:
derrotados em Imperatriz

No campo das perdas, as mais fortes se deram no entorno da candidata Mariana Carvalho. Para começar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apostou alto nesse projeto no 1º turno, mas tirou o pé do acelerador no 2º turno diante dos primeiros números trazidos à tona pelas pesquisas. O resultado da eleição foi uma dura derrota para ele e seus seguidores em Imperatriz, a exemplo do que aconteceu com a maioria dos candidatos do PL em todo o país. Perdeu muito o presidente do Republicanos, deputado federal Aluísio Mendes, que ficou sem uma base de apoio em Imperatriz e deverá ter Mariana Carvalho, agora sua inimiga política, como concorrente nas eleições de 2026 para a Câmara Federal. Perderam os bolsonaristas mais radicais, como o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), que apostaram na vitória da candidata do Republicanos. Perdeu também o prefeito reeleito de São Luís Eduardo Braide (PSD), mesmo tendo deixado seu nome em Imperatriz.

São Luís, 28 de Outubro de 2024.

Imperatriz: Rildo chega à reta final com 58,3%; Mariana, com 36,7%, é atingida por fala de Aluísio

Rildo Amaral lidera na reta final e Mariana Carvalho sofre revés

Não há na história política recente do Maranhão o registro de um candidato que 48 horas antes da eleição tenha sofrido dois abalos tão devastadores quanto Mariana Carvalho (Republicanos), que disputa o 2º turno da corrida à Prefeitura de Imperatriz com o deputado estadual Rildo Amaral (PP), que lidera o embate, segundo todas as pesquisas. O primeiro: ela recebeu a péssima notícia trazida a público pela pesquisa Econométrica, dando conta de que o seu adversário, o deputado estadual Rildo Amaral (PP), chega à véspera da votação com nada menos que 58,3% das intenções de voto, enquanto ela tem 36,7, %, uma diferença de 21 pontos percentuais a favor dele. Indecisos e nulos alcançam 5%. E o segundo: as devastadoras declarações do deputado federal Aluísio Mendes, presidente do Republicanos, o seu principal mentor e incentivador, mas que chegou à conclusão de que sua afilhada não cultiva valores como “gratidão, lealdade e caráter”, e que isso o afastou da sua campanha.

Os momentos finais da campanha para a eleição que levará o eleito ao comando do segundo maior e mais importante município do Maranhão estão marcados por duas situações radicalmente diferentes. De um lado, o candidato Rildo Amaral encerrando uma corrida regular, consistente, apoiado por líderes de peso – entre eles o governador Carlos Brandão (PSB) ministro do Esporte André Fufuca (PP) e o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Ele sustentou um discurso equilibrado e um projeto de governo alinhavado, se moveu com parceiros para executá-lo, e com o conceito em alta na opinião pública imperatrizense.

Na outra ponta da linha, Mariana Carvalho, que desbancou cinco candidatos no 1º turno – deputado federal Josenildo JP (PSD), Nilson Takashi (Novo), Marco Aurélio (PCdoB), Justino Filho (PMB) e Gabriel Araújo (PCB) – e se firmou como o principal adversário do candidato do PP, teve uma campanha cheia de altos e baixos. Se lançou em maio como um furacão e chegou ao ápice em setembro, quando removeu o último obstáculo do seu caminho, Josivaldo JP, e logo em seguida galvanizou as fileiras da direita radical ao atrair para Imperatriz ninguém menos que o ex-presidente Jair Bolsonaro como cabo eleitoral.

O que ela não esperava era que, mesmo com esses eventos, que culminaram com a visita de Jair Bolsonaro, as coisas começariam a degringolar na sua campanha. Há duas semanas, quando saiu a penúltima pesquisa Econométrica dando vantagem quilométrica para Rildo Amaral, Mariana Carvalho tentou estancar a sangria radicalizando no discurso, que se tornou agressivo na linha da direita radical, com ataques ao candidato, ao governador e ao presidente da República. Não funcionou, e esse recado chegou com a pesquisa Veritá, que apurou uma vantagem de mais de 12 pontos percentuais pró-Rildo Amaral, acendendo alerta vermelho na cúpula da sua campanha. Os debates nada acrescentaram, mas o desabamento da candidatura da avançou, tendo a última pesquisa Econométrica, divulgada ontem, apurado que o candidato do PP tem 22 pontos percentuais de vantagem, o que torna o seu favoritismo praticamente irreversível.

Ontem, havia duas realidades na disputa pela prefeitura de Imperatriz. No comitê central da campanha do deputado Rildo Amaral, o clima era de otimismo, mas sem afetação, dominado pela ideia segundo a qual eleição só ganha ou se perde depois de apurados os votos. O próprio candidato Rildo Amaral tem recomendado os coordenadores da sua campanha nesse sentido. A pesquisa de ontem, dando-lhe uma vantagem excepcional num pleito de 2º turno, animou ainda mais os seus apoiadores.

No comitê de Mariana Carvalho, o ambienta era de tensão e perplexidade, por que muitos apoiadores dela, principalmente os bolsonaristas ranhetas, acreditaram piamente no poder do “Messias”, e se deram conta de que, ao invés de ajudar, ele acabou prejudicando a candidata do Republicanos.  Os mais experientes compreenderam que a situação da candidata do Republicanos é muito complicada.

O fato é que, se os números da Econométrica informam que 64,6% dos entrevistados disseram que o eleito será Rildo Amaral, enquanto apenas 26,9% responderam dizendo acreditar na vitória de Mariana Carvalho.

Em Tempo: Contratada pelo Grupo Mirante, a pesquisa Econométrica ouviu 1.000 eleitores entre os dias 20 e 22 de outubro, tem margem de erode 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-09683-2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Chefe do Republicanos confirma afastamento e dá declarações fortes contra Mariana Carvalho

Aluísio Mendes fala no aeroporto de Imperatriz

O deputado federal Aluísio Mendes, presidente do Republicanos no Maranhão e até pouco principal incentivador da candidata à Prefeitura de Imperatriz Mariana Carvalho, do seu partido, confirmou o rompimento com a sua candidatura. Ao desembarcar em Imperatriz, ontem, o parlamentar concedeu uma rápida e devastadora entrevista, na qual, sem pensar duas vezes, disse o seguinte:

Ausência da campanha nos últimos dias:

“Olhe, acho que essa pergunta tem de ser feita para a candidata Mariana Carvalho, que me desconvidou no último evento para estar em Imperatriz. Então, essa pergunta tem de ser feita para ela.

Causa do rompimento:

“Olha, tem alguns valores que eu prezo, que são gratidão, lealdade e caráter. Parece que são valores que faltam à nossa candidata. Em função disso, ela fez uma opção política de estar abraçada com um grupo político que eu considero uma organização criminosa, que eu combato há quatorze anos no Maranhão. Não é o deputado Aluísio que fala isso, é o Ministério Público e a Polícia Federal. A partir do momento em que ela abraçou o grupo de Josimar de Maranhãozinho, esse deputado que todo o Maranhão conhece, e loteou a Prefeitura de Imperatriz, eu não posso fazer parte desse processo. Por isso, eu resolvi me ausentar e me afastar da campanha em Imperatriz.

Se vai apoiar o outro candidato:

“Não. Eu sou dirigente partidário, eu sou presidente do partido Republicanos (no Maranhão), e seria antiético apoiar outro candidato. Mas eu posso, como estou fazendo, me afastar da campanha, e fazer um alerta ao povo de Imperatriz, que no próximo domingo, dia 27, vai decidir os destinos dessa cidade pelos próximos quatro anos. Imperatriz, que já tem sofrido tanto nos últimos anos, não merece cair nas mãos dessa organização criminosa que hoje é apoiada pela candidata Mariana Carvalho.

Em Tempo: Essas declarações foram dadas depois da pesquisa Econométrica.

