Mais de 28 mil votam hoje para escolher o novo reitor da UFMA

Fernando Carvalho, Luciano Façanha, Isabel Ibarra
e Wener Miranda: candidatos a reitor da UFMA

Um exército de 28.222 eleitores (1.920 professores, 1.576 servidores e 24.726 estudantes), espalhados em 12 centros, sendo quatro em São Luís e oito no interior, vão escolher hoje, por meio de votação eletrônica e remota, o reitor e o vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O processo eleitoral será iniciado impreterivelmente às 8 horas e encerrado às 22 horas. Os eleitores poderão votar de qualquer lugar do planeta por celular, tablete, notebook, etc., sem risco de fraude ou distorções. O resultado será anunciado minutos depois do encerramento da votação. São candidatos a reitor os professores Fernando Carvalho, Luciano Façanha, Isabel Ibarra e Wener Miranda. Os três mais votados para reitor e para vice-reitor integrarão listas tríplices das quais sairão o futuro dirigente da UFMA e seu substituto legal.

– Vamos realizar uma eleição extraordinária, por um sistema moderno, seguro, transparente e auditável, já usado em metade das universidades brasileiras, com sucesso e sem problemas, expressando a vontade de eleitores – declarou ontem o reitor Natalino Salgado, o grande comandante do processo, para quem o resultado da eleição, a ser anunciado antes da meia-noite, traduzirá fielmente as escolhas da comunidade universitária. O acompanhamento será feito pela Polícia Federal, que fica com a chave de acesso ao sistema durante a votação e a apuração.

Inicialmente marcada para o dia 14, tendo sido suspensa por decisão judicial, a eleição foi confirmada para esta sexta-feira (21) depois que o Reitoria contestou a ação que suspendeu parcialmente o processo eleitoral, sob a alegação de que a votação eletrônica e remota contrariaria a natureza do processo de escolha da comunidade universitária. A demonstração da segurança e da eficiência do sistema eleitoral, já usado com sucesso em dezenas de universidades, inclusive na própria UFMA para a eleição de diretores de Centro, chefes de Departamento e coordenadores de mais de 90 Cursos, levou a Justiça a reverter a suspensão e autorizar a realização do pleito nesta sexta-feira.

Prognósticos informais feitos por grupos partidários de candidatos indicam que o favorito para encabeçar a lista tríplice é o professor Fernando Carvalho (atual pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação), que tem o aval do reitor Natalino Salgado, tem no currículo uma lista expressiva de serviços prestados à UFMA, como professor e como administrador e aparece na bolsa de apostas como o mais votado. O professor Luciano Façanha (atual diretor do Centro de Ciências Humanas), que tem o apoio da Apruma e foi o autor do pedido de suspensão do pleito, é também apontado como um candidato forte. Os professores Isabel Ibarra (ex-pró-reitora de Ensino) e Wener Miranda (ex-superintendente de Infraestrutura) não têm o lastro político dos dois, devem disputar a terceira colocação, sendo que ela, professora de origem cubana, tem mais chance de entrar na lista.

Em campanha aberta há semanas, partidários dos quatro candidatos a reitor agitarão hoje os centros da UFMA em São Luís, Imperatriz, Balsas, Bacabal, Codó, Chapadinha, Grajaú, São Bernardo e Pinheiro.  

Pela regra, a lista com os três mais votados será encaminhada ao Ministério da Educação, que a submeterá ao presidente da República, a quem cabe a palavra final. O presidente Lula da Silva teria assumido o compromisso com entidades representativas dos professores, estudantes e servidores de, mesmo tendo a prerrogativa de escolher um dos três, nomeará o mais votado.

No processo de escolha dos dirigentes da UFMA não existe chapa formada. Assim como o reitor, o vice-reitor é escolhido de maneira independente, sendo que os três mais votados formarão lista também a ser encaminhada ao MEC e ao presidente da República, que pode escolher um deles. Para o cargo de vice-reitor, os candidatos são Benedito Viana, Dimas Ribeiro, Josefa Bentivi, Leonardo Soares, Marcelino Filho, Maria do Carmo Barbosa e Ridvan Fernandes.

PONTO & CONTRAPONTO

PSDB prepara festa de filiação para avisar que voltou ao jogo político no Maranhão

Sebastião Madeira:
resistência salvou ninho

O comando estadual do PSDB está em contagem regressiva para o grande evento que o partido realizará no dia 4 de agosto com a filiação do presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor e outras lideranças da Ilha e do continente. Com o ato de filiações, o tucanato maranhense pretende matar dois coelhos com uma só cajadada.

O primeiro coelho é o fortalecimento do partido, que está renascendo das cinzas, depois de passar anos e anos submetido a comandos desastrados que só contribuíram para o emagrecimento da legenda, que quase desapareceu no Maranhão, sendo mantida apenas pela obstinada resistência do líder tocantino Sebastião Madeira, ex-prefeito de Imperatriz e atual chefe da Casa Civil e um dos principais articuladores núcleo de ferro do Governo Carlos Brandão.

O segundo coelho é reforçar os quadros da agremiação e dar uma demonstração inequívoca de que o PSDB renasceu de fato e está de volta ao tabuleiro político do Maranhão. Se não numa posição de proa, mas numa situação em que deve ampliar seu espaço na base de apoio do governador Carlos Brandão.

Roberto Rocha vai ao evento do Novo e deve voltar à cena política

Roberto Rocha, Lahesio Bonfim, Leonardo
Arruda e Felipe D`Ávila no jantar do Novo

Abalado por sucessivas derrotas políticas e eleitorais e por tragédias familiares – perdeu há meses o filho mais velho e há duas semanas o irmão mais velho – o ex-senador Roberto Rocha reapareceu, na noite de quarta-feira, no jantar organizado pelo braço maranhense do Novo em torno do idealizador do partido e ex-candidato a presidente da República, o cientista político Felipe D`Ávila, que falou para empresários a respeito do processo de desenvolvimento da região.

A presença dele no evento do Novo provocou rumores de que o ex-senador Roberto Rocha vai continuar atuando politicamente e pretende disputar votos. Ainda não se sabe se o ex-senador continuará no PTB, partido criado por Getúlio Vargas, ao qual foram filiados Leonel Brizola e João Goulart, mas que nos últimos anos, sob a presidência do ex-deputado federal Roberto Jefferson, se transformou no mais retrógrado nicho da direita radical e extremista.

Não será surpresa se, após superar as provações, o ex-senador Roberto Rocha retorne à cena política defendendo os argumentos ideológicos da direita, como fez durante o Governo Jair Bolsonaro, agora numa plataforma partidária também de direita, mas com viés democrático, como é o caso do Novo.

São Luís, 21 de Julho de 2023.

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