Nas especulações e avaliações que procuram antecipar como será montado o tabuleiro das alianças para as eleições do ano que vem no Maranhão, o PSDB vai se impondo como o partido que poderá ditar o rumo dos acordos que serão articulados pelo governador Flávio Dino (PCdoB), pelo candidato que sairá do Grupo Sarney e até mesmo por outros candidatos ao Governo do Estado. Não porque seja um partido com muito poder de fogo no concerto partidário maranhense – só conta com o vice-governador, um deputado estadual, 29 prefeitos, alguns vices e uma penca não muito expressiva de vereadores -, mas como a agremiação que, dependendo de quem a comandará no estado a partir de março, ditará o rumo das alianças que se formarão em torno do governador Flávio Dino (PCdoB), provavelmente da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), e, numa hipótese ainda remota, do senador Roberto Rocha (PSB). No momento, o comando do ninho dos tucanos no estado está sendo disputado pelo atual presidente, o vice-governador Carlos Brandão, pelo ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, e – especula-se – pelo senador Roberto Rocha. A escolha a ser feita pela cúpula nacional do tucanato pode desenhar três cenários, todos relacionados com a disputa pela Presidência da República.
Cenário 1 – Se ficar com o vice-governador Carlos Brandão, o que nesse momento é rigorosamente improvável, o PSDB será mantido na área de influência do Palácio dos Leões e declarará apoio à candidatura do governador Flávio Dino à reeleição, ainda que a princípio isso contrarie a posição do partido no âmbito nacional, que é radicalmente contra qualquer projeto eleitoral da esquerda. Esse apoio, é claro, estará condicionado à confirmação de Brandão como candidato a vice em 2018. De acordo com um tucano experiente, se o PSDB tiver candidato a presidente da República com alguma viabilidade, pelo menos 90% dos atuais prefeitos tucanos remarão contra a direção estadual. Ou seja, mesmo com a eventual permanência do vice-governador Carlos Brandão na direção, o PSDB dificilmente seguirá o governador Flávio Dino na corrida às urnas.
Cenário 2 – Na hipótese de a chefia nacional do partido optar por entregá-lo ao ex-prefeito Sebastião Madeira (Imperatriz), a orientação será radicalmente oposta. Na presidência, Madeira em pouco tempo colocará o partido em rota de colisão com o Palácio dos Leões, primeiro lançando-se como candidato ao Senado ou a deputado federal, mas erguendo a bandeira de Luis Fernando Silva, atual prefeito de São José de Ribamar, como candidato a governador, “mesmo à revelia dele”. Madeira não cultiva um discurso hostil em relação ao governador Flávio Dino, mas não vê como o PSDB possa se aliar ao PCdoB no Maranhão quando o projeto nacional do partido é se aliar ao PMDB contra o PT e todos os partidos de esquerda, com exceção do PPS, de quem é aliado. O projeto de Madeira é lançar chapa própria ao Governo e às vagas de senador, também com o objetivo de “levar o nosso candidato a presidente a todos os municípios maranhenses”.
Cenário 3 – Nesse cenário, que todos veem com o mais improvável, o PSDB será entregue ao senador Roberto Rocha, que já o presidiu no Maranhão. Não há qualquer dúvida de que colocará o ninho dos tucanos na linha de ação do partido na guerra pelo comando do país. Tendo o controle, Roberto Rocha terá dois caminhos no Maranhão: se lançar candidato a governador, tendo Sebastião Madeira como candidato a senador, levantando a bandeira do candidato presidencial se ele for do PSDB; ou levará o partido a uma aliança com o PMDB maranhense, provavelmente tendo a pemedebista Roseana Sarney como candidata ao Palácio dos Leões. No comando do PSDB, Roberto Rocha terá mais condições de se credenciar para disputar a Prefeitura de São Luís em 2020 ou o Governo do Estado em 2022, projetos que se consolidarão se os tucanos chegarem ao poder em 2018, seja elegendo o sucessor do presidente Michel Temer.
Não existem outros caminhos para o PSDB do Maranhão na montagem do cenário das alianças partidárias para as eleições do ano que vem. E a importância da agremiação tucana nessa grande equação decorre exatamente de dois fatos: é força de proa no cenário nacional, e será a primeira a se posicionar com clareza a partir da definição do seu comando.