Paulo Victor mantém Câmara em ritmo de normalidade

Paulo Victor

A Câmara Municipal não diminuiu o seu ritmo de trabalho com o resultado das eleições, nas quais mais de uma dezena de vereadores não conseguiram renovar o mandato. O presidente Paulo Victor (PSB), que saiu das urnas reeleito com mais de nove mil votos, já tem praticamente garantido o mandato de presidente para o primeiro biênio com a nova composição, não quer passar a impressão de fim de festa.

Por sua determinação, o parlamento municipal tem realizado sessões ordinárias dentro do seu cronograma de trabalho, discutindo e votando proposições, de modo a não misturar os deveres parlamentares com as manifestações de euforia pela reeleição ou de tristeza pela não reeleição de colegas.

A ordem no Palácio Pedro Neiva é fechar a legislatura como manda a regra: com a pauta em dia. São Luís, 26 de Outubro de 2024.

Roberto Costa já tem apoio para se eleger presidente da Famem, mas trabalha pelo consenso

Roberto Costa (camisa marrom) entre prefeitos eleitos pelo PDT que lhe
declararam apoio numa articulação de Marcus Brandão (camisa cinza)
com o aval de Iracema Vale. Liderados por Erlânio Xavier
(camisa vermelha), os prefeitos são: Neto Carvalho (Araioses),
Jonas Magno (Rosário), Sebastião Costa (Fortuna), Samia Moreira
(Santa Quitéria) e Flávio Furtado (Duque Bacelar).

Se a eleição para a presidência da Famem fosse agora e houvesse disputa, o prefeito eleito de Bacabal, deputado estadual Roberto Costa (MDB), seria eleito com vantagem suficiente para assumir o comando da entidade com elevado grau de representatividade. É essa a avaliação dominante no meio político, que vem ganhando forma desde que o futuro chefe da máquina administrativa bacabalense se lançou candidato e, de cara, recebeu o apoio do governador Carlos Brandão (PSB), do comando do MDB e da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB). A vantagem prevista agora, que poderá resultar num processo em que ele venha a ser candidato único, é a soma de vários fatores, a começar pelo fato de Roberto Costa ser um político hábil e articulador experiente, e respeitado no meio, por ser ele membro destacado da base governista e representar um município de peso no cenário estadual.

Na avaliação que prepondera nas conversas políticas, o prefeito eleito Roberto Costa seria eleito com folga até mesmo se o prefeito reeleito de Cantanhede, José Martinho, que é seu “colega” de partido, mantivesse o projeto torto de chegar à presidência da entidade rompendo a unidade emedebista. Isso porque, até onde se sabe, o comando do MDB apoia incondicionalmente o prefeito eleito de Bacabal.

Não será nenhuma surpresa se até janeiro, numa data ainda a ser definida, a eleição da Famem seja realizada por aclamação, ou seja, com candidato único, no caso o prefeito eleito de Bacabal, que assumirá no primeiro dia do primeiro mês de 2025. É esse o propósito do próprio candidato emedebista, embalado pelo argumento segundo o qual, por ser uma entidade corporativa, que representa os interesses dos 217 municípios maranhenses – embora nem todos os municípios sejam filiados -, a Famem tem de agir por consensos. E esse modus operandi só é possível se o comandante da corporação for bem articulado e amplamente respaldado pelos filiados.

A presidência de um bom articulador é uma necessidade imperativa da Famem nos dias atuais. Os municípios, principalmente os médios e pequenos, enfrentam enormes dificuldades cuja solução está, via de regra, nos governos estaduais e no Governo Federal. E como se trata de problemas comuns – saneamento básico, serviços de saúde, programas sociais e temas de natureza fiscal -, os prefeitos simplesmente não conseguem resolve-los individualmente. Daí a necessidade de um porta-voz credenciado, que conheça o caminho das pedras, com capacidade de construir a unidade entre os filiados e de atuar como porta-voz das suas demandas onde se fizer necessário.

Sem nenhum demérito aos prefeitos que manifestaram intenção de concorrer à presidência – José Martinho (Cantanhede) e Dulcilene Belezinha (Chapadinha), entre outros -, o prefeito eleito de Bacabal está credenciado para comandar a entidade e representa-la em qualquer fórum, seja no âmbito estadual ou no federal. Roberto Costa tem interlocução sem reservas com o governador Carlos Brandão e com todos os setores do Governo do Estado, e conhece as entranhas da máquina federal. Isso sem contar o fato de que tem intimidade com a cúpula nacional do MDB e boa interlocução com o PT, que pode funcionar também como porta de acesso ao plano federal.

Ao receber, ontem, o apoio de prefeitos do PDT, capitaneados pelo atual prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier, que além de ser ex-presidente da Famem é o principal porta-voz do presidente estadual do partido, senador Weverton Rocha. Articulado pelo presidente do MDB, Marcus Brandão, o movimento dos prefeitos eleitos do PDT na direção da candidatura der Roberto Costa é uma demonstração de que ele pode, sim, com o apoio do governador Carlos Brandão, construir a unidade dos novos membros da Famem em torno da sua candidatura.

Vale lembrar que eleição de presidente da Famem por consenso não é nenhuma novidade. O atual presidente, Ivo Rezende (PSB), prefeito de São Mateus, que não tem a estatura política de Roberto Costa, por exemplo, foi eleito por aclamação.

PONTO & CONTRAPONTO

Rildo Amaral e Mariana Carvalho encerraram uma campanha dura, mas civilizada, em Imperatriz

Rildo Amaral e Mariana Carvalho debateram
Imperatriz durante a campanha

A campanha do 2º turno da eleição em Imperatriz terminou ontem, mas de acordo com a legislação eleitoral, os candidatos Rildo Amaral (PP) e Mariana Carvalho (Republicanos) ainda poderão divulgar propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Os candidatos poderão publicar, sob pagamento, em jornais e na internet, anúncios de
propaganda eleitoral. Poderão também, se for o caso, participar de debate no rádio e na TV, desde que esse programa não ultrapasse a meia-noite.

Rildo Amaral e Mariana Carvalho fizeram uma campanha dura, mas dentro dos limites da civilidade. Houve jogo rasteiro por parte do prefeito Assis Ramos, que tentou prejudicar Rildo Amaral, passando a ideia de estar ao lado da candidata do Republicanos, mas isso foi logo detectado e devidamente denunciado e repudiado pelo próprio candidato do PP.

Rildo Amaral fez sua campanha embalado pelo slogan “Imperatriz vai renascer”, baseado no argumento de que a cidade foi gravemente prejudicada pela gestão do prefeito Assis Ramos, e precisa de uma gestão forte e ativa para voltar aos trilhos. Durante a campanha e nos debates, apresentou um denso programa de governo, o qual, se eleito for, pretende executar com o apoio do Governo do Estado e da União. Todas as pesquisas o mostraram na frente, com boa diferença sobre o concorrente.

Mariana Carvalho preferiu encampar o slogan conservador “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, usado pela direita radical que representa o bolsonarismo. Durante sua campanha, alternou o discurso de oposição contra o governador Carlos Brandão (PSB) e o presidente Lula da Silva (PT), atacando o adversário, mas sem focar o partido dele, o PP. Ao longo da campanha, apresentou o seu programa de governo, mas sem dizer de onde sairão os recursos para obras estruturantes.

A última pesquisa, do instituto Veritá, mostrou o candidato do PP com 13 pontos percentuais de vantagem sobre a candidata do Republicanos. É possível que nova pesquisa seja publicada hoje.  

José Márcio recebe comenda e é homenageado por três mulheres brilhantes

Conceição Andrade, Gardênia Gonçalves e Helena Heluy foram destaque da sessão
em que José Marcio Leita foi homenageado por iniciativa de Arnaldo Melo, com
presença também de Natalino Salgado

O médico José Márcio Leite é o mais novo detentor as Medalha do Mérito Manoel Beckman, a maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa. Aprovada por iniciativa do deputado Arnaldo Melo (PP), a comenda foi entregue ontem em sessão especial presidida pelo proponente, com a presença de parentes e amigos do homenageado.

