Duarte Jr. recebe apoio do Avante e amplia a base partidária do seu projeto de candidatura

Duarte Jr. (paletó azul) recebe o apoio do Avante por decisão de Júnior Lourenço
camisa azul à esquerda) e Beto Castro (camisa branca à esquerda)

O deputado federal Duarte Jr. (PSB) recebeu o apoio do Avante ao seu projeto de candidatura à Prefeitura de São Luís. O movimento do partido ocorreu na sua sede na Capital e foi consolidado pelo seu presidente regional, deputado federal Júnior Lourenço, e pelo presidente na Capital, vereador Beto Castro. O apoio do Avante é parte de uma estratégia por meio da qual Duarte Jr. quer dar ao seu projeto de candidatura uma consistente base partidária, que já conta com o seu próprio partido, além do PT, PCdoB, PV e PP, devendo contar com o suporte do PL, do MDB e, provavelmente, do PSDB e do PRD, e ainda de uma parte do PSD, partido do prefeito Eduardo Braide, representada pela senadora Eliziana Gama. Ele deve brigar também pelo apoio do Podemos, hoje controlado pelo deputado federal Fábio Macedo. O parlamentar tem trabalhado duro para construir essa base partidária para a sua candidatura, e cada passo que consegue dar é comemorado.

Posicionado em segundo lugar nas pesquisas realizadas até o final de dezembro passado, todas elas tendo o prefeito Eduardo Braide como favorito, com média de dez pontos percentuais à sua frente, Duarte Jr. fez cálculos e analisou o cenário tem tentado consolidar a avaliação de que consegue virar o jogo se conseguir mobilizar para valer esses partidos anos dos e os seus apoiadores. Nas conversas que vem mantendo, ele admite que o páreo é duro, mas avalia que está em condições de vencer a eleição. Para tanto, precisa de uma aliança partidária ampla e forte. Os cinco maiores partidos da base estão com o seu projeto de candidatura.

Os dois chefes do Avante avaliaram que a candidatura do parlamentar socialista é consistente e que pode, sim, jogar de igual para igual como prefeito Eduardo Braide. O deputado federal Júnior Lourenço, que já foi prefeito de Miranda do Norte e tem renovado mandato federal com votações expressivas, conhece o caminho das pedras e aposta que o Avante pode ser beneficiado na corrida à Câmara Municipal. O vereador Beto Castro, que já está no terceiro mandato, pensa o mesmo e está estimulando os candidatos à Câmara Municipal pelo partido a entrar na briga para valer. Os dois sabem o que estão fazendo quando se declaram apoiadores do projeto de candidatura do deputado federal Duarte Jr., que por sua vez reagiu afirmando: “Juntos vamos fazer a diferença”.

Com o aval da direção nacional do PSB e o apoio declarado do governador Carlos Brandão, Duarte Jr. deve aproveitar a folia momesca para intensificar as conversas partidárias. Um dos “nós” que precisa desatar é o continua ligando parte do MDB ao prefeito Eduardo Braide, representado pelo presidente municipal do partido, deputado federal Cleber Verde, que insiste em levar a agremiação emedebista para a base de apoio da candidatura do prefeito. Ele ainda não foi convencido de que o partido deve apoiar Duarte Jr. e até o momento não deu sinais de que vai mudar sua posição. O período carnavalesco pode ser o momento de resolver essa pendência, que já começa a incomodar a cúpula do MDB.

Outro dado que vem animando a montagem da base partidária do projeto de candidatura do deputado federal Duarte Jr. é o interesse dos partidos mais fortes, a começar pelo PT, pela vaga de candidato a vice-prefeito. O PT teria a preferência por ser por ser o principal aliado do PSB nessa corrida e pelo fato de a candidatura do deputado socialista contar com o aval da cúpula nacional do partido do presidente Lula da Silva. O PCdoB também estaria interessado na vaga. E o próprio MDB, que já teria inclusive definido um nome para propor à cúpula do PSB.

