Grupo de Weverton se reúne em Brasília e se posiciona contra erros de Bolsonaro e em defesa da vacina

 

Entre Eliziane Gama e Othelino Neto, Weverton Rocha liderou ato de parte da bancada federal e deputados estaduais por medidas eficientes contra a pandemia

Um grupo de parlamentares, prefeitos e presidentes de partidos no Maranhão se reuniu ontem em Brasília para marcar sua posição a favor de uma política que acelere, urgentemente, o processo de vacinação no País e, por via de desdobramento, no estado. Articulado pelo senador Weverton Rocha (PDT, do qual é presidente), e realizado em seu gabinete, o ato reuniu a senadora Eliziane Gama (Cidadania), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), os deputados federais Cléber Verde (presidente do Republicanos), Juscelino Filho (presidente do DEM), Gil Cutrim (Republicanos) e Pedro Lucas Fernandes (ainda no PTB), os deputados estaduais Glaubert Cutrim (PDT e 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa) e Márcio Honaiser (PDT), atual Secretário de Desenvolvimento Social, o presidente da Famem Erlânio Xavier (PDT), o ex-prefeito de Timon e atual presidente do PSB no Maranhão Luciano Leitoa, e o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT). Todos manifestaram posição crítica em relação ao desastre que tem sido a posição do Governo Federal, a começar pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), diante da tragédia que vem sendo causada pelo novo coronavírus no Brasil. E encerraram a reunião exibindo cartazes com a palavra-de-ordem “Vacina para todos Já!”

Politicamente, os participantes da reunião integram o ensaio de frente partidária formada em torno do projeto de poder do senador Weverton Rocha. Tudo bem. Mas, por mais que o grupo seja movido por esse viés, não há como não avaliar como politicamente correta e saudável uma iniciativa de debater essa crise na perspectiva maranhense. Afinal, quase todos os presentes estão no exercício de mandatos, portanto credenciados para se posicionar face ao que está acontecendo no País e no estado. Só para ter uma medida da legitimidade política do grupo, os senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama são respaldados por mais de três milhões de votos, o presidente Othelino Neto exprime informalmente o pensamento de parte dos deputados estaduais, enquanto o presidente da Famem fala, em tese, em nome dos prefeitos maranhenses.

Articulada em algumas iniciativas, a bancada federal do Maranhão está dividida nessa questão, o que é natural na realidade da política. Mas, numa situação como essa, em que o Brasil já contabiliza 300 mil mortos, entre eles mais de cinco mil maranhenses, seria razoável que os integrantes da bancada se desarmassem partidária e ideologicamente e formassem uma frente em defesa de alguns pontos essenciais, como mais vacinas, aporte financeiro para os estados bancarem as enormes despesas hospitalares, campanha por uso de máscaras e distanciamento social possível – incluindo lockdown, se necessário. Algo parecido com a reunião realizada ontem no gabinete do senador Weverton Rocha, da qual participaram a senadora Eliziane Gama e apenas quatro deputados federais.

No campo intermediário da bancada atuam o senador Roberto Rocha (sem partido), aliado incondicional do presidente Jair Bolsonaro, e os deputados federais Pastor Gildenemyr (PL), Aluísio Mendes (líder do PSC), Edilázio Júnior (PSD), Hildo Rocha (MDB) e Josivaldo JP (Podemos), seguindo alinhados ao Palácio do Planalto, apesar das evidências de que, por negligência e incompetência, o Governo Federal tem sido um fracasso retumbante no enfrentamento da pandemia. Mesmo assim, esses parlamentares se mantêm posicionados na esfera governista, na contramão da maioria dos maranhenses, que segundo pesquisa, reprova a gestão do presidente da República.

Outros nove deputados federais, que representam a metade da bancada maranhense – André Fufuca (PP, do qual é presidente estadual), João Marcelo (MDB), Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas), Gastão Vieira (PROS), Elizabeth Gonçalo (Avante), Bira do Pindaré (PSB), Zé Carlos (PT) -, atuam isolados, seguindo orientações partidárias ou defendendo conceitos próprios, mas sem um foco regional. Uns mais e outros menos, esses parlamentares passam a impressão de que estão distantes da guerra titânica travada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) contra a pandemia no Maranhão.

Nesse inacreditável cenário de divisão da bancada, o senador Weverton Rocha, com o apoio da senadora Eliziane Gama, vem dando seguidas demonstrações de que se encontra, de fato, na linha de frente da guerra contra os desmandos do Governo central e pela busca de soluções para o enfrentamento mais eficiente da pandemia.

 

PONTO & CONTRAPONTO

 

Conass reelegeu Carlos Lula por ele vem mostrando que é um gestor de excelência

Carlos Lula: em alta como gestor e como presidente reeleito do Conass

O Secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, foi reeleito, por unanimidade, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), à frente do qual permanecerá até 2022. A decisão dos 27 integrantes do Conass se deu no dia em que o Brasil amargou a marca de 300 mil mortos pelo novo coronavírus, que assumiu o novo ministro da Saúde, com a desafiadora missão de definir as linhas de uma política nacional de saúde, com foco na guerra à pandemia.

A reeleição de Carlos Lula foi o reconhecimento dos seus colegas secretários de Saúde pelo trabalho de articulação que ele tem desenvolvido à frente do Conselho e pelos resultados alcançados por sua gestão no combate à pandemia no Maranhão. Ele tem sido incansável e eficiente nas duas frentes, apesar das enormes dificuldades que se materializam quase que diariamente à sua frente. Tranquilo e sem afetação, consolidou sua posição à frente quando muitos apostaram que o novo coronavírus levaria o governador Flávio Dino a mudar o comando da área de Saúde.

Advogado, consultor e professor de Direito, Carlos Lula chegou à área de Saúde com a missão de sanear e colocar nos eixos as empresas que prestavam serviços para a área, marcadas por fortes denúncias de desvio e ineficiência. Seu trabalho foi tão produtivo que o governador Flávio Dino lhe entregou a pasta, com carta branca para revolucionar o Sistema Estadual de Saúde dando forma e movimento aos esqueletos hospitalares deixados pelo Governo anterior. Em pouco tempo, o advogado especialista em processo civil se revelou um excelente gestor.

A pandemia lhe trouxe um enorme desafio, que, passado um ano e muitas situações excepcionais, vem sendo vencido com firmeza e consistência, o que coloca o Maranhão como um dos estados com maior eficiência no combate à pandemia. O resultado do seu trabalho consolida definitivamente o argumento de que não precisa ser médico para ser um bom secretário de Saúde. Precisa apenas ser um bom gestor. E isso o secretário de Saúde do Maranhão vem mostrando que tem de sobra.

 

Pressão política faz Bolsonaro adiar filiação partidária

Roberto Rocha depende de Jair Bolsonaro para definir seu futuro partidário

Colocado contra a parede pelo desastre que tem sido sua política de combate à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro teria jogado para abril a sua definição partidária, que pretendera resolver em março. Nos corredores do Palácio do Planalto todos já trabalham com a certeza de que o presidente só deixará de ser um pária partidário em abril ou maio, dependendo das circunstâncias. A indefinição partidária do presidente está deixando o senador Roberto Rocha em situação delicada, à medida que, agora fora do PSDB, precisa de um pouso partidário, preferindo filiar-se na agremiação que receber a filiação de Jair Bolsonaro.

São Luís, 25 de Março de 2021.

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