Ao saudar o homenageado e justificar a iniciativa de laureá-lo, o deputado Arnaldo Melo, que também é médico, declarou: É um reconhecimento e uma forma de agradecer pelos relevantes serviços por ele prestados ao Maranhão e ao Brasil no exercício dos diversos cargos públicos exercidos, dentre eles, o de secretário municipal de Saúde de São Luís, secretário de Estado da Saúde do Maranhão. É uma homenagem revestida de justiça e reconhecimento”.

José Márcio Leite agradeceu o reconhecimento da sua trajetória profissional: “Este momento é, sem dúvida, um dos marcos mais significativos da minha trajetória de vida, tanto pessoal quanto profissional. Ser condecorado com a maior distinção concedida por esta Casa muito me honra. Meu sentimento de gratidão à Assembleia Legislativa pelo reconhecimento ao trabalho de toda uma vida dedicada à saúde pública, sem favorecimentos indevidos, mas com um lastro científico e moral”.

Em Tempo: Três mulheres foram destaque na sessão em que José Márcio Leito foi homenageado: Gardênia Gonçalves, Conceição Andrade e Helena Heluy.

Gardênia Gonçalves, esposa do ex-governador e ex-prefeito de São Luís João Castelo, foi prefeita de São Luís entre 1985/1988, elegendo-se com a força do carisma e do discurso contra uma poderosa máquina de poder que embalou a campanha do seu adversário, o então deputado federal Jaime Santana, apoiado pelo poder de fogo do Governo Federal então comandado pelo presidente José Sarney.

Conceição Andrade elegeu-se prefeita de São Luís em 1992, apoiada pelo então todo-poderoso prefeito Jackson Lago, numa disputa de segundo turno em que teve com o adversário o ex-governador João Alberto. Rompeu com Jackson Lago e terminou seu mandato apoiando a candidatura de João Castelo contra o próprio Jackson Lago. Terminou seu mandato só, isolada e hostilizada pela militância do PDT.

Helena Heluy teve três trajetórias que se cruzaram: foi jornalista, promotora e procuradora de Justiça e política militante nas fileiras do PT. Como jornalista, foi brilhante, principalmente quando escrevia sobre política. Nas fileiras do Ministério Público teve atuação marcante. E como política foi vereadora de São Luís e deputada estadual, sem jamais esconder o seu viés de esquerda, mas também com um senso crítico muito apurado, fazendo oposição dura aos governos de então. A presença delas abrilhantou muito mais a sessão extraordinária.

São Luís, 25 de Outubro de 2024.

Na reta final, Rildo e Mariana vão para o último debate da disputa em Imperatriz

Rildo Amaral e Mariana Carvalho:
último debate em Imperatriz

Os candidatos a prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral (PP) e Mariana Carvalho (Republicanos) se encontrarão hoje pela última vez antes da eleição de domingo, quando disputarão o 2º turno. O encontro se dará nos estúdios da TV Mirante, onde se enfrentarão no debate final da campanha. Eles debaterão sob a repercussão de dois fatos: um comício de Mariana Carvalho que reuniu o prefeito reeleito de São Luís Eduardo Braide (PSD), o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo) e o ex-senador Roberto Rocha (sem partido) – os dois últimos são pré-candidatos declarados ao Governo do Estado em 2026; e uma pesquisa do instituto Veritá que mostra Rildo Amaral com 53,6% das intenções de voto contra 41,4% de Mariana Carvalho. Pode ser que um terceiro fato, uma pesquisa Econométrica, contribua mais ainda para impactar o debate.

Informações colhidas pela Coluna sobre a disputa em Imperatriz sugerem que, mesmo considerando que eleições são às vezes caixas de surpresa, o cenário na antiga Vila do Frei é favorável ao candidato do PP. Ele tem uma base eleitoral mais sólida – saiu do 1º com 55 mil votos contra 41mil da candidata do Republicanos -, um volume de campanha de rua muito maior e um leque de apoiadores bem mais robusto, entre eles o governador Carlos Brandão (PSB), o ministro André Fufuca e o deputado federal Josivaldo JP, terceiro colocado na corrida inicial. Rildo Amaral tem também justificado a candidatura com um bom discurso de campanha, com propostas viáveis e adequadas à realidade social e econômica de Imperatriz.

A candidata do Republicanos, por sua vez, vai para o último debate embalada por muita determinação e considerada pela postura que vem mantendo, fazendo jus ao seu desempenho no 1º turno. A sua posição nas pesquisas, ainda que em segundo lugar e com a indicação de que será muito difícil reverter a tendência pró-Rildo Amaral, equivale ao apoio que tem recebido, com pouca consequência eleitoral. O prefeito Eduardo Braide é um apoio politicamente considerável, mas sem efetividade eleitoral, que é o que interessa agora. Lahesio Bonfim e Roberto Rocha pouco ou nada significam política e eleitoralmente para ela. Observadores notaram a ausência do deputado federal Aluísio Mendes, chefe estadual do Republicanos padrinho da candidatura.

Qualquer avaliação isenta do cenário da corrida para a Prefeitura de Imperatriz, a segunda maior e mais importante cidade do Maranhão, chegará à conclusão de que está em curso ali a fase final de uma disputa eleitoral decente, que reuniu três candidatos fortes, dois foram para a 2ª volta e que os ventos estão soprando fortemente para o lado do candidato Rildo Amaral, um professor de escola pública com dois mandatos de vereador, um e meio de deputado estadual e um histórico de envolvimento direto em ações comunitárias. No contrapeso, Mariana Carvalho é uma empresária conservadora, bolsonarista assumida que tomou gosto pela política, é suplente de deputado federal e disputa seu primeiro mandato municipal aspirando a Prefeitura da Princesa do Tocantins. Pelo que está visível, dificilmente ganhará a eleição, mas poderá sair das urnas cacifada para a disputa de 2026.

Pesa a favor de Rildo Amaral o fato de seus apoiadores e aliados, como governador Carlos Brandão e o ministro André Fufuca, terem condições efetiva de, caso ele seja eleito, ajuda-lo a tirar Imperatriz do buraco monumental em que foi colocada pela atual gestão. Mariana Carvalho, se eleita for, terá enormes dificuldades para colocar a casa em ordem. Além dos problemas imediatos, o futuro prefeito tem o desafio administrar cidade compreendendo que ela é polo de uma região rica e de largo futuro, que já detém um PIB de R$ de 7,5 bilhões e tem potencial para dobrar esse pilar nos próximos anos.

Em Tempo: A pesquisa Veritá ouviu 604 eleitores entre os dias 17 e 22, tem margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, nível de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-08633/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Assembleia aprova MP que reinstitui o programa Maranhão Juros Zero

Plenário da Assembleia Legislativa na votação da MP do Juro Zero

Os chamados microempreendedores individuais, que atuam por meio de MEIs – empresas de pequeno porte – ganharam ontem um incentivo e tanto: a Assembleia Legislativa aprovou Medida Provisória assinada pelo governador Carlos Brandão (PSB) e que reinstitui o programa “Maranhão Juros Zero”.

Ressuscitado em boa hora, o programa assegura, na prática, que o Governo do Estado banque os juros de empréstimos até R$ 10 mil para investimento em MEI. Com a medida, os microempreendedores individuais terão uma folga financeira a mais ao buscarem recursos para financiar suas ações. É a chamada economia solidária, principalmente em se tratando de microempresas comandadas por mulheres.

– É um grande salto que a gente dá no empreendedorismo individual aqui no Maranhão, ajudando a criar emprego e renda – avaliou o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Neto Evangelista (União Brasil), que defendeu a proposta e obteve aprovação unânime.

Hildo Rocha: duas pré-candidaturas do MDB à presidência da Famem pode ser fator de união

Hildo Rocha

O suplente de deputado federal Hildo Rocha (MDB) afirma que o fato de haver dois pré-candidatos do partido à presidência da Famem – o deputado estadual e prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa, e o prefeito reeleito de Cantanhede José Martinho – não pode ser visto como sinal de crise no MDB, uma vez que pode ser até um fator de união.