É provável que o deputado federal Duarte Jr. saia do reinado momesco com a base partidária da sua candidatura ampliada.

PONTO & CONTRAPONTO

União Brasil deve aproveitar o Carnaval para decidir se lança Neto Evangelista candidato em São Luís

Neto Evangelista aguarda
decisão do União Brasil

Tudo indica que o reinado de Momo servirá para definir uma série de situações relacionadas com a corrida para a Prefeitura de São Luís. Uma delas diz respeito ao União Brasil, partido comandado pelo deputado Pedro Lucas Fernandes e que tem como peso pesado o ministro das Comunicações Juscelino Filho.  

A pergunta que está posta é a seguinte: o União Brasil vai ou não vai lançar o deputado Neto Evangelista na disputa pelo Palácio de la Ravardièrie? Se vai lançar, quando baterá o martelo? Se não, a quem apoiará nessa corrida? Irá com o prefeito Eduardo Braide ou com o deputado federal Duarte Jr.?

Uma das siglas mais forte da atualidade, com influência dentro do Centrão, o União Brasil dificilmente ficará de fora dessa disputa, seja participando com candidato próprio, seja na base de uma candidatura forte.

O deputado Neto Evangelista tem dito e repetido que está à disposição do partido para ser candidato à prefeito de São Luís, a exemplo do que aconteceu na eleição de 2020, quando ele ficou em terceiro lugar numa disputa em que Eduardo Braide e Duarte Jr. foram para o segundo turno. Agora, quando o mesmo cenário é recriado, com   polarizada entre Eduardo Braide e Duarte Jr., Neto Evangelista acredita que pode alterar esse desenho como candidato do União Brasil.

O problema maior é não perder mais tempo e tomar a decisão, o que deve acontecer ainda em fevereiro, provavelmente depois que Momo se recolher.

Antes em silêncio, Juscelino Filho fala agora em aumentar a taxação das big tecs

Juscelino Filho agora fala duro com big tecs

Notícia divulgada ontem pelo jornal O Globo:

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defendeu a taxação das big techs, como são chamadas as grandes empresas digitais — Google, Meta e Netflix, entre outras —, com o objetivo de financiar ações de inclusão digital no Brasil. A declaração foi dada durante o Seminário Políticas de TeleComunicações, em Brasília, nesta terça-feira.

— O governo federal faz grandes investimentos para manter e ampliar a infraestrutura de telecomunicação do país. Então é justo que essas big techs, que faturam bilhões, deixem uma contribuição no Brasil e que, obrigatoriamente, esses recursos, ou parte deles, sejam revertidos para levar internet aos mais pobres, aos lugares mais longes, onde a iniciativa privada não chega — defendeu o ministro.

De acordo com Juscelino, as big techs não pagam nenhuma contrapartida pelo uso massivo do tráfego de dados na infraestrutura de telecomunicações no Brasil.

Em 2023, o ministro já havia destacado uma orientação do governo para que o tema da regulação do ecossistema digital fosse tratado no âmbito da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, onde está a secretaria de direitos digitais.

No mercado brasileiro, entre 2017 e 2019, empresas digitais globais com faturamento acima de R$ 100 milhões pagaram impostos entre 8,67% e 11,57%, ante uma taxação média de 19,57% sobre as demais empresas. A suposição é que a diferença se explica por manobras contábeis.

Beleza. O ministro Juscelino Filho tem razão. Mas o que chama a atenção é o fato de o ministro das Comunicações haver mergulhado no mais absoluto silêncio quando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enfrentou as poderosas big tecs em meados do ano passado, defendendo a regulamentação dessas megaempresas no Brasil. Não há qualquer registro de uma fala do ministro das Comunicações apoiando o ministro da Justiça.

Vale lembrar que na sua proposta de regulamentação o ministro da Justiça avançou também na área fiscal, defendendo que as big tecs, que ganham bilhões no País, sejam tachadas de maneira justa.

São Luís, 08 de Fevereiro de 2024.

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