Econométrica: Josivaldo JP passa Rildo Amaral e muda o cenário da disputa em Imperatriz

Quadro do momento: Josivaldo JP lidera,
Rildo Amaral é segundo e Marco Aurélio
e Mariana Carvalho são fiéis da balança

Pesquisa Econométrica divulgada ontem disparou uma bomba de muitos megatons sobre o tabuleiro no qual se movimentam os candidatos à Prefeitura de Imperatriz, mostrando uma reviravolta que muda todo o perfil da disputa. Os números informam que o deputado federal Josivaldo JP (PSD) atropelou todos os concorrentes e se instalou na liderança da corrida com 29,8% das intenções de voto, mandando para a segunda posição o deputado Rildo Amaral (PP), que começou e se manteve por meses na liderança e agora está com 25,5% de preferência. Em terceiro e quarto lugares aparecem o ex-deputado Marco Aurélio (PSB) com 14,8%, quase que rigorosamente empatado com Mariana Carvalho (Republicanos), que alcançou 13,8%. Os demais citados na pesquisa são: José Antônio (PDT) com 3,5%, Franciscano (PL) com 2,3%, Nilson Takashi (Novo) com 1,8% e Aurélio (PT) com 0,7%. Votos nulos somaram 3,3% e 4,5% dos entrevistados não souberam responder.

Mesmo levando em conta o fato de que a pesquisa tem 4% de margem de erro, para mais ou para menos, exatamente a diferença que separa o primeiro do segundo colocado, os números encontrados pela Econométrica são bombásticos. A começar pelo fato de que o deputado Rildo Amaral é o candidato que tem o aval do Palácio dos Leões, sendo sua candidatura também uma prioridade do ministro André Fufuca (Esporte), enquanto Josivaldo JP é uma espécie de outsider que vem contrariando a lógica da política tradicional.

Ao ser ultrapassado por Josivaldo JP com uma margem expressiva, Rildo Amaral e seus apoiadores sofrem um duro revés e terão de refazer as contas, redefinir estratégias e, principalmente, buscar alianças. Afinal, não se trata de um esforço para estabilizar uma candidatura que está na liderança, mas reverter uma situação em que o candidato perdeu a ponta e, com ela, o favoritismo, o que é muito mais difícil e complexo num ambiente político como o de Imperatriz. E pode se tornar irreversível se Josivaldo JP continuar avançando como o fez até agora.

No cenário desenhado pelos números encontrados pela Econométrica, a chave para o desfecho da corrida sucessória em Imperatriz está com o ex-deputado Marco Aurélio, que tem 14,8% das intenções de voto, e com Mariana Carvalho, que apareceu com 13,8%. Se essa situação for mantida, Rildo Amaral só terá condição de revertê-la se Marco Aurélio desistir e o apoiar, o que no momento é uma possibilidade remota. Só que Josivaldo JP pode também vir a contar com o apoio de Mariana Carvalho, uma vez que os dois são ligados por serem militantes do bolsonarismo. Vale ainda lembrar que, mesmo sendo o segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, Imperatriz ainda é parte dos municípios em que as decisões eleitorais se dão em turno único, ou seja, os prefeitos normalmente são eleitos com menos de 30% dos votos, como foi o caso da reeleição do atual mandatário Assis Ramos.

Outra observação indispensável é o fato de que faltam ainda sete meses para a corrida às urnas, podendo a pesquisa Econométrica ser apenas um recorte desse momento num cenário que pode mudar ao longo da pré-campanha e da campanha propriamente dita. Nesse contexto, ainda há tempo para Rildo Amaral e as forças governistas que o apoiam possam reverterem esse cenário com o apoio do ex-deputado Marco Aurélio. É também fato de que também existem condições para Josivaldo JP consolidar a liderança e nela permanecer, situação que será bem mais cômoda se ele obtiver o apoio de Mariana Carvalho.

Diante desse quadro, uma certeza: Rildo Amaral e seus apoiadores vão se mobilizar e jogar pesado para mudá-lo, enquanto Josivaldo JP moverá céu e terra para mantê-lo. Afinal, o que está em jogo é o comando do segundo maior e mais importante município do Maranhão.

Em Tempo: Contratada pelo jornal O Imparcial, pesquisa Econométrica ouviu 601 eleitores entre os dias 7 e 9 de fevereiro, tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, intervalo de confiança de 95%, e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-02412/2024.

PONTO & CONTRAPONTO

Declarações azedam a relação entre MP e TJ

José Joaquim Figueiredo reclamou de
declarações de Eduardo Nicolau

Continua tensa a relação entre o Ministério Público e o Tribunal de Justiça. Não bastassem as trapalhadas do empresário Alessandro Martins – que foi parar na cadeia – e o afastamento de três desembargadores por suspeita desvio de conduta, o Tribunal de Justiça ouviu, na sessão de quarta-feira, o procurador geral de Justiça, Eduardo Nicolau, a afirmação de que há lentidão na tramitação de ações no Judiciário.

A declaração do procurador geral de Justiça incomodou fortemente o colégio de desembargadores, a ponto de o desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, ex-presidente da Corte, pedir a palavra e reagir.

A reação de José Joaquim foi dura, ainda que feita em tom ameno. O ex-presidente do TJ contestou com veemência a declaração do procurador geral e o instou a apontar casos concretos de lentidão ou omissão por parte da magistratura, inclusive dando nomes, para que providências sejam tomadas.

O procurador geral Eduardo Nicolau não fez a tréplica, mas ninguém duvida de que esse assunto ainda vai render.  

Após troca do comando nacional, União Brasil deve definir candidatura em São Luís

Pedro Lucas é 2º vice
nacional do União Brasil

Não surpreendeu a tensa e agitada troca de comando no União Brasil, com a derrubada do deputado federal pernambucano Luciano Bivar da presidência nacional, e a eleição do advogado Antônio Rueda, que desde ontem é o dirigente máximo do partido. Nesse contexto, vale registrar a posição do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que participou intensamente do movimento e acabou na 2ª vice-presidência nacional da agremiação.

Tudo indica que Pedro Lucas Fernandes continuará apenas respondendo pelo comando do partido no Maranhão, uma vez que pela, regra ele não pode acumular o cargo de presidente regional com o de 2º vice-presidente nacional. Pedro Lucas deve negociar com o ministro Juscelino Filho (Comunicações), que deve reassumir o comando regional da legenda quando deixar o ministério.

Com a definição da disputa nacional pelo controle do União Brasil, suas lideranças no Maranhão devem resolver o quanto antes como o partido vai participar da corrida para a Prefeitura de São Luís. O deputado estadual Neto Evangelista, que foi o terceiro colocado na eleição de 2020, está aguardando sinal verde para colocar sua pré-candidatura em campo.

São Luís, 01 de Março de 2024.

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