Essa é uma das afirmações que faz, à guisa de esclarecimento, em nota enviada à Coluna, que na edição de ontem considerou a possibilidade de uma divisão partidária caso as duas pré-candidaturas se mantenham. Isso porque, por uma via lógica, no momento em que declara apoio à pré-candidatura de José Martinho, o suplente de deputado federal Hildo Rocha se coloca na contramão da pré-candidatura de Roberto Costa. Não há outra leitura para esse fato.

O que diz Hildo Rocha:

1 – Eleição da Famem não é disputa partidária. Por ter dois pré-candidatos do mesmo partido não racha a sigla, muito pelo contrário, pode ser um fator de união.

2 – O resultado das eleições municipais deste ano no Maranhão elevou o MDB à categoria de maior partido no estado, pois foi a sigla campeã, aquela que ficou em primeiro lugar em número de candidatos vitoriosos, na soma de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Portanto, jamais poderia estar insatisfeito com o comando e a liderança do nosso presidente estadual, Marcus Brandão. Além disso, tenho um excelente relacionamento com ele.

3 – O deputado e prefeito eleito de Bacabal, Roberto Costa, pessoa que estimo e admiro, esteve conversando recentemente comigo sobre diversos assuntos, entre eles a eleição da Famem.

4 – Não me posicionei contra a candidatura de Roberto Costa, até porque ainda não existe sequer data para a eleição na entidade, porque as prefeitas e prefeitos vitoriosos ainda não foram diplomados.

5 A pré-candidatura do prefeito reeleito de Cantanhede para o quarto mandato, José Martinho, também tem legitimidade e as propostas dele são apropriadas para o mesmo momento em que vivemos. Além disso, ele me apoiou para deputado federal. Assim, seria incoerência e ingratidão não apoiar o desejo de José Martinho, desejo que julgo lógico e coerente.

Hildo Rocha

Em Tempo: A edição de ontem da Coluna foi postada com dois erros. Primeiro: o deputado Roberto Costa foi apresentado como “prefeito eleito de Coroatá” no parágrafo inicial e como “prefeito eleito de Bacabal” em outro trecho. O segundo: Hildo Rocha foi identificado como “deputado federal”, quando é “suplente de deputado federal”.  Por volta de 9:00 horas, seis leitores haviam alertado sobre as falhas, que foram corrigidas antes das 10:00 horas. O titular agradece.

São Luís, 24 de Outubro de 2024.

Com dois candidatos a presidente da Famem, MDB parece estar enfrentando crise interna

Roberto Costa tem o apoio do presidente Marcus Brandão
e Zé Martinho é apoiado por Hildo Rocha

O lançamento da candidatura do prefeito reeleito de Cantanhede, José Martinho, à presidência da Famem, ontem, num almoço com a participação de 49 prefeitos eleitos e reeleitos, seria um fato político absolutamente normal, que certamente contribuiria para a uma disputa mais animada. Mas um detalhe, que causa espécie na seara política, sugere outro cenário: ele é do MDB, apoiado pelo suplente de deputado federal Hildo Rocha, do MDB, fazendo contrapeso à candidatura do prefeito eleito de Bacabal, deputado estadual Roberto Costa, que é vice-presidente regional do MDB. Não há no histórico eleitoral da Famem registro de nenhum caso em que prefeitos do mesmo partido tenham disputado o comando da entidade.

Depois de um longo período de lutas internas, entre a nova e a velha geração, e destino incerto, o braço maranhense do MDB pareceu ter encontrado o caminho do equilíbrio e da condição de partido forte sob a presidência do empresário Marcus Brandão, tendo Roberto Costa como vice-presidente. As diferenças internas ainda obrigaram o MDB a ir para as urnas com duas frente, a estadual, da qual saiu fortemente turbinado com 37 prefeitos, só perdendo para a máquina azeitada do PL de Josimar de Maranhãozinho, que fez 41, e a frente ludovicense, que, sob o comando do deputado federal Cleber Verde, contrariou a orientação de apoiar a candidatura do deputado federal Duarte Jr. (PSB) e apoiou formalmente a candidatura do prefeito Eduardo Braide (PSD) à reeleição.

O fim do processo eleitoral e do alto das suas 37 e parecendo haver assimilado a dissidência no braço do partido em São Luís – que se transformou num jogo familiar do presidente Cleber Verde -, o partido deu forte demonstração de estar caminhando para um ambiente interno de unidade ao abraçar a candidatura do prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa à presidência da Famem, inclusive com o apoio declarado do governador Carlos Brandão. Só que o ato organizado pelo emedebista José Martinho com o apoio declarado de do deputado federal Hildo Rocha revelou uma baita cisão no partido.

A pergunta que fica no ar é a seguinte: por que José Martinho e Hildo Rocha partiram para o confronto com Roberto Costa e com o presidente Marcus Brandão? A indagação faz sentido, uma vez que a lógica seria o prefeito de Cantanhede apoiar a candidatura ou propor uma disputa interna para a escolha do candidato do MDB à presidência da Famem. Lançar a candidatura no dia seguinte a uma reunião no Palácio dos Leões, na qual o governador Carlos Brandão e todos os líderes da aliança partidária governista, incluindo a deputada federal Roseana Sarney, declaração apoio à candidatura do prefeito eleito de Bacabal.

O fato é que o lançamento da candidatura do prefeito José Martinho, do MDB, à presidência da Famem, com o apoio do suplente de deputado federal Hildo Rocha, do MDB, contra a candidatura do prefeito eleito de Bacabal Roberto Costa, do MDB, apoiado pelo presidente do MDB e pela principal líder do partido, a deputada federal Roseana Sarney, só pode levar a uma conclusão: o partido rachou feio. E num aspecto mais isolado, o movimento indica que o suplente de deputado federal Hildo Rocha, que não esconde sua insatisfação com os novos rumos do partido e externa, aqui e ali, o desejo de comandar a legenda, decidiu partir para o confronto interno usando a disputa pela presidência da Famem como passo inicial de um movimento mais amplo dentro da agremiação partidária.

É imprevisível a solução dessa situação que sugere a existência de uma crise interna do MDB. Tudo indica que o deputado Roberto Costa e o presidente Marcus Brandão não alterarão o roteiro por meio do qual o prefeito eleito de Bacabal deve chegar à presidência da Famem, por consenso ou na disputa direta pelos votos dos mais de 200 prefeitos filiados à entidade. E se a candidatura de José Martinho não for blefe, haverá disputa entre dois emedebistas.

Só a evolução e o desfecho dessa situação dirão se o MDB está mergulhado numa crise, qual o tamanho dela e o estrago que pode fazer na legenda, que parecia ter ganhado vida nova.

PONTO & CONTRAPONTO

Weverton Rocha tenta construir ponte para uma aliança com Brandão

Weverton Rocha se desdobrou
na campanha para salvar o PDT

O senador Weverton Rocha (PDT) tem feito alguns movimentos no sentido de abrir um canal de diálogo com o governador Carlos Brandão (PSB) com o objetivo de construir uma aliança que o leve a ser o parceiro do governador numa eventual chapa para disputar as duas vagas no Senado da República em 2026.

Os gestos fazem todo sentido para o senador. Qualquer avaliação mais cuidadosa sobre a situação do líder do que restou do PDT no Maranhão certamente concluirá que a parceria com o governador é o único meio pelo qual o senador tem alguma chance de renovar o mandato, caso ele venha a ter o apoio efetivo do presidente Lula da Silva (PT), como tem dito aos seus colaboradores mais próximos.

O problema é que na direção dessa vaga está rumando o ministro André Fufuca (Esporte), que está com a sua pré-candidatura ao Senado engatilhada e que será muitas vezes reforçada se Rildo Amaral (PP) for eleito prefeito de Imperatriz neste domingo, como as pesquisas estão indicando.

O problema do senador Weverton Rocha é que ele tem de definir essa equação o mais rapidamente possível, mas as condições políticas não estão permitindo que o martelo seja batido logo em relação ao seu futuro.