PONTO & CONTRAPONTO
Humberto Coutinho: candidaturas ao Senado e a vice-governador à revelia, derrota ao câncer e liderança política intacta
Muito se tem especulado sobre o futuro político do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT). Primeiro ele foi lançado candidato a senador, projeto que não confirmou nem negou, mas que circulou com clara boa vontade do Palácio dos Leões. O projeto, no entanto, rascunhado à sua revelia, foi travado por causa da sua luta contra um câncer no intestino. Passadas as festas de final de ano, o recesso de janeiro e o carnaval, Humberto Coutinho foi colocado, também à sua revelia, no topo de uma lista de nomes com cacife para ser o companheiro de chapa do governador Flávio Dino na sua corrida à reeleição – a lista inclui também o prefeito de Tuntum e presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha (PSB), maior aliado político do presidente do Poder Legislativo.
Nesse contexto, o presidente da Assembleia Legislativa retornará à animada rotina de sessões, articulações e conversas carregando algumas verdades que devem ser registradas:
A primeira: é verdade que depois de muita luta e desgaste físico, o câncer que minava a vida de Humberto Coutinho foi dominado e mandado para o espaço. Mas o tratamento, feito à base de medicamentos pesados e que maltratam, imponha ao paciente efeitos colaterais cruéis. Além disso, o presidente sofreu forte abalo emocional causado pela morte do irmão mais velho, Antonio Augusto Coutinho, vitimado pela mesma doença. A Coluna ouviu de um especialista que de câncer Humberto Coutinho não morre, e como ele não tem outra ameaça desse naipe à saúde, sua recuperação plena é só uma questão de tempo.
A segunda: o desfecho desfavorável da disputa pela Prefeitura de Caxias, com a derrota do prefeito Leonardo Coutinho, causou danos consideráveis na sua base de apoio na Princesa do Sertão. Mas, passados cinco meses da eleição e dois da troca de comando no município, todas as avaliações têm concluído que a imagem pessoal e o cacife político de Humberto Coutinho permanecem praticamente intacta, respeitado como um cidadão e como um líder político forte na sua base.
A terceira: as limitações de saúde não impediram Humberto Coutinho de continuar como um dos políticos mais influentes do Maranhão atual, começando por ser o mais próximo e confiável interlocutor do governador Flávio Dino. Mantém sem rasuras sua liderança e influência na Assembleia Legislativa, onde atua como presidente, líder, conselheiro e ponte entre o parlamento e o Executivo, dispensando tratamento isonômico a todos os deputados, independente da cor política de cada um.
A quarta: político que tem os pés fincados no chão e se move pelo bom senso e pela lógica e sem malabarismo, Humberto Coutinho se move com a cautela e a segurança, avaliando com cuidado cada um dos seus passos. Se resolvesse, seria candidato ao Senado, mas o faria seguindo as regras da política. Se decidisse ser o companheiro de chapa de Flávio Dino, dificilmente teria adversário, mas sabe que vice é espaço de negociação e certamente não criará limitações ao governador.
A quinta: seja qual for o mandato que pleitear, Humberto Coutinho dificilmente sairá das urnas sem os votos necessários para exercê-lo.
Mesmo sendo vistas com restrições por alguns – e são poucos, diga-se -, essas verdades podem até ser discutidas na superfície, mas são absolutas em sua essência.
São Luís, 02 de Março de 2017.
PSDB: os em cima-do-muro. Medrosos do PT. Apanham direto em publicidade e narrativa versus PT. rsssssss.
O PRIMORDIAL:
A educação (e a ARTE), como desejava Cristovam Buarque ainda no ínicio desse século com um projeto fabuloso, abortado pelo populista Lula em seu 1º governo, tinha que ter sido PRIORIDADE. Não foi. Eis aí o PeTê.
Sim, é hora de se livrar dos trastes. Mas também dos TRASTES DE suposta ESQUERDA.
E quanto as questões políticas atuais no Brasil, discutidas, só sei que o primordial é o seguinte:
o LULOPETRALHISMO (muitas vezes “esquecido” de crítica dos blogs…):
Lula é um perigo para a volta à normalidade, Lula é o atraso e o prejuízo. Retrógrado, nivelando tudo por baixo. Um homem mentiroso VIGARISTA, PeTralha e Picareta.
Lula é incompetente, e foi incompetente quando apostou naquela mulher ignorante em ECONOMIA cujo nome é Dilma Rousseff.
O PT tem orgulho de se dizer de esquerda (sentindo com essa identificação pessoal uma vaidade de se “acharem”). Mas PT é pseudo-esquerda, certamente. Hipocrisia publicitária e pura propaganda.
O PT (sobretudo o Lulismo) já está fazendo Campanha (infiltrado nos blocos de Carnaval, disfarçado).