Vereadores trocam acusações no plenário da Câmara, mas sem agressões

Fátima Araújo e Aldir Jr.: embate sem agressões

Forte a discussão, ontem, na Câmara de São Luís, entre a vereadora Fátima Araújo (PCdoB), que teve mais de cinco mil votos, mas não se reelegeu, e o vereador Aldir Jr. (PL), que saiu das urnas com mais de 10 mil votos. Sem citar nome, mas dando indicações, ela o acusou de comprar votos na sua área de atuação, o complexo de pequenos bairros polarizado pelo João de Deus.

A rigor não houve discussão. Fátima Bezerra ocupou a tribuna e durante quase 15 minutos relatou os seus feitos naquela região, em relação à qual se definiu como “mãe”, acusando o vereador, sem citar o seu nome, de tê-la destratado e corrompido eleitores seus. E agradeceu os mais de dois mil votos que recebeu na sua base, “invadida” por Aldir Jr., cuja base principal é a região do Cohatrac. Disse que tem vídeos que comprovam a compra de votos, mas não os apresentou.

Em seguida, Aldir Jr. vestiu a carapuça e ocupou a tribuna para responder. Fez um discurso duro, mas sem ofensas e dentro dos limites da civilidade. Rebateu as acusações da vereadora Fátima Araújo, ironizando a autoproclamação dela como “mãe” do João de Deus e anunciando que a partir de agora aquela região terá um “pai”. E prometeu que esse “pai” fará pelo bairro “tudo o que ela fez, mas muito mais e muito melhor”.

Nada além disso.

São Luís, 23 de Outubro de 2024.

Em clima de otimismo, Brandão reúne líderes da base, avalia eleições e traça rumo para 26

Carlos Brandão (PSB) entre Edilázio Jr. (PSD), Fábio Macedo (Podemos),
Marcus Brandão (MDB), André Fufuca (PP), Pedro Lucas Fernandes
(União Brasil), Francimar Melo (PT), Adriano Sarney (PV)
e Eliel Gama (Cidadania)

Feitas as contas da divisão dos votos saídos das urnas no dia 6 de Outubro, a aliança partidária comandada pelo governador Carlos Brandão (PSB) se firma como a grande vencedora da corrida por prefeituras. Seus aliados saíram eleitos em 72% dos 217 municípios, e vão comandar 16 das 20 maiores cidades; e no campo da vereança, o exemplo mais expressivo foi que a aliança governista elegeu nada menos que 74% dos vereadores de São Luís. Esses números, que dão ao grupo governista musculatura para desenhar o projeto eleitoral para as eleições gerais de 2026, foram, comemorados ontem, em tom de celebração, pelo governador Carlos Brandão – que preside o PSB – e nove dos 13 chefes do grupo partidário em um almoço no Palácio dos Leões.

No encontro, após avaliar os números e o cenário político por eles rascunhado, o governador Carlos Brandão fez uma declaração que poderá tornar mais efetiva a aliança partidária: “Isso representa um bom alinhamento para trabalharmos juntos pelas pessoas. Vamos reforçar a gestão municipalista, que trabalha em parceria com todos, independentemente de lado político”. Foi apoiado pelos representantes do PT, MDB, PP, Podemos, PV, PCdoB, União Brasil, Cidadania, PSDB – cujo presidente, Sebastião Madeira, está engajado na campanha de Rildo Amarão em Imperatriz -, PRD – representado no Governo por Júnior Marreca, secretário de Indústria e Comércio – e a banda do PSD, representada no almoço pelo presidente estadual, ex-deputado federal Edilázio Jr..

O gesto do governador Carlos Brandão de comemorar o resultado das eleições municipais com seus aliados faz todo sentido. Primeiro porque o chefe do Governo e presidente do PSB se consolidou de vez na liderança da aliança partidária que alguns achavam fragilizada. Vitórias como as ocorridas em Timon, Caxias, Bacabal, Barreirinhas, Barra do Corda, Santa Inês e São Mateus, por exemplo, deram à aliança governista o gás necessário para mirar as urnas de 2026 com segurança. Esse leque pode ficar bem mais expressivo se Rildo Amaral (PP) sair vencedor do 2º turno da eleição em Imperatriz, a segunda maior e mais importante cidade maranhense.

Outro ponto a ser observado nesse desenho é que as eleições municipais não produziram uma liderança com poder de fogo para enfrentar essa aliança com alguma possibilidade de sucesso. Nesse contexto, três nomes podem ser citados: Eduardo Braide (PSD), Josimar de Maranhãozinho (PL) e Weverton Rocha. Único candidato do PSD bem-sucedido na disputa, o prefeito de São Luís se reelegeu com muita folga e pode tentar um voo mais alto em 2026. O chefe estadual do PL enfrenta uma guerra com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que quer expurga-lo e entregar o partido a aliados seus no estado. E o senador, chefe do PDT, viu sua base de apoio diminuir com o emagrecimento eleitoral do partido no dia 6 de outubro, e não parece cacifado para enfrentar uma majoritária na oposição.

A única rusga dentro da aliança governista é o afastamento político do grupo identificado como dinista, sendo uma parte do PSB e outra do PCdoB. Mas, passada borrasca eleitoral, há sinais de uma tendência no sentido de uma grande conciliação no grupo, inclusive com a possibilidade de um realinhamento partidário. Isso em nada abala o comando governador Carlos Brandão, que vem comandando o processo com equilíbrio dentro do grupo, com o apoio de prefeitos e deputados estaduais.

O almoço de ontem, mais do que uma simples comemoração, pode ser visto como o primeiro movimento no sentido de manter a base unida e consolidada para as eleições de 2026. Isso porque, por mais que os líderes políticos tentem desconversar dizendo que “ainda é cedo”, o fato concreto é que as montagens para as eleições de daqui a dois anos já estão sendo arquitetadas a todo vapor nas entranhas partidárias.

PONTO & CONTRAPONTO

Governador pede a líderes da base apoio a consenso por Roberto Costa na Famem

Roberto Costa (quarto da esquerda para a direita) recebe o apoio de líderes
partidários da aliança governista para ser presidente da Famem

O deputado estadual Roberto Costa (MDB), prefeito eleito de Bacabal, foi confirmado ontem candidato da base governista à presidência da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem). A confirmação foi feita pelo governador Carlos Brandão durante o almoço com líderes partidários no Palácio dos Leões.

A se referir à eleição para o comando da Famem, o governador selou o seu compromisso com a candidatura do prefeito eleito de Bacabal, e pediu e obteve o apoio dos líderes partidários – e de aliados mais próximos, como a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), que reafirmou o seu alinhamento ao movimento em favor do parlamentar emedebista.

Na conversa com líderes partidários, Carlos Brandão pediu o apoio deles e recomendou que conversem com prefeitos eleitos e reeleitos por seus partidos no sentido de que trabalhem pelo consenso na eleição da Famem.

Roberto Costa vem recebendo manifestações de apoio de prefeitos de todos as regiões, a começar pelos eleitos e reeleitos pelo MDB, o seu partido, que estão fechados com a sua candidatura. Também os prefeitos do PSB e do PP já teriam manifestado engajamento no projeto do prefeito eleito de Bacabal.

Na avaliação do Palácio dos Leões, se a eleição fosse agora, Roberto Costa seria eleito com boa vantagem. A eleição está agendada para janeiro, e como a Famem é uma entidade corporativa, a diretoria ganha mais poder de fogo se a eleição se dê por consenso.

Câmara de São Luís: Paulo Victor já tem 25 votos e busca os seis restantes para obter o consenso

Paulo Victor
busca consenso

Se a eleição para o comando da Câmara Municipal de São Luís acontecesse ainda em outubro, o atual presidente, vereador reeleito Paulo Victor (PSB), seria eleito com 25 dos 31 votos da Casa. O 25º voto foi assegurado ontem, com a declaração de apoio do vereador eleito Fábio Macedo Filho (Podemos), herdeiro do presidente do partido no estado, deputado federal Fábio Macedo.

Além do seu próprio voto, já lhe haviam declarado apoio os vereadores eleitos e reeleitos Edson Gaguinho (PP), Beto Castro (Avante), Marlon Botão (PSB), Andrey Monteiro (PV), Astro de Ogum (PCdoB), Thiago Feitas (PRD), Romeo Amin (PRD), Concita Pinto (PSB), Daniel Oliveira (PSD), Rosana da Saúde (Republicanos), Coletivo Nós (PT), Marcelo Poeta (PSB), Nato Júnior (PSB), Octávio Soeiro (PSB), Dr. Joel (PSD), Clara Gomes (PSD), Marcos Castro (PSD), Raimundo Penha (PDT), André Campos (PP), Antônio Garcez (PP), Thayanne Evangelista (União Brasil), Raimundo Júnior (Podemos) e Wendel Martins (Podemos).

Não lhe declararam voto os vereadores eleitos Douglas Pinto (PSD), Marquinhos (União), Aldir Jr. (PL), Cléber Verde Filho (MDB), Flávia Berthier (PL) e Professora Magnólia (Republicanos).

Há um esforço político para que o presidente Paulo Victor seja eleito para o novo mandato – que inicia a nova legislatura – por aclamação, como aconteceu em 2021. Até o momento, a informação corrente é a de que os seis vereadores podem lhe declarar apoio, mas há quem diga eles querem continuar independentes.

Mas em política o tempo conta, e até o dia 2 fevereiro de 2025 tudo pode acontecer.

São Luís, 22 de Outubro de 2024.

Com Rildo Amaral favorito, eleição em Imperatriz ganha peso de decisão política estadual

Rildo Amaral tem larga vantagem à frente de Mariana
Carvalho na corrida pelo comando de Imperatriz

Ao mesmo tempo em que resultou em fracasso retumbante a tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de dar ao pleito tocantino um caráter nacional, a eleição para a Prefeitura de Imperatriz, que será decidida em 2º turno entre o deputado estadual Rildo Amaral (PP), que tem 55,5% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto Econométrica, divulgada ontem, e a suplente de deputado federal Mariana Carvalho (Republicanos), que aparece com 37,2%, caminha para a eleição do parlamentar. Essa tendência, nítida, é reforçada, segundo a Econométrica, com o fato de que 61,4% acreditam na vitória de Rildo Amaral e só 28,1% apostam na eleição de Mariana Carvalho.

O pleito na Princesa do Tocantins ganhou a dimensão de uma disputa de grande importância na seara estadual, isso porque, além de ser a segunda maior e mais importante cidade do Maranhão, conta com quase 275 mil habitantes, entre os quais mais de 200 mil eleitores, motivados por um PIB de R$ 7,5 bilhões/ano. E, no caso, reúne, além da sombra do ex-presidente, a presença forte do governador Carlos Brandão (PSB), do ministro do Esporte André Fufuca (PP), do ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB), e agora a entrada do prefeito reeleito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que declarou apoio à candidata do Republicanos, além, claro, do deputado federal Josivaldo JP (PSD), que apoia Rildo Amaral, outros deputados federais e estaduais com ligação com a antiga Vila do Frei.

Observada pelo viés político, a eleição para o comando de Imperatriz leva a duas conclusões muito claras e com muitos desdobramentos imediatos e futuros. Se Rildo Amaral sair vencedor como aponta a pesquisa Econométrica, o governador Carlos Brandão ampliará ainda mais o lastro da base política que lhe deu a posição de grande vencedor do pleito municipal, com poder de fogo para decidir os destinos da aliança em 2026. No mesmo patamar, a eleição do candidato do PP reforçará o cacife do ministro do Esporte André Fufuca na corrida por uma das vagas no Senado em 2026, ou, se preferir, renovar o seu mandado na Câmara Federal.

Sob o comando de Rildo Amaral, Imperatriz deixará de ser apenas um grande importante município com um prefeito politicamente sem prestígio, como é o caso do atual, Assis Ramos, para se tornar um grande centro de efervescência política. Nas disputas eleitorais estará também o deputado federal Josivaldo JP (PSD), que foi o terceiro colocado e declarou apoio a Rildo Amaral.

Se o eleito for Mariana Carvalho, o político com maior poder de fogo na sua gestão será o deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos), o seu padrinho partidário e principal articulador. Sob um eventual governo da candidata do Republicanos, Imperatriz certamente passará a ser um empório bolsonarista, com influência direta do ex-presidente, que lá esteve no 1º turno para lhe declarar apoio, e só não voltou no 2º turno por conta de problemas que ele próprio criou com suas declarações destemperadas, agressivas e inúteis contra o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) e, indiretamente, o povo maranhense. Esse time ganha corpo agora com a tomada de posição do prefeito Eduardo Braide.

Rildo Amaral e Mariana Carvalho sabem o alcance e os limites do prefeito de Imperatriz. Se for ele o prefeito eleito, assumirá com a faca na mão e o queijo ao seu alcance, podendo colocar a cidade nos trilhos com o apoio do governador Carlos Brandão, do ministro André Fufuca e do presidente Lula da Silva (PT), cujo principal porta-voz no estado, o vice-governador Felipe Camarão (PT), já lhe declarou apoio incondicional. No caso da eleição de Mariana Carvalho, o seu acesso aos recursos do Estado e da União será bem mais complicado, exatamente pelo fato de ter mantido até aqui um discurso de hostilidade tanto em relação ao Palácio dos Leões quanto ao Palácio do Planalto. Terá de recorrer a outras fontes para deslanchar.

Tudo isso no mesmo tabuleiro confirma o forte viés político da sucessão em Imperatriz. Esse ambiente ganhou tintas mais fortes na noite de sábado, quando, ao participar de um comício de Rildo Amaral, o governador Carlos Brandão, colinense ranheta que reside em São Luís, manifestou vontade de morar em Imperatriz.

Em Tempo: A pesquisa Econométrica ouviu 950 eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro, tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95% e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-06223/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Roberto Costa caminha para se tornar presidente da Famem

Roberto Costa: deve ser
eleito presidente da Famem

O deputado Roberto Costa (MDB), que saiu das urnas de Bacabal com estatura política reforçada, caminha para uma segunda conquista política de peso: a presidência da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem). Vários prefeitos que haviam se lançado candidatos, como Miltinho Aragão (PSB), de São Mateus, por exemplo, abriram mão do projeto para lhe declarar apoio, ao mesmo tempo em que outros, como Dulcilene Belezinha (PL), de Chapadinha, e André da Ralpnet (Podemos), de Pinheiro, se lançaram e não há notícia de que retiraram suas candidaturas, deixando no ar a hipótese de que haverá disputa na eleição a ser realizada em janeiro.

Roberto Costa começa sua caminhada em direção à presidência da Famem com o aval do governador Carlos Brandão (PSB) e da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB) e com declarações de apoio também do deputado Rafael Brito (PSB), prefeito eleito de Timon, o que lhe dá gás suficiente para seguir em frente, inclusive com a possibilidade de um grande acordo pelo qual possa se tornar candidato único e ser eleito por aclamação.

A Famem, que congrega mais de 200 dos 217 municípios maranhenses, tem por razão de ser assistir aos prefeitos em diversos aspectos, como orientação sobre equilíbrio fiscal, suporte jurídico em caso, acompanhamento de pleitos de prefeituras nas searas estatual e federal, assistência a municípios em caso de tragédias naturais problemas de saúde – como enchentes e epidemias, por exemplo -, além da defesa dos interesses municipais na Confederação dos Municípios do Brasil. Essa natureza corporativa vem dando à entidade importância maior a cada ano. E mais do que isso, tem dado à Famem peso político que só aumenta a cada mandato.

Político integral, com a consciência de que a política só prevalece se a sociedade for contemplada, o deputado e futuro prefeito Roberto Costa, se eleito for, naturalmente comandará a entidade com esses dois vieses: dando prioridade ao viés corporativo, reforçando a defesa dos interesses municipais, mas também de olho dos reflexos políticos dessa atuação.

Forjado no movimento estudantil e na militância diuturna nas fileiras do MDB, e aprendendo com a experiência do ex-governador João Alberto e do ex-presidente José Sarney, o prefeito eleito tem tudo para se eleger presidente e dar à Famem o impulso que ela está precisando.

Maranhãozinho não quer briga com Bolsonaro nem teme expulsão do PL

Josimar de Maranhãozinho não quer briga,
mas também não teme confronto com Bolsonaro

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho tem dito que não pretende alimentar a polêmica com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que quer expulsá-lo do PL, atacando-o com adjetivos violentos.

O motivo principal da investida de Jair Bolsonaro nada tem a ver com as acusações de corrupção feitas ao chefe maior do PL no Maranhão, que já haviam ocorrido quando ele era Presidente da República e sempre recebia Josimar de Maranhãozinho e seu grupo de braços abetos e sorriso largo no Palácio do Planalto.

A chateação, que está virando ódio, se deve ao fato de Josimar de Maranhãozinho, Detinha, Pastor Gildenemir e Júnior Lourenço não terem embarcado na campanha do ex-presidente para arrastar o PL e as forças conservadoras do Congresso Nacional a apoiar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Segundo uma fonte próxima do chefe estadual do PL, Josimar de Maranhãozinho não vê sentido no pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, e não vai embarcar na marola que Jair Bolsonaro e a turma da direita radical, que, na avaliação de deputados e senadores, vai morrer no protocolo do Senado Federal.

Quanto à permanência no PL, Josimar de Maranhãozinho tem a seu favor um histórico de mais de duas décadas de vitórias maiúscula, que começou no antigo PR e deu ao PL uma dimensão estadual que ele dificilmente teria com outro político.

Mas se quiserem expulsá-lo, tudo bem, mas sabendo que sua saída significará que o PL correrá o risco de desaparecer no Maranhão, assuma quem vier a assumir a sua direção no estado.

São Luís, 20 de Outubro de 2024.

André Fufuca e Juscelino Filho se dão bem nas urnas, mantêm ministérios e estão cacifados para 2026

André Fufuca e Juscelino Rezende: bons
resultados eleitorais e cacifes reforçados

O resultado das eleições municipais fortaleceu os deputados federais André Fufuca (PP), atual ministro do Esporte, e Juscelino Filho (União Brasil), atual titular da pasta das Comunicações. O primeiro, que comanda o PP no estado, viu seu partido sair das urnas com 29 prefeitos e uma pequena legião de vereadores, enquanto o partido do segundo emplacou 26 mandatários municipais, juntamente com sua legião de vereadores. André Fufuca pode ter seu cacife aumentado no dia 27, caso o candidato do seu partido, Rildo Amaral, seja eleito prefeito de Imperatriz. Ambos fazem parte da base de apoio do governador Carlos Brandão (PSB), e o cacife de cada um se reflete naturalmente nas suas posições dentro dos seus partidos no plano nacional, dando-lhes força política para continuarem despachando na Esplanada dos Ministérios.

O desempenho do PP nestas eleições consolidou a posição política do ministro André Fufuca, que é uma das vozes mais importantes do partido no plano nacional. Esse reforço lhe assegura o aval do partido para permanecer no Ministério do Esporte, dando sequência a uma gestão que vem agradando o Palácio do Planalto, conforme declarações do próprio presidente Lula da Silva (PT). Em relação ao seu partido, o parlamentar permanece como uma das figuras de proa da legenda – lembrando que, ao ser indicado para ser ministro do Esporte, ele era o líder da bancada do PP na Câmara Federal, um posto com elevado poder de fogo político.

Independentemente do resultado da eleição em Imperatriz, André Fufuca obteve nas urnas municipais o credenciamento para o seu projeto mais arrojado: ser candidato a senador em 2026. Ele já confirmou o projeto e agora trabalha a sua viabilidade. Do ponto de vista partidário, é quase certo que a cúpula do PP lhe dará aval e os meios para bancar a empreitada. O aval inicial de 29 prefeitos (pode ser 30) e uma eventual aliança que o leve a formar chapa com o governador Carlos Brandão lhe dão o gás necessário para alimentar o seu projeto. Nesse sentido, nada existe de finitivo, mas também nada existe que possa inviabilizar o propósito político do ministro.

Ao sair das urnas com 26 prefeitos, o braço maranhense do União Brasil fortaleceu expressivamente o ministro Juscelino Filho. A começar pelo fato de que ele venceu, com larga vantagem, a disputa familiar pelo controle político de Vitorino Freire, sua principal base, derrotando o seu tio Stênio Rezende ao eleger o seu candidato à sucessão da sua irmã, Luana Rezende (UB). Nome forte dentro da legenda na Câmara Federal e no plano nacional, já tendo sido escalado para diversas tarefas de peso, o deputado Juscelino Filho chegou ao Ministério das Comunicações por escolha e indicação do seu partido, uma demonstração de força e prestígio na legenda.

Mesmo enfrentando uma bateria de denúncias de desvios de recursos de emendas por ele enviados para Vitorino Freira, que ganharam repercussão nacional e o colocaram em situação complicada, Juscelino Filho resistiu, convenceu o presidente Lula da Silva de que estava sendo injustiçado, e se manteve firme no cargo. E ganhou fôlego para, juntamente com o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, atual presidente do União Brasil no Maranhão, tendo conduzido o partido a um desempenho robusto nas eleições municipais, elegendo 26 prefeitos e dezenas de vereadores. Saiu, portanto, credenciado a manter sua posição política e a pleitear a renovação do mandato.

A julgar pelo andar da carruagem, os dois deputados maranhenses permanecem firmes nos seus cargos ministeriais. Primeiro porque têm o aval dos seus partidos, e depois porque, segundo a avaliação do Palácio do Planalto, estão fazendo a parte que lhes cabe no comando das pastas. E o cacife eleitoral que cada um reuniu nas eleições municipais os credencia, no mínimo, a concorrer à reeleição para a Câmara Federal.

PONTO & CONTRAPONTO

Bolsonaro acusa o golpe das suas declarações agressivas e é alfinetado pelo PL maranhense

Jair Bolsonaro disparou contra Josimar de Maranhãozinho e quase atingiu Mariana Carvalho

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sentiu a reação às suas declarações destemperadas contra o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que comanda o PL no Maranhão, tendo também agredido os maranhenses ao indagar se no estado não tem gente honesta. Suas declarações repercutiram mal em todo o estado, mas o impacto negativo mais forte se deu em Imperatriz, à medida que colocou a candidata do Republicanos, Mariana Carvalho, numa situação delicada, uma vez que ela recebera o apoio do comando estadual do PL.

A prova cabal de que o ex-presidente sentiu o autogolpe ficou evidenciada no vídeo que ele gravou reafirmando o apoio a Mariana Carvalho, mas quase que admitindo que pisou na bola ao falar demais. Com o vídeo, Jair Bolsonaro praticamente encerrou sua participação no segundo turno da eleição em Imperatriz, onde esteve na campanha do 1º turno e havia prometido voltar na corrida do 2º turno, mas a julgar pelo teor da declaração, não mais irá.

Além do mais, o ex-presidente teve de encarar uma nota dura, sem ser agressiva, do presidente do PL maranhense, Hélio Soares, em defesa do líder maior do partido no estado, Josimar de Maranhãozinho. Na nota, ele sai em defesa dos deputados Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gildenemir, e dispara:

“Os referidos parlamentares não são condenados em nenhum processo judicial, estando ambos em pleno gozo de seus direitos políticos, dentre os quais se inclui a elegibilidade para qualquer cargo eletivo na República Federativa do Brasil”.

A ironia ferina da declaração está no fato de que, ao contrário de Josimar de Maranhãozinho, o ex-presidente da República foi condenado e não pode ser candidato nem a vereador até 2030.

Podemos somou seus ganhos e se deu conta de que vai governar para 430 mil eleitores

Fábio Macedo: dois grandes municípios

É verdade que o braço maranhense do Podemos elegeu apenas dois vereadores. Mesmo assim, o presidente regional do partido, deputado federal Fábio Macedo, não tem muito do que reclamar. E a explicação é a seguinte: o partido elegeu os prefeitos de São José de Ribamar, Júlio Matos, e Pinheiro, André da RalpNet.

Segundo maior município da Ilha de Upaon Açu, São José de Ribamar é a quinta maior unidade municipal do Maranhão, com 245 mil habitantes. Por sua vez, Pinheiro está entre os 15 maiores municípios maranhenses, com população de 84 mil habitantes, ostentando a condição de cidade-polo da Baixada Ocidental.

Em resumo: com apenas dois prefeitos eleitos, o Podemos alcançou uma população de 430 mil maranhenses.

São Luís, 19 de Outubro de 2024.

Imperatriz: declarações de Bolsonaro afeta campanha de Mariana; Rildo fortalece base política

Rildo Amaral tem mostrado um projeto mais
consistente do que o de Mariana Carvalho
para administrar Imperatriz

A nove dias da eleição, a briga interna pelo controle do PL, que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro a cometer um descontrole verbal num ataque violento ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho e seu grupo, que controlam o partido no Maranhão, tem reflexos na disputa do 2º turno para a Prefeitura de Imperatriz.  Ele os taxou de “corruptos” e “marginais” e numa resposta ao presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto, e escorregou feio ao indagar se não existe honestos no estado. A ofensa indireta aos maranhenses impactou fortemente a campanha da candidata bolsonarista Mariana Carvalho (Republicanos). É que o ataque de Jair Bolsonaro a Josimar de Maranhãozinho se deu pouco depois de o chefe do PL no estado haver declarado seu apoio à candidata do Republicanos, levando chefes bolsonaristas a aconselharem Jair Bolsonaro a não mais participar da campanha da sua candidata em Imperatriz, onde pretendia passar três dias.

O mal-estar causado pelo destempero verbal do ex-presidente da República, além de fragilizar a candidatura de Mariana Carvalho, embalou indiretamente a candidatura de Rildo Amaral (PP), ampliando o favoritismo demonstrado no resultado do 1º turno, quando ele foi o mais votado. Mariana Carvalho e seus estrategistas tentaram nacionalizar a eleição em Imperatriz por intermédio de Jair Bolsonaro. Mas o projeto fracassou ao longo da campanha, na qual o candidato do PP focou Imperatriz e seus problemas, numa demonstração de que está mais antenado com esse cenário do que a candidata bolsonarista, que tem um discurso genérico e ideológico, pregando os postulados da direita radical. Todas as avaliações ouvidas pela Coluna afirmaram que Rildo Amaral foi muito melhor no debate da TV Mirante, realizado nesta semana.

A candidata do Republicanos perde consistência política, principalmente com a possibilidade de Jair Bolsonaro não passar os “três dias” em Imperatriz, como prometera. Além disso, o seu discurso tem o viés bolsonarista, atacando fortemente o Governo do Estado e, mais ainda, o Governo Federal, o que significa dizer que, se eleita for, não terá como bater às portas do Palácio dos Leões e do Palácio do Planalto. Rildo Amaral, por sua vez, amplia o seu suporte político, que começou com a atuação intensa do seu padrinho, o ministro do Esporte André Fufuca (PP), e tendo como apoiador o ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Em seguida, ganhou o apoio do terceiro colocado na disputa, o deputado federal Josivaldo JP (PSD), e recebeu o aval do PT por meio do vice-governador Felipe Camarão (PT). E agora ganha o respaldo efetivo do governador Carlos Brandão, que ficou afastado no 1º turno, por uma questão de coerência, mas abraçou a sua candidatura e deve passar dois dias em Imperatriz neste final de semana.

No campo político e no das possibilidades relacionadas com o futuro administrativo de Imperatriz, ciente de que, se eleito for, vai enfrentar desafios gigantescos por conta do desastre que foi o segundo mandato do prefeito Assis Ramos, o candidato Rildo Amaral tem à sua frente um horizonte largo. Ele integra a base de apoio do governador Carlos Brandão, com quem, se eleito for, poderá fazer parcerias importantes, e com o Governo Federal, podendo ter acesso a recursos e programas decisivos para o futuro da segunda maior e mais importante cidade do Maranhão. Com o acréscimo de que o ministro André Fufuca será um parceiro importante na Esplanada dos Ministérios.

No contexto das possibilidades todos os exames e avaliações indicam que, com o rombo que será deixado pelo atual chefe do Executivo, a pergunta que está sendo feita é a seguinte: se eleita for, onde Mariana Carvalho buscará parcerias para viabilizar seus projetos? Nem ela nem seus aliados responderam objetivamente a essa indagação, que é crucial para o futuro de uma cidade que tem desafios a serem vencidos nas áreas mais sensíveis, como saúde, educação, mobilidade, infraestrutura, saneamento, e por aí vai…

PONTO & CONTRAPONTO

Prefeitos derrotados preparam máquinas para passar aos sucessores

Dinair Veloso, Luciano Genésio e Éric Silva
estão “arrumando a casa” para entregar
a adversários vitoriosos nas urnas

Prefeitos que não se reelegeram ou que viram seus candidatos derrotados correm agora para “arrumar” a casa para passar o bastão e os problemas dando a impressão de que tudo vai bem na máquina municipal. É o caso de três prefeitos de cidades importantes: Dinair Veloso (PDT), de Timon, que perdeu a eleição para o deputado Rafael Brito (PSB), Éric Silva, de Balsas, cujo candidato, Celso Henrique (PP), foi derrotado por Alan da Marissol (PRD), e Luciano Genésio (PP), que viu seu pretenso sucessor, Kaio Hortegal (PP), derrotado por André da Ralpnet (Podemos).

Em Timon, a máquina administrativa municipal está sendo sacudida por uma série de medidas destinadas a conter gastos, colocar espaços para funcionar e ajustar a contabilidade, para que haja algum equilíbrio entre receita e despesa, além do que for possível deixar em caixa para o novo mandatário. O prefeito eleito Rafael Brito certamente passará um pente fino na estrutura da Prefeitura, para saber como vai começar a trabalhar.

Em Pinheiro, o prefeito Luciano Genésio estaria com dificuldades para fechar as contas para passar a chave do cofre para o seu sucessor, André da Ralpnet. Depois de uma campanha acirrada, durante a qual o prefeito Luciano Genésio jogou pesado para eleger seu sucessor, o que se diz nos bastidores é que o novo prefeito estaria determinado a fazer um levantamento minucioso, para saber o que tem para começar, e para cobrar explicações, se for o caso.

E finalmente Balsas, onde o prefeito Éric Silva encerra dois mandatos apontados como bem-sucedidos, mas com a preocupação de passar ao sucessor uma máquina funcionando normalmente. Sua providência para isso foi baixar um decreto no qual detalha um amplo pacote de dicas de contenção e organização, que vão do corte de cafezinho ao uso de água e energia elétrica.

É isso aí.

Eliziane se prepara para retomar campanha para a presidência do Senado

Eliziane Gama vai retomar atividades no Senado

Depois de um período de absoluta discrição como secretária do Governo Brandão, a senadora Eliziane Gama (PSD) se prepara para retomar seu mandato em Brasília. Ao retornar ao jogo pesado da política no Congresso Nacional, que nesse momento está mais agitado ainda com a corrida pelo comando das duas Casas, a senadora maranhense avisa que retomará sua campanha à presidência do Senado, já contando com o apoio de parte da bancada feminina, da qual é uma das principais articuladoras. Ele enfrentará o peso pesado Davi Alcolumbre (União Brasil), candidato favorito, que já contaria com os votos do maranhense Ana Paula Lobato e Weverton Rocha, ambos do PDT. Não se vislumbra a possibilidade de vitória de Eliziane Gama, mas com certeza ela sairá da disputa politicamente mais forte, podendo fazer parte da Mesa Diretora. Eliziane Gama precisa se manter em evidência. Afinal, a sua corrida à reeleição está próxima da largada.

São Luís, 18 de Outubro de 